Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
As melhoras ao familiar de Estrela Serrano que para nós, que estamos deste lado, é mais uma pessoa entre tantas mas a experiência, a vivência passada ou presente de um drama destes na nossa vida dá-nos uma sensibiliade diferente quando sabemos que outrém se encontra a passar pelo mesmo. Que o sofrimento, no doente e no familiar (que sofre igualmente muito) lhe seja suave ou nem exista, se tal for possível.
:-( a morte faz-nos valorizar a vida. e a existência passa a ser contemplada com aquela ternura com que saboreamos uma manhã clara e fresca. e, sim, é verdade que quem vê morrer também morre um pouquinho – mas também morre de vontade de viver e de acumular vida. há uma solidariedade egoísta quando acaba, e começa, por ser uma tristeza feliz. ao sábado lá está ela. na verdade ela está lá sempre e eu é que só a vejo ao sábado com aquela gula de resistir. no olhar viajo-lhe os sonhos que a deixam por ser. volto sempre triste obrigando-me a ficar feliz por esperar que mais um sábado chegue com ela até quando a morte quiser. porque é a morte que sempre quer.
e abraçar é tudo o que nos resta. abraçar é, fazer, viver. aqui fica um meu abraço.
As melhoras ao familiar de Estrela Serrano que para nós, que estamos deste lado, é mais uma pessoa entre tantas mas a experiência, a vivência passada ou presente de um drama destes na nossa vida dá-nos uma sensibiliade diferente quando sabemos que outrém se encontra a passar pelo mesmo. Que o sofrimento, no doente e no familiar (que sofre igualmente muito) lhe seja suave ou nem exista, se tal for possível.
Uma das razões de uma necessária e terapêutica privação mediática:
http://pt.ejo.ch/top-stories/3-meses-marcelo-nos-destaques-noticiosos
:-( a morte faz-nos valorizar a vida. e a existência passa a ser contemplada com aquela ternura com que saboreamos uma manhã clara e fresca. e, sim, é verdade que quem vê morrer também morre um pouquinho – mas também morre de vontade de viver e de acumular vida. há uma solidariedade egoísta quando acaba, e começa, por ser uma tristeza feliz. ao sábado lá está ela. na verdade ela está lá sempre e eu é que só a vejo ao sábado com aquela gula de resistir. no olhar viajo-lhe os sonhos que a deixam por ser. volto sempre triste obrigando-me a ficar feliz por esperar que mais um sábado chegue com ela até quando a morte quiser. porque é a morte que sempre quer.
e abraçar é tudo o que nos resta. abraçar é, fazer, viver. aqui fica um meu abraço.