«A coordenadora do BE defendeu, este sábado, que os últimos quatros anos "mostraram que é onde acaba a maioria absoluta do PS que começa a mudança" em Lisboa, pretendendo no próximo mandato avançar na habitação, onde "o PS travou".»
«A coordenadora bloquista, Catarina Martins, avisou esta quinta-feira que maiorias absolutas do PS nas autárquicas não serão uma "boa ideia" na gestão do Programa de Recuperação e Resiliência, considerando que este "poder absoluto" será "inimigo" das conquistas para as pessoas.»
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Para as legislativas de há 12 anos, Louçã também garantia que o nascimento da “esquerda grande” começaria logo a seguir ao fim da maioria absoluta do PS. O desejo foi atendido. E o dia mais feliz da sua vida política, superando o da sua estreia no parlamento em 1999, ocorreu a 27 de Setembro de 2009, ao ver o PS sem maioria e o BE à frente do PCP. As suas declarações, nessa madrugada, são de um megalómano a tripar sem freio. As manifestações dos professores, e a campanha de ódio contra Maria de Lurdes Rodrigues (a quem Sócrates deu todo o seu apoio sem vacilar nem temer as consequências eleitorais), tinham derrubado os “falsos socialistas” e deixado Louçã com a fantasia de se conceber como aquele que tinha metido uma barra de titânio nas roldanas do imperialismo capitalista.
Um ano e meio depois, após recusar negociar com o PS, entregou o País a Passos, Portas, Relvas e Troika. As eleições legislativas de 2011 revelaram o que o eleitorado achou da sua genialidade esquerdista na defesa dos interesses da classe média e dos mais desfavorecidos.
Agora, Catarina Martins repete a cassete. Até parece que o BE, como único representante da “esquerda pura e verdadeira”, recusaria uma qualquer maioria absoluta que lhe viesse parar ao regaço, não parece? Sim, pois claro, não parece. As maiorias absolutas só são um problema quando acontecem aos outros, calhando a estes bravos seriam a natural e inevitável revolução em marcha para os amanhãs que dançam frenéticos.
Eu vou pôr aqui uma questão que não tem nada a ver com o post. Para o post a minha aceitação pelo que lá está escrito, outra coisa não era de esperar de mim que estou completamente nas mãos dos posts do Valupi. Vamos ao que me interessa. Ontem comprei a Sábado, coisa que faço de vez em quando há um ou outro assunto que deixa as tendências para trás, fofocas de que tb me alimento e depois lixo. Aquela “espécie” de reportagem sobre Margarida Martins é o quê? Aquilo pode fazer-se? Andar atrás de alguém disfarçadamente, registar o que se diz e fotografar sem licença? Depois vir para um meio de comunicação social colar imagens, sons, palpites e julgar ? Que se enganem se pensam que eu defendo a pessoa em causa se ela tiver aquele tipo de práticas. Será porque aquilo até pode ser tudo inventado ou eu como cidadã, temo que aquilo me volte a acontecer? Sabem porquê? Porque há muitos anos um bufo me seguiu desde o Técnico até ao Rossio, onde eu e mais duas perigosas agitadoras íamos distribuir panfletos sobre o Dia do Estudante, o 1o de Maio e a Guerra. Abreviemos o Governo Civil era perto e alguém foi parar a Caxias. Não fui eu. Por isso a conversa de Bla, Bla, Bla do BE não me preocupa, preocupa-me mais a “reportagem” da Sábado.
alimentam o dâmaso e depois queixam-se.
Vão trabalhar malandros :)
e depois fica indignada com o prato do dia.
É engraçado, uma bufa sanitária vir aqui fazer queixa dum bufo do regime.
Espero que o BE tenha razão e que nunca haja uma maioria de bufas.
Bufas bufas , só as do Eu mesmo. É com cada uma…