Já sabíamos que Portugal estava cheio de quem queira que se publiquem escutas sob segredo de Justiça, ainda por cima ilegais e sem relevo criminal. Agora, sabemos que há quem se ofereça para captar, divulgar e explorar pedaços de conversas privadas, usando-as em benefício próprio e com a intenção de causar prejuízo a terceiros. Salazar ri à gargalhada.
Tirando o processo Charrua, que as abéculas bolçam por não terem outro – e o qual acabou com a desautorização ministerial de quem iniciou o processo e ainda com a elevação a celebridade do protagonista -, gostava de conhecer o caso de alguém que tenha sido prejudicado em matérias de liberdade de expressão pelo Governo de Sócrates. Um caso. Basta um.
Entretanto, os jornalistas tentam prejudicar o Governo por razões onde se misturam corporativismo endémico e deboche, não por amor à Cidade. Crespo é um caso de deboche, venha ele do calculismo ou da paranóia. Os textos do JN revelam um autor de género: catastrofismo. Daí a sua aliança com o Medina, outro catastrofista que já conseguiu ter um show na TV.
Estes são os tempos em que os decadentes ocupam os lugares vagos, são usados para entreter. Há uma geração que apodrece frente às câmaras, na tribuna, pendurados na coluna de opinião sem nada que valha a pena conhecer, muito menos lembrar. Servem-se do espaço público para nos massacrarem com a sua derrelicção. E pagam-lhes bem.
E parece pouco o espaço que ocupam. Ainda ontem ouvimos o Medina, no Prós e Contras, lamentar o pouco tempo de antena que lhe dão. Chegou mesmo a meter uma cunha à Fátima para lhe arranjarem uma hora na RTP, para explicar melhor a fabulosa tese de que isto só lá vai com os economistas do FMI. Mas não deve ter sorte nenhuma, acabei de ler no site da TSF que o Crespo afirmou, nas jornadas parlamentares do CDS, que afinal o Governo não o quer silenciar só a ele, o Medina também está na mira. Sócrates deve estar farto de os calar um a um, agora é aos pares…
A noção de equilibrio politico da Fátima Campos Ferreira acaba a 25 de Abril de 74. Podia bem fazer o Pros e Contras na RTP Memoria com o título ” Ó Tempo volta para Trás – uma análise gerontocrata”.
Com uma lágrima no canto do olho Mário Crespo revela que «um e-mail comovente, tocante» lhe foi enviado por uma senhora erudita, que estava sentado na mesa ao lado. Será a Manuela Moura Guedes?
Na excelência de conteúdos que é a SIC Notícias, Mário Crespo virou herói, o último paladino da liberdade.
Sou apreciadora de banda desenhada desde a infância, e tinha como um dos meus personagem favoritos o pateta. A partir de hoje, e quando crescer quero ser com o Mário… Mário… Mário Crespo…
credo. que pessimista estás. bipolar?
Magnífico este comentário de Valupi. Na linha daquilo a que já estamos habituados. De facto, “estes são os tempos em que os decadentes ocupam os lugares vagos. São usados para entreter” O drama é que se trata de um entretenimento muito mais nefasto que o “panem et circenses” da antiguidade.
pois é, o país fede, mas fede de vários lados… Convocam-se Hades, Poseidon e Zeus: irmãos, dai uma volta nisto.
Para resmas de “gajas”, o estrelato é directamente proporcional ao número de orgasmos que proporcionam ao Ronaldo.
Doutrina adoptada por certas “putas” do jornalismo, desejosas de fazer um “frete” ao Sócrates. O gajo vende bem….uma mina…
&
e Héstia e Hera …. não?
Em termos de comunicação social fede há muito tempo, &.
É inacreditável como nunca conseguiriam discernir o seu papel educativo da sociedade. Limitam-se a fazer queixinhas do poder político e a reivindicar poder. Cada vez mais poder. É a ditadura das audiências. Versão soft para turista ver.
Pelo meio é o que todos sabemos: novelas e histórias de faca e alguidar. Realidade cor-de-rosa e sangue. Para construir um mundo melhor, dizem eles.
Se pelo meio baterem na educação, tanto melhor. Cínicos!
é melhor não por causa dos ciúmes…, aqueles três são irmãos e têm os três domínios a seu cargo, representados arborealmente por cipreste, freixo e carvalho.
Pois é tra.quinas, o problema é que não é só a CS também é a Justiça, para não dizer mais. A sombra. Venha então o raio.
ao menos Deméter , &. e como não hão-de ser ciumentas se os manos as põem sempre de lado , caramba. ( só Hera é que era “hirada” , e agora até fazia jeito )
E assim se faz politica neste momento !…
A falta de ideias para o debate politico leva a estes estados de alma. Não conseguindo contrapor, recorre-se ao enxovalho do PM.
E o pior é que as pessoas ainda se dividem ente acreditar ou duvidar do que lhes é dito.
Mas que raio de época é esta !?
mas essas convocas tu, à tua responsabilidade. Eu fiz a solução minimal de convocar os regentes dos três mundos e já me chega que gosto pouco de cenas de família. Aliás Socrates dizia que não se devia contar aos jovens essas cenas que ele considerava fraquezas dos deuses. Daí ter sido acusado de impiedade. E também, se bem me lembro, nunca respondeu direito a Adimanto sobre as vantagens praticas dos injustos perversos sobre os justos, ficou-se só por dizer que os últimos seriam louvados. Depois de mortos, acrescentaria eu.
e já agora convém recordar,
e xonex
PS: e já agora, lá mais para amanhã, gostava de saber o que é o sentido da vida para ti, Mf.
Que actual e visionário era Sócrates, não?
&, isto requer um bocadinho de poção. Todo este caldo de incompetência, pulhice e falta de vergonha está a deixar-me…asfixiada. Vá lá, só um bocadinho :) (eu sei que foste ao zimbro)
(bolas, já cheguei depois do xonex)
e o sentido da vida também para ti, Edie, já agora …
não fui não, fui à mata porque a mata é bela, mas ando a ração de combate e asfixiado é o termo, mas agora é pela esquerda, dir-se-ia.
Vão conseguir o impossível: convoca-se Mollay e o Espelho de Portugal liquefaça.
O segredo está no “pagam-lhes”, quem e porquê. Quem “mete lá o dinheiro” – como diz o boçal do Belmiro, que tinha quatro ministros no governo PSD-Sonae
penso que não há um sentido na vida em geral , comum a todos. cada um , com sorte ( e alguma dor ) , encontra e faz o seu. “caminante no hay camino,se hace camino al andar’
( eu gosto de pensar que vim cá para aprender coisas muito importantes , que tudo o que acontece tem um sentido . estou no meio de uma evolução qualquer a caminho do despojamento e não posso perder pevide se quero chegar a buda )
E eis senão quando, vindo da bela Atlântida, chega o Lobo Marinho com os porões atulhados de pérolas, muito ouro e marfim, mas mais importante traz um orçamento capaz de libertar o nosso povo do Reino das Trevas; será mais leão, ou mais raposa? Salvo seja!
ora é uma resposta bonita, e já estou todo catrapisco mas vim cá cheirar. Tudo o que acontece tem um sentido estou de acordo e não há acaso, embora possamos lidar com ele como véu de ignorância e fazer estatística com variáveis aleatórias, digo eu que fui professor de Estatística e uso teoria da informação y me gusta.
Já quanto a não perder pevide pode ser o contrário do despojamento, há que ter cuidado.
O melhor de buda é que está ao alcance de qualquer um: contaram-me por alto a história e um tal Milarepa que foi assassino e acabou iluminado, mas nunca li. Se calhar também há alguma história de um iluminado que acabou assassino, mas também nunca li.
agora xonar é do melhor que há e lá vou eu. Hasta.
O Manel Moura Guedes da SIC
o único raio somos nós, &. Estamos aqui para sermos nús, tal como todo o resto. Batinas, burkas, crucifixos ao pescoço, tangas of course e/ou barbas rigidas e longas, mais posições óióai são adereços.
A globalização é bem real e aliou-se com a tecnologia. Parece-me que seria bem bom que o senso comum metesse isto na cabecinha.
perder pevide queria dizer não perder licções , &. gostei muito de um conto que puseste um dia , sobre um senhor que se distraiu pela terra com muitas “coisas” e perdeu o essencial.
suponho que temos é uma missão na vida , às vezes tem a ver com nós próprios , outras vezes com os outros , outras um mix . e quando percebemos qual é fica logo cheia de sentido ( até o passado ganha novo sentido , percebemo-lo e percebemos como foi necessário que fosse assim ) , mesmo que nem gostemos muito logo ao principio da missão que nos calhou. sabes como são as missões , né? cheias de percalços.
é, mas o sentido geral disto tudo ainda me escapa. Às tantas é apenas a Terra que quer arranjar um(a) namorad@ e nós andamos nisto com os neurónios estirados. Foi preciso a tensão das duas guerras mundiais e da guerra fria para resultar num pézinho na Lua. Se vem aí um cometa até salta da órbita com saudades daquele dos dinossauros.
Já viram que coisa terrível anda aí na Espanha, na Grécia, na Irlanda e na Islândia, para só falar nuns poucos? Quanta gente com a vida desfeita à conta da engorda dos bancos? E ninguém exige que o BCE financie Estados além de bancos? Vou afiar as unhas para saltar para as costas do cabrão em vôo picado.
Que mundo obsceno andamos a fazer e a legar aos miúdos.
E como sempre a língua portuguesa é muito esclarecedora: terror, terrível, território vêm de terrerre aterrorizar, que tem raiz em terra. As invasões dos mongóis, tártaros e quejandos tiveram origem nas pastagens exauridas das terras deles.
bOM DIA, &!
Pelos vistos, ainda fui xonex primeiro do que tu..
Pois não procures que eu, o Val ou o mf te digam qual o sentido da vida. Quantos milhões somos na terra? Pois os mesmos milhões de sentidos de vida existirão.
A minha resposta para ti é, então: jai guru deva (segue o teu guru interior). Ele sabe o caminho e o sentido.
bom dia Edie,
foi sim, fiquei catrapisco a ver o que dizias. O Val já respondeu: criatividade como fonte e fruto do amor. A mim parece-me ao contrário mas é o velho problema da correlação.
O meu guru interior vai-me orientando deixa lá, à cabeçada se mais não fôr com uma cabidela de permeio. Mas eu estava a perguntar não era tanto o sentido da vida própria de cada um mas o que nos podia reunir num sentido geral de vida. Até parece que o tema é impróprio, mas também não faz mal, permanece necessariamente em aberto, à la Bergson.
Bem, a ver se hoje vou treinar de dragão enquanto abro mentalmente novo paper,
(ui, ali em cima é terrere)
&,
já tinha lido a entrevista. Concordo parcialmente, mas nalgumas coisas acho um pouco redutor e mesmo demagógico. Julgar as pessoas, catalogá-las, penalizá-las a partir do nosso julgamento (como se tivéssemos autoridade para julgar) é algo que não traz felicidade a ninguém, embora seja praticado mais ou menos por todos, quotidianamente.
Avaliar uma pessoa com base em números que consegue atingir ou não, também não é fonte de eficácia ou felicidade na organização. Mas nem todos os métodos passam por aí. Este psiquiatra foca-se na a sua amostra, as pessoas que sofrem desestabilização mental ou emocional por causa do trabalho. Mas deixa de fora os casos positivos de avaliação. Nem todos são nefastos. A maioria das pessoas com quem trabalho prefere ser enquadrada num sistema de avaliação do que estar sujeita à “não avaliação”, que na prática, significa SEMPRE ser avaliado de forma subjectiva e arbitrária, com os habituais favoritismos e discriminações de quem julga sem regras.
No fundo, o sistema de avaliação regula os julgamentos.
&,
que outro sentido comum que não a felicidade? Mas não se chega lá sem o “nosso” guru, pois não?
http://www.youtube.com/watch?v=cAe1lVDbLf0&feature=fvst
concordo que as pessoas devem ser avaliadas com critérios objectivos, enquadrados nesse conceito mais geral de valor contributivo, que remonta às teses kantianas do dever moral.
Não concordo é que se tome como critério maxime a produtividade e competitividade, como vem enunciado correntemente por aí.
Se a paisagem é uma boa metáfora das relações entre cultura e natureza o que tem vigorado é o modelo pobre e simplista do eucaliptal – produção de fibra e indústria do fogo -, esquecendo o contraponto da mata mediterrânica: biodiversidade e protecção do solo inclusivé.
Também não concordo que perante vagas de suicídios como na France Telecom se encolha os ombros e se diga que está dentro das estatísticas do número de casos por 100 000.
No entanto o assunto é penoso e o Nas nuvens é uma boa alegoria. Também por isso interrogava-me sobre o sentido da vida. Mas concordo que fica para depois.
(tão linda a miúda! Foi a prmeira vez que o meu laptop não soluçou com um youtube em muito tempo. Sabes que não consigo entender de todo os pedófilos? É que não consigo mesmo, mas calo-me porque me disseram que em regra eles terão sido abusados em crianças e têm lá aquilo encasquetado nas memórias profundas. Enfim, coisas tristes. Obrigado pelo vídeo fez-me subir como o balão. Fica bem e até logo.)
ainda antes de bazar, já de mochila à Brás, tens aqui um meu amigo que me levou para os números complexos depois de ter tropeçado na capa de um cd com um gato de óculos escuros que me saiu disparado pela frente, ainda meio pingado de um mergulho na praia da Barra; macacos me mordam se não hei-de dar-lhe uma dentadinha na orelha através de um isomorfismo adequado. Depois cada um segue por si que já sei o que a casa gasta, e também sei que afinal isso quer dizer que afinal seguimos juntos nesse Universo com 11 dimensões,
‘té.
pois é. onde encaixam situações de sofrimento extremo ( fome , doenças , miséria ) num sentido “cósmico” da vida ? não sei. talvez passem logo para um plano superior , talvez o sofrimento aqui seja equivalente a despir a matéria mais depressa. e talvez esses que rapinam chafurdem na sua própria caca para sempre. ou pelo menos até aprenderem qualquer coisa de jeito.
muito difícil viver hoje , & , no meio da overdose de imagens e ruído. nem deixa as pessoas pensar. nem as deixa perceber o que lhes é impingido do que de facto querem.
(cada vez gosto mais do campo)
&,
obrigada também.
(gato mesmo :)
mf,
com essa barulheira toda, o guruzito cá dentro não se consegue fazer ouvir, não é?
Agora cito eu um amigo nosso (um pouco sobre o que é a vida):
“Life is what happens while you’re busy making other plans” (John Lennon)
Também ele disse que não tinha medo da morte, era como sair de um carro e entrar noutro :)
que bom poderes viver no campo Mf, aproveita essa sorte, eu também ainda tenho esperança de não-sei-quê, deixa ver o que a Vida quer de mim,
gato mesmo, né? E corajoso e generoso.