O enterro da “Política de Verdade” pelo mais furioso dos seus publicistas

A “direita” hoje chama-se “realidade”, e não há arrogância maior, nem maior prosápia do que essa. Não só são donos da “realidade”, que só a eles cabe definir, como, mais do que isso, eles são a própria “realidade” incarnada. Isto significa que as suas políticas são as únicas possíveis e não há alternativas. O seu quadro impositivo, a que todas as políticas se tem que conformar, é uma variante pouco complexa de uma folha de Excel, um “modelo macroeconómico” cujas variantes são apenas as permitidas pelo pensamento único do “economês”. Não é neutro, significa interesses. Na prática, significa para Portugal (ou a Grécia) apenas “pagar aos credores”, atitude benévola se a dívida pudesse ser paga sem ser pela tísica do pagador ou a morte a prazo do devedor. Resta, no limite, a prisão por dívidas. Tudo isto é um absurdo e, como de costume, uma história bem mais complicada do que aquela que nos contam.


Pacheco

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Que será feito do Pacheco Pereira que enlouqueceu de 2008 a 2010, só se curando do seu ódio alucinado quando, abusando do seu mandato de deputado, conseguiu chafurdar nas cuecas de Sócrates? Que será feito do cão raivoso que andava a cronometrar o telejornal da tarde na RTP à procura do segundo a mais dado a uma qualquer notícia que envolvesse membros do Governo socialista? Que será feito do biltre que alinhou na “Inventona de Belém” e que a um ou dois dias das eleições de 2009 garantia que Cavaco sabia coisas sobre Sócrates do foro criminal que apenas não estavam ainda a ser reveladas por causa… das eleições?

O Pacheco, cujo asco pelo povoléu é publicamente assumido, vendeu a sua alma de cidadão ao fausto plástico e aspirado dos estúdios televisivos e radiofónicos, mais as catilinárias que escreve noite dentro na Marmeleira. Tendo em conta as suas capacidades intelectuais e a sua influência mediática, trata-se de um dos maiores caluniadores adentro da indústria da calúnia onde é uma estrela milionária.

10 thoughts on “O enterro da “Política de Verdade” pelo mais furioso dos seus publicistas”

  1. Pois este “biltre” foi durante anos e anos companhia de Costa na “Quadratura”. Agora está lá o J.Coelho. Se este Pacheco é autor daquelas maldades todas que o Val lhe imputa, fico esclarecido: diz-me com quem andas…

  2. De facto da pena ver que pessoas tão inteligentes como o Pacheco Pereira ainda não tenham percebido que as questões financeiras e o dinheiro são de facto a realidade, que o modelo do estado social que era possível há 30 anos na Europa faliu, e que tudo o que seja dito ou escrito que questione esta realidade mais não é que um arroto duma geração que não se consegue enquadrar e compreender no tempo presente.

  3. Val, desta vez não posso resistir a sublinhar o quanto me “regalei” a lêr este seu texto – É EXACTAMENTE O QUE EU PENSO DESTE “INTELECTUAL DO REGIME”! Agora anda a fazer de critico deste governo, mas não perde nunca uma oportunidade de meter no discurso sempre uma critica aos governos de Sócrates!!!

    Para mim, ele é um dos maiores hipócritas dos “pensadores ” da actual direita politica .

  4. “…uma vez, ficaram fechados num elevador com um grupo de pessoas e foi passos, “com as suas próprias mãos”, que abriu a porta e os ajudou a sair.”

    afinal o gazuas tamém abre portas de elevador

  5. Estava a ver a notícia do Observador e as declarações do juiz. Contei 12 casas de habitação, 225 mil euros de empréstimos e 2 empregos(não sabia que um juiz pode até trabalhar 80 horas). Não está mal para quem insinua gastos excessivos e vida incompatível com os seus rendimentos a alguém que teve de pedir dinheiro emprestado a um amigo para fazer 1 ano sabático.

  6. Mal sabe esta maralha cu Lóreiru tá a sere inbestigado, um pócu como acuntesseue cum o Sócrates. Cambada de linqueiros, pá, wikipistas.

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