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Chegou o tempo de exigirmos ao Correio da Manhã, na pessoa do seu director ou accionista, um maior zelo pelo compromisso que este prestigiado órgão de comunicação social mantém com os leitores desde que foi fundado: “relatar notícias, contar o que acontece de relevante.” Com que finalidade se dão a essa meritória trabalheira? Fazer a “reflexão”. É isto. Precisamos de “notícias” por causa da “reflexão”. Acaso anda por aí algum cabrão, ou maluco, que se atreva a negar a evidência de que “sem notícias é impossível haver reflexão”? Pois.
O problema é que o CM está a impedir os seus leitores e espectadores de fazerem a “reflexão” mais vezes. Inclusive, mais vezes ao dia ou até mais vezes por hora. Idealmente, o universo de bípedes implumes sob a influência pedagógica do CM para efeitos de acréscimo e expansão da “reflexão” poderia passar entre 8 a 18 horas por dia nisso, a “reflexão”. E para tal o CM só tem de abrir um bocadinho de nada os seus horizontes. Como?
Basta fazerem o mesmo, exactamente o mesmo, que acabam de fazer a uns miúdos e aplicarem a receita aos milhares, milhões, de outros vídeos que igualmente “as redes sociais partilham, sem regras nem qualquer cuidado na preservação de direitos fundamentais de jovens vítimas”. O CM só tem de pegar nessas “imagens brutais”, dar-lhes o tal tratamento “jornalístico”, “ético”, “deontológico”, “moral”, “decente” e “civilizador” que consiste na “total proteção da identidade dos agentes envolvidos, com imagens editadas” e bute, toca a espalhar a “reflexão” às carradas para a malta que adora “reflectir” logo pela matina, depois do almoço e antes da deita. Vídeos de lutas de rua, vídeos de agressões entre casais, vídeos de agressões a idosos, vídeos de espancamentos de grupo, vídeos de perseguições e agressões racistas, vídeos de ódio ideológico, vídeos de ódio étnico, vídeos de promoção do nazismo, vídeos que gozam com doentes mentais, vídeos das execuções terroristas, vídeos de sexo roubados, vídeos de sexo publicados por vingança, vídeos de sexo obtido com violência física, social, pessoal ou química, vídeos de sexo com crianças e, o que talvez seja o mais importante para melhor conseguirmos “reflectir” nisto tudo, vídeos de sexo com crianças que foram vendidas pelos respectivos pais para serem exploradas em vídeos de sexo com outras crianças, com adultos e, calhando, com animais. Quanta “reflexão” não se tem estado a perder por mera preguiça, ou desatenção, do nosso CM, o paladino do “jornalismo” de “reflexão”.
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O CM vai iniciar uma série de publicações ‘chocantes’ dos elementos da redação a arriar o calhau explícito nas casas de banho. As imagens serão chocantes mas aconteceram.
exactissimamente!
Lá vem o moralismo para cima do jornalismo, tique bafiento em regimes que não convivem bem com a liberdade.
O CM não é o culpado. É apenas o mensageiro. E um bom mensageiro já que nos passa as mensagens em vez de as filtrar, adulterar, contorcer, de modo a comermos produto contrafeito.
Valupi, estás a ficar com um nível de argumentação igual ao do da Penélope.
Depois de um comentário teu que, digamos, não acrescentaram nada sobre o tema da escravatura (num post descabelado que linkava um artigo da Fernanda Câncio, no DN, depois desta ter um contacto do 3.º grau com uma turma e respectiva stôra no Liceu Camões, artigo que não percebi se era factualmente “esponjoso” porque não incluía, nem dele se inferiam, nenhumas referências bibliográficas ou, então, se foi elaborado a partir da consulta do manual do 12.º ano), comentário que atentamente mereceu a deferência da própria autora no Twitter que o achou o fim da picada vá-se lá saber porquê, dizia eu no princípio, pareces um rapazinho a escrever embevecido e bem-comportado sobre as cenas imorais que passaram no CM e na CMTV e que tanto excitaram aquela e outras senhoras e a ERC e sei lá quem mais. Enfim, no teu caso que é o ponto, a crise criativa e a falta de “alma” depois de assistires sofredor ao longo processo de morte assistida de José Sócrates, ambos os dois, chegaram há muito à tua porta.
Nota, canção de amigo. Se releres o que eu disse, é ver!, não me referi ao nível de exposição que é melhor do que o da partenaire mas, sim, ao nível de argumentação. Sofre-se disto por contágio, se calhar.
[Como não sei se o que farás deste comentário, o que é um problema teu em todo o caso, podes ter a certeza de que não sou só eu a pensar isto… ]
… não acrescentou, claro.
Já não bastavam a enorme quantidade de INCUBADOS TERRORISTAS na União Europeia e agora vamos ter mais uma Madonna.
Arroz, novamente, arroz, novamente. Fala-se de olhos e esquece-se o argueiro nos mesmos…
O jornalismo é uma actividade regulada, onde anda o regulador? Que poder é este? A calúnia já foi consagrada agora falta a indecência e o ataque ao direito a privacidade . Bem é melhor estar calado senão o Costa ainda convida o Otavio para almoçar.As muralhas estão a recuar, entre outros civilizadores o actual Camera man de Lx escreve lá e no pasa nada? Ou inalaram a tese pachequiana do “só da notícias”?
Muito bom o texto da Isabel Moreira hoje, que não haja duplicidades e hologramas de esquerda, quem colabora com o CM é cúmplice do nojo.