«BPN, 10 anos depois: ainda custa dinheiro ao Estado e ninguém foi preso
A falência do banco liderado por Oliveira Costa custou aos contribuintes 3,7 mil milhões de euros só até ao final 2016. É o equivalente a 1,9% do PIB, a preços atuais.»
«BPN, 10 anos depois: ainda custa dinheiro ao Estado e ninguém foi preso
A falência do banco liderado por Oliveira Costa custou aos contribuintes 3,7 mil milhões de euros só até ao final 2016. É o equivalente a 1,9% do PIB, a preços atuais.»
Pois, mas convem lembrar que, se a falência do BPN custou isso aos contribuintes, foi porque em má hora o ministro das Finanças de Sócrates, Teixeira dos Santos, decidiu nacionalizá-lo. Porque, alegou ele, a falência do BPN acarretaria perigos sistémicos para os outros bancos todos.
Ninguém sabe o que teria acontecido se a decisão não tivesse sido essa, se o Estado não tivesse nacionalizado o BPN e tivesse pura e simplesmente deixado o Banco estatelar-se (e todos os que lá tinham dinheiro ficar sem ele).
Já por várias vezes tenho dito que o caso do BPN será fechado, logo que o Oliveira e Costa bata as botas . Quando isso acontecer acontecerá uma amnésia coletiva e o caso será fechado. O resto são efemérides !
Caro Lavoura,
É preciso pensar o que era o contexto do momento. Estava na Presidência o Cavaco e o ministro era o cagarolas do Teixeira dos Santos face ao Presidente, padrinho do banco e toda a administração, directores e depositantes como o Balsemão que só por si tinha lá 300 milhões (veio na imprensa da altura) e toda a elite do cavaquistão e também, certamente do próprio PSD. Não esquecer que o BPN era o banco de financiamento do partido, tinha sido especialmente para isso que havia sido criado.
Acredito e espero que Sócrates, um dia, conte toda a história e pressões que o governo sofreu para “nacionalizar” ou seja, salvaguardar o dinheiro dos amigos de Cavaco com o dinheiro do povo.
E a corda deve ter partido, logo à primeira forte investida de pressão, pelo medroso e provavelmente também amigo daquele trupe de sacadores, ministro das finanças.
Vêja-se o que o dito ministro fez quando ameaçado pelos banqueiros reunidos da falta de dinheiro para os pagamentos do Eetado, sem dar conhecimento ao PM, arreou as calças e decretou a falência e consequente apelo à troika: outra vez a força da vontade do Cavaco.
José Neves,
você pode arranjar todas as desculpas que quiser, mas o facto indesmentível é que a nacionalização do BPN foi uma ação do governo PS de José Sócrates. E que portanto é legítimo responsabilizar José Sócrates (e, naturalmente, Teixeira dos Santos) por essa ação.
ò lavoura, não sejas parvo. todos os governos meteram dinheiro nas falências declaradas e não declaradas da banca portuguesa, do bcp à caixa passando pelo bpn, bpp, banif, bes e restantes, todos levaram injecções de capital pagas pelo contribuinte. do que tu não falas é dos processos crime associados às falências onde tudo o que cheira a cavaco foi poupado pela santa joana & associados.
Depois da tempestade é muito fácil atribuir culpas nas decisões tomadas com
vista à contenção dos previsíveis prejuízos que, se avistavam na altura com os
juros a subirem todos os dias, com o vice do PSD o careca Leite, a gritar a todos
os microfones uma falsa derrapagem orçamental sempre que o país precisava
de se financiar, sim o tal experto que tinha na algibeira esquerda do casaco a
solução para os problemas que se viviam … ele o afirmou na SIC ao tal Crespo
agora “consultor” da meo!
Para lá da massa falida do BPN, muitos dos financiamentos deveriam ser inves-
tigados e obrigar os usufrutuários a pagar, não esquecer a urbanização da Quinta
da Coelha onde os barões estão instalados à conta de um empréstimo de 100
milhões feito ao empreendedor de nome Fantasia, segundo a imprensa da época,
figurava entre os calotes no BPN … por arrasto devia ter sido nacionalizada a SLN
que, no entretanto mudou o nome para galilei e. arrestados os bens dos gestores!
Vidé o que, aconteceu no caso Madoff nos EUA resolvido em pouca mais de 6
meses, com tudo arrestado do próprio e dos relativos!!!
Mais novas do fim da impunidade
https://www.publico.pt/2018/11/11/sociedade/noticia/familiares-menezes-receberam-quase-dois-milhoes-offshore-autarca-1850562
Eu gostaria também de ver o fim da Operação Marques. Mas, o mais brevemente possível,
A verdadeira anónima