Palácio em ruínas

A direita tem tanta legitimidade para governar e presidir como a esquerda, é uma lapalissada. No que diz respeito ao legado dos eleitos para Chefe de Estado, porém, os exemplos não podiam ser mais contrastantes quanto à qualidade cívica e dimensão patriótica ao serviço do bem comum e do interesse nacional. Mário Soares e Jorge Sampaio terão inevitavelmente causado antagonismo político à direita mas não fizeram nada sequer comparável com a sombra do que Cavaco e Marcelo deixam como consequência de só se terem dedicado à intriga e à megalomania.

Cavaco usou a Presidência para tentar boicotar umas eleições legislativas, alimentando a judicialização da política e a politização da Justiça. Foi um ostensivo instigador da perversão das instituições judiciais desde 2008 até ao fim dos seus mandatos. Marcelo, depois de um primeiro mandato virado para a celebração popular da sua pessoa como presidente-rei, entrou em modo rei-presidente a partir da maioria absoluta socialista e não descansou enquanto não a dissolveu em ambiente de suspeição judicial.

Mário Soares e Jorge Sampaio são dois admiráveis exemplos de estadistas. Cada um deles, com estilos bem diferentes, honrou o cargo e respeitou a missão de ser o mais alto magistrado da Nação. Cavaco e Marcelo conspurcaram os poderes recebidos, foram um factor decisivo para a degradação da democracia. Democracia que acaba de ser atingida com um golpe até há pouco tempo considerado impossível.

O próximo Presidente da República vai receber um palácio em ruínas.

3 thoughts on “Palácio em ruínas”

  1. Marcelo nunca foi um democrata foi mais um que serviu da democracia para atingir os seus objectivos políticos e está mais do que demomtrado que quem não respeita a constituição da República e a manipula conforme os seus ideais é Marcelo.

  2. Qual ruína? Qual palácio?

    A LESTE DO PARAÍSO…

    O Universo obriga o Mundo a corrigir o seu teimoso erro.
    Quando o Mundo se inclina demasiado para um lado, o Universo mando-o inclinar-se para o outro lado.
    O Mundo teima em não aprender esse contrabalanço.
    É assim em tudo, desde as leis da física e da química até as leis da sociedade e da cultura.
    Logo, também é assim quando o Mundo teima em inclinar-se demasiado para o lado ‘Social’ em detrimento do lado ‘Individual’, e vice-versa. Razão pela qual a História do Mundo é esse baloiço entre ‘esquerda’ e ‘direita’, sem que o Mundo aprenda a contrabalançar-se por si próprio.

    Quando duas facções opostas começam uma luta (na esquismogénese dessa refrega e na escalada desse confronto) esquecem-se do resto que os rodeia e contextualiza. Perdem a capacidade de forjarem uma premissa exterior a essa sua bolha existencial, que é o que lhes permitiria discernir. Presos e condenados a essa luta dual, opositiva, isomorficamente simétrica não compreendem que a sua razão é a mesma do outro com quem se confrontam. Perdem a capacidade de serem ‘humanos’, regressam à animalidade evolutiva.

    «ESQUERDA/DIREITA», «SOCIAL/INDIVIDUAL», «FEDERALISTAS E UNIONISTAS (UE, URSS, USS, Uniões, Federações, tudo misturado, miscigenação, globalismo, internacionalismo, etc.) / NACIONALISTAS (Nações, Pátrias, Diferença, Independência) … Triste sina a do Mundo, que não aprende com o Universo.

    OUÇAM AS VOZES dos outros. E vejam como o Universo tenta equilibrar a oscilação entre o Social e o Individual, entre a Esquerda e a Direita, entre o Federalismo Unionista e o «Direito à Soberania e à Diferença»:

    «E é nisto que eu acredito: que a mente livre e criativa do ser-humano individual é a coisa mais valiosa no mundo. E é por isto que eu estou disposto a lutar: pela liberdade da mente livre human tomar qualquer direcção que queira, sem ser comandada por outros. E é contra isto que eu vou lutar com todas as minhas forças: qualquer religião, qualquer governo que limite ou destrua o Indivíduo. É isto que eu sou, e é esta a minha causa. Posso até compreender que um sistema baseado num ‘padrão’ (União, URSS, USS, UniãoEuropeia, império, etc.) tenha que destruir a mente livre, pois esta é a única coisa que pode inspeccionar e destruir um sistema deste tipo. Concerteza que compreendo. Mas lutarei contra isso, por forma a preservar a única coisa que nos separa das restantes espécies. Pois se a mente livre do ser-humano for morta, estaremos perdidos.» (John Steinbeck, ‘A Leste do Paraíso’)

    “Querem obrigar-nos a participar na guerra na Ucrânia, a aceitar imigrantes, e querem doutrinar as nossas crianças. A UniãoEuropeia (os que agora mandam e estão em Bruxelas) anda entretida a querer ser um Império como no passado. Anda a gastar o dinheiro em guerras, abandonou as pessoas, os agricultores, a classe média e as empresas, limitando «os direitos das Nações». As forças pró-Soberania das Nações vão restaurar a vida normal. ‘Bruxelas’ quer que toda a União participe na guerra na Ucrânia, algo que a Hungria rejeita. Este ano (em 9 de março de 2024, nas eleições europeias) vai ser decisivo. No final do ano de 2024, seremos a maioria no mundo ocidental. Estamos perante uma viragem SOBERANISTA, tanto nos Estados Unidos como na União Europeia. Os europeus percebem que a UniãoEuropeia (‘Bruxelas’) lhes quer tirar a Liberdade. Nas eleições europeias de 9 de junho 2024 os Europeus que não se escondam. Têm de ir às urnas votar. Porque o que está em causa é se decidem defender a vossa Pátria, ou se continuam a comer o pão dos outros.” (Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, 15março2024, Lusa)

    OUVIRAM? VIRAM? É assim.

    Em 10 de março de 2024 foram mais de 1 milhão de votos. Nas próximas eleições será muito mais. Até que tudo se volte a equilibrar novamente como o Universo quer.

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