Marcelo no seu melhor

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se aos excessos do período pós-25 de Abril de 1974, "em que se dividiam os portugueses entre patriotas e não patriotas, bons portugueses e maus portugueses, em democratas e anti-democratas, entre os que tinham o exclusivo de acesso ao poder e aqueles que estavam marginalizados".
"Passaram mais de 40 anos e há uma coisa que nós sabemos e que eu sei: Não queremos voltar a ter esse tipo de divisão entre os portugueses. Somos todos portugueses, cabemos todos na democracia, temos todos a plenitude dos direitos de participação", declarou o candidato presidencial, recebendo uma prolongada ovação da assistência.
Mais à frente Marcelo insistiu: "O debate tem que ser feito com serenidade, sem exclusões e, sobretudo, não confundindo adversários e inimigos, porque não há portugueses inimigos de portugueses".


Fonte

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A pulsão de Cavaco pela política da terra queimada, consubstanciando-se na usurpação de poderes na forma tentada e na intenção de prejudicar a população, deixou Marcelo com a necessidade de tomar uma primeira grande decisão. Ou seria cúmplice de um traidor como Cavaco, com isso pondo em risco a sua eleição, ou se afastava dele com repúdio e convicção; mantendo intactas, ou até reforçando, as suas hipóteses de vir a ser o próximo Presidente da República. Felizmente para a salubridade do espaço público e para o futuro institucional do regime, escolheu a pose de estadista. Cavaco está agora reduzido a chefe de facção de um grupo de reaccionários, literalmente.

Não há portugueses inimigos de portugueses” – para além da sua relevância oportuna e letal, a sentença dá também um belíssimo cartaz de pré-campanha presidencial.

15 thoughts on “Marcelo no seu melhor”

  1. o marcelo tasse cagando para a democracia e na dele sabemos quem cabe. precisa é de votos para ser eleito e já concluiu que as contas rejeitadas pelo bolicoiso e resto da seita estão certas. depois, não estou a ver qual era a tradição a que se iria agarrar, mas nunca fiando.

  2. Marcelo apenas receia chegar à campanha das presidenciais num cenário de golpe da direita – um “governo de gestão” a fazer obstrução a um governo legítimo da esquerda.
    Nessas circunstâncias, as chances de ser eleito um presidente de esquerda seriam muito maiores. É isso que ele teme.

  3. Marcelo é hipócrita e cínico, pois claro, e também indigno para ocupar o cargo de Presidente da República, pois não passa de um palhaço ao serviço da oligarquia. Esta é a minha opinião e não estou a conceber nenhum cenário em que fizesse sentido dar-lhe o meu voto. Porém, trata-se de uma das mais importantes figuras não só da nossa elite como da nossa cultura democrática, fruto do protagonismo mediático que alcançou. Nesta dimensão, o que diz ou não diz, faz ou não faz, é politicamente relevante. Neste caso, ele estava obrigado a uma decisão: ficar do lado de Cavaco, e arriscar ser contaminado por esse acidente nuclear, ou afastar-se para o mais longe possível, dizendo o óbvio. Foi esta última opção a tomada e ela passa a inscrever-se bondosamente na dinâmica política em curso.

  4. Marcelo é um grande político. Alguma dúvida? Porém, se ele é hipócrita e cínico, o que serão outros existentes nos variados quadrantes políticos…?

  5. Jasmin Silva
    25 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 7:51
    Só há “un petit probleme”: Marcelo é hipócrita !

    A BURRA. Nem vi, mas é a BURRA! Vi agora. A BURRA agora vem com petites citations en français.
    Querem ver que a BURRA esteve na Sorbonne? Ou terá aprendido no meio dos bidonvilles a espalhar a raiva XUXIALISTA?

  6. dixit: Se sou PR não deijarei uma hipóteca por resolver, como agora, para quem me substituir….. Toma Cavaco.
    Pôs como ejemplo de diálogo e de um PR o Dr. Sampaio.

    Uma campanha bem feita, soltar amarras e fazer senhas os da outra margem.

  7. Marcelo não passa de um fala-barato. Conversas leva-as o vento e de tretas estamos todos FARTOS até à raiz dos cabelos.

    Marcelo é filho e afilhado de fascistas. Marcelo NÃO PODE ser plebiscitado para ir para Belém.

    Se atualmente já estamos quase de volta ao spinolismo, sem Colónias, com Marcelo no topo da cereja política regressaríamos mais trde ou mais cedo ao… marcelismo, sem CDE nem ANP, mas com tudo o resto.

    Marcelo não passa de uma CHAVALA DE TRÓIA dentro das portas da Democracia!

  8. Se este papagaio “no seu melhor” só se lembra de invocar os “excessos do pós-25 de Abril” – claro, antes do 25 de Abril éramos todos muito COMEDIDOS… (!!!) -, dá para imaginar o que ele seria “NO SEU PIOR”.

    Um aparentado de Soares Carneiro, SERÔDIO, sem passado deTarrafal, mas com muita prosápia, nada mais.

    CUIDEMO-NOS, o virgines!

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