É hoje claro que o Governo tinha suspeitas vindas dos serviços de informação do Estado que davam como provável, num qualquer grau, um cenário de greve dos motoristas com graves episódios de insubordinação, boicotes e alteração da ordem pública. Isto com o País literalmente em trânsito por causa das férias. Neste cenário, os fenómenos de pânico social poderiam ser devastadores e sistémicos. Algo aproximado a um ataque terrorista de grande escala ou cataclismo natural.
Os cínicos e os demagogos fazem o que podem, dizem que a dramatização dos governantes foi artificial, excessiva e até desejada ou mesmo planeada para obter ganhos políticos (parece que tal preocupação com a segurança e qualidade de vida de milhões de pessoas provoca “maiorias absolutas”, garantem essas grandes inteligências). O facto é que ninguém se atreve a sugerir o que deveria o Governo ter feito que fosse substantivamente diferente, apenas querem morder na canela da perna a que se agarram desesperados com medo de ficar para trás.
Quanto a problemáticas conexas, como a lei da requisição civil e a justiça que assiste aos motoristas nas suas reivindicações, ainda bem que se discutem. Não consta é que os cínicos e os demagogos pretendam dar-lhes palco.
Sistémicos a que nível?
Estás a esquecer a mão do Putin, e o pé do KGB… e a pila do Bachar Al-Assad, já agora. A mão, o pé e a pila, toda a minh’alma se arrepela, vem aí o Armagedão, ora agarra aqui c’a mão. E os camiões-cisternas carregados de Novichok preparados para nos envenenar os tanques das carroças, caraças? Disse-me um passarinho, de mãos dadas com uma passarinha, que havia batalhões deles em Aveiras de Cima, preparados para deitar o país abaixo. Sem esquecer a Trump connection, conspirada na Área 51. Mas que grande 31!
Em vez de cínicos e demagogos, talvez inocentes, tão inocentes que alguns, com receio que o PS tenha a maioria absoluta, retiram-lhe o voto, para o dar, não ao PCP que parece não ir muito à bola do Pardal, mas talvez ao BE que se tem limitado a meter os pés pelas mãos. Podia ainda ser pior.
o SIS trabalha muito mal , então. devem ser género agente 86, Maxwell Smart, vêm o KAOS por todo o lado :)
Bem fez a amazona Cristas continua de férias e, mandou o “falta de ar” falar
sobre a revisão da Lei da Greve mesmo com uma eventual revisão cirúrgica
da Constituição! Agora, o Rio continua a não perceber nada do assunto e,
mostra que nunca será solução para liderar um governo … só se for num ver-
dadeiro Circo como o palhaço principal! Já a Catarina do BE continua mal
avisada na critica ao Governo até o grande ex lider sibilante Louça começou
a virar o bico ao prego na sua intervenção última na SIC!
Falta saber se o SIS tem recolhido informação sobre o tal movimento chamado
de ZERO que mistura as forças de segurança com um caderno reivindicativo
ainda não totalmente divulgado … tudo à revelia dos muitos sindicatos existen-
tes nesse sector específico que, dizem nada saber sobre o assunto!???!
O Pardal na realidade é um colete amarelo.
O homem veio de França com o colete vestido e não por acaso aterrou no Sindicato dos (Motoristas) Perigosos. Preocupado com as condições de trabalho dos motoristas? Revoltado com os salários da classe? Ora bolas… se o Pardal tivesse esse tipo de preocupações podia defender os direitos dos reformados, dos empregados de escritório, dos trabalhadores do calçado ou dos têxteis, mas não…
O que o Pardal procura é criar uma federação de descontentes, estivadores, movimento zero, sindicatos da PSP, outros movimentos e sindicatos com poder para provocar séria perturbação e disrupção na sociedade.
Esse objetivo esteve presente ainda antes do inicio da greve quando ao coletes amarelos apelaram à marcha lenta na ponte 25 de Abril (sempre!) e ao buzinão frente à AR. Continuou presente quando o Movimento Zero apelou ao sindicatos da PSP para que faltassem ao serviço.
Continua presente nos aparentes zig zags do Pardal quando de manhã apela ao incumprimento dos serviços mínimos e da requisição civil e à tarde afirma que não, é tudo para cumprir. Está ainda presente quando faz referência a motoristas presos, sabendo que isso não é verdade. O que o Pardal pretende com esse comportamento aparentemente errático, é provocar uma reação mais musculada do Governo e das forças de segurança, reação essa que possa colocar do seu lado a opinião publica ou parte dela.
Afinal de contas o Pardal já percebeu que as coisas não estão a correr como esperado e que é muito improvável que consiga os seus intentos. Em Abril em apenas dois dias puseram o país de joelhos e agora… Aliás a vitória fácil de Abril foi mais combustível que tiveram para avançarem para esta greve radical.
Este carnaval vai durar mais alguns dias e creio que não terminará sem que haja problemas de ordem pública, oxalá me engane.
Em resumo o que esta greve pretende é subverter as eleições e o seu resultado. Não é novo, já aconteceu noutros lados e afinal de contas Portugal tem um governo de esquerda mesmo à medida para tentar uma coisas destas.
eu percebo os policias, digo já. tive de servir de testemunha a um ,que foi massacrado porque sacou da arma, sacou só. o outro era um puto delinquente com problemas psiquiátricos todo maluquinho com pastilhas e uma garrafa partida na mão a servir de arma a ameaçar outro homem, e com cadastro., o puto. foi ridícula a cena toda no tribunal.
Ah!, eu ouvi dizer que os motoristas tinham bombas nucleares portáteis ….
fcfsport, ao nível em que um cenário de corte no fornecimento de combustível com conflitos graves geraria uma corrida aos supermercados, à falta de víveres frescos nos mesmos e de rápida rotura de mercadorias em armazém com ocorrência de potenciais actos de vandalismo colectivo, ao mesmo tempo que o sentimento de insegurança aumentaria com a ameaça de falha nos serviços estatais de assistência hospitalar, vigilância, socorro e protecção policial.
Os motoristas não tinham bombas nucleares portáteis mas o Pardal, e talvez alguns mais não motoristas, pensaram que tinham uma bomba atómica pronta a usar e até falaram e ameaçaram com tal arma à partida para meter medo aos políticos portugueses corruptos, feios, porcos e medricas.
Vai daí, com medo de perderem o tempo político ideal, largaram a bomba de efeito lento mas com retardador sem limite e destruição total a médio-longo prazo.
A linguagem do Pardal não enganava ninguém pois falar de bomba atómica para lançar sobre o próprio país é próprio de louco ou de ultra-expert com extra-intenção.
Contudo os estudos de estratégia ou marketing dos pardais foram de fracos amadores e ainda piores políticos pois era de prever a falta de apoio dos portugueses que, a longo prazo e perante a total impossibilidade de poderem viver a sua vida, acabariam por revoltar-se.
Pensaram, talvez, que a revolta seria contra o governo e um estado de caos faria cair o poder na rua e depois nas mãos de gente amiga.
Provavelmente o Estado também pensou no que os pardais pensaram e sem tibiezas fechou barreiras, preparou trincheiras e a bomba atómica ficou sem detonador e poder de fogo muito rapidamente.
Todos os que choram o fracasso da bomba atómica segundo argumentos de que o governo coarctou direitos da greve, abusou de força ou teceu um plano maquiavélico, uns fazem-no porque ficaram perdedores políticos outros fazem-no porque actuam segundo a estratégia de que o que dá noticia, se faz notar e sobressai nos media é o dono morder no cão, isto é, nos políticos do governo.
Estes são os oportunistas que pensam como melhor modo de singrar na vida é tornarem-se chatos profissionais.
E que tal perceber de uma vez por todas que os motoristas ganham uma merda e o que vai para além da merda é pago com ginásticas fiscais que permitem aos patrões poupar ilegítima e imoralmente nos impostos, não contando, assim, para a reforma.
Que esses truques fiscais prejudicam não só a reforma dos motoristas mas também os cidadãos contribuintes que somos todos nós.
Que a dita reforma, calculada na base da merda, merda terá obrigatoriamente de ser.
Que os homens têm necessariamente isso em conta nas reivindicações actuais, pois, se tiverem pelo menos dois neurónios, sabem que será avisado acumular um pequeno pé-de-meia que eventualmente lhes renda um igualmente pequeno rendimento extra para completar na velhice a merda da reforma de merda.
Que mais uma vez aposto o meu colhão esquerdo e metade do direito em como a maioria dos que aqui vêm mijar de cima da burra e exortar ao mata e esfola tem um rendimento mensal superior não apenas ao que os motoristas ganham hoje mas também ao que querem ganhar amanhã.
Que muitos destes ilustres mijadores têm profissões liberais e, nos cálculos sobre rendimentos presentes e futuros, na vida activa e depois dela, fazem raciocínios e usam fórmulas e equações de natureza completamente diferente das de um trabalhador por conta de outrem.
Que, por isso, muitas das postas de pescada aqui arrotadas se devem provavelmente a práticas sociais diferenciadas e critérios de classe distintos, e à consequente dificuldade que muitos eventualmente terão em entender e colocar-se na pele do Outro.
Que a ANTRAM e seu representante demagogo têm feito tudo e mais um par de botas para provocar rupturas e impedir uma negociação digna desse nome, para conseguirem na secretaria exactamente aquilo que lhes foi generosamente oferecido pelo Governo com a requisição civil, tentando assim partir a espinha ao sindicato para, no futuro, poderem negociar com sindicatos fofinhos e vergonhosamente amarelos como a Fectrans.
Que é irónico que estes amarelos fofinhos sejam agora tão elogiados e apaparicados pelos mesmos que geralmente os desprezam e “acarinham” com epítetos como “correias de transmissão” do PCP, quando não os acusam exactamente dos mesmos pecados subversivos que agora atiram à cara dos motoristas.
Que o Governo tem procedido de uma forma a curto prazo formalmente eficaz, mas de duvidoso sucesso no médio e longo prazo, já que o recurso a polícias, gê-ene-erres e militares é manifestamente inviável num futuro alargado.
Que os motoristas em requisição civil, trabalhando oito horas diárias, conseguirão aguentar tecnicamente em greve durante muito tempo, ou seja, nesse futuro alargado com que o Governo terá de lidar.
Que, sendo manifestamente improvável conseguir ‘partir a espinha ao sindicato’, será avisado da parte do Governo mudar a agulha e convencer a ANTRAM de que terá, ela sim, de engolir a arrogância e deixar partir, não a própria espinha, mas pelo menos um dedo mindinho.
Que comparar trabalhadores e representantes que dão a cara, com um comportamento civilizado, cumprindo praticamente tudo a que a lei os obriga, com um movimento clandestino de alegados bófias que escondem o focinho e ameaçam o país com ‘cataclismos’ indefinidos, mas de dimensão estratosférica, eles, sim, tresandando a extrema-direita, é, mais uma vez, comparar a Feira de Borba com o olho do cu.
Que Vossas Senhorias deviam parar um bocadinho para pensar e fazer o vosso melhor para não atirar mais achas para a fogueira, evitando uma pouco saudável proliferação da asneira incendiária.
E, finalmente, que me dei ao trabalho deste arrazoado todo pelo respeito que, apesar das discordâncias, me merecem ainda alguns (que não todos) dos que por aqui aparecem.
A paz seja convosco.
E, já agora, que tal deixarem-se da demagogia oportunista de usar constantemente um simples pardal para tapar 800 homens com uma situação profissional, salarial e social que com a do pardal (ainda que se alimente de alpista dourada) não tem qualquer relação? É que, caríssimos confrades e confradas, os 800 continuam lá, não desaparecem com habilidades ilusionistas tão primárias como essa.
Camacho,
Não estando em causa a legitimidade dos motoristas para reinvindicar melhores condições de trabalho e de remuneração, nomeadamente através da greve, não te passa pela cabeça que na bondade dos seus fins possam estar a ser instrumentalizados para outros fins alheios a esse proposito ? Nunca viste isso acontecer noutras situações ? E, a ser assim, o que recomendarias ao governo ? Que deixasse instalar-se o caos em nome do beneficio da dúvida ?
Que pena o arrazoado, que disse verdades que todos reconhecem, ter sido exposto com raiva, quase com ódio, palavreado grosseiro e acusações dispensáveis. Nunca esteve em causa “a legitimidade dos motoristas para reivindicar melhores condições de trabalho”, que não é só dos motoristas mas de todos os trabalhadores. O governo não esteve contra ou a favor de qualquer dos intervenientes, teve foi que se precaver, e bem, face à arrogância, às ameaças, aos pedidos de desrespeito aos legítimos serviços mínimos, etc., efectuados, em particular, pelo representante dos motoristas, o senhor Pardal. Custa assim tanto reconhecer que a razão, toda a razão, nunca está só de um lado? A falar é que a gente se pode entender, não a gritar e insultar.
Eu sei que não estamos em 1973.
Sei que atualmente o mundo é outro completamente diferente .
Sei que a manipulação pode ser feita com meios mais eficazes e muito mais baratos que em 1973.
Sei que agora temos 4 estacoes de TV – antes só havia 1.
Também vejo que a comunicação social continua a esgravatar e manipula o Zé ( todas as estações…) com passagens em direto e outras já antigas mas sem data e hora das imagens e comentários.
Sei que os motoristas têm todo o direito a exigir melhores condições de trabalho ( muito pouco enfatizadas pois só se fala da renumeração) .
Sei que as necessidades básicas das pessoas não mudaram. e até sejam mais exigentes.
Lembro que o golpe de estado no Chile foi em Setembro de 1973 fortemente potenciado por uma greve de camionistas que durou 26 dias e a ajuda da Cia e EU…..entre muitos outros.
Claro que não imagino agora um golpe como o do 1973. Mas atualmente haverá outras formas de derrubar governos e provocar o caos E o egoísmo é muito maior .
E o comentário do Pedro Martins 17 de Agosto de 2019 às 22:53 é muito interessante.
como é possível que digam sem se rir que a comida ia faltar ? não estamos em Cuba, isto não é uma ilha. estamos a 3 horas de Espanha, e isso , os que estamos mais longe. tumultos em Portugal ? só se for qualquer coisa ligada ao futebol,de resto, mais sossegados não há. os últimos tumultos devem datar de quando? sec. XVIII ?
Adoro as piruetas que certos contorcionistas têm dado para vestir o colete amarelo dos motoristas sem parecer que aprovam os seus métodos de luta. A ideia base é nunca falar das consequências desses métodos de luta para a população e para o país e, ao mesmo tempo, culpar o governo por não resolver o conflito e censurá-lo por tudo o que faz para o resolver ou para prevenir as consequências de uma greve que ameaçava declaradamente querer paralisar o país. Rui Rio é useiro e vezeiro nestas perigosas ginásticas, já exibidas durante a greve dos professores, por sinal com péssimo resultado para ele próprio. E enquanto tenta de novo, desesperadamente, retirar dividendos políticos do seu contorcionismo, o patético Ruizinho vai acusando o governo de alimentar o conflito com fins eleitorais…
Nunca um dirigente laranja mostrou tal indigência retórica. Nem para demagogo serve.
Julio,
O Rio não está sózinho nessa deriva. Veja-se o que escreve Louçã no expesso. Tudo malta de grande honestidade intelectual, não haja dúvidas!
«E que tal perceber de uma vez por todas que os motoristas ganham uma merda e o que vai para além da merda é pago com ginásticas fiscais que permitem aos patrões poupar ilegítima e imoralmente nos impostos, não contando, assim, para a reforma.»
É verdade. Mas é verdade desde, pelo menos, fins dos anos’70 quando as empresas e especialmente as PME acordavam e pagavam aos trabalhadores parte dos salários em subsídios de “estadia e deslocação” e aos quadros idem, idem mais “carro da empresa”, “telefone de casa”, “seguros especiais” de aforro, etc.
Tornou-se, depois, prática corrente porque beneficiava ambas as partes; o patrão poupava e o trabalhador também porque recebia mais dinheiro limpo. É evidente que tal prática, à qual o Estado fechava os olhos, um dia tinha de rebentar quando os trabalhadores percebessem que isso os prejudicava fortemente quando estavam de baixa assim como depois na reforma.
Os sindicatos sabiam disso perfeitamente mas tomavam tal como uma ajuda imediata aos seus associados, e estes também, e nunca levantaram a questão até agora.
Fazem-no agora e bem; já não era sem tempo e têm total razão acabar com tal anomalia.
Contudo esta questão é uma parte da questão total e como tal devia ter sido questionada pelo sindicato qual a melhor maneira de, com tal argumento forte do seu lado, fazer valer essa força dos trabalhadores sem perder a razão junto da maioria dos portugueses.
Uma distorção salarial de décadas dificilmente poderia ser remediada de repente e para mais com o dedo no gatilho da “bomba atómica” sobre todos os portugueses o que prenuncia intenções menos claras.
Já aqui discutimos modos e tácticas políticas de A. Costa acerca do caso Sócrates. Já todos percebemos que Costa não mata moscas com vinagre mas com açucar; que é um corredor político de fundo e que sabe levar a água ao seu moinho sem pressa, subtilmente.
E sobretudo que é um político que não pode ser substimado.
Júlio, meu! E o que tenho eu a ver com o Rui Rio? Já por aqui vi, aliás, grandes elogios ao senhor, o Valupi até lhe dedicou em tempos uma posta, cuja basicamente rezava “temos homem, vemos finalmente alguma honestidade e integridade na direita”, e isso não implica que o Valupi vá votar nele. Idem para moi, je, me, myself and I. Por mais que o rapaz possa, como o relógio avariado, estar certo duas vezes por dia, e isso aconteceu agora num ponto ou outro, não há nem haverá nunca, nem que o Inferno gele, a possibilidade de o meu voto cair alguma vez num partido da nossa direita foleirosa. Votei pela primeira vez PS em legislativas em 2011, por causa do que já então a direita e alguns oportunistas de esquerda estavam a fazer ao Sócrates. Até essa altura, e desde o 25 de Abril, o meu voto fora sempre para o PCP e depois CDU. Sei que votei uma vez no Bloco, não me lembro bem quando nem em que contexto, e apostei no António Costa para a Câmara de Lisboa. Foi o actual comportamento oportunista do racha-sindicalista de aviário que me convenceu a transferir o voto para o Bloco nas próximas legislativas, e não qualquer sinistra conspiração de coletes-amarelos com o Putin, o Farage e a Micas-Quer-Que-Engula-Ou-Deite-Fora do Intendente.
Quanto ao Louçã, ainda não li, a tabacaria que me guarda o Expresso em papel fechou mais cedo no sábado, só poderei degustar a prosa amanhã. Mas, não tendo o gajo um pintelho sequer de burro, ainda que por vezes divague, suspeito que concordarei com ele. Vou ainda tentar lê-lo online esta noite, se estiver acessível.
Não se trata aqui de “culpar o governo por não resolver o conflito e censurá-lo por tudo o que faz para o resolver ou para prevenir as consequências de uma greve que ameaçava declaradamente querer paralisar o país” (Júlio dixit). O que se trata é de, com legitimidade democrática, desaprovar e criticar o facto de o governo (talvez com a excepção do ministro Pedro Nuno Santos) ter oportunisticamente permitido e mesmo encorajado a ANTRAM a uma posição de intransigência que encaminhou o processo para um beco sem saída que tornou inevitável a greve. E isso, como diz o relógio avariado, para poder exibir a sua ‘firmeza’ e daí sacar dividendos eleitorais. Quando o rei vai nu, não é o filho da minha mãe que vai gabar-lhe a belíssima farpela Armani.
Acabei agora de ler no DN online o seguinte arroto do ministro Matos Fernandes: “O Governo está disposto a mediar o regresso das negociações entre o SNMMP (…) e a Antram (patrões). Deixa porém um desafio: no plenário desta tarde, o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas terá de desconvocar a greve.”
“TERÁ DE”, bolça o parvalhão sem vergonha! Que diferença há entre este vómito e a exigência nuclear dos patrões? Como pode o sindicato confiar na mediação de um governo com um ministro destes? Eu se fosse a ANTRAM poupava umas massas e prescindia já do actual porta-voz. Quem é que precisa de um advogado, quando se tem um ministro nas fileiras?
“bolça o parvalhão sem vergonha!”
parvalhão és tu e com vapores hilários da treta tipo rap. não há negociações de paz sem cessar fogo, vem nos livros que tens a mania de dizer que leste.
Já leram o artigo de David Dinis, publicado no Expresso, sobre o E-mail do motorista Fernando Frazão, que em Janeiro transportou o presidente Marcelo, a ameaçar com uma greve que provocaria uma revolução civil? O SIS e a PGR desvalorizaram o documento, mas já leram? Vale a pena, nem que seja só por desfastio.
Tiveram ou não tiveram? Deixemos isso. O sindicato dos motoristas de matérias perigosas desconvocaram a greve. Sem palavrões, ofensas, ameaças ou acusações, pelo menos da maioria, segundo penso. Para já, uma boa notícia.
O coliforme parvalhatz, desde que, à força de agitar freneticamente a cauda em busca de um dono, foi contratado para limpar algumas retretes do poder, meteu no bolso o nick que o tornou notado e passa agora a vida a saltitar de nick em nick, mantendo apenas o estilo cobardola habitual de, bem escondido atrás dos arbustos, atirar pedras aos carros que passam na auto-estrada. Apesar do fedor que exala, conservam-no por enquanto os novos amos ao serviço graças às assinaláveis poupanças que conseguem em materiais de limpeza, nomeadamente detergentes, Harpic, esfregonas e piaçabas, que deixaram de ser necessários na higiene das retretes porque o parvalhatz diariamente rebaptizado limpa tudo com a língua: lavatórios, sanitas, bidés, nada lhe escapa, fica tudo a brilhar. Até para desentupimentos serve: sempre que um cagalhão mais gordo entope a canalização, o parvalhatz plurirrebaptizado enfia lá a língua e está o problema resolvido. São, aliás, estes os momentos em que mais se sente realizado, preenchido, o que não é de estranhar, dado que fica com a boca cheia, acrescentado mais poupanças aos afortunados donos, que amealham mais uns cobres na alimentação que em dias de desentupimento deixam de lhe fornecer, adquirida regularmente numa ETAR próxima.
Mais cedo do que tarde, porém, aprenderá o coliforme parvalhatz que os arbustos que acredita esconderem-lhe a peida e a língua não são, afinal, tão opacos como julga, além de que, quanto ao cheiro, nem arbustos de chumbo conseguiriam disfarçá-lo, mas, enfim, não quero estragar-lhe a surpresa.
E que tal olhar para as causas?
Qual o verdadeiro objectivo do “outsourcing” em geral?
E no caso da Galp e outros em particular?
A Galp desfez-se da frota de transporte que tinha e vendeu a muitas empresas, muitos “empregados por conta própria” e uma maioria de pequenas transportadoras. A seguir usou o seu poder para esmagar preços, e assim poupar nos custos, pois não já não tem os motoristas a quem pagava decentemente e de forma legal.
Depois em falam em Pardais, Antran e amarelos.
Se falar no abjecto comentário do “pastoso” quando afirma sem vergonha que os motoristas precisda de trabalhar até 60 horas por semana para realizarem o trabalho que lhes entregam e aos seus afilhados da função pública trabalhar 35 horas por semana é que está certo!
O Jerónimo apareceu ontem a dizer… perdão, a ler umas larachas castradas e aparvalhadas vestindo uma bela camiseta amarela. Puta de ‘coincidência’!
o que diz o F: Heleno foi o que me explicou o dono de duas gasolineiras. a concorrência é feroz.
“foi o que me explicou o dono de duas gasolineiras. a concorrência é feroz.”
deixa lá… se fosse dono de três era pior, fazia 3x+ concorrência a si próprio. vota nos iniciativa que eles liberalizam o monopólio e acabam com a concorrência.
Obrigado, valupi. Não tenho a mesma perceção da necessidade de uma ação tão musculada e assertiva num país com uma largura de 150 km.
Dois aspetos impressivos: a absoluta incompetência, ignorância, impreparação e sensacionalismo dos jornalistas e o chico-espertismo do portuga (nem o emigrante escapa), que nada se preocuparam com a substância, mas apenas em enganar.
“Ai Portugal, Portugal,
Do qu’é tu estás à espera?”
“Não tenho a mesma perceção da necessidade de uma ação tão musculada e assertiva num país com uma largura de 150 km.”
não fazes ideia da largura do país , arrotas percepções da necessidade de acções musculadas & assertivas e diagnosticas incompetências, ignorâncias, impreparações, sensacionalismos e xico-expertising aos outros. manda o currículo que o sindicato dos taxista quer admitir um médico para a presidência.
O coliforme parvalhatz rebaptizado ataca de novo! Tapai o nariz, cidadãos, cidadonas e cidadlgbtabcdefghij…!
O Pardal destacou a imparcialidade do governo? Ó diabo, os indefectíveis ainda dão cabo dele.
fcfsport, não teria sido possível ter feito um referendo sobre a resposta do Governo à ameaça de greve “por tempo indeterminado”, certo? Donde, qualquer resposta do Governo estaria condenada a suscitar críticas negativas, deste ou daquele espectro político, ou de ambos os extremos. A lógica adoptada foi a de mostrar tolerância zero perante a inaudita e gravíssima disrupção dos sectores vitais da economia e da segurança nacionais.
Como é óbvio, aqueles que se queixam dos supostos “excessos” teriam sido os primeiros, e com muito maior energia, a berrarem contra a fraqueza e o falhanço do Estado calhando ter-se cumprido o que foi ameaçado.
ó love, a concorrência entre as transportadoras…percebeste? têm de fazer o menor preço possível para ficarem como os fretes . se ganham uma miséria não podem pagar bem. hoje era o dia de dares folga ao teu segundo neurónio, é isso ?
O què, ainda têm dúvidas sobre o que se passou e o que se evitou que passasse? O quê, antes de mais e mais inúteis especulações não será preferível aguardar pelo fim das negociações entre as partes interessadas? Haja calma e bom senso.
Escrevi mais acima (dia 18, 16.24): “Quanto ao Louçã, ainda não li, (…) Mas, não tendo o gajo um pintelho sequer de burro, ainda que por vezes divague, suspeito que concordarei com ele.”
Pois li esta noite, e aconteceu o que previa. Excepto num ou noutro pormenor sem importância, a prosa do Louçã é um exercício de lucidez no panorama de surpreendente sectarismo burro a que temos assistido nas últimas duas ou três semanas, ferozmente (por vezes mesmo vitriolicamente) escrevinhado e verbalizado por gente alegadamente ‘moderada’, que do coração de esquerda resolveu usar apenas a aurícula e o ventrículo direitos em contas de mercearia em que vende despreocupadamente a alma, gente que toda a vida acusou (a maioria das vezes talvez com razão) os sectores à sua esquerda do pecado em que agora chafurda alegremente.
É irónico, mas também esclarecedor, e só não digo assustador porque, para falar com franqueza, basta olhar para eles e pensar com calma durante meio minuto para qualquer hipótese de susto se transformar em gargalhada. Não é racha-sindicalista quem quer. E se acaso tentarem provar-nos o contrário, bueno, haverá que mostrar-lhes que estão equivocados. Há terapias para infecções dessas, nomeadamente as que resultam de uma avaliação em sentido lato das implicações de inúmeros princípios básicos da Física, como a Terceira Lei de Newton, por exemplo, e seus potenciais corolários.
A paz seja convosco, e comigo também, claro.
Camacho,
Para “exercicios de lucidez” do Louçã, confesso que me bastou o chumbo do pec iv.
Mas sempre acrescento que me parece curisoso que tu consideres “lúcido” o exercicio de cenarização desenvolvido pelo Louçã e implausivel o cenário que serviu de argumento ao governo para agir como o fez. Tens razões de facto para sustentar essa escolha ou fizeste-a por razões de fé ?
deixem o capacho em paz. prá semana já diz mal do louçã, promete voto no ventura e assim sucessivamente, completando o tal movimento do relógio, que lhe é tão caro, e voltando à casa de origem para iniciar um novo ciclo de disparates e teorias da constipação. se o padreca louçã não fosse mais um impostor ao serviço do “pluralismo sic” já tinha sido corrido.
* https://www.youtube.com/watch?v=lSx4RkUbwaw
“qualquer resposta do Governo estaria condenada a suscitar críticas negativas, deste ou daquele espectro político, ou de ambos os extremos.”
Sem dúvida.