O mix do laranjal: traição e canalhice

Vítor Gaspar lembrou nesta terça-feira o que defende ter sido “a situação de fragilidade” em Portugal que levou, em 2011, ao pedido de resgate financeiro à troika, quando o PS estava ainda no Governo. “O Governo português negociou mal, numa situação extremamente fragilizada”, disse na comissão parlamentar de acompanhamento do programa de ajustamento português.

Num confronto de posições entre Governo e PS, o ministro das Finanças defendeu que o então Governo socialista “negou a possibilidade de resgate até ao último momento” e que esse facto “fragilizou o país”.

Gaspar salientou como exemplo da má negociação a taxa de juro dos empréstimos iniciais e o plano de pagamento da dívida que estava muito concentrado nos anos de 2016 e 2021.

Fulano que ainda não acertou uma conta desde que é Ministro das Finanças

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«As medidas que agora aparecem são melhores para os portugueses» do que as do PEC4, afirmou, recordando contudo que «é um programa de austeridade, que é preciso por causa de seis anos de Governo socialista, que levou o país à beira da bancarrota».

Eduardo Catroga critica a atitude do Governo que se «apresenta como vítima e como vencedor de uma negociação que foi sobretudo negociada pelo maior partido da oposição». «O PSD deu um grande contributo para este processo. Portugal vai ter uma grande oportunidade para fazer as medidas que se impõem, para dar esperança», disse ainda.

«Tivemos uma reunião altamente frutuosa com a troika, que percebeu a nossa atitude diferenciadora, de defesa do Estado social. O PEC 4 ataca pensões, não falava em reduzir o gordo estado paralelo…»

Eduardo Catroga disse ainda que «houve uma adesão a este princípio de que o PSD, se for Governo, fica com autonomia para propor um novo mix de políticas, se por acaso aparecerem amanhã [quarta-feira] surpresas de medidas penalizadoras para os portugueses».

Fulano que se encheu com a vinda da Troika

11 thoughts on “O mix do laranjal: traição e canalhice”

  1. palavras para quê? falou um especialista em pacotes de mix-o-matose de primeiros coelhos & coelhas presidênciais.

  2. Recordando os Clássicos da Literatura Portuguesa Eça e Camilo,a imagem que me ocorre para definir a gentinha que nos calhou em sorte para Governo do País que somos,é a de que, um, definiu o País como uma ” CHOLDRA “, o outro, meteu-lhe uma ” CORJA ” dentro.

    Perante factos e evidências desta natureza,só me apetece gritar: “O País continua como dantes,quartel general em Abrantes”!

  3. o gasparalho levou dois anos a descobrir que o cadroga é incompetente e que a culpa de não acertar uma é do sócras.

  4. Se Portugal ficou numa situação de fragilidade negocial, então para que é que o partido laranja chumbou o PEC-4? Depois de chumbado o PEC-4, só restavam as duas alternativas temerárias: ou resgate, ou saída (de surpresa) do euro com redenominação da dívida. Como o PSD opunha-se à segunda, restava o resgate. Certo?!

    E se ficámos em má posição negocial, então a culpa é de Passos Coelho, pois foi ele quem traiu Sócrates com o chumbo do PEC-4 e, depois, empurrou irremediavelmente o país para o resgate. Esse chumbo do PSD não foi antecipado pelos mercados, que julgavam que os partidos do centro — PS e PSD — partilhavam do interesse em não haver resgate. Nunca os próprios mercados imaginariam que o PSD seria louco o suficiente para ambicionar governar em coligação com a troika…

    E Gaspar não pode negar esta verdade: o PSD neoliberal de Passos Coelho mandou a social-democracia (que, aparentemente, ainda está no seu nome) às urtigas. O P(ex-)SD AMBICIONAVA governar Portugal em COLIGAÇÃO com a troika, para desfazer totalmente a social-democracia em Portugal. A situação de fragilidade negocial foi desejada pelo P(ex-)SD; porque o P(ex-)SD tinha um programa de desmembramento da social-democracia, que nunca antes tivera a coragem de sufragar, mas que em 2011 planeou executar a coberto de um embuste eleitoral e do resgate.

  5. a falta de sensibilidade social de gaspar e seus muchachos é confrangedora!hoje num coloquio,pediu a compreensaõ dos participantes,pois estas suas duas semanas foram dificeis por causa do benfica.este incompetente de merda, ainda goza com o povo portugues!

  6. nuno cm:

    será que o gaspar é lampião?! Nãaaaahhhh, o interesse dele, no futebol, deve ser outro…

    o útimo cálculo de gaspar, que consistia em o benfica ganhar o campeonato (e, talvez, a liga europa) de que resultaria que os tugas ficariam, por uns tempos, fora de combate contra ele, saiu-lhe furado. Os portugueses não ficaram afectados — de euforia ou de desgosto, consoante a cor clubística de cada um — porque, afinal, não houve febre vermelha para ninguém. Assim, podem agora os tugas dedicar o Verão todo a mal-dizer o coelho, o gaspar e os seus outros cálculos errados;

    que, pelos vistos, gaspar ainda percebe menos de futebol do que eu; aqui bem avisei os benfiquistas quando a SIC, em ejaculação prematura, mandou-os celebrar a vitória do benfica contra o fenerbahce no marquês, ou seja, em local reservado à celebração de títulos efectivamente conquistados.

  7. joaopft,

    concordo absolutamente, apesar de benfiquista de herança É muito bom que haja estes desaires futebolísticos para não dar folga de tolerância ao governo. Que pena, o povo não se distraiu de contentamento…fátima passou à risca, futebol não ajudou. Ou sim, apesar de tudo, para os estronsos, há uma folga de contentamento ou de desgosto que, momentaneamente os distrai. Para isso lá está o PR, agradecido, a entregar a taça.

  8. “Fulano que ainda não acertou uma conta desde que é Ministro das Finanças”
    Mas ele alguma vez acertou em alguma?? Não foram as previsões feitas por ele em 93 que
    anunciaram o famoso Oasis???
    Pergunto eu que gosto de perguntar coisas: será que ele fez o curso por correspondencia e o mestrado lhe saiu na Farinha Amparo?

    Porque se como dizem foi feito na Faculdade de Economia, foi um autentico desperdicio de dinheiros publicos. Bolas faz um país um investimento destes e olhem só o que recebe!!

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