No dia 10 do corrente, a China alcançou o seu maior triunfo de sempre na esfera internacional ao aparecer como mediadora do acordo entre a Arábia Saudita e o Irão. Para além da capacidade para reunir em negociações países teocráticos separados por disputas religiosas intestinas e por divergentes estratégias petrolíferas, a China conseguiu pôr em causa a saúde da aliança entre os EUA e a Arábia Saudita — o que leva ao enfraquecimento de Israel na região, tanto pela perda de influência do amigo americano como pelo fortalecimento do inimigo iraniano.
Mediaticamente, o episódio consagra a China como uma superpotência geopolítica. Caso o acordo venha a ser cumprido, vários conflitos alimentados por esses dois países rivais poderão acabar. Ao mesmo tempo, a China ganha espaço para um maior acesso ao petróleo e a investimentos no Médio-Oriente. Se juntarmos a este cenário a presença que a China já tem em África, a que se junta um Putin criminoso e rastejante, e ainda uma Coreia do Norte varrida dos cornos, pode-se concluir que o secretário-geral do Partido Comunista Chinês está a ter um 2023 glorioso. Com ele os americanos não fazem farinha. Pode-se dar ao luxo, agora, de deixar Moscovo continuar entretido a matar ucranianos e russos ou resolver acabar com essa sangria demente e assim garantir o Nobel da Paz.
Ao mesmo tempo, estamos a olhar para o início do século XX (sim, o século passado). Dois regimes ditatoriais, onde o fanatismo religioso se transformou em moral e lei, são levados ao colo por um outro regime ditatorial, onde o Partido é uma entidade teocrática secular e omnipresente. À sua volta, um oceano de petróleo. Não de liberdade, direitos humanos, democracia, ciência, qualidade de vida. De petróleo, um recurso em vias de ficar obsoleto como matéria-prima energética principal nas sociedades em transição para as energias renováveis e para o hidrogénio, entre outras tecnologias em desenvolvimento.
Na política, é sapiente conciliar o idealismo com o cinismo. É uma excelente noticia ter Irão e Arábia Saudita a reatarem relações diplomáticas e a prometeram resolver os conflitos na Síria e no Iémen. Parabéns à China. E é uma excelente notícia constatar que o futuro da Europa não passa por querer queimar mais petróleo e, acima e antes de tudo, não passa por abdicar da sua qualidade de vida, da sua ciência, dos seus direitos humanos, da sua democracia, da sua liberdade.
se a china está a ter um ano glorioso, o que é que está a acontecer à europa e de quem é a responsabilidade disso?
este post é uma bela machadada na politica do macron e na sua tentativa de reduzir os direitos e a qualidade de vida dos franceses. mas fico a pensar no que é que a europa vai queimar agora para se aquecer (as noticias todas continuam a referir petroleo e derivados e daqueles retirados de uma forma muito mais poluente ). espero que num outro post a escrever brevemente essa questão seja definitivamente esclarecida, quer dizer se há coisa que o valupi é é especialista científico.
o valupi está a apoiar a ditadura chinesa? mais um saudosista do maoísmo. devia estudar história para perceber que o comunismo nunca resultou
é isso aí, Xi é fino como um alho: está a colonizar a Rússia para ganhar um aliado – e alinhado – raivoso contra a Europa sadia: enche Putin de carros e outras coisinhas boicotadas por nós, por nós que rejeitamos e repudiamos a invasão e o genocídio, e recebe combustíveis e matérias primas em saldo. e o médio oriente passa a ser um arraial em nome da paz, tudo à grande e à chinesa, XIXIXIXI L.
parabéns á china , sim , que não força a barra. quando os cidadãos desses países que chamas de ditatoriais estiverem prontos e se quiserem , o regime muda. é assim que um mediador faz , não julga , nem impões os seus pontos de vista.
e falando de cinismo, o vírus , para os amaricanos , afinal , agora já saiu do laboratório chinês ó pá , só rir.
graças a Deus que não vamos abdicar de não poder comprar ou até arrendar casa , que não vamos abdicar de um sns que deixa morrer gente a potes , que não vamos abdicar de pensões cada vez mais pequenas , que não vamos abdicar de trabalhar até estar com os pés para a cova ( assim não passamos pelas casas de tortura civilizadas chamadas eufemisticamente lares ), que não vamos abdicar de uma ciência que se dedica a explorar os medos para ganhar dinheiro . só aparências , só fachada , a realidade é que os cães já contam ais que idosos. que vómito.
e não é pela europa que os movimentos de extrema direita avançam e marcham contra toda esta civilização adorada pelo povo? estás a por a carroça à frente dos bois. é claro que algo cheira mal no reino da dinamarca..
humanidade pelo humanismo e com cães – é assim a civilização que queremos e que Putin e putinistas querem destruir. vá-se vomitar, yo
“Aquilo que eu denomino como “Oxidente” é esse Nihilismo travestido de progresso, esse Nada Anti-civilizacional, culturofrénico, antropofóbico. Já lhe chamaram Império das Mentiras; Império da Morte ficava-lhe melhor: morte da política e morte da diplomacia. Dois dos pilares de qualquer civilização.
Tudo o que resta é o papel do tratado, celebrado entre tratantes e a entidade global única, tirânica, panóptica: um pacto fáustico. Onde se assina a sangue e se penhora a alma. Num planeta amorfo e amnésico, convertido em ergástulo.”
leia qualquer coisa de jeito , olinda , como este bocadinho do intj Dragão , mete todos a um canto.
a olinda dorme com os cães e depois pergunta porque é que está com tanta vontade de se coçar
“Os rojipardos são sujeitos que se dizem de esquerda, mas compartilham pressupostos políticos com a direita mais conservadora. Ou seja, são aqueles trintões (e quarenta e poucos) que garantem que seus pais viveram melhor que eles. E que nesse “melhor” fundem as condições materiais que invejam (salários mais altos e casa própria) com os valores morais que almejam (o retorno da família convencional, a reivindicação de um nacionalismo e de um Estado centralizado ou a vontade de viver com menos imigrantes por perto). Ou seja, eleitores com um pé à esquerda (redistribuição de riqueza) e outro à direita (valores reacionários).
“Porque se a sua estética e o seu discurso se baseiam no fato de que tudo no passado era melhor. A nostalgia como fio condutor.”
Daqui:
https://elpais.com/opinion/2023-03-22/de-hipsters-a-rojipardos.html
“opiniões são como as vaginas. quem as tem, tem-nas e quem as quem dar, dá-las”
eu queria muito seguir a sua sugestão, yo, no entanto eu não gosto nem de ler nem de pensar. queria tanto ser ergástulina mas não consigo mesmo. faça parelha com o teste enquanto eu me consolo a coçar-me toda.
esqueci-me de dizer, yo, para dar a sua ao diácono. a sua sugestão. !ai! que riso.
olinda,
coce mais, coce muito, coce tudo
a ver se pára de se vomitar toda por aqui
é que já mete mesmo nojo
e continuam a categorizar a malta por categorias bafientas do passado.. esquerda e direita morreram , seus velhotes do restelo saudosos das ideologias , como o Joe.
há alguma dúvida no facto dos meus pais terem vivido melhor do que eu ? nenhuma. trabalhavam para eles e para a família , faziam o que queriam. e reformaram-se com idades normais e com o último salário.
alguma dúvida eu ter vivido melhor do que muitos miúdos de agora? nenhuma , tive um ensino de jeito , uma família estável , valores transmitidos que me protegem da insanidade vigente.
são malucos em quererem o melhor , os tais vermelhopardos? não , mesmo nada.
o estrummer tem um pé à esquerda (usa o nome de um famoso artista anticapitalista) e outro à direita (a grande maioria das suas opiniões políticas, em particular a de que o capitalismo é um sistema maravilhoso e vai trazer a abundancia para todos)
“Parabéns à China. E é uma excelente notícia constatar que o futuro da Europa não passa por querer queimar mais petróleo e, acima e antes de tudo, não passa por abdicar da sua qualidade de vida, da sua ciência, dos seus direitos humanos, da sua democracia, da sua liberdade.”
Pois, o futuro da Europa passa por estrénuas amizades com nazis: os nazis ucranianos, os herdeiros do nazismo alemão e os herdeiros equivalentes do país do Sol nascente, que há dois dias formalizaram, sem pingo de vergonha, o juramento de bandeira aos herdeiros do nazi Bandera. E passa também por passar uma esponja suja sobre a sua história de rapina do mundo não europeu. Quanto à demoníaca China, quantos países invadiu até agora? Quantos países bombardeou? Quantos países e povos roubou ou matou? Pois é, desmemoriado, o presente e futuro da China, ao que parece, passa por não esquecer o passado e fazer o que pode para evitar que se repita no futuro. E é evidente que levas isso a mal. Já ouviste falar das Guerras do Ópio, civilizadíssimo, democrático e vaidoso ocidental Valupi? Sabes o que foram? Eu explico: foram as guerras que o ocidental e civilizado império de então, com o qual o actual aprendeu todos os truques (tendo criado outros novos), moveu contra a China por esta ter banido o pagamento das suas valiosas matérias-primas com ópio que o Reino de Sua Majestade fazia cultivar ao preço da uva mijona na Índia e usava como meio de pagamento, para isso criando e fomentando uma necessidade — o seu consumo astronómico e sempre crescente pelo povo chinês. O imperador dos amarelos proibiu a importação de ópio, que estava a dar cabo dos chineses, e os ingleses, que em alternativa ao ópio eram obrigados a pagar a seda com ouro e prata, desequilibrando a balança de pagamentos, moveram-lhe duas guerras com o objectivo assumido e declarado de o obrigar a anular a proibição, ou seja, para continuarem a pagar os valiosos bens chineses que importavam com droga. Pérfida Albion, supra-sumo da civilização ocidental de então, país traficante, assumidamente PAÍS TRAFICANTE DE DROGA! Grandes, gloriosos… e civilizados mestres teve o Pablo Escobar, carago!
“E é uma excelente notícia constatar que o futuro da Europa (…), acima e antes de tudo, não passa por abdicar da sua qualidade de vida, da sua ciência, dos seus direitos humanos, da sua democracia, da sua liberdade.”
Eu se fosse a ti tinha vergonha de falar com tanta falta de memória e descaramento das relações da China com o resto do mundo (e principalmente com o democrático e civilizado Ocidente, de que a Europa é um dos principais expoentes) referindo a “qualidade de vida” europeia, fundada na rapina do resto do mundo, “a sua ciência”, que a China mais que ultrapassou no presente, e, finalmente, “os seus direitos humanos, a sua democracia e a sua liberdade”, esquecendo a sua vergonhosa história de “civilização” traficante. Caso não saibas, foi também por obra e graça das Guerras do Ópio que Portugal abarbatou Macau. Caso não saibas ou, convenientemente, não te lembres. Estás a precisar de umas doses reforçadas de Memofante, meu! Se não te chega o pilim, organiza aí um crowdfunding. Não prometo contribuir com os dez euros que tenho no bolso, mas posso garantir-te dois cêntimos.
Caro Valupi, bela posta. Sem ironia, gostei bastante da ironia e do conteúdo.
Parabéns à China pelo novo chow-chow putinista que arranjou, num “intensivo” treino de três dias! Já tem pouco pêlo mas é muito eriçado.
Quanto aos parabéns à China por fomentar a “pás, catrapás” no mundo, ainda terei que aguardar um pouco. Pelo menos até que ela consiga acabar com a guerra no Iémen, quadrando o círculo xiita-sunita-wahabista da dupla irano-saudita e, mais ainda, o círculo religioso-populista-socialista da própria sociedade iemenita.
Entretanto, nada de pedir o contributo, nem sequer a opinião, às valorosas chinesas dos comités do PCC, que elas, coitadinhas, mal se vêem no palheiro de clones e muito menos se ouvem, mesmo quando tentam gritar ovacionando o Xi-Xi.
P.S.: São sempre gratificantes as doses de memofante que recebemos nalguns comentários. Noutro post, alguém tentou ressuscitar o Alexandre Magno, dos tempos em que a Grécia fazia de luz do mundo, quiçá algo incendiária nesse momento específico. Neste, até tivemos uma snifadela de Guerras do Ópio, só para acordar, de quando a China era literal império de meninos-deuses.
o único partido de esquerda que existe é o pcp , mas é proibido pela moral e bons costumes , pela civilização , votar nele. portanto , com a estigmatização dos partidos comunistas , deixou de haver esquerda , consequentemente , deixou de haver direita.. agora a divisão é vertical , como no antigo egipto -:)
os cães de água portugueses a desdenhar do chow-chow chinês são tão engraçados.
busca, busca!
menino lindo
ganda boca à china do literal império dos meninos deuses pelo defensor do….eeeerr, literal império britânico
Ahah oh testa! Paf na testa! A outra solução do Macron para manter os direitos dos cidadãos franceses, em vez de “eternizar” as reformas por mais dois anos de contribuição numa demografia em envelhecimento, era pôr os jovens chineses e indianos a financiar a coisa. Depois achou que não. Jovens russos não dava, que são poucos e há muitos a dssputinizar… E então avançou assim mesmo, adora ver as ruas a arder. É o Macronero!
Oh testa! Cão de água português é uma boa metáfora. Não é muito apurado mas é muito útil e valente. Ao contrário do chow-chow russo do chinês. Ide-vos pelo gasoduto Força da Sibéria e fazei bom proveito.
ya, ya diogo!
se há coisa que é insustentável no teu capitalismo são as reformas, pá! Paf na testa, indeed!
Temos de criar mais 5 credit suisses e 10 moedas cripto pra a segurança social ser sustentável, pá hahahahhahaha senão vem aí o ventura e zelensky pro governo ohohohoho
vive le capitalisme!
oh diogo,
muito bem. e agora para seres tão útil e valente como ele, deita, rebola e dá a patinha.
ah, e paga a inflação e cala!
au-au
Tu és um bocado radical de vez em quando (e totó)
Devias ter em conta, antes de debitar essas merdas sobre o petróleo que se as grandes empresas de automóveis quisessem poderiam desenvolver motores a combustão capazes de consumir 2litors de gasóleo aos 100km ou menos. Muito melhor para o ambiente q os carros elétricos.
Sim testa. Larga o crioulo que te faz mal. Começa a usar o português para nos entendermos. Ladra, mas ladra inteligivelmente, para nos compreendermos.
essa do petróleo ir desaparecer é assim tomar a nuvem por juno. vão largar os carros a combustão em áfrica , ásia e américa do sul? lá está o homem branco , uma minoria bem pequenina, a achar que o mundo é só ele…
Há perto de dois séculos Marx proclamava “proletários de todo o mundo, uní-vos”. E quem diria, quem pensaria, que passados estes anos todos, afinal, chegámos ao que se poderá dizer “totalitários de todo o mundo, uní-vos”.
Face ao “mal do diabo” que são os direitos humanos, a democracia e a liberdade para regimes de omnisciência-omnipotência de presidentes vitalícios divinizados pelo culto de personalidade, estes, mesmo sendo inimigos ideológicos e se odeiem entre si violentamente comungam todos, hoje em dia, de um tal horror de perder o seu estatuto de senhores idolatrados que se unem contra-natura, paradoxalmente, para obter cada vez mais massa-crítica de poder omnipotente de modo a garantir a vitalicidade própria e herdeiros intocáveis.
Repare-se na aliança do terror; a China dos velhos massacres de Mão e, mais recente, do massacre de Tiannanmem; a Arábia Saudita da teocracia wahabita que manda serrar, literalmente, jornalistas que critiquem minimamente o regime do rei ou do príncipe; a teocracia bárbara dos aiatolas que mandam matar jovens por usarem o vestuário em mínimo desacordo com o cânon decretado pelo divino chefe dos costumes, o aiatola-mor.
Isto, para além, do pequeno monstro da Coreia do Norte que é o menino de mão provocador de uso particular da China e para além ir a caminho de transformar Putin em mais uma peça de xadrez da sua ambição global.
Até Israel, cujo actual presidente se quer tornar vitalício tal qual os seus inimigos históricos, face às chatices dos direito humanos que os seus parceiros tradicionais lhe reclamam, caso leve avante sua intenção, certamente, acabará por unir-se aos aliados terroristas teocráticos
Enfim, ao velho dueto USA-URSS, parece querer emergir da história um novo dueto desafinado China-USA mas a merda e o mau cheiro do totalitarismo é o mesmo ou muito pior se este triunfar.
O bem único obtido seria calar-se quer o ruído putinista quer o jimpinguismo louvaminhas por ordem do dono imperial dado tornar-se desnecessário e improducente.
José , se houvesse alguma preocupação real com a existência desses regimes ditatoriais a esta altura quaisquer produtos fabricado ou com componentes fabricados na china . ou outro país do mesmo calibre , estariam proibidos de ser vendidos no bloco civilizado maravilha de direitos.
os “missionários” da democracia criticam as prostitutas , mas servem -se delas. bonito , como exemplo de civilização.
só se interessam por elas na medida em que podem interferir com os seus interesses , económicos ou geo estratégicos. como se diz na minha terra : uns “peseteros”.
Há o romance e há a realidade. Tal como o presente, o futuro da Europa passa por transferir para a China os lucros das empresas estratégicas que esta aqui comprou com o pêlo do próprio cão.
Esta é de bradar aos céus. Acabo de ouvir, na introdução ao programa O eixo do mal, um vídeo, em que o CEO da jeronimo martins, mais conhecida como Pingo doce, declara que, quem mais arrecada impostos em Portugal, é o governo. E passou assim, sem qualquer palavra por parte do moderador e dos ignorantadores, os comentadores residentes. Mas essa gente não se enxerga ? É o maior ? É o maior e o único. Ou será que mais alguém pode criar e lançar impostos ? Que ignorância … da lei base, desde logo. A Constituição da República Portuguesa . Enfim.
Para poupar tempo aos mais preguiçosos:
Retirado da Constituição, tal como consta no sítio electrónico da AR,
“ Artigo 103.º
Sistema fiscal
3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não hajam sido criados nos termos da Constituição, que tenham natureza retroativa ou cuja liquidação e cobrança se não façam nos termos da lei. “
“… Aqui na terra, tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock’n’roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
Que a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo, eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades…”
Assim cantava Chico Buarque, em tempos de chuva, sendo que a canção veio-me à mente enquanto lia estre seu último arrazoado.
Então, você, sr. Valupi, em tempos de vendaval, vem anunciar a “boa nova”:
“… é uma excelente notícia constatar que o futuro da Europa não passa por querer queimar mais petróleo e, acima e antes de tudo, não passa por abdicar da sua qualidade de vida, da sua ciência, dos seus direitos humanos, da sua democracia, da sua liberdade.” .
Em que mundo se move, caro senhor?!
Está de mutreta?!
Ou, sofreu a recidiva de que o avisava?
Ou será que é mesmo um fã incorrigível da via de “um só caminho”, vê o mundo a preto e branco. De um lado os “bons”, do outro os “maus”, como qualquer fanático?! Mas, aí, de pouco lhe valerá a “ginástica” e o “treino” que vem apregoando! Os “maus” não desaparecerão com os seus esconjuros, acredite!…
JA, larga o tintol.
Já agora, para explicar à atarantada yo, dizer-lle que criticar não é proibir, pelo contrário, discutir e fazer crítica é parte essencial da democracia, é afinal, o que o valupi e nós fazemos aqui no Aspirina.
Quem proibiu a prostituição em Portugal foi Salazar, precisamente, uns meses antes de dar-se o início da guerra em Angola. E ironia do caso para o totalitarismo soft salazarista, pasados uns meses depois de rebentar a guerra e terem sido enviados milhares de soldados para Angola acontece que o regime faz uma campanha a favor da ida de prostitutas para aquela colónia em guerra.
Então, naquele tempo, em quase todos os barcos carregados de militares seguia um “grupo” de mulheres que os soldados designavam “mulheres do batalhão Ferreira da Costa” que era o nome do engajador ou, pelo menos, quem fazia a apologia governamental da ida das mulheres patriotas dedicadas a levantar o moral das tropas aquarteladas e isoladas no interior das matas angolanas.
E digo, patriotas, no verdadeiro sentido do termo, pois, custava-lhes a vida muito mais a elas do que aos soldados.
o dioguinho racista não gosta de crioulo au-au busca busca vai dioguinho vai
JA,
o valupi acredita mesmo que o elon musk vai salvar o mundo com os teslas. mas não fiques espantado, nem preocupado com ele, porque foi uma decisão consciente do próprio imbuída do espirito político do “negócio impõe”. por isso simplesmente recosta-te a rir quando lês esse comentário.
a posição deles é insana:
https://setentaequatro.pt/entrevista/daniel-pineu-deixamos-literalmente-de-falar-de-paz-fomos-normalizando-que-guerra-e
JA, não ouviu? largue imediatamente a vinhanha e vá comprar chiclas com o teste e o cão de vinho português – porque a mascarem sempre não emborcam mais três. !ai! que riso
“Um dos temas que Guterres quis relevar foi os “esforços para facilitar as exportações de alimentos e fertilizantes russos” durante a discussão sobre a iniciativa de cereais do Mar Negro, o acordo que permite o tráfego marítimo de navios cargueiros naquela região e que foi prorrogado por mais quatro meses.”
“Segundo o Politico, o alívio de sanções à Bielorrússia no que respeita aos fertilizantes de potássio também faria parte das preocupações do secretário-geral da ONU. Mas logo à chegada à reunião de Bruxelas alguns líderes mostraram-se inflexíveis, caso dos primeiros-ministros da Polónia, Finlândia e Estónia ou do presidente lituano Gitanas Nauseda.”
https://www.dn.pt/internacional/zelensky-critica-demora-dos-lideres-europeus-enquanto-kiev-anuncia-ofensiva-em-bakhmut-16060458.html
o guterres bem tenta mas os amantes da carnificina estão-se bem a cagar para os países com menos segurança alimentar. depois perguntam-se porque é que o resto do mundo não os apoia nas sanções.
Cão de vinho português, a minha preocupação não é o Valupi, mas a alienação a que está “gaijada” chegou. Com a casa a arder, imaginam-se pacatamente no paraíso! Nunca imaginei que fosse possível anastasiar tanta gente. Afinal, portam-se como qualquer turbamulta sedenta de migalhas!
em defesa dos direitos liberdades e garantias ocidentais.
slow clap
Se os comentários dos da nova ordem vos parecerem todos iguais e desfasados em relação à propaganda do Kremlin, compreendam que isso não interessa nada. Os bannoninhos seguem a estratégia do guru , o que interessa é inundar o espaço público de merda.
“This is not about persuasion: This is about disorientation.” “flood the zone with shit.”
o joe estrummer sabe tudo de estratégias de desinformação
Testezinho, você insiste mesmo em ver-se ao espelho. Ai-ai…
Honrando o jornalismo, a dignidade humana e a verticalidade da coluna. A crónica de um Homem num oceano de homenzinhos, petiscando migalhas como ratinhos.
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Crónica de um homem só
(Bruno Amaral de Carvalho, in Facebook, 23/03/2023)
“Acabo de chegar a Lisboa da minha viagem ao Donbass e outros territórios controlados pela Rússia. Desde 2018, foi a quarta vez que visitei as regiões de Donetsk e Lugansk. Quando a Rússia decidiu intervir na Ucrânia, já havia uma guerra civil a desenrolar-se desde 2014. Ninguém me contou. Eu estive lá. No último ano, estive ali cerca de oito meses para acompanhar a escalada da guerra com a entrada da Rússia no conflito.
De cada vez que cruzo a fronteira em Uspenka ou em Novoazovsk, há uma sensação que teima em não desaparecer. A falta de jornalistas ocidentais no Donbass que mostrem o que ali se passa gera um profundo desconforto. É o confronto com o vazio mediático e com o óbvio desinteresse de boa parte dos meios europeus, incluindo portugueses, e norte-americanos em querer perceber a tragédia que se abate sobre a população destas regiões desde 2014.
Na fotografia, estou sobre os carris de Mariupol, perto da estação ferroviária completamente destruída. Neste lugar, há quase um ano, caminhei sobre as traves que separam os carris para evitar pisar minas numa caminhada entre comboios bombardeados, cadáveres e explosões, ao longe, quando tentava chegar ao porto da cidade, recém tomado pelas forças russas.
Desta vez, conversei com refugiados de Soledar e Artyomovsk (Bakhmut), entrei num presídio com centenas de prisioneiros de guerra ucranianos, entrevistei, novamente, o líder da República Popular de Donetsk, visitei a maior central nuclear da Europa, em Energodar, estive em Vasylivka, muito perto da linha da frente, onde as forças ucranianas tentam abrir uma nova frente, e pude caminhar pelas ruas de Melitopol.
Trabalhos que seriam valorizados, mesmo com todas as limitações técnicas, se não fosse este pormenor de estar naquele que parece ser o lugar “errado” da guerra. Como se houvesse lugares errados para se fazer jornalismo, não lugares, ocultados por um cemitério de propaganda. Como se eu próprio estivesse num casamento sem ter sido convidado para embaraço dos presentes ou fosse passageiro de terceira classe e andasse pelo convés do Titanic sem autorização.
Em Donetsk, onde normalmente estabeleço a minha base de trabalho, o som da artilharia era constante. Pude ver como Kiev continua a bombardear de forma insistente zonas residenciais, mercados, hospitais, escolas e terminais de autocarros. Uma vez mais, ninguém me contou. Eu vi. Há de haver sempre alguém que diga que a Rússia faz a mesma coisa do outro lado. Pois bem, se assim é, o dever dos jornalistas que lá estão é mostrar isso mesmo. E, pelo que temos assistido, não falta cobertura ao que acontece do lado da Ucrânia. Se há meios que não querem mandar repórteres para o Donbass ou que procuram desvalorizar o trabalho de quem lá está, devem ser, naturalmente, escrutinados também pelos seus leitores, espectadores ou ouvintes.
A democracia faz-se com pluralidade, mesmo quando pluralidade é sinónimo de coragem. Recordo que houve momentos, novamente, em que fui o único repórter no Donbass a trabalhar para meios ocidentais. Felizmente, também coincidiu com a presença de outro jornalista português da Antena 1 naquele lado. Independentemente dos meios para que trabalho, na qualidade de jornalista freelancer o meu compromisso é com os factos. Faço o melhor que posso, na maioria das vezes com o ruído das críticas de quem me quer silenciar, com obstáculos que praticamente nenhum outro repórter teve de contornar nesta guerra. E não o digo para romantizar as dificuldades. Digo-o porque não quero que outros jornalistas passem por isto. Não me sinto herói. E não sou.
Aqueles que deixei para trás são verdadeiros heróis. Mulheres, homens e crianças que enfrentam uma tragédia ano após ano desde 2014. Sem perspetivas de futuro, envelhecem sem pensar no dia de amanhã, sem saber se no fim do dia estarão vivos. E esperemos que esta guerra que alastra e se intensifica termine, em vez de ultrapassar aquelas fronteiras. Porque se assim for, esse será também o nosso destino.
Uma vez mais, agradeço o apoio de todas e todos os que nunca deixaram cair o interesse por aquilo que se passa do outro lado da linha da frente e que nunca deixaram de estar ao meu lado apesar de todos os ataques.”
Capacho, o homenzinho domina como ninguém o argumentum ad misericordiam (falácia da misericórdia)…
Que grande putanista:
“Vai perder clientes. Sou antimilitarista e acho que o militarismo é perigoso. A criação e o interesse permanente no desenvolvimento e proliferação de armas tende a levar a mais conflitos. Concordo com aquela pessoa que não é nem comunista nem um perigoso esquerdalho: o presidente Dwight D. Eisenhower, ex-comandante das forças aliadas na Europa e ex-presidente dos Estados Unidos. Ele disse que a partir do momento em que tenhamos uma espécie de keynesianismo militar, um exército permanente, uma necessidade constante de inovação desse exército, criando, portanto, um mercado de exportação para o que já não é inovador, isso aumenta o nível de armamento, os incentivos para utilizar e desenvolver novos armamentos. Tudo isso aumenta os riscos de segurança em geral.
Parece-me que estamos a tentar fazer uma revitalização da Europa em resposta a um conflito regional. É particularmente perigoso a longo prazo e já conseguimos reverter uma coisa que levámos décadas a fazer: constranger o militarismo alemão. Agora queremos mais militarismo alemão. Passámos muito tempo a tentar fazer com que a NATO fosse uma aliança defensiva e, cada vez mais, de cooperação militar e de desenvolvimento de treino e doutrina, mais do que de intervencionismo. Até porque as poucas vezes que interveio, como vimos, teve falhanços gravíssimos, à margem do direito internacional.”
Daqui:
“por muito que custe aos defensores da guerra infinita
24 DE MARÇO DE 2023 ÀS 8:17
a posição deles é insana:
https://setentaequatro.pt/entrevista/daniel-pineu-deixamos-literalmente-de-falar-de-paz-fomos-normalizando-que-guerra-e“
entretanto no sec XIV
https://www.jn.pt/mundo/diretora-de-escola-renuncia-apos-queixa-de-pai-sobre-nudez-da-estatua-de-michelangelo-16067887.html
Entretanto no século XIII,
“Meu pai me denunciou às autoridades russas”
https://www.dw.com/pt-br/meu-pai-me-denunciou-%C3%A0s-autoridades-russas/a-62130911