O erro de Sócrates

Errar é humano, errar muito é sinal de que se exerce ou exerceu o poder. Não precisa de ser um poder político. Os pais erram. Os amantes erram. Os amigos erram. Os gestores erram. Os patrões erram. E os professores, os polícias, os militares, os juízes e os médicos erram à fartazana. Até Einstein errou (e não foi pouco).

Coincidindo com uma crise que só comparava na sua dimensão e gravidade com algo acontecido 70 anos antes, agravada por uma outra crise nascida da primeira que se apresentava absolutamente original, começou a ser exigido a Sócrates que reconhecesse os erros. Os seus tão grandes erros. Só que o primeiro-ministro de então tinha outra ideia: frustrar o desejo de humilhação que os seus imensos adversários alimentavam em crescente fúria. Terá essa atitude sido um erro?

Quando se acusa um governante ou ex-governante de ter errado, três possibilidades semânticas podem ocorrer:

a) O erro ser técnico. Por exemplo, ter-se enganado nalgum cálculo orçamental que tenha gerado um qualquer prejuízo. Nesse caso, o suposto erro revelaria incompetência.

b) O erro ser aferido a posteriori. Por exemplo, ter feito um investimento num porto e ele mostrar-se ruinoso por não ter conseguido captar mais trânsito de navios e mercadorias. Nesse caso, o suposto erro revelaria incapacidade.

c) O erro ser de tipologia ideológica. Por exemplo, apostar na Educação e na Segurança Social, canalizando para aí parte importante dos recursos. Nesse caso, o suposto erro revelaria uma natureza maligna.

Quem acusa políticos recorrendo à arma dos “erros” está sempre em pelo menos um destes registos, mas o mais provável é que a acusação reúna e misture os três. Quão mais emocional, sectária, fanática, desinformada, analfabeta e estúpida for a cabeça que faça a acusação, mais provável é que não haja qualquer possibilidade de discernir e discutir o que se aponta como “erro”. É deste modo que se formam e mantêm os bodes expiatórios, através da matilha dos broncos. Sócrates foi, e assim permanece, como o mais famoso bode expiatório da democracia portuguesa.

Ninguém pede a Cavaco para assumir erros. Quer isso dizer que a sua governação está isenta deles? E que dizer da sua presidência, esse nobilíssimo exercício da mais alta concepção do Estado e do papel de protector da Constituição? Ninguém pede a Barroso, Santana ou Ferreira Leite para se mandarem ao chão em pranto e rasgarem as vestes por causa dos erros cometidos. E que dizer de Passos? Um ingénuo diria que o actual primeiro-ministro dá azo a alguns pedidos para reconhecer os seus erros. Ou será que Passos não errou quando recusou o PEC IV, quando fez uma campanha eleitoral onde mentiu do princípio ao fim e de alto a baixo, e quando foi além da Troika no empobrecimento dos portugueses só para acabar sem ter atingido os propalados objectivos da regeneração nacional? Tendo em conta que ninguém lhe exige tal coisa, pode ser que o Pedro não tenha errado. Quem estará a errar somos nós, os que ainda não emigrámos.

Como se vê acima, Sócrates admite poder ter errado na forma como lidou com os professores. Admite, sem acrimónia nem ressentimento, que Costa possa ter razão. Noutras ocasiões, já admitiu que errou ao aceitar ir para um Governo minoritário. Na campanha de 2009, disse ter errado ao ter desinvestido na área da Cultura. Ao mesmo tempo, vai repetindo o óbvio: que é impossível governar sem que alguém, seja lá quem, por alguma razão, seja ela qual for, considere que a governação errou aqui e ali. Logo, por que caralho havia ele de ser a excepção? O assunto é absurdo se tomado fora do seu contexto. Ora, o seu contexto não é o de uma investigação regida pela honestidade intelectual dos acusadores. Ninguém de ninguém, incluindo políticos, jornalistas e académicos, se mostrou interessado em reflectir fora das agendas ideológicas o período de 2008-2011 no que respeita à governação e ao papel da oposição e do Presidente da República. Mesmo os economistas que se declaram à esquerda do PS, e que desmontam a retórica da direita quanto às origens da crise, não têm o mínimo interesse em dizer algo que valide a racionalidade das decisões de Sócrates em 2010 e 2011, pois isso seria o equivalente a saltar para a cama do inimigo de estimação. A pressão para Sócrates reconhecer os “erros” não passava da normal luta política para o diminuir na sua liderança e carisma. O óbvio do óbvio.

Acontece que estamos em 2014 e Sócrates não sai de cena, a causa não estando nos seus minutos na RTP. Mesmo sem essa rubrica, ele continuaria a ser usado como arma de arremesso pela direita, grupo onde se encontra Seguro por adesão voluntária. Há toda a vantagem para este grupo em explorar até aos limites do possível a campanha de ódio contra Sócrates pois ela é, simultaneamente, uma campanha contra o PS que pode vir a ser Governo e um disfarce para o real programa de ataque à herança do 25 de Abril que vem a ser feito por Passos&Portas. Nesta situação, devemos apontar um erro a Sócrates.

Este: achar que se pode limitar aos seus 20 minutos semanais onde faz uma prelecção. Essa presença é um fracasso quanto à captação da opinião pública para a sua versão dos acontecimentos. Pelo que é necessário mudar de táctica e colher a lição do que aconteceu com o José Rodrigues dos Santos. Foi graças à estultícia desse jornalista, achando que ia bater em mortos, que foi possível ter um dos melhores momentos de esclarecimento, e convencimento, da audiência nesse espaço televisivo. É esse o palco que Sócrates deve procurar, o do confronto com os seus acusadores. Quem não gostaria de ver Sócrates a debater com Nuno Melo, Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa, Lobo Xavier, Aguiar-Branco, Carlos Abreu Amorim e sei lá quem mais? Seriam espectáculos imperdíveis.

E eles aceitariam? Eis o erro de Sócrates, não estar a desafiá-los directamente, obrigando-os a entrar no jogo da Verdade ou Consequência.

62 thoughts on “O erro de Sócrates”

  1. e qual seria o interesse do sócras em debater com peixeiras? tirando o possível gozo que isso te desse, qual era o interesse nacional? nenhum desses gajos foi primeiro-ministro, só por isso aceitar discutir com essa maltosia é desclassificação. ganha juízo pázinho.

  2. ignatz, tens toda a razão. Mas vale discutir com o orelhas, o primeiro-ministro da sopa de peixe. Ah, espera, tu és o tal que tem o tal problema. Pois, é aguentares.

  3. Val,

    se calhar o Sócrates lê aqui o teu blog e acabou a concordar contigo… Neste momento, ele é apenas um cidadão e, por isso, contribui para educar as massas e dá uns bitaites. Quanto a chegar-se á frente e fazer tudo o que está ao seu alcance para mudar o estado das coisas… naa, isso não porque há sempre algo imperfeito.
    Se calhar nem vai votar nas primárias do PS ou nas legislativas.

    Miguel

  4. Val, estás a ser como eles, os tais, os pachecos e lobos-xavier, os pc, bloquistas e restos quando metem tudo no mesmo saco da farinha para imitarem o ti-jerónimo de que é tudo o mesmo, são todos o mesmo, são todos farinha do mesmo saco e andam nistp em repeat comtínuo.
    O Val sabe muito bem, ou devia pensar antes para saber:
    1. que o orelhas, ministro da sopa de pedra, não foi reptado por Sócrates para uma discussão consigo.
    2. que o orelhas, o de risota alarve ou a cristina parva, todos penteadores de macacos da direcção rtp, era pressuposto estarem frente a Sócrates na condição de jornalistas para proporem os factos e ouvirem a opinião de José Sócrates acerca desse factos e nunca para debater com ele.
    3. Que Sócrates foi forçado a debate com o ourelhas em defesa própria face aos ataques pré-preparados pelo maduro-lomba e rtp que usaram o o dito burro com suas ourelhas como moço de fretes.
    Portanto, argumentar que se Sócrates debate (aceita debater) com o ourelhas também pode debater e deve querer debater com os falsificadores intelectuais pachecos, marcelos, mendes e até os idiotas grossos melo e amorim, é um argumento martelado impróprio do pensador sofista hábil que é apanágio de Val.

  5. O erro de Sócrates ? Tanta nhanha filosófica para branquear o óbvio e justificar o injustificável. O homem é senhor de uma arrogante e colossal falta de humildade e dono de uma insuportável necessidade de humilhar e desprezar a inteligência e opinião dos demais. Camaradas e opositores. E quem o conhece de perto, e sei do que falo, é célebre, como natural corolário das incómodas características anteriores, a sua explosividade mal educada e grosseira.
    Independentemente das suas qualidades de liderança e governo, o seu estilo, pose e postura de animal feroz pronto a atacar tudo e todos (encenação muito fabricada pra consumo doméstico) cego de narcisismo e fanfarronice, foi – lhe fatal.
    Tornou – se demasiado próximo dos arquétipos de que já estava todo o país muito FARTO e CANSADO: homens messiânicos e infalíveis, donos da verdade e com tiques paternalistas a cheirar ao bafio Salazarento de má memória.
    Os tempos e desafios e necessidades políticas tornaram este arrogante e messiânico “homem providencial” , dispensável.

    E ainda Bem. O Povo é a inteligência da Democracia não se enganam … é só compreender para além da rama e da espuma mediática e respeitar o POVO.

    PS – tb é muito curioso verificar como, sujeito a critica do Costs, até o tom de voz muda e o animal feroz amansa ao ponto de, pela primerissima vez, só agora, 2014, admitir a fugir e arrepiado que cometeu erros, sim senhor … que puta de soberba a deste gajo! Mereceu por tudo isto e por tudo o resto ter sido exemplarmente humilhado e corrido. Vá gozar com o cara lho! PALHAÇO …

  6. sim, errar é humano e só não parte louça quem não a tira do armário. vejo o erro como uma oportunidade de melhoria. no entanto, distingo bem erro por usar a louça de erro por abusar da louça.

    o que eu sempre disse, e digo, é que Sócrates errou sem nunca ter abusado. a diferença entre os limpos e os porcos é que os limpos erram ao exercer o poder enquanto que os porcos erram a exercer o abuso do poder.

    e não faltam abusadores – quer no poder político quer nos restantes. não faltam porcos.

    o que vale é que independentemente do mal que nos fazem, a cada um a responsabilidade dos seus abusos. e as consequências que tardam sempre mas não hão-de falhar.

  7. “Miguel, acabou a concordar comigo em quê? Não percebi essa parte do teu raciocínio.”

    o miguel resumiu o que escreveste em 5,5 linhas e retirou a conclusão óbvia do que disseste. não percebes porque não entendes a tua própria parvoeira, mas não é grave, o viegas sofre do mesmo e anda a tratar-se ali para os lados da alameda. pega lá um cartão que me puseram no para-brisas. pode ser que seja útil.
    http://2.bp.blogspot.com/_r7IIb_ahzAA/S_5Q1FrBB_I/AAAAAAAACpo/mYnvZimRF8o/s1600/mamadu.jpg

  8. oh bécula! berrar é humano mazé nas histéricas e pupilos do louça a partir pratos no parlamento. o erro é descartas, liga prá maya que ela faz-te uma biópsia pelo telefone e de seguida arranja-te um porco que abuse de ti a esfregar soalhos.

  9. oh dos detalhes empoleirados, vai somando: bpn + bpp + bcp + banif + bes + pt, agora acrescenta-lhe a cgd que é mãe disso tudo e daquilo que ainda está para ser descoberto e vê lá se os 73 gigawatts da troika dão para aquecer o almoço. tudo gerido pela dupla sócras, vara & constâncio, segundo o correio da manhã o primeiro até conseguiu um empréstimo para ir estudar para paris, o segundo levou para casa uma caixa de robalos e o que falta foi reger a orquestra das falências para o bce. o que nos vale é o santinho costa do bdp e o tavares pobre da cmvm, o primeiro porque fiscaliza pra caralho e o outro sacode o caralho das responsabilidades.

  10. Apesar de gostar de ouvir o homem defender-se, na RTP, contra a pulhice dos opositores ou simples cães de fila da nata dos poderosos salgados e dos amestrados cavaquistas, penso que cometeu um erro ao deixar-se enxovalhar, mais uma vez, como nunca alguém na sua posição consentiu, por um qualquer orelhas (o palerma que o substituiu continua a fazer a vida negra ao “comentador”). Parece que em desespero de causa, ao perceber que o partido, pelo silêncio, apoiava as criticas da direita à sua governação, aceitou continuar depois da humilhação do orelhas. Humilhação, sim, e não fugaz e aparente victória, pois o que ficou evidente para todos foi o facto de qualquer um poder fazer a Sócrates o que bem lhe apetece, impunemente. Todos vimos a reacção do presidente da RTP. Seguindo este trajecto, Sócrates vai acabar completamente humilhado, montado na sua razão. Dê um pontapé naquela merda e ponha em livro as suas razões. Já começa a ser deprimente ver o homem tentar conseguir falar 30 segundos sem ser interrompido pelo interposto orelhas. Alguém lhe diga que está a ser reduzido à insignificância. Está a agir com a mesma leviandade com que aceitou desvalorizar a gravissima intentona de Belém. Nunca se deve desvalorizar o essencial. O que sucedeu a Sócrates´depois daquela leviandade foi exactamente o seu fim e, pior do que isso, o fim da sua valiosa obra governativa. Estragou tudo por ter desvalorizado a criminosa actuaçâo da presidencia da republica. A gravidade da manobra pulha teria de ter um preço alto. E teve, Para o país e para o próprio. Infelizmente, o Sócrates que admiro pela obra feita, persiste em erros fatais. Um “filho de boa gente” nunca aceitaria o vexame do orelhas, que agora até se dispensa vir em pessoa continuar o trabalhinho demolidor da personalidade de Sócrates. Será que Sócrates não tem um unico amigo que o aconselhe como deve ser? Ou não aceita conselho de ninguém?

  11. Vitor Moreno, explica lá a parte em que dizes “sei do que falo”. É que, pelo resto do teu alguidar de merda, não parece que estejas muito bem informado.
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    Mpc, ai sim? Conta-nos como foi. Se não fizeres ideia, podes pedir ajuda, por isso não te acanhes.
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    ignatz, compreendo. Mas tens de aguentar.
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    Maria Abril, também nunca vi com bons olhos a desvalorização da Inventona de Belém por parte do PS, embora se possa considerar que tal teve razões sensatas, pois atacar o Presidente da República é sempre arriscadíssimo para um Governo ou partido, e até de Estado.

    Quanto à situação dele na RTP, na altura concordei com o António Costa quando disse que não parecia a melhor ideia. O resultado tem sido misto, mas é factual que não conquistou a opinião pública.

  12. “Quanto à situação dele na RTP, na altura concordei com o António Costa quando disse que não parecia a melhor ideia.”

    agora o costa serve de bengala para opiniões coxas. nem nessa merda és original, aproveita o abaixo assinado pra correr com o sócras da tv do estado, ainda devem aceitar inscrições.

    “O resultado tem sido misto, mas é factual que não conquistou a opinião pública.”

    conquistar opinião publica… pra quê???? se não é candidato a nada. a ideia era e é malhar na direita, o resultado não tem nada de misto, incomoda a direita e é por isso que querem correr com ele, sabotagem, periodicidade, troca de horários e de formato. o sócras foi o único primeiro ministro que teve tomates para enfrentar a direita portuguesa e sacar-lhe votos, foi o pânico do cavacal, ainda hoje a velha leiteira embrulha a língua quando diz engenheiro sócrates. o costa vai tentar fazer o mesmo, mas à esquerda macaca que não abre punho dos amendoíns.

  13. Val,
    Não preciso largar o vinho pela razão única e total de que nunca lhe peguei.
    Quanto ao essencial está na tua bestuntice de querer fazer do político inteligente e competente Sócrates um D.Quixote da era mediática.
    Com que então, Sócrates, devia pegar na espada, lançar o grito de guerra, e arrancar numa luta louca contra os moinhos de vento do marcelo, Pacheco, mendes, melo, amorim & ciª ou, como Ajax, avançar contra os exércitos de carneiros cavaquista, de ovelhas ranhosas do cm, de cabras chifrudas de comentadores avençados das tv, de bodes opinadores economistas, de parasitas chupistas-mamistas-potistas do psd-cds-pcp,-bloco e arredores.
    Era isso não é a tua brilhante ideia.
    Repara no que escreve acima o comentarista moreno, do rebanho, (arrogância, flata de humildade, messianismo, mal educado, grosseiro e providencial) mesmo com o Homem a quase fingir de morto e pensa no que seria armar-se em Quixote.
    Seria mais um cavaleiro da triste figura e nessa Sócrates não cai, pois, certamente não pretende ficar na história da literatura mas na da política onde é um inato raro.
    Quanto ao livro, espera Maria, que certamente mal o cavaco saia da sua trincheira presidencial o povo vai ter argumentos em barda para deitar pela boca aquilo que já pensa e sente neste momento acerca do pai da podridão reinante.

  14. vitor moreno,nunca ouvi ninguem perguntar a socrates se cometeu erros.isso era o que ele desejava que fizessem há muito tempo,para poder defender-se da narrativa da direita,que dado jeito a muito boa gente! nota: confesso que não me recordo,se na primeira e unica( pelos vistos) entrevista a jose socrates,no expresso, por clara ferreira alves se essa pergunta lhe foi colocada.

  15. maria abril,o orelhas ataca socrates,por que anda à procura de nichos de mercado para vender os seus “setimos sêlos” e afins!a direita é um bom mercado,pois são eles que a têm o pilim!

  16. “ignatz, apesar do teu problema, explica lá como é que Sócrates convenceu o Alberto da Ponte a dar-lhe um poiso na RTP.”

    1 – o da ponte não manda puto na rtp, quando muito assina papéis.
    2 – quem mandava na rtp na altura do contrato era o relvas que quis entalar alguém.
    3 – pormenores do convencimento e quem convenceu quem, tens que perguntar ao sócras.

    espero ter resolvido o teu problema, caso não resulte, bochecha com quitoso que alivia a comichão exterior e não afecta o miolo.

  17. ignatz, sei que estás com pressa, mas não saias já daqui. Então, nesse caso, explica lá como é que o Relvas se lembrou de convidar o engenheiro para malhar na direita. Ou a ideia do Relvas era a de malhar na esquerda? E se era para entalar alguém (quem? o orelhas?), porque é que Sócrates aceitou o servicinho? Mas se acabou por não entalar o tal alguém, por que razão não foi corrido por absentismo laboral?

    Eu sei que tens o tal problema, mas, coragem, dá o teu melhor.

  18. Val, um dos erros que não reconheço a Sócrates, são os minutos da RTP, por isso esta, incomodada, altera o formato, horário, tempos e até periodicidade do mesmo, tentando driblar os resistentes que o ouvem. Claro que o programa é deliberadamente sabotado pelas constantes interrupções do antagonista que se senta junto a ele, os temas escolhidos demasiado complexos para os minutos disponíveis e geralmente centrados em temáticas em que ele foi determinante.
    Não gostaria de o ver debater com a maior parte dos palhaços que referiste, talvez o Marcelo e o Lobo Xavier, dessem uma boa luta, mas há outros com que eu adorava ver, tais como o Seguro, o Brilhante, o Aníbal, o Medina, o Salgueiro, o Costa do BP, o grande merceeiro, o Pacheco, a Ferreira, o Bernardino, o Louçã, o Daniel, a Clara, o Barreto, ou a estrela Portas. Os outros são apenas distilarias do ódio que os rebanhos geram fruto da sua rasa vulgaridade.

  19. Bastava um debate Socrates-Passos Coelho , em que ambos estivessem ligados a um detector de mentiras,.

  20. “… porque é que Sócrates aceitou o servicinho?”

    Val, estás quase a ficar senil e ninguém da casa te acode. Então, agora, Sócrates aceitou um servicinho.
    Ao denunciar, fundamentadamente, a narrativa suja do bando do pote onde faz mais pelo PS e o país em 20′ semanais, explicando racionalmente, ensinando a pensar, elucidando e educando, que o resto do maralhal todos juntos, o Val vê Sócrates a prestar um servicinho.
    Onde se vê uma postura inquebrantável na defesa da política de valores como arte de fazer o bem à maioria Val vê a prestação de um servicinho a alguém escondido.
    Val, ao agarrares-te ao idealismo dos valores absolutos que não existem fora da mente, és, hoje em dia, um emaranhado de contradições em sangue vivo.

  21. Tatas, também não considero um erro, mas partilho da opinião minoritária daqueles que levantaram dúvidas sobre o momento, e o formato, para o regresso de Sócrates à política. Porque é disso que se trata, ele quis regressar.

    Quais são os resultados desse regresso? A avaliar segundo o seu declarado principal objectivo, representar uma versão da origem da crise que nem sequer o seu partido estava a defender, então estamos perante um fracasso, ou um relativo fracasso, ou uma ausência de sucesso. É escolher. Mas tal versão não entrou no discurso dos portugueses, porque a ter entrado então eles igualmente entrariam em revolta dada a súbita consciência de terem sido completamente enganados para assim poderem ser completamente explorados e empobrecidos.

    Concordo contigo quanto aos eventuais parceiros de debate, mas neste sentido: fosse lá quem fosse que aceitasse discutir com Sócrates estava a prestar um serviço ao esclarecimento do público. O problema, para mim, é ver Sócrates limitado ao paleio semanal num ambiente que não lhe dá a oportunidade de mostrar as suas melhores competências políticas.
    __

    Augusto, esse debate já aconteceu. Está aqui, o detector de mentiras está na inteligência e memória de cada um:

    https://www.youtube.com/watch?v=EjGW68YV3yI

  22. Val , o enorme POTE de merda que te alimenta a esquizofrenia piegas sobre o Sócrates e a necessidade de viveres agarrado à obsessão de defender uma narrativa e um passado que falhou politicamente, por estas e aquelas razões, encarnando tu um caricato, mas fiel e alucinado Sancho Pança, é uma opção de dieta de vida que tu lá sabes porque precisas dela. Podes continuar a lambuzar-te que isso não muda coisa nenhuma e, decididamente, não tem ajudado a mudar e a rebelar a consciência dos Tugas sobre as razões “injustas do assassinato” politico do Sócras. O gajo já te agradeceu alguma coisa? ao menos um Obrigado, fixe, pá !?

  23. Valupi,

    Sabendo que Socrates nasceu em 1957 e que tera, no maximo, uma longevidade de 135 anos (por ser santo), apos os quais subira aos céus e não podera mais ocupar nenhum cargo politico (e não ser que mudemos de regime), como vês o futuro de Portugal apos o ano de 2092 ? Devemos considerar que o pais vai extinguir-se por esta altura ? E’ que se fôr o caso, talvez possamos angariar fundos anunciando que o teritorio estara à venda a partir 2092…

    Boas

  24. Quanto às minhas fontes de informação sobre o gajo, porque esse assunto é sensível e delicado, mas de boa qualidade, é melhor continuares a comeres a merda que gostas das tuas torneiras habituais, com o gostinho que te sabe bem, adoras e te faz ronronar de excitação, porque assim ficas mesmo convencido que essa, sim, é a verdadeira MERDA … a TUA

    Bon apetit

  25. Mas que merda é esta? O erro de Sócrates???????
    Que PS é este? Que porra de esquerda é esta? Vamos velar um vivo?

    Repara, Val, que Sócrates sabe muito bem tomar conta de si. Agora o partido, nesta fase do Tozero, com primárias e secundárias e terciárias, achas oportuno? Queres mudar o PS? Ou tão só mudar de partido?

  26. Vitor Moreno, estás com óbvias dificuldades de leitura. A pergunta que te fiz não era a respeito do grau em que és um bronco, algo que já estava esclarecido na primeira intervenção, mas sim a respeito da expressão “sei do que falo”.

    Ora, até acredito que tu saibas do que falas, mas estás a falar do quê, exactamente? Se é algo a respeito do facto de teres de ir para uma caixa de comentários dizer mal de Sócrates, pois fica à vontade que não pagas mais por isso. Antes ter-te aqui do que à solta na rua, ainda és capaz de ir marrar numa montra e causares prejuízo a quem não tem culpa nenhuma de seres maluquinho. Mas se estás a falar de outra coisa qualquer, venha ela. Não te acanhes, conta lá o sabes, não aquilo que já sabemos.
    ___

    joão viegas, larga o tintol.

  27. Roteia, serás capaz de traduzir o teu comentário? Estás a falar do quê?

    Lembro-te, no entanto, que não sou nem militante nem simpatizante do PS.

  28. Val,
    Falei claro: velar um vivo.
    Quanto ao resto, eu também não sou militante. Simpatizante, sim ou talvez, por exclusão de partes, isto é, à falta de melhor. A menos que sejas tu a fundar um partido realmente credível.

  29. Roteia, não duvido de que para ti a expressão “velar um vivo” seja clara. Mas qual é a sua relação com o que escrevi? Tenho a certeza de que vais ser capaz de explicar.

    Quanto a eu ir fundar um partido credível, aconselho-te a esperares sentado.

  30. por falar em porcaria,não se esqueçam do jeronimo,louça e toda a tralha,que nada fez nem fará para tornar portugal um pais melhor.se há alguem que deu outra face a portugal foi josé socrates.como isso não convinha a quem aposta no “quanto pior melhor” para subir na vida,há que aliar-se à direita em manifestaçoes e votaçoes onde o povo portugues se sentiu traido por varias vezes ao longo de anos. e por isso,tratou de arrumar por agora, um dos traidores de sua graça bloco de esquerda,ao reduzi-lo a 50% de deputados no parlamento, e a ter uma votação menor nas ultimas eleiçoes (europeias) do que o partido livre de rui tavares.quando acabarem os complexos de esquerda chegará a hora de reduzir tambem o pcp,dada a sua irrelevançia para a construçao de um pais melhor.

  31. correçao: a votaçco menor do bloco face ao livre foi no seu reduto principal até à data que era lisboa.

  32. Val,
    Falavas de Sócrates e do seu erro, que não é o de Descartes. Achas tu, no teu pleno direito, que Sócrates devia “arrasar”. Por mim, ele já o fez, tanto quanto lhe foi possível ou consentido. E lembro-te que ele é o político que já liderou o PS e que continua no PS.
    Quanto a ti, vou esperar de pé.

  33. Roteia, continuo sem perceber a relação com o “velar um vivo”. Tal como agora não entendo a referência ao facto de ele ter liderado o PS e continuar no PS.

    Mas há algo que começo a entender: tu não admites que se aponte um qualquer erro a Sócrates. Nem sequer um erro à maneira daquele que expus, onde o que estava em causa era desmontar os ataques com base em “erros” que lhe fazem. Isso fará de ti, a confirmar-se, um fanático. Algo que te conduzirá para erros sem fim.

  34. O discurso da Direita tem sido tão consequente e intenso, contra Sócrates, que até já alguma gente de Esquerda começa a “pensar” e a parlar pela cartilha dos pregoeiros do slogan “ir além da troika”.
    Parte do discurso da esquerda contra Sócrates, baseia-se nas ideias da direita, marteladas até à exaustão. O discurso começa a ficar gangrenado, insípido, doentio. Há muita gente a perder a estrela polar. Está pervertida pela narrativa da Direita.
    Muito boa gente ainda pensa como Paulo Portas: este país é uma Nação soberana. Não é. Portugal faz parte da UE, da Nato, da OMC, da ONU. Na Europa, por si só, Portugal não conta. E quanto mais distraído andar, Portugal vai perdendo.
    Falar do país, esquecendo a crise financeira mundial — originada pelo negócio dos SWAPS, CDS e demais instrumentos financeiros (o crédito imobiliário de alto risco) — que arrasou as economias ocidentais, é ignorar o mundo em que vivemos, onde a alta finança se substitui à indústria pesada, como foi agora provado com o caso Espirito Santo, que fez tremer os Mercados, e, no qual cometeram erros crassos a CMVM, o Costa do Banco de Portugal… e a Troika, que de nada se apercebeu. O debate sobre a falha de todos estes Supervisores deveria fazer-se, mas ninguém quer desagradar aos Espírito Santo nem aos arcanjos que sempre ominaram Constância, mas que agora estão todos calados.
    De pequeninas coisas se fala, tais como “Sócrates não admite que errou”, mas esta “gente honrada, cumpridora da palavra dada”, que tudo fez para chegar ao “pote”, esta a viver em paz e sossego. Nós andamos a falar do passado, do terramoto, dos tempos em que “andámos a gastar acima das nossas possibilidades” (ainda agora, o Espírito Santo confirma esse aforismo da Direita lançado contra Sócrates), e poucos são os que se preocupam com o futuro.
    Do Tozé Seguro, para os que não sabem, deixo aqui esta nota: o Tozé Seguro é colaborante com Cavaco e Passos. Em Março de 2011 foi chamado, tal como Passos Coelho, a uma Loja Maçónica. Passos falou sobre o futuro político e Tozé Seguro sobre políticas de governação a médio prazo. .. Isto está tudo ligado. Ainda o Governo de Sócrates estava em exercício.

  35. vitor moreno,quando andas com o periodo tornas-te simplesmente insuportavel,ao ponto de não dizeres coisa com coisa!lava-te com sabonete de alcatrao que te acalma a passarinha!

  36. Ó Val, se consegues perceber que o Rodrigues dos Santos foi estulto por procurar o confronto com o Sócrates, porque é que não consegues perceber que a ideia do Sócrates procurar o confronto é uma completa estultice.
    As palavras carisma e liderança não te dizem nada, pois não?

  37. Carlos Sousa, não percebo porque não há nada para perceber no teu suposto raciocínio. Estás a comparar a estrada da Beira com a beira da estrada.

    Mas explica lá essa do carisma e da liderança, que é para me rir contigo.

  38. Ó Val, eu para te explicar tinha de ser muito devagarinho, e depois não tinha piada nenhuma.

  39. Ó Val, aí tens razão, para tu perceberes teria de aplicar uma metodologia expositiva, e não tenho mesmo condições e depois eras capaz de não gostar dos meus bonecos.

  40. Errar é humano. O Valupi é humano, logo o Valupi erra.
    E errou. Ao exigir mais do seu Sócrates do que é humanamente possível. Valupi quer que Sócrates não seja apenas um herói (com falhas), mas um Deus e portanto sem erros.
    Esse é o erro de Valupi.

  41. Mister H, errar é humano. Mister H é humano, logo o Mister H erra. E errou. Ao limitar as capacidades de terceiros às da sua imaginação. Mister H quer que as ideias dos outros se conformem às limitações do seu entendimento, mas o seu entendimento não passa de uma versão possível da inteligência que a todos os humanos assiste.

    Esse é o erro de Mister H.

  42. Ó boneco, o Sócras vai de férias este mês. Não achas que é um erro ele ir para a praia, não seria melhor ele ir confrontar os gambozinos?

  43. Carlos Sousa, compreendo-te, acabas de chegar do almoço. Pelo que o conselho é o seguinte: não deves em caso algum conduzir, e se puderes dar um passeio (mas pela sombra, cuidado) isso em duas ou três horas já estará melhor. Toma também atenção ao bafo, caso tenhas compromissos sociais.

  44. ó Val, tás aqui a promover uma conversa bizantina que não serve para porra nenhuma e que nos distrai daquilo que é essencial pensar e realizar nestes meses de brasa. e ainda insultas o pessoal que se dá ao trabalho de te responder. com esse teu jeito para a farinha, acho que davas um bom fazedor de pastéis de massa tenra, oh se davas!…

  45. ignatzia, isso de veres o filme ao contrário ainda pode ter solução. Achas então que os coitados que se vêm enfiar nesta caixa de comentários em vez de estarem a salvar o mundo ou a si próprios estão a ter o “trabalho” de me responder. É uma opinião valiosa como todas as que abdicam da realidade e se instalam alhures. Acontece que não me parece assim um grande trabalho vir aqui insultar o autor, coisa que, apesar da tua opção anti-realista, serás capaz de reconhecer caso te concentres com muita força na leitura do que está escrito.

    Mas acertas, e dou-te os mais sinceros parabéns, na referência a Bizâncio. Mas isso só mostra que quem se esforça aqui sou eu, porque dá muito trabalho manter conversas bizantinas. Muito mesmo.

  46. …pois, esforças-te em construir bizantinices e esqueces que nos estão a arrombar a porta. A tua, a nossa, cidade não está segura. capice?!! ou queres que te faça um desenho neo-realista?

  47. “explica lá como é que o Relvas se lembrou de convidar o engenheiro para malhar na direita.”

    não faço puto de ideia, tu é que deves saber uma vez que o afirmas. eu só escrevi que o relvas nessa altura era o encarregado-geral da rêtêpê.

    “Ou a ideia do Relvas era a de malhar na esquerda? E se era para entalar alguém (quem? o orelhas?), porque é que Sócrates aceitou o servicinho?”

    continuo a não fazer ideia, mas acho improvável que o órelhas merecesse tanta atenção do relvas, qualquer da ponte o paria para a coisa datia. não creio que o sócras se preste a diminutivos.

    “Mas se acabou por não entalar o tal alguém, por que razão não foi corrido por absentismo laboral?”

    todas as semanas ia entalando o cavaco e os cromos do regime até que tiveram de mudar o formato para controlar danos. já todos percebemos que a ideia é correr com ele, só que os métodos utilizados até agora têm sido desastrados e deram bué nas vistas. a táctica agora é aguentar e chatear fininho para ver se o gajo desiste.

    o resto dos considerandos da treta, i.e. pressas, problema, coragem ou aguenta, não sei a que te referes. presumo que sejam dichotes em substuição de argumentos.

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