Palavra de honra

Nada me daria mais gozo, como cidadão apaixonado pela política, do que ver este absurdo concretizado:

Há uma solução que é um governo PSD, CDS, PCP. Uma ideia “provocative”. Não me repugnava que, num governo deste tipo, o PCP tivesse uma pasta social ou do trabalho. Jerónimo de Sousa é um homem sincero, um homem autêntico, um político sério.

Seria o equivalente à violação da Segunda Lei da Termodinâmica, teríamos de reescrever de raiz os tratados de ciência política. E a verdade é a de que Guilherme Silva e Jerónimo já se catrapiscaram, pelo que Bagão está apenas a levar ao seu zénite o estado de absoluta impotência desta pseudo-direita que ocupa o espectro partidário onde outrora se passearam líderes com ideias que justificavam debate (ou tão-só com ideias, chega para marcar a diferença face aos actuais PSD e CDS). Nesse alucinado Governo-Félix, onde Jerónimo teria direito à pasta da Administração Interna dos Sindicatos, ainda veríamos Portas acumular as pastas da Defesa, do Mar, da Agricultura e da Lavoura. Para a Justiça, talvez a Manuela Moura Guedes, pelo seu privilegiado conhecimento dos meandros de certos processos mais complexos. Outro ponto de reflexão concerne à presença de um homem sincero, um homem autêntico, um político sério em tais companhias, mas deixemos a questão para o anúncio do novo pacto germano-soviético.

Esperemos que estes visionários se entendam e nos salvem de Sócrates rapidamente, pois deputados têm que chegue e sobre. Até lá, a gargalhada não vai parar.

7 thoughts on “Palavra de honra”

  1. o gerómino nem precisa de dar a cara, basta continuarem avençados como sempre foram, podem até subir os preços dos serviços prestados à democracia que a asae não fiscaliza.

  2. Como é que ainda ninguém se tinha lembrado disto? Não é inteligente e original, este homem? O país está a perder um crânio.

  3. Isto é uma coisa sem jeito nenhum – dirá qualquer «popular» palavra muito usada nos velhos tempos do jornalismo de proximidade. De facto não há pachorra para tanto disparate. Safa!

  4. Já não se trata de a direita vender a alma ao diabo, quando convida os comunistas para uma coligação, mas i de lhes abrir as pernas, qual marafona, perdendo a pouca dignidade que lhe restava.
    Na direita remoem um ódio mesquinho e uma inveja indisfarçavel que os devia envergonhar, se ainda tivessem um pouco de vergonha na cara. Os rancorosos agruparam-se e ululam incessantemente. Não conseguem aceitar que um homem determinado vá vencendo contra ventos e marés e que resiste aos especuladores dos mercados e à cáfila dos despeitados que não aguentam ver quem vence onde eles sempre fracassaram. Portugal está no bom caminho, disse-o há cerca de três anos Cavaco e disse-o um destes dias a muito exigente Angela Merkel.
    Eu acrescentaria: finalmente!

  5. Ele há ocasiões em que quando certos “figurões” se saem com “arrotos” como este largado pelo Bagão, deviam ser sujeitos ao teste do balão. É que das duas uma, ou aquilo saiu depois de um almoço muito bem regado ou então o Bagãozinho está urgentemente a necessitar de internamento psiquiátrico, tal a bagunçada que vai dentro daquela mona.
    Pode também dar-se o caso de, como estamos no carnaval, ele ter querido ser engraçado. Só que por mais voltas que dê, o “exemplar” nunca teve, e continua a não ter, pingo de graça.

  6. tenho a certeza que o Jerónimo ama a cultura de tulipas, tenho a certeza. vou ter de arranjar maneira de ser ele a fazer consultadoria no meu canteiro. :-)

  7. Ena! A bagãozada já sabe mexer numa calculadora tipo “Texas Instruments”, comprada na «Triudus», é? Já começaram a fazer continhas de sumir e a perceber que só obterão um dia a “maioria absoluta” com os votinhos dos “camaradas”?

    Palavra de honra que também eu gostava de assistir à tomada de posse desse faustoso exemplar de Governo-aborto, ou Executivo-degenerativo, com Leonor Beleza na Presidência do Concelho, B. Félix em Vice-P. M. e Ministros do real calibre de um António Cluny, na pasta da Justissa, e um Mário Nogueira na Inducação, só para dar assim alguns exemplos mais pós-carnavalescos…

    Claro que teria que ser só mesmo a tomada de posse, safa, que ê tanh feilhs…

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