A SEDES é bem o espelho da decadência da direita portuguesa. De 2008 a 2011, esta associação de pândegos trabalhou afanosamente para o derrube dos socialistas e a entrega do poder ao PSD. Fizeram 4 Tomadas de Posição que foram outros tantos exercícios de difamação dos governantes ao tempo. Eis o que diziam de Portugal há 5 anos:
Sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional.
[…]
O mal-estar e a degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento. E se essa espiral descendente continuar, emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever.
Portantos, bá la ber, não se faz a brincadeira por menos: a coesão nacional está em risco, o regime está prestes a ir abaixo. Mas porquê? Que estaria a acontecer no final de 2007 e princípios de 2008 para levar a SEDES a declarar a iminência de uma guerra civil? Explicações não faltam, e vão todas dar ao reformado de Belém e aos casos finalmente descobertos de ilegalidades escabrosas e roubalheira à fartazana na banca do laranjal.
Será essa filiação que igualmente explicará o presente silêncio dos mesmos excelsos senhores numa altura em que a real degradação atingiu e contaminou todos os órgãos de soberania sem excepção. Aquilo a que assistimos no País nestes dias de passadismo não tem paralelo com nenhum outro período da nossa História em democracia, pois nunca antes tivéramos um primeiro-ministro completamente inepto para a função e moralmente indigno para o cargo, a que se junta uma coligação governativa onde a média da idade mental ronda os 12 anos, e ainda se acrescenta um Presidente da República conspirador, rancoroso, vingativo, soberbo, burro que nem uma porta e pírulas.
A verdade verdadinha é esta: a direita portuguesa não pode dar o que não tem – coragem.
Muito bem, subscrevo integralmente!
E das duas, uma: ou estes patuscos (e semi-analfabetos funcionais) da SEDES não tinham razão nenhuma em 2008 e, nesse caso, passam já de patuscos a refinados cabrões, ou então tinham mesmo razão em 2008 e, face ao trambolhão COLOSSAL que Portugal entretanto deu, sobretudo desde o 23 Março de 2011, já não têm mais lata (nem adjectivos) para fazerem novos comunicados, pelo que estarão só à espera do “pack” das granadas e do voo para Orly, para se juntarem todos na Catedral de Notre-Dame – ou talvez na Eurodisney… – e nos proporcionarem um espectacular suicídio colectivo.
Por mim e pelos meus, pois que façam muito boas viagens (e dêem lá um grande abraço à nova Conselheira de Estado do BRUTOGAL que eles diligentemente ajudaram a parir – a chiquérrima e mediática Maria de Fátima)…
Contrariamente ao que é meuhábito, discordo do Val. Não me parece que o problema seja de esquerda ou direita pelo menos se nos referirmos a uma direita europeia. Estes tipos não passam gente ressabiada com tiques salazarentos que se manifesta cobardemente contra a democracia com a mesma cobardia com que estavam calados e encolhidos antes de Abril!
mas qual é a admiração? a sedes é desde sempre a associação dos quadros portugueses que ajudaram a foder o país e que serve para publicitar o contrário. faz lá download do histórico das direcções a ver se não trazes uma rede cheia de passarões.
Completamente de acordo, caro Val. Infelizmente!