Ontem, na porqueira do Crespo, Ângelo Correia vociferou a sua indignação contra a hipótese de espionagem política levantada por Vieira da Silva numa entrevista e justificada em comissão parlamentar. Para este passarão dos lusos negócios, estávamos perante um ataque aos juízes e procuradores da Nação, algo intolerável e a pedir berraria.
Felizmente para a sua saúde, nunca terá de se indignar contra a intervenção na Assembleia da República de um líder do PS a exigir que escutas ilegais de conversas privadas sejam expostas publicamente ao arrepio das decisões do Procurador-Geral e do Presidente do Supremo.
Sim, Ângelo, mais vale ficares-te pela zombaria da honra de terceiros – mas só da dos outros, desses outros maus da fita, que não pertençam ao teu clube. Ordens do médico.
mas porqueira é carinhoso, sabes. :-)
Ao que parece Armando Vara vai pedir o levantamento do segredo de justiça no que se refere às acusações de que é alvo.
Assim sendo, se as acusações a Vara se mostrarem pífias e delirantes, como ficamos relativamente à espionagem política? Haverá ou não legitimidade para insistir na tese da espionagem? Claro que sim!
A ser assim, quem pode arredar a hipótese de Vara só ter continuado a ser escutado, ao longo de 7 longos meses (!!!), porque do outro lado do telefone, ocasionalmente, estava o PM?
Acrescem ainda dois factos:
– Durante todo aquele tempo as escutas a Vara (e a Sócrates), foram ocultadas do presidente do STJ. Com receio de que as mandásse parar e destruír?
– a “senhora” que quer suspender a democracia não negou ter tido conhecimento do teor das escutas antes destas terem vindo a público. Fugiu à pergunta e desviou a conversa, o que em política representa uma admissão, ainda que não explicita, do facto com que estava a ser confrontada.
A tese da espionagem política não está (ainda) comprovada, mas que tem perninhas para andar, isso não pode ser negado. Salvé Vieira da Silva!
A pergunta feita pelo Jumento no blog «o jumento» tem de ser respondida: na era digital, podiam ou não os senhores magistrados escutar Vara, programando o impedimento de escutas ao telefone identificado como sendo do PM? Se não o fizeram foi por ignorarem a possibilidade de tal recurso tecnológico? Ou porque queriam mesmo apanhar o PM e, de facto, tratou-se de espionagem a ser aproveitada por adversários políticos? Até quando vamos continuar a assobiar para o lado, como se não estivessem a ser minados os alicerses da democracia? E o BE e o PC a aplaudir e fazerem coro com os conspiradores, jurando que entre os magistrados não há «fedorentos! Como pergunta Marinho Pinto, gostava de saber como reagiriam se os escutados fossem Dias Loureiro e Cavaco Silva. Possivelmente já havia gente presa e julgada nos «processos sumarissimos» do Paulo Portas.
Porca miséria, na porqueira do crespo.
E não vejo onde está a ternura, Sinhã
a ternura está – quando utilizo a palavra – em mim.:-)
Quando o Ukelele acusou o Governo de escutas onde estava o Correia? E os outros?
A SICN é um freak show, e eu não sei o que andam lá a fazer o J.Soares, a Maria de Belem e outros que acedem ao convitezinho a abanar a cauda. Não têm o minimo de vergonha? Combate politico aquilo? Fazer figura de actores secundarios numa peça coreografada pelo Crespo? Respeitem-se pá. Que falta de amor próprio. Não têm amigos?
Eu acho piada é quando eles fazem aqueles programas com gajos de ar grave ao redor de uma mesa, tudo tios com cheiro a naftalina, alguns denotam mesmo os cuidados de bons taxidermistas, as luzes em tom vermelho assim pro carmim dão ao uma atmosfera de casino inicio de seculo XX mas pro decadentista. O pior é que quando um gajo julga que os tipos vão sacar do baralho e vamos começar a assistir a uma vermelhinha ou um interessante joguinho de poker, o meia leca Ferreira sai-se logo com esta “E agora? O país esta mesmo mal não está?”
Digo logo “Fonix estes gajos não percebem nada de televisão” e não é porque não decidam jogar uma bisca, é porque se levam muito a sério, e a televisão não é um sitio para as pessoas se levarem a sério.
O Crespo consegue a façanha de imitar o emplastro, e conspurcar um programa com jornalismo de excelência chamado 60 minutos, com a sua ridícula introdução aos telespectadores.
Sim Crespo, a malta sabe que esse jornalismo da CBS é mesmo de excelência; o teu é ordinário e reles como tu..
O Crespo foi o compére de uma revista de quarta categoria,na sessão a que te referes, e na qual o Joãozinho Soares fez a função de actorzinho deprimente, subserviente e obrigado respondendo ás deixas que o dito, salivando ódios, lhe deu. O Crespo é um caso perdido. Enterre-se o Crespo mais os seus muchachos. O Crespo faz-me pena com o seu ar de padreca vicioso. Já não tenho pachorra para o Crespo.
Já agora porque é que não se comenta o depoimento do Lima de Carvalho e a promoção do Zé Manel a comentador residente do patrão Balsemão?
A comunicação social privada está em campanha 24h/24h contra o governo. O efeito sobre as sondagens é nulo, até agora. O partido da velha safada desceu para 26% na última…
Deixa-os ladrar.
Forma de estar na vida e na política:
Não tenho capacidade para escrever assim um texto mas faço dele as minhas palavras.
“06 Dezembro 2009 – 09h00
Impressão Digital
Escutas???
Há mais de um mês que a política portuguesa é dominada pelo tema das escutas que envolveram Armando Vara e José Sócrates. E debate-se tudo em torno das escutas, a legalidade ou ilegalidade, a divulgação ou não, se devem ser destruídas ou guardadas.
É o destrambelho total, sem-vergonha e ordinário. Os deputados despertaram agora para a corrupção e vão à pressa, apressadinhos, recuperar aquilo que há muito polícias e magistraturas defendem e que ano após ano, legislatura após legislatura, varreram para debaixo do tapete. Mas ao menos que discutam estes problemas essenciais sem atirar para o território sórdido, da mesquinhez ressabiada, acusações enviesadas, coisa própria dos cobardes.
O que a actual direcção do PSD está a fazer com a pressão e as insinuações sobre as escutas ultrapassa os níveis da decência, colocando-se dentro de uma redoma de actos em que os piores sentimentos humanos vêm à superfície. O ressabiamento pela derrota eleitoral que só os tontos não perceberam que iria acontecer. Os tontos e os clientes do embuste.
O que estamos a assistir é a negação de tudo aquilo que gente, na qual me incluo, acredita ser o ideal social-democrata. A política acabou para este PSD. Apenas vale a vingança pessoal e ódios mesquinhos sem grandeza nem sentido de serviço ao País. O notável discurso de Francisco Pinto Balsemão produzido esta semana está cheio de razão e de esperança. E de ameaças. E com toda a razão: este caminhar pela política sem ideias, sem propostas, carregado de insinuações ao carácter das pessoas, tem como objectivo o suicídio do próprio partido. E da Oposição, que se admite ser a mais idónea para poder governar.
Não são escutas arrancadas a ferros de um qualquer processo judicial que resolvem ou entregam esperança a um País arruinado pela crise e exausto de tanta canalhice. Aquilo que se espera de um projecto social-democrata é que nos diga como baixamos o desemprego, em vez de ser Paulo Portas a dizer. Como temos melhor educação, e não esperar que seja outro a dizê-lo. Como teremos melhor saúde. Como teremos mais dignidade e riqueza.
Temos esse direito, de saber quais as alternativas que se colocam para que a Justiça seja mais ágil e justa, para que o tecido empresarial ganhe energia, para que a competitividade cresça. Sobre isto, ouvimos Sócrates, Portas e o populismo do BE. O PSD está entretido com as escutas, atónito e ressabiado, sem ainda ter percebido que serve, ou devia servir, um povo que tem fome e está desempregado. É este o grande erro de Sócrates. É por aqui que a batalha política se ganha ou perde. Agora, com escutas? Não me lixem”.
Francisco Moita Flores, Professor Universitário
O K tem razão: Maria de Belém, Soares, Seguro, Ramalho, etc deviam recusar-se a ir ao programa do Crespo, ao Frente a Frente, e deixá-lo a falar sozinho com os comparsas que ele convida.
Quanto à espionagem política, é evidente que Vieira da silva tem razão, houve mesmo espionagem política e Vara foi constituido arguido para poderem escutar Sócrates, não tenho dúvida nenhuma disso.