Só pela abolição das maiúsculas iniciais nas estações do ano e nos meses, já se justificava defenestrar o Acordo Ortográfico. Nunca escreverei Fevereiro e Outono e Abril e Primavera de cabeça baixa. Jamais me conformarei à vergonha que políticos e académicos minúsculos aprovaram. O meu desacordo é capital.
O teu título está muito fixe. Mas olha os verões têm andado chalados de todo, que é só chuva e frio, portanto até nem estás assim tão fora do contexto. Os Verões merecem minúscula.
O pior, Val, é que os correctores ortográficos dos computadores se estão nas tintas para os resistentes.
Podia fazer-se uma história da resistência às reformas e acordos ortográficos em Portugal. E uma história, simétrica, de projectos estapafúrdios de reformas ortográficas. Conheço alguns episódios caricatos, outros heróicos, mas tudo em vão. Manda quem pode. E o Brasil.
Mas olha que os falantes franceses, italianos, espanhóis e brasileiros não andam assim de cerviz dobrada como dizes.
De capita, portanto. E eu que pensava que tinhas uma relação menos cerebral com o Português. :-)
No Verão e depois logo verão. Parece que é mais assim.
Mas aceitas 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª feira sem tugir. Ora, seria muito mais engraçado Ludia, Mardia, Mercudia, Jupidia, Venudia. Ou, pelo menos podiam ser Feiras capitais. Mas não são. São feiras. E a última leva a sexta para trazer a mercadoria (mais um erro ortográfico). Todos a postos para um fim-de-semana arrepimpa – Sábado e Domingo.
Vou à praia!
Só nos phodem…
Isto do acordo ortográfico é um nojo – quanto mais o conheço mais o detesto. É lixo!
vamos subvertendo-o – essa do ‘verão’ está muito boa, Valupi, sininho.
olha o caraças da correlação,
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=340798
Divulgação
:))
estes bacanos não conhecem os tugas e a moda das coincidências,
http://diario.iol.pt/esta-e-boca/lou-reed-musica-leonard-cohen/972803-4087.html
bem, vou ler A Queda de Roma que o Carlos V está de molho, e já comi a outra torta e tou a deitar ovos moles pelas orelhas
água de granito é a salvação,
mas portanto meu Caro, regressando aos sofás da Sociedade: concordemos com o jcfrancisco que a Geographia marca mais do que a História, como dizia o Nemésio, e portanto ando a achar que isso da Ibéria fazer um arco-íris sobre os atlantes até chegar à América Latina, é bonito. E ainda saem umas fitas coloridas para Africa, India. Agora tem o problema que eu enjôo de reis mesmo com uma guapa de permeio, não sei como vai ser isto,
Qual acordo qual quê: isto ainda vai dar molho! Há por aí muita gente que precisava de uma valente carga de porrada. Conseguem justificar toda a imbecilidade, com a ligeireza própria dos… imbecis.
Curioso que aceite então os dias da semana com minúscula. Não vejo qualquer razão em manter as maísculas. Tomara que os problemas «vergonhosos» (para retomar a sua expressão) da língua portuguesa fossem apenas uma questão de maiúsculas/minúsculas.
O trocadilho com a homofonia da palavra “verão” tem barbas. Isso não retira mérito à sininho, mas impede o Nobel para o meu título.
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Nik, que tenho eu a ver com a cerviz dos outros?
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Primo, vai-te habituando a esta evidência: todas as relações com a língua são cerebrais.
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sininho e Nuno Q., os dias da semana não causam equívocos, por um lado, e escrevem-se tradicionalmente com minúsculas, por outro.
Primo: claro que sim. Ou não fosse a ostraniene um processo cerebral.
Essa da ostraniene não faz parte do meu agenciamento. Mas tenho a certeza de estares certo quando a fundas num (qualquer) processo cerebral, primo.
Valupi, para mim, desde que acabaram as férias grandes de três meses que o verão perdeu a maiúscula inicial. Who cares!
É precisamente por se escreverem com minúsculas que referi esse facto.
Seja como for, acabou por utilizar um advérbio que é, como hoje se diz, todo um programa: «tradicionalmente».
Enfim. Colocar a questão em termos de eventuais equívocos não é grande justificação; a língua já tem actualmente palavras que se prestam a equivocos, mas o contexto da sua utilização funciona normalmente como factor de desambiguação.
Se assim não for, não me diga que não distingue, numa dada frase, uma «quinta» de animais de uma «quinta(-feira)»?
Pedro, I care. Não baixes os braços, como recomendou o nosso Presidente.
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Nuno Q., não se trata de medir a justificação de forma objectiva. Tudo numa língua é convencional, como todo o processo relativo ao Acordo Ortográfico demonstra, já para não falar no mero estudo da gramática e linguística. Então, eu insurjo-me contra a nova convenção, por gosto pessoal.
O facto de haver equívocos não anula o argumento contra os equívocos, pelo contrário. A economia da língua pede menos termos equívocos, precisamente para não estarmos dependentes da interpretação dos contextos, sempre mais morosa e errónea.
Não entendi o remoque contra o uso tradicional. E desconfio que não o vais conseguir explicar.
É só uma convenção, Valupi. Habituas-te, se não a escrever assim, pelo menos a ver assim escrito. Pior é partir uma perna.
Pedro, não sei se será pior do que partir uma perna, mas, à cautela, vou dar-te razão.
Vá lá, é pior do que partir as duas pernas e ficar cego de um olho. Está melhor assim?
L’Été comme il ne l’a jamais été.
2ªfeira, Lundi, Lunes, Lunes, Monday, Montag, Maandag, e por aí fora… :-)
Olha que farmácia também se escrevia tradicionalmente com ph… no tempo dos nossos avós.
Parece que nós gostamos de quebrar a tradição. Não será Valupi?
L’été comme il ne le fut jamais.
Pedro, agora, sim. No entanto, se ainda der para partir um bracinho, ficaria mais tranquilo.
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sininho, não é. Os portugueses não gostam de quebrar a tradição, nem de a transmitir. É essa a nossa originalidade.
Claudia… assim o trocadilho não funciona. L’Été e não l’été, certo?
Valupi, não concordo parcialmente. Gostam de quebrar a tradição e por isso não gostam de a transmitir. Somos uns originais.
Pedro, sugiro-te que sugiras o braço esquerdo para ver se a coisa endireita.
sininho, eu percebi o trocadilho, mas não é francês. É um francês aportuguesado que não existe. Deita essa frase à pubela se quiseres :-)
Quando a minha mãe andava na escola escrevia-se «mäi»; depois, no meu tempo de escola, passou a escrever-se «mãe». Não me azedam alterações mas sim elas serem feitas a toque de caixa.
Não te sabia tão cota, jcfrancisco.
Claudia, és futa demais para mim:-)
virá que eu vi!
(tranquilo e infalível como…)
hum,
futa
jcf, mäi, nunca se escreveu em português, mas sim mãi.
Un été comme il n’a jamais été. Ça c’est correct.
Un été pluvieux comme il ne l’a jamais été. C’est aussi correct.
Et envoyer quelqu’un chier sous la pluie, c’ est correct aussi?
Na realidade o acordo ortográfico dá-me vómitos, isto é uma vergonha, o descambar total.
Tal como escreveu Shark “só nos fhodem”, é que ainda me estou a rir com isto!
Ressalvo “phodem”
hi
q07oyggudh1tcoqx
good luck