Ontem recebi um esclarecimento sobre a posição do PS em relação à avaliação dos professores. Nele fui informado de que a recusa do PS versa apenas sobre o actual modelo, responsabilidade deste Governo, e não pressupõe a intenção de acabar com a avaliação como instrumento de aferição de competências e capacidades. Também me foi dito que não há qualquer desacordo entre o espírito reformista de Maria de Lurdes Rodrigues e o de António Costa em matérias de Educação. Bem pelo contrário. Assim, quando o programa estiver fechado lá se poderão encontrar as propostas que contextualizam e explicitam a notícia que ontem comentei.
Aproveito para dizer à meia dúzia de incautos que ainda me confunda com algum militante ou simpatizante socialista que existe uma coisa chamada ps.pt e que muitos dos principais dirigentes do PS têm presença assídua na comunicação social, para além de também estarem acessíveis nas redes sociais. É nessas fontes que se deve procurar informação autorizada e de qualidade a respeito do PS, não numa pobre alma penada que assina “Valupi”.
Por mim, e apesar do esclarecimento que agradeço e tomo como absolutamente verídico, penso hoje o que pensava ontem. Há uma intenção explícita em Costa de mostrar que com ele os professores podem ficar descansados. São muitas e boas, em termos de cálculo eleitoral, as razões para ir transmitindo a mensagem do enterro do machado de guerra. Uma enorme fatia do professorado sentiu-se traída pelo PS, seu partido de filiação ou proximidade, com a coragem mostrada por Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues no conflito épico à volta de uma tentativa de introduzir qualidade pedagógica na escola pública. Os resultados estratosféricos do BE em 2009 não têm outra origem. Com Costa, como ele tem dito bastas vezes, tal nunca teria acontecido. Foi um “erro”, sentencia sem se comprometer no detalhe do que, afinal, lhe surge como “errado”.
O tema dos erros é patético quando falamos de governantes. Que será isso de um Governo que não tenha cometido erros? Existe algures? Existiu alguma vez? A discussão, se for levada a sério, salta imediatamente para o campo do absurdo. Governar um Estado será das actividades mais complexas a que um ser humano se pode entregar. E essa complexidade não pára de crescer, acompanhando o aumento da complexidade em todas as outras áreas da experiência humana. Se a NASA erra, conseguindo o feito de enviar um satélite para Marte com um conflito de sistemas de medição (métrico e imperial), quem é que estará imune ao erro? Acaso se saberá a percentagem de erros médicos? Não é assunto que tenha popularidade, talvez porque os números são de causar pânico. E quanto aos erros dos juízes, haverá por aí alguma estatística à mão? Vamos deixar os erros militares de lado, a começar pelo “fogo amigo”, e olhemos para os políticos que governam em democracias. Pretender que eles escapassem às inevitáveis críticas de terem “errado” é sintoma de coma profundo.
A notícia que ontem comentei aí está na sua objectividade. No seu texto em passo algum se faz referência a qualquer intento do PS em avaliar os professores, seja lá de que forma for. O que nele se garante é que um futuro Governo socialista irá interromper o actual processo. E depois logo se vê o que virá em sua substituição. Haverá 4 anos para pensar nisso com calma, é esse o subtexto da notícia.
O PS e os professores terão ficado muito agradados com a notícia. Tal qual como saiu. Arrepio-me e parto para a avaliação do eleitoralismo com que, até esta altura do campeonato, se está a falar de Educação pelos responsáveis socialistas.
demagogia, feita à maneira, para a conquista. faz parte. lamentavelmente. estou com ontem, meu Val. :-)
“A notícia que ontem comentei aí está na sua objectividade. No seu texto em passo algum se faz referência a qualquer intento do PS em avaliar os professores, seja lá de que forma for. ”
é o que dá comentar propostas ainda não aprovadas pelo ps de acordo com a objectividade do diário de notícias. deixa lá, se fosse do correio da manhã fazias pior figura.
Francamente, não entendo estas sobranceiras atitudes, estas desconfianças, estes arrepios. O que terá acontecido?
Manojas, o que terá acontecido a quem ou onde? De que falas? Que te atormenta?
Balupi, pá, a Manojas, fala de ti, pá. Não percebeste? hum? Pois, tu andas um pouco atarantado, rapaz. Até pedes e aceitas esclarecimentos dos xuxas, lol. Oube, não mexas mais no castanho, pá. Porque precisas de esclarecimentos se num bais, pá, botare nos xuxas, pá? hum? ou será que queres elucidar aqueles que queres que votem nos xuxas, para que estes ganhem, mas sem o teu voto, e possas depois fazer um post a dizer «portugal precisava de ganhar com o Ps», etec, e tal. bebe um copinho, solta o bestunto.
É por causa disto: http://lishbuna.blogspot.pt/2015/05/deve-ser-por-isto-que-o-to-quer.html
ó alma penada, depois de teres Kantado umas aulas a long time ago, ficaste desde então com um ódio colossal aos coitadinhos. arrepia, arrepia!
Uma coisa é certa, com Costa não haverá a estalinização do ministério da educação.
Não estou atormentado, estou desiludido. Pensava, e penso, que a situação era para nos unirmos contra quem nos desgoverna, e não o contrário. Ingenuidade minha, talvez. E talvez, por isso, por aqui me fico.
Manojas, para nos “unirmos” em quê? No mesmo sentido de voto? Numa atitude acrítica e acéfala só porque se considera que a política é cegueira militante e sectarismo? Mas isso é o que fazem contra o PS. Todos!
Repara: se tens alguma coisa que contradiga, ou acrescente, ao que escrevi sobre a temática da avaliação tal como está a ser tratada pelo PS, força nisso, bota faladura. Se não tens, dou por mim a pensar que concordas comigo. E que depois ficas muito aborrecido porque preferias não concordar.
Mas, sim, no mesmo sentido de voto., sim. Não se condena o PCP ou o BE por eles não estarem inteiramente de acordo com o PECIV, mas por terem votado contra ele, sabendo quais eram as consequências. Uma atitude acritica e acéfala pode ser a do crítico que condena o criticado antes mesmo de saber qual a reacção deste à crítica ou as razões dele que o levaram a prestar-se à crítica. Enfim, não estou aborrecido, não concordo consigo, não sou cego nem militante, e penso com a minha cabeça, o que, aliás, certamente acontece consigo.
Manojas, então, se achas que ambos pensamos pela nossa cabeça, por que raio não aprecias essa realidade? Por mim, acho muito bem que votes no PS. Como acharia se fosses votar no PNR ou noutra aberração qualquer, desde que pela tua cabeça. Não pretendo é imitar-te, precisamente porque já estou servido de cabeça e gosto de lhe dar uso.