O XIX Congresso do PCP foi, involuntariamente, a consagração última do fracasso de Louçã. As vozes comunistas que passaram o fim-de-semana a separar as águas em relação ao BE não acrescentaram nenhuma novidade à política nacional, mas anunciaram formalmente, porque publicamente, que terão de ser os bloquistas a assumirem a sua grande culpa e a voltarem à casa do pai caso queiram participar na vitória sobre a História que o PCP se sabe mandatado pela ciência marxista e pela Natureza para realizar mais tarde ou mais cedo (mas talvez seja avisado apostar que será mais tarde, e lá bem para o final da tarde quase à noitinha).
Esta posição deixa o BE reduzido à imagem de um grupelho de baratas tontas, as quais andaram frenéticas a tentar dar lições de táctica ao PCP através da grande contratação do candidato presidencial Alegre, depois a ultrapassarem os comunistas no photo finish para a moção de censura ao Governo PS em 2011, e por fim a pedirem a esmolinha de uma reunião com Jerónimo para efeitos de simulação de procura de unidade à esquerda e retratos a distribuir pela imprensa – pelo meio, desperdiçando celeradamente a incrível ultrapassagem dos comunistas nas eleições de 2009. Como seria hilariante aparecer um vídeo desse encontro que durou à volta de uma hora. Uma hora. Uma hora para debater a crise do País e a junção de esforços para encontrar uma solução assinada pelos que mandam na esquerda pura e verdadeira. Uma hora. Trinta minutinhos para cada lado. Talvez vinte, com a conversa do tempo e da bola. Talvez quinze, com os cumprimentos e as despedidas, o sentar-se na cadeira, o isto e o aquilo. E ainda imaginamos a possibilidade dessa meia hora útil de converseta ter sido gastada apenas pelo prolixo e agitado Louçã enquando Jerónimo e restantes heróis soviéticos iam ouvindo num silêncio displicente pontuado pelos sorrisos siberianos face ao perigoso contra-revolucionário que tinham de suportar durante um bocadinho.
Louçã podia ter alterado radicalmente a política nacional, sim, mas para tal precisaria de ter escolhido como inimigo principal o PCP e não o PS. Caso tivesse percebido que a importância do BE aumentaria até ao ponto de ser decisiva numa relação directa com o enfraquecimento parlamentar e sindical dos comunistas, o seu esforço teria então sido posto na demonstração da inviabilidade do projecto comunista. Uma vez que os bloquistas já dominavam com eficácia mediática a agenda das causas sociais que apelavam aos eleitorados da esquerda, da enorme maioria do centro e até de parte da direita, o desafio de uma vida toda e inteira, com tudo e todos e todas e tudinho, consistiria na destruição do bloqueio à esquerda – essa estagnação que impede maiorias de coligação com o PS e a sua esquerda. Revelando que o PCP era anacrónico, tribal e um antro de aversão à democracia por obsessão fanática com um modelo de tirania iluminada, Louçã estaria na sua finest hour, assim gerando um pólo de atracção para públicos incultos na área comunista e para públicos românticos na área do PS. Conseguido esse feito de várias gerações, estariam finalmente criadas as condições que permitiriam ao regime ver o PS a ser puxado para longe da esfera de influência do PSD e CDS. E também seria possível testar as capacidades governativas dos quadros bloquistas, e de outros independentes da esquerda à esquerda do PS, na execução de políticas perante as circunstâncias e condicionantes da realidade. Só vantagens imperdíveis do ponto de vista dos interesses do BE, diríamos na nossa musculada e calejada ingenuidade.
Outro foi o caminho de Louçã. Por razões que se explicam pela falta de inteligência, tão mais chocantes num indivíduo tão intelectualmente dotado, o BE procurou crescer só à custa dos socialistas, acreditando que chegaria o dia em que bateriam à porta da Soeiro Pereira Gomes com o cadáver do PS nos braços, pedindo para entrar e fazerem as pazes. O resultado não podia ser mais trágico. Deve-se em grande parte ao BE o desastre nacional que foi a reeleição de Cavaco. E deve-se na devida parte ao BE a catástrofe nacional que consistiu no boicote ao Governo de Sócrates e no contributo para a entrega do País aos credores, a Passos e ao dr. Relvas.
Aquele que foi na sua juventude a gloriosa promessa de ser um pauzinho na engrenagem abandonou a dita deixando-a cheia de óleo grosso e nauseabundo.
deixa-te de merdas. o gajo fez caminho onde era mais fácil fazer, explorando contradições nas franjas socialistas, querias que o gajo vendesse o produto aos cromagnosos do pc? além de tarefa impossível, ainda levava umas cuspidelas na tromba e uns pneus furados cada vez que abrisse a boca, para não falar dumas acusações de roubo na comunicação social. quem tem cu tem medo e enfrentar a canalha comunista é para gajos de barba rija.
louça teve como resposta : ninguem peça ao pcp que deixe de ser o que é. agora vou ligar ao jeronimo: talá é o jeronimo? esta-me a ouvir? os socialistas querem que os senhores continuem a sonhar com “os amanhas que cantam”, como tal não desejamos que mudem rigorosamente nada.mantenham-se assim que estão muito bem.quanto ao quererem ir para o poder a conversa já é outra. nós socialistas “adoravamos” ve-lo a PM, e a governar no quadro democratico mas o povo é estupido.que injustos que eles saõ, depois de tanta oferta de bacalhau a pataco,porque de socialismo estamos conversados. repito continue assim que está bem.gostei de ver o pessoal a arrumar as cadeiras.muito eficientes.só que o pessoal do comite central não mexeu uma palha como diz o povo.
devem se ter enganado na media de idades do comite central.disseram que era de quarenta e sete,mas aquilo parecia mais um 97.chutaram a odete santos do comité,talvez por ter opinião diferente dos 97 de media quanto ao papel do ps na sociedade portuguesa.
O comunas com o seu braço armado, os sindicalistas dos comboios, metro, barcos e professores dominam esta treta toda.
Os deputados podiam todos ser serralheiros, operários com a 4ª classe, que a cassete tinha a mesma erudição se fossem professores.
Os sindicalistas e os bancários, tanto como os 1º ministros desde Mário Soares até Passos,
são os responsáveis pelo “monstro”, pelo “pântano e pela “tanga”
E continuam na maior!
Olha que entre o BE que tem uma sucessão dinástica e o PCP que tem uma sucessão papal, não sei qual deles é que terá mais óleo rançoso na sua engrenagem.
Apenas para alguns ignoros (vulgo abrunhos), que por aqui pastam.
Qual o país da UE, que tem como moeda o euro como nós, e tem como presidente um comunista?
E não foi imposto por um golpe de estado, nem era empregado de banqueiros.
eu digo alto e bom som, que o pcp não é um partido democratico mas um partido adaptado ao regime democratico (o que é bem diferente) enquanto estiver na oposiçao.no poder vem ao de cima toda a sua ideologia social fascista .classifico-os desta forma porque nunca criticaram os ex regimes do leste, continuam a odiar o homem da perestroika e continuam a apoiar regimes ditatoriais como cuba coreia .resumindo perante este curriculo, a oposiçao já é uma benesse do nosso regime democratico para quem no poder,não nos concedia esse direito.
Nuno Cm.
Podes agradecer aos comunas, o poderes ladrar assim em Portugal.
E não te esqueças, que em Portugal não tens mortes com a assinatura do PCP, mas tens alguns com a assinatura da União Nacional dos Tachos que nos governa, nos últimos trinta e cinco anos.
jojo,deves estar doente.a democracia nada deve aos comunistas pelo contrario.se somos um pais democratico temos que agradecer ao ps e todas as forças não social fascistas que se associaram à luta pela democracia depois de abril.jojo quantos anos tens? tivemos alguns na cadeia denunciados pelo pcp antes de abril.já agora tentaram assassinar lina ventura (militante do pcp na checoslovaquia) por criticar a invasaõ desse pais,quando estavam a viver a sua liberdade.jojo,liberdade como vês não é com os comunas.estamos fartos de retorica.
Nuno Correio da Manhã.
Vai contar istórias (sem H) aos camelos.
E já agora faz um levantamento dos assassinatos políticos, em Portugal.
E devolvam o que roubaram ao povo, incluindo as 500 toneladas de ouro, que (istoriadores) como tu acusavam o PCP de ter roubado.
A realidade dói não dói?
Por isso argumentas como argumentas, só para esconderes como apoiastes os ladrões, só podes mesmo ser aquilo que és um falhado enganado, ou um nababo que viveu e vive do que roubou a este povo.
Já perguntaram a vós próprios como sería Portugal sem Ps Pcp e Be ?
Já refletiram bem no ganho qualitativo que teríamos ?
Amnésicos, sem esses todos tínhamos o BPN.
Isto apenas, porque não estamos num estado de direito, se não tu e os gajos do BPN estavam todos na cadeia.
Se calhar estávamos um pouco melhor, sem PPDs e CDSs como tu e o resto da escumalha cleptocrata.
Democracia em Portugal?
Só se for democracia-â-portuguesa e essa está aí!
Nós não somos mais o”cantinho do ocidente” somos mais “o corno da europa”
pois é ratazana,quando não convem são” estorias” o muro caiu,porque as pessoas estavam cansadas de tanta qualidade de vida.louvo a tua coragem e a falta de vergonha,para defenderes o que não é defensavel.não confundas socialismo com o social fascismo que foi o regime que o pcp apoiou continua apoiar em nome do internacionalismo proletario paises como cuba e coreia do norte.olha quando chegares a casa,mas não chores!pergunta ao teu pápá: paizinho porque me andas a mentir há 15 anos? Val,temos que pedir o bilhete de identidade à entrada do aspirina b.
um pais sem o ps pcp e bloco ,era o pais que tinhamos antigamente.ai que saudades,milhares de analfabetos,de pobres, só 15 mil estudantes na universidade,20km de auto estrada,não podiamos acender o isqueiro sem licença,nem falar mal do governo, nem andar mais do que tres pessoas à noite ,ai que saudades ai ai.
Ó Nuno tens razão que faça falta o PS o PCP o BE e até o PSD e ainda mais uns pequeninos, mas olha que grandes países que nos tratam como “menorzinhos” só têm dois partidos e chega, e são bem maiores que nós.
Eu só tenho saudades do tempo do guarda nocturno que dava volta ao meu quarteirão e dispensava câmaras de vídeo.
E se em vez de 20000 arquitectos, só tivessemos 15000 estudantes, paciência, para assentar tijolo não tínhamos precisado de tantos brasileiros, guineenses, ucranianos.
Tudo é relativo Nuno, não te desgastes tanto.
O Val desgostoso de não “ver o PS a ser puxado” pelo Louçã, provavelmente à arreata, “para longe da esfera de influência do PSD e CDS”.
eu sou do tempo,que o giro do policia na minha cidade demorava 3o minutos.quando passava por nos,podiamos fazer todas as malandrices que ele só volvidos os tais 30 aparecia.reaça nessa altura, pouca gente tinha carro e numa cidade capital de distrito.num grupo alargado de amigos e mais os conhecidos só um tinha carro,e por que lhe saiu num sorteio. quando mais novos para andar de bicicleta tinhamos que a alugar a 1 escudo o 1/4 de hora. o frango que hoje é dos pratos mais baratos,na minha altura em muitas casas era o prato de luxo ao domingo.felizmente não passei por isso,mas olhava à minha volta.é para este pais que a direita nos quer levar,quando exige mais austeridade do que aquela que nos foi imposta.
O Nuno ainda não viu que comemos fiado frango de aviário, há imensos anos, e temos que o pagar com juros pensando que é muito baratinho.
O Nuno é daqueles que porque alguns que têm que entregar a casa com hidromassagem, vão deixar de tomar banho na bacia do lavatório com três pés, porque este já não se fabrica.
E de facto andar de cavalo para burro é chato para burro, mas também é engraçado e o trambulhão é menor.
Aqueles que se esqueceram o que foi o ancinho é pior.
oh reaça! fizeste a primária à trambulhão pato. com banhos de imersão podes reutilizar a àgua e quando a ôlha justificar juntas um pacote de massas jonette e fazes uma canja.
Ó Ignatz (com maiúscula), parece que és bruxo.
Só exageras na imersão, isso era para os ricos, e a primária foi nas aulas regimentais da tropa.
Isso foi comigo e com muitos pais de alguns dos milhares de engenheiros e médicos e arquitectos que agora vão substituir os seus velhotes a lavar escadas para o Luxemburgo e lavar carros para alemanha e servir à mesa para a Inglaterra.
Isso ´que foi uma crise!