O ódio alimenta-se de cobardes

No dia 13 de Julho do corrente, Armando Vara foi condenado a dois anos de prisão por crime de branqueamento de capitais. Esta sentença tem importância nacional pelas seguintes razões:

– Trata-se da primeira condenação nascida da Operação Marquês.
– A condenação pressupõe um crime de corrupção que não se provou.
– A condenação é muito superior ao que é comum em casos semelhantes.
– O colectivo de juízes justificou o peso cruel da pena (prisão efectiva para o que costuma ser pena suspensa) recorrendo a um argumentário moralista.
– O condenado encontra-se preso.
– O condenado é uma das mais notáveis figuras mediáticas em Portugal, fruto de uma imparável e crescente campanha de assassinato de carácter, perseguição política e instigação ao ódio que começou no ano 2000.
– O condenado foi utilizado no Face Oculta como desculpa para se conseguir espiar um primeiro-ministro em funções.
– Vara foi condenado no Face Oculta só com provas indirectas, com deturpação da Lei, sem dano conhecido ao Estado, sem ganhos materiais encontrados, e com uma violência judicial inaudita; também então, como agora, se tendo dito que os juízes estavam a usá-lo para dar um exemplo à sociedade.
– Vara voltou a ser alvo de caçada mediática e política por causa da detenção de Joe Berardo há 3 semanas.
– Vara é amigo de Sócrates e Sócrates é amigo de Vara.

Por todas estas razões, ou que fosse tão-só por qualquer uma delas, a notícia justificava presença nos espaços de comentário político. Inevitável e obrigatoriamente. Para continuar a linchar o homem ou para deixar no ar qualquer coisa remotamente relacionada com a Justiça, tanto fazia. Porém, que tivesse apanhado, só o caluniador profissional pago pelo Público é que pegou no assunto para o misturar com outras duas figuras e nada opinar a respeito da sentença. Em todos os outros espaços de comentário da fina-flor da nossa comunicação social, incluindo o de Marques Mendes que em 2019 tinha feito uma festa com a 1ª condenação, não se tocou no assunto. Repare-se na dimensão cósmica do fenómeno: o mano Costa e o Carvalho da Sonae não escreveram uma linha sobre Vara.

Dizer que este silêncio é absurdamente anormal é nada dizer. Melhor será ir na direcção contrária. O granítico ostracismo revela uma comunidade cúmplice da utilização da Justiça como tortura moral ou arma política, satisfeita ou indiferente com nova violação do Estado de direito democrático. Basta que o alvo seja considerado desprezível e não exista ninguém a pedir que se lhe faça justiça para além do seu advogado.

É para este desfecho que a direita decadente financia a indústria da calúnia. Para que o ódio derrube a Constituição, transforme juízes em justiceiros e faça da cobardia uma prática quotidiana e uma identidade colectiva.

31 thoughts on “O ódio alimenta-se de cobardes”

  1. os juízes não se armavam em justiceiros se os políticos não se armassem em vigaristas. a solução está nas mãos dos políticos e é para eles que devem ser dirigidas as arengas.
    a malta não gosta nada nada do vara , tinha muito más companhias , gente alucinada com cofres mágicos.

  2. Os Tribunais Plenários têem ossos espalhados onde seria previsível e onde menos se suspeita !
    Quando juízes dos famigerados tribunais chegam a Presidentes do Supremo Tribunal de Justiça espantámo-nos com quê ?
    A ingenuidade tem hora…

  3. Chevrolet esclarece-nos quem foram os juízes dos tribunais plenários que chegaram a presidentes do Supremo Tribunal de Justiça.

  4. OPERAÇÃO MARQUÊS:
    Armando Vara vai cumprir as
    eventuais penas
    de prisão de todos
    os arguidos

    Terá sido encontrado o bode expiató-
    rio da Operação Marquês: Armando
    Vara. O antigo gestor/político/facilitador foi condenado a mais dois anos de
    prisão efectiva e continua a ser o único arguido do processo a ter de fazer
    check-in no xilindró de Évora. A ideia
    que começa a correr é a de que Vara
    vai alombar com um cúmulo jurídico
    de várias décadas de cadeia, acumulando as suas penas e a de todos os outros arguidos que numa dada altura
    das suas vidas foram comer chanfana
    com o Carlos. “É robalofobia”, queixa-
    -se Vara. “Isto é um plano da PGR para me impedir de ir ao Espaço, como
    o tal do Branson. Acusam-me de lavagem de dinheiro, logo eu que nem sequer sei tirar uma nódoa de tomate da
    camisa, quanto mais de uma nota de
    100 euros”. MB

    Fonte: Inimigo Público, 16.7.2021, p. 3.

  5. Ó comentador/a das 9,18 h: Quem é a malta (além dos juízes) que não gosta nada do Vara? Quem é a gente alucinada com cofres mágicos que acompanhava o Vara? Quem são os políticos vigaristas que justificam juízes justiceiros? Não se acanhe, esclareça-nos.

  6. o escroque rangel reage indignado com a publicação de um vídeo onde aparece a caminhar supostamente bêbado algures em bruxelas.
    1 – tomei conhecimento do vídeo pela indignação do artista
    2 – a notícia que dava conta da indignação trazia link para o vídeo
    3 – abri o link e achei o papel de bêbado muito mal representado, um gajo embriagado não faz aquelas fitas
    4 – as declarações do rangel não colam com o filme. foi jantar com uns amigos, apanhou uma piela descomunal, ninguém chamou um táxi e ou o acompanhou a casa, só houve quem o filmasse à distância e por trás, salvo quando lhe fez um plano da cara para completa identificação.
    5 – em vez de indignações publicitando o filme, deveria ter apresentado queixa na polícia belga e pedir a identificação de quem pôs o vídeo a circular na net, bem como a sua eliminação.
    6 – até esclarecimento total desta cena macaca sou levado a especular que o vídeo foi feito a pedido e divulgado pelo próprio artista com fins publicitários e prova de vida.
    7 – há para aí um coro de idiotas de esquerda que embarcaram na esparrela pensando estar a defender o direito à privacidade quando o efeito é publicidade.

    * bêbados & ganzados devem render +- 20% dos votos com + 25% do xunga e ilusionosmo liberal estão quase lá.

  7. “Quem é a malta (além dos juízes) que não gosta nada do Vara?”

    são os do costume no café do mesmo, onde a vaca vê diariamente a capa do manhólas enquanto coça o grelo e espera que o padre a mande chamar para a confissão.

  8. certo , sr. Manojas :
    a malta é a que pede o pescoço do vara , não sei os nomes , mas pode lê-los por aí comentando no P , no DN , no CM etc. tb pode vê-los na tv. ,
    gente alucinada com cofres mágicos é um senhor que foi dizer no tribunal que quando precisava de dinheiro e não tinha o amigo à mão , ia à mãe e ela tirava dinheiro de um cofre sem fundo. dá pelo nome de zézito e acompanhava com o armando e o tó zé morais , cocó ,ranheta e facada.
    políticos vigaristas ? ó pá , é só ler o aspirina b e de direita encontra logo uma série de nomes elencados tanto pelos autores , como pelos comentadeiros.

    de brinde : o que me preocupa de facto : as pessoas andarem a viver uma realidade paralela criada pela televisão , ignorando os dados reais. chiça , nunca pensei viver uma cena à matrix.

  9. O ódio alimenta-se de cobardes, não será antes os cobardes a alimentarem-se
    com o ódio? Na falta de projectos ou ideias para “sacarem” os necessários votos
    para irem, de novo ao Pote, fazem promessas às corporações que se fecham à
    Sociedade, passam ao lado das Leis e, na escala das competências limitam-se a
    cobrir-se uns aos outros … muitos assinando de cruz, indícios nunca provados!
    Para se corrigir este estado de coisas só há um caminho e, esse não será limitan-
    do as garantias de defesa dos arguidos mas, pelo contrário, o mal está na forma-
    ção ou formatação dos magistrados e na sua seleção … apesar das auto avalia-
    ções serem o que são, quase todos bons!?!

  10. Caro Myke Jones :
    Bastam-te dois nomes ou queres a relação completa ?
    Por ordem alfabética começamos com um Carvalho e depois um Freitas…
    Meu querido : conheci-os a todos, desde 1963 até à data gloriosa do 25 de Abril…

  11. Os juízes do Tribunal Plenário foram daqueles que na manhã de 25.IV.1974 fizeram a malinha e ficaram à espera que os fossem prender. Sentados.
    Desconhecia que, depois, alguns tiveram essa promoção no STJ.
    Hoje já pouca gente sabe o que foram os TP (1945-1974) e, antes deles, os Tribunais Militares Especiais, que julgavam os crimes políticos até 1945.
    A Irene Pimentel publicou “O Tribunal Plenário, instrumento de justiça política do Estado Novo* (2010). Pode ler-se aqui: https://jugular.blogs.sapo.pt/1728394.html

  12. Ler com atenção os diversos artigos de Irene Funscher Pimentel sobre Tribunais Plenários e seus actores , acaba com todas as dúvidas.
    Surpresas garantidas !

  13. De acordo com os noticiários de hoje, os procuradores do Ministério Público no Processo Marquês, Rosário Teixeira e Vítor Pinto, criticam Ivo Rosa e dizem que, “ao alterar radicalmente o estatuto e o sentido da intervenção do arguido Carlos Santos Silva ao longo de todos os factos dados como indiciados, a pronúncia não se limitou a cortar partes da acusação, mas procedeu sim à montagem de uma nova história”.

    Inadmissível! Pensava eu, na minha parvidez, que competia ao juiz avaliar a (velha) história montada pelo Ministério Público, com base nos indícios e/ou factos alegadamente apurados, e validá-la ou invalidá-la, no todo ou em parte, podendo, eventualmente, dar a esses indícios e/ou factos outra interpretação, assim criando uma nova história. Mas parece que não. Porque a montagem de qualquer história compete em exclusivo ao Ministério Público, história há só uma, a (velha) história do MP e mais nenhuma, e o respeitinho impõe que a velha história tem sempre primazia sobre qualquer nova história, por mais racional que esta possa parecer a uma parte dos indígenas.

  14. Abraham
    Depois do 25 de Abril, ou se preferires 1963, não houve nenhum presidente do STJ de apelido Freitas.
    Carvalho houve um, Joaquim, entre 1993-1995. Era um juiz do cível, do Porto.
    Estou curioso para conhecer “a relação completa.”
    Agora, para o meu partner Stummer: ninguém quer acabar com as garantias de defesa. O que há é um uso e abuso de expedientes dilatórios, que só não vê quem não quer ver.

  15. Comentador/a YO, acredite que não me desiludiu. Com a habitual ligeireza, perseguindo o humor, , acusou, insinuando, divagando, achincalhando, fugindo ao concreto. Estamos conversados.

  16. mick jones
    “ ninguém quer acabar com as garantias de defesa. O que há é um uso e abuso de expedientes dilatórios, que só não vê quem não quer ver. “

    também chama-se abuso do direito mas tem contornos tortos .
    quem fez as leis que temos, foram os advogados, uns artistas de circo, os mais reles do circo da justiça, com a cumplicidade dos políticos. não querem, como diz RR, mudar NADA .
    nesse scenario, isto é um paraíso para os advogados, e um inferno para os juizes, e, para a noção de Justiça.
    só muda, quando uma mulher de colhões, assumir as rédeas. daquelas a quem a serigaita moreira e outos panacas, atribuiram direitos constitucionais que não estão lá no papel, tais como o direito a mudar de sexo de borla mediante operação no sns, quando o sns nem sequer assegura outros serviços normais e essenciais .

  17. “… quem fez as leis que temos, foram os advogados, uns artistas de circo, os mais reles do circo da justiça, com a cumplicidade dos políticos.”

    prontes, acaba-se com os advogados e caga-se nas leis, fica o resolvido o engarrafamento judicial. os advogados que sobrarem podem imigrar para a re-construção civil na alemanha inundada e os mais amigáveis à corporação reciclados com selo de garantia cej para reforçar as fileiras sindicais da justiça. depois é só investir em meios físicos para o desempenho das funções, viaturas, gasolina, papel higiénico, ar condicionado, dinheiro para traduções, instalações condignas, segurança e restantes lamúrias tradicionais de quem se reformou quando assinou contrato de trabalho com o estado.

  18. “(…) ninguém quer acabar com as garantias de defesa”, sou EU que o digo, com toda a Autoridade!!!

    Sou mesmo um palhaço…

  19. Autoridade eu? porra deus me livre!
    Mas tu Mico, um rapaz esperto como há muito não se via, se quiseres apreender alguma coisa podes ler o livrinho do Professor Menezes Cordeiro, “Litigância de Má Fé, Abuso do Direito de Acção e Culpa “in agendo.”
    Olha que não perdias o teu tempo.
    Dou por encerrado o debate. Vou ali para fora cantarolar o I fougth the law, que desde a manhã não me sai da cabeça.
    That´s all folks.

  20. Antes do mais aquela entrevista é uma machadada na separação de poderes, caso houvesse um PM com cojones punha-o no sitio. Já nem falo do PR, é um clown, não existe. O Dick sucker cheirou bem a fraqueza e a cobardia do ticket em exercício, vai daí aproveita para fazer avançar a agenda do sector mais retrógado e reaccionário da Justiça. Como dizia o barbiruivo “um fraco rei faz fraca a forte gente”.

    Todo este movimento dos processos Berardo e Vieira tem motivações políticas pelo menos a dois níveis:
    – A proveitamento do circo das comissões de inquérito – com a Mortágua como procuradora parlamentar – como fonte de legitimacão e apoio para processos já investigados há muito e sem provas, dando nova vida a um juiz ultramontano caído em desgraça na Operação Marquês.

    – Afrontamento e provocação do poder político para uma nova agenda reaccionária na Justiça.

    Do que tenho ouvido falar é de excesso de prisão preventiva, no conúbio entre o MP e os juizes, repetidos crimes de segredo de justiça, na incapacidade de a corporação apresentar uma ideia de reforma, nas perseguições políticas etc…

  21. mick jones
    *** ninguém quer acabar com as garantias de defesa. O que há é um uso e abuso de expedientes dilatórios, que só não vê quem não quer ver.***

    também chama-se abuso do direito mas tem contornos tortos .
    quem fez as leis que temos, foram os advogados, uns artistas de circo, os mais reles do circo da justiça, com a cumplicidade dos políticos. não querem, como diz RR, mudar NADA .
    nesse scenario, isto é um paraíso para os advogados, e um inferno para os juizes, e para a noção de Justiça.
    só muda, quando uma mulher de colhões, assumir as rédeas. daquelas a quem a serigaita moreira e outos panacas, atribuiram direitos constitucionais que não estão lá no papel, tais como o direito a mudar de sexo de borla mediante operação no sns, quando o sns nem sequer assegura outros serviços normais e essenciais .

  22. O Strummer é o mais interessante comentador que aparece no pardieiro (não cores, pá) e isso justifica que volte para dentro, agora a contarolar o “paint it black devil”, como pedia a garina no Madison Square Garden.
    É uma pena que tão alta inteligência diga tantas asneiras em tão pouco espaço.
    A entrevista do meu amigo Henrique é uma machadada na separação de poderes? Atão mas ele não pode ter umas ideias e expô-las publicamente? Acaso ameaçou que se não se fizesse como diz, matava, esfolava e até se calhar fazia greve? Não tenho ideia de nada disso.
    Como é que um PM com “cojones o punha no sítio”? Explica lá!
    Os processos Berardo e Vieira têm motivações políticas? Estou pronto a acreditar, mas tens de encontrar melhores argumentos.
    Não sei se o Abraham já acordou da sesta mas se não for pedir muito peço-lhe que exponha aqui a lista dos presidentes do Supremo que passaram pelos tribunais plenários, que ele conhece de ginjeira desde os idos de 1963. Até agora niente.

  23. Falhaste o riff Mick, o blue(print) do adorador do Dick é uma bootleg do VII fórum jurídico, abrilhantado pela estrela pop Moro. Lawfare e pouco mais…

  24. Re

    “brochista dos justiceiros
    21 DE JULHO DE 2021 ÀS 11:07
    “… quem fez as leis que temos, foram os advogados, uns artistas de circo, os mais reles do circo da justiça, com a cumplicidade dos políticos.”

    prontes, acaba-se com os advogados e caga-se nas leis, fica o resolvido o engarrafamento judicial”

    acrescento : (…) com a cumplicidade dos políticos e o aplauso com ambas as mãos e pés do macaco empregado do ps e lambecuzita do JS, seu senhor e amo, o venerável V. na versão de mr. Hyde, ignatz .

    não se acaba com os advogados, metem-se na prisão aqueles que lá devem estar ( e já são bastantes ) revogam-se as leis imundas que sejam necessárias para lavar e dar um ar de limpo ao estado de direito democrático, e produzem-se leis respeitáveis, porque uma lei, para ser respeitada, tem que ser respeitável.

  25. “não se acaba com os advogados, metem-se na prisão aqueles que lá devem estar ( e já são bastantes ) revogam-se as leis imundas que sejam necessárias para lavar e dar um ar de limpo ao estado de direito democrático, e produzem-se leis respeitáveis, porque uma lei, para ser respeitada, tem que ser respeitável.”

    isso é a letra daquela canção que o mano ventrujas canta nas missas/comício quando se apagam as luzes e os bros acendem os isqueiros a imitar a cena das velas no estuário de fátima.

  26. Pobre tonto, dás por encerado o debate, pois dás, com toda a tua Autorridade, claro, mas continuas é a não dar por encerrado o eterno e infrutífero aperfeiçoamento desse teu Inglês que, já um bom par de vezes aqui te disse, deves ter aprendido de raspão no Ó que se Forde Institulto da Porcalhota.

    Com que então, “I fougth the law”, foi? E fougthaste tu muito bem…

    E tens tu a latosa de mandar alguém ler os catrapázios do menezes carneiro?

    Bem podes é comprar tu umas cassetes do zé-zé camarinha, a ver se melhoras em alguma coisa esse penoso linguajar de camone com que teimas em mostrar os fundilhos rotos da tua doita sapiênçia…

    Vai mazé encerar esse nariz, palhaço!

  27. começou por receitas de bacalhau à platão, de substância tinha cavala, na realidade, e numa análise mais peofunda, é polvo .

    canção tem o ps, com a cartilha ( adaptado do evangelho, o senhor dá, o senhor tira ) O PS DÁ.
    e pela magnífica reportagem do vitor ramos na revista do expresso ( 4 euros bem gastos ) ficamos a saber que, DÁ MAS TAMBÉM TIRA .
    e não dá nada que seja dele, partido político, mas sim da carteira dos outros .
    velinhas acendem vocês, a n. Sra. dos arguidos, ao senhor da capela dos inocentados, e ao santo protector das leis imperfeitamente legais .

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *