Malhar no Daniel Oliveira

Neste Augusto Santos Silva: o Partido Socialista é o regime? temos Daniel Oliveira a falhar nova oportunidade de criar uma de duas coisas: ou jornalismo ou opinião. Apesar da hora e quarenta minutos no ficheiro, num formato que não tem limite algum de tempo para além do que os próprios estabeleçam, o resultado é mais um exercício masturbatório do entrevistador. Não revela qualquer intento de oferecer ao público algo surpreendente (no sentido de acrescento relevante) nascido da inteligência e experiência de vida de Santos Silva. Em vez disso, quem perguntava despejou para cima de quem respondia as suas próprias opiniões de comentador profissional, dando-se por satisfeito quando assinalava a sua discordância e passava para a pergunta seguinte. A minha exasperação com esta superficialidade foi atingida na questão sobre a inflação e qual a política salarial que melhor faria diminuir os seus efeitos. Para o Daniel, o tipo de inflação em causa pede aumentos de salários; para o Augusto, esses aumentos levariam ao prolongamento da espiral inflacionista. Quando o entrevistador usou um argumento de autoridade para defender a sua opinião, o entrevistado usou outro. A situação, portanto, era perfeita para se aprofundar essa oposição, indo-se ao limite do conhecimento de cada um a respeito da matéria e servindo-se à audiência uma argumentação dialéctica e pedagógica. Pois népias, saltou-se para outra coisa. Pedindo emprestada a expressão ao Pacheco, “mau trabalho”.

Não ter feito uma única pergunta a respeito de Sócrates, quando se anda há anos a declarar publicamente a sua convicção de culpabilidade, coloca Daniel Oliveira como activo colaborador da indústria da calúnia. É previsível que a sua justificação para tal seja a de que o tema Sócrates está enterrado, é um processo de condenação concluído sem carência de se esperar pelo que a Justiça venha a deliberar. Mas, até por essa lógica, por que bizarra razão não se confronta Santos Silva acerca disso mesmo? Será que o Sr. Oliveira ignorava ter sido o seu convidado um dos mais próximos e importantes aliados do que carimba como um primeiro-ministro corrupto? Será que não teve coragem para afrontar, maldispor, o ex-ministro socrático com a vexata quaestio de ter sido unha com carne do que então será um dos maiores e mais infames criminosos da História portuguesa? Ou será que a verdadeira razão do seu silêncio remete antes para o cálculo de que as palavras do actual Presidente da Assembleia da República o expusessem a si como pulha?

Augusto Santos Silva daria um magnífico Presidente da República. Seria o primeiro a levar para o Palácio de Belém a cultura e a prática científica. Cada discurso seu ajudaria o País a pensar e a conhecer-se, a crescer. E ainda espalharia um humor sofisticado e erudito. Que pena se não acontecer.

71 thoughts on “Malhar no Daniel Oliveira”

  1. Portanto, agora, passaste a decretar que o simples facto de não se falar sobre Socrates é ja uma forma de o caluniar, o que faz de 9.999.998 Portugueses que não vivem obcecados com a questão caluniadores a tempo inteiro. Isto esta a atingir dimensões, não apenas patologicas, mas metafisicas : “le silence éternel de ces espaces infinis m’effraie”.

    Boas

  2. “para o Augusto, esses aumentos levariam ao prolongamento da espiral inflacionista”

    Estranho então que para António Costa, conforme disse em resposta às questões dos jornalistas, após a participação na abertura do Fórum das Competências Digitais, “esta inflação resulta menos de haver uma grande massa monetária em circulação e mais de uma causa importada e bem conhecida que é a guerra da Rússia contra a Ucrânia – uma guerra que agravou a rutura nas cadeias de abastecimento e introduziu o fator acrescido de uma crise energética”, explicou.

    ou então quando dois dias depois, no debate do Orçamento do Estado na generalidade, voltou à carga. “A crise inflacionista na Europa resulta da rutura das cadeias de abastecimento e do aumento dos preços da energia e não é com a subida das taxas de juro que se resolve esta crise inflacionista.” António Costa acrescentou ainda que a política monetária se arriscava a contribuir para “aumentar o risco de recessão nas economias europeias”.

    Também o Presidente da República partilha das dúvidas do primeiro-ministro. “Vale a pena pensar o mais próximo possível se é de continuar este galope porque pode não ser a maneira correta de resolver o problema da inflação nem do crescimento”.

    Com quem será que fala Augusto Santos Silva sobre inflação?

  3. não se fala sobre socrates , o daniel fez o favor , porque se trata de comemorar o ps, ora , o socrates é uma grandessíssima mancha na reputação do partido , logo , é sensato varrerem-no para debaixo do tapete.

    ( ó , coitadinho , está tristinho por não terem convidado o zezito? )

    e claro que aumento de salários aumentava a inflação. as empresas teriam de vender mais caro para pagar salários e contribuições , ademais , se agora algumas se contêm não aumentando demasiado preços por saberem que a malta não tem dinheiro , deixariam de estar limitadas por esse constrangimento nos possíveis aumentos.

    de todos modos , a minha intuição diz-me que a inflação é apenas uma manobra para poderem aumentar os juros levando o maior número de pessoas à ruína , como em 2008. pouco a pouco vão ficando com tudo.

  4. aqui não consigo ouvir tudo mas já se sabe que o DO está ao serviço de quem só sabe desdenhar do desempenho do governo e, por essa razão, centra-se em seus próprios argumentos – lição que estuda com empenho e que não permite ingerências causadoras de desvios. afinal o objectivo do programa não é o entrevistado mas o entrevistador. e aproveitar a oportunidade para falar sobre aquele com quem aqueloutro viveu de perto nos seus governos não convém – ia ouvir o que não se pode ouvir: a verdade sobre o Sócrates primeiro ministro e o Sócrates como carácter individual.

  5. Em Portugal deixou de haver jornalistas mas influenciadores e fazedores de opinião , é isso que são ,não se investiga , e aí procura-se o mal dizer as chamadas fontes ressabiados e aí de quem diga algo em contrário é perseguido pelos jornais e televisões do escárnio e mal dizer repetindo vezes sem conta até ser a verdade deles pobreza franciscana o que diria Eça de Queiroz se vivesse nestes dias.

  6. A foto do ataque russo à maternidade de Mariupol da autoria de Evgeniy Maloletka ganhou o World Press Photo 2023. A foto que os majores-generais que vomitam propaganda russa nas televisões portugueses diziam ser uma encenação. A foto que os militantes e minions do partido que não é putinista, mas que repete até nas vírgulas a propaganda russa, diziam ser uma encenação. A foto que o blogue Z, que ao contrário do que alguns possam pensar não é putinista mas só quer a paZ, jurava ser uma encenação [agora também jura que os documentos publicados pelo Teixeira Jack enquanto jogava MeinKraft são falsos, e antes já tinha jurado que os túneis da Azovstal estavam cheios de ‘amaricanos’, todos empenhados em lixar o glorioso Batalhão Wagn… err… o glorioso Exército Vermelho]. A encenação teve como resultado a morte da criança e, dias depois, a da mãe em consequência dos ferimentos sofridos. Esta gente consegue chegar à noite e dormir descansada sem que lhes pese na consciência a cumplicidade com os crimes. E não me estou a referir aos russos mercenários, ou soldados comuns treinados para não respeitarem qualquer direito em terras ocupadas, que esses é a raça deles, como diz o povo. Se calhar também é a dos outros.

    No sítio do costume

  7. “que esses é a raça deles”

    uuiiiissshhhhh!

    vejam só como lhe foge a boca pra verdade

  8. Existe uma inclinação geral para apresentar a história do PS sem Sócrates.
    Vou aproveitar este post para dizer uma ideia que me surgiu e fala sobre o conflito do “presente e passado” que as vezes trazes para a discussão.
    O presente é composto pelas massas por quem não pensa por si próprio; e os que rompem com as ideias velhas (as que fazem parte do presente) , os que quebram o passado e muitas vezes considerados criminosos (hoje em dia alguém que pense “fora da caixa” ou em desarmonia com os estigmas são quase-criminosos) são ouvidos no futuro. Verás que quando a guerra acabar muitos dirão o que Lula (no presente) diz

  9. não fiquem tristes , terá sempre lugar na História de Portugal na lista de governantes que levaram o país à bancarrota. ele há cada uma..

  10. “Quando o entrevistador usou um argumento de autoridade para defender a sua opinião, o entrevistado usou outro. A situação, portanto, era perfeita para se aprofundar essa oposição, indo-se ao limite do conhecimento de cada um a respeito da matéria e servindo-se à audiência uma argumentação dialéctica e pedagógica. Pois népias, saltou-se para outra coisa. ”

    Caro Sr. Valupi,
    Desde quando é que “argumentos de autoridade” fomentam qualquer discussão?! Então um “argumento de autoridade” não é um argumento definitivo, um axioma, um fim de conversa?! Fazendo fé que ouviu toda a entrevista, não notou que a dita se desenvolveu em amena cavaqueira, servindo apenas os intentos de de cada um? Um, DO, do alto do seu palratório, pretendeu apenas desempenhar a sua função de ganhar a “vidinha”, que custa a todos. O outro, ASS, aproveitou para marcar posição quanto às presidenciais, colocando-se na primeira fila da grelha de partida, como você bem intuiu, aliás.
    Curiosamente, já é o segundo presidenciável de “qualidade” que apresenta nesta sua casa… Parece-me que anda sem rumo!
    Assim, arrumada que está a hipótese de que pudesse ter havido qualquer discussão entre aqueles dois, sobre qualquer substantiva questão, porque razão haveria de vir à baila a questão José Sócrates? Daniel Oliveira sabe bem que a questão já não rende, já foi! Quanto a Augusto Santos Silva, há muito que terá deixado de ser sua preocupação, se alguma vez foi! Isto, a julgar por todo o trabalho governativo que realizou, posteriormente ao rebentar do caso, desconhecendo-lhe eu, qualquer desagravo, relativamente ao seu ex-companheiro.
    Como deve ter reparado, ASS discorreu sobre questões várias, nomeadamente, sobre a globalização e as suas virtudes. Quanto a defeitos, nada. Apenas referiu que “falhámos” na regulação do capital financeiro internacional! Tão senhor do seu próprio saber, nem reparou que o mundo que analisa já não existe, pelo menos nos termos em que ele o vê. Pasme-se que, em tanto tempo de conversa, aquelas duas almas nem repararam que o mundo está em guerra! Para lá de qual a visão que se tenha do fenómeno, ele existe e qualquer análise que ignore esse dado nunca poderá levar a bom porto. Afinal, além de consumir vidas, muitas vidas, essa guerra destrói recursos que seriam bem mais vantajosos no combate às desigualdades mundiais.
    Pois, sr. Valupi , seria bem mais útil que, no seu post, perguntasse, porque razão DO não questionou a posição da governo nessa questão da guerra, tanto mais que ASS já foi MNE!
    Já nem digo para que perguntasse a ASS (aproveitando o ensejo que este lhe deu, quando abordou a sua saída do trotskismo, por decorrência directa do esmagamento da revolta dos marinheiros em Kronstadt), porque razão não tem idêntica atitude face às agressões , com muitos milhares de mortos, perpetradas pelo globalismo americano! Era pedir demais num encontro tão agradável, não era?

  11. Para chicos-espertos que acham que somos todos borregos: a outra grávida de Mariupol, profusamente filmada, já disse mais do que uma vez que não houve qualquer ataque aéreo, que não ouviu avião nenhum, que a equipa da Associated Press já estava a tentar entrevistá-la, no local, imediatamente a seguir ao rebentamento, como se soubesse antecipadamente que qualquer coisa ia acontecer, e que lhes disse que não queria ser filmada, pedido legítimo em que eles mui democraticamente cagaram.

    https://apnews.com/article/russia-ukraine-europe-misinformation-bombings-a39d9438da3c55d691742229cc87b2a0

    E a ginástica que os cabrões fazem para tentar desacreditar a rapariga, tentando simultaneamente aproveitá-la, chega a ser patética:

    https://voxukraine.org/en/false-interview-with-marianna-vyshemirska-proves-that-the-bombing-of-a-maternity-hospital-in-mariupol-is-a-fake

    https://www.lemonde.fr/en/les-decodeurs/article/2022/09/10/why-the-mariupol-maternity-ward-bombing-continues-to-feed-russian-propaganda_5996488_8.html

    https://www.bbc.com/news/blogs-trending-61412773

  12. JA, tens muita razão. Nestes específicos pontos:

    – O problema dos argumentos de autoridade está na autoridade desses argumentos, como bem apontas. O melhor, portanto, e seguindo o teu sábio conselho, será só usar argumentos sem autoridade nenhuma de modo a poder começar uma qualquer discussãozinha.

    – Isto das guerras é uma cena inventada pelos americanos, obviamente. Eles são tão bandidos, tão diabólicos, esses americanos globalistas, que até convenceram Putin a mandar matar milhares e milhares de jovens ucranianos e russos, ao mesmo tempo que destruía cidades só para agradar aos tais americanos.

    Sim, tu sabes do que falas, é inquestionável. Já o Santos Silva, coitadinho. Enfim, não se tivesse ido vender aos americanos da globalização, né?

  13. A autoridade do seus “argumentos de autoridade” é uma coisa engraçada, como o demonstra o último parágrafo que agora trouxe á conversa! Então, quer que eu aceite as posições de ASS, só por ele ser quem é? A atitudes dessas eu chamo temor reverencial e isso a mim não me serve; se gosta, que lhe faça bom proveito. Mudo, sem problemas, de posição, mas convencido que seja pela razão. Depois, seja sério e não ponha na minha boca coisas que não disse: em momento algum disse, ou insinuei, que ASS se vendeu aos americanos. Ao contrário de mim, você parece alimentar o raciocínio e preencher a realidade através de filmes: de facto, as “guerras” não são “uma cena inventada pelos americanos”, algumas, são mesmo muitos milhares de mortos inscritos no seu cadastro, na defesa dos seus interesses mais egoístas. E, não vale a pena invocar Putin, pela enésima vez, para ajudar ao seu ponto de vista, pois , da minha parte, qualquer pequeno contributo que possa dar será no sentido de exigir que a diplomacia entre em acção, e isto desde o início da guerra. Finalmente, explique lá melhor que discussão consegue imaginar entre dois seres que, face ao mesmo problema, conseguem ter a mesma autoridade nos “argumentos de autoridade” que usam “, sendo os mesmos contraditórios (pressuposto seu). Anda mesmo baralhado e sem ideias novas.

  14. JA, concordo contigo. Muito. Daí te pedir ajuda, pois tu sabes do que falas e tens ideias novas para esbanjar.

    Por exemplo, como é que imaginas que a diplomacia possa entrar em acção no caso da 2ª invasão da Ucrânia pela Rússia? Será através de telefonemas, emails, telegramas, pombos-correio? Ou acharás preferível que os ucranianos se rendam, sejam julgados pelos crimes que cometeram contra o pobre coitado do Putin, e julgados também pelo seu entranhado nazismo, de preferência condenando-se à morte esse monstro do Zelensky, dando ainda tempo aos tanques russos para ocuparem Kiev, e então, aí sim, uma solução diplomática poderá começar a ser pensada?

    Conta lá, por favor.

  15. ah, afinal está explicsado: valupi é contra tentativas diplomáticas de resolução do conflito da Ucrânia PORQUE NÃO CONSEGUE IMAGINAR COMO É QUE ELAS SE DESENVOLVERIAM. que tragédia intelectual!
    olhe senhor valupi, talvez ler e informar-se antes de falar!

  16. “The only sensible course of action today is to call for an immediate ceasefire in Ukraine”

  17. Isto é uma questão deslocada, não é ao DO que se deve perguntar o porquê da ausência de Sócrates, é ao PS de Costa que no seu 50 aniversário não consegue reunir o partido, ex-lideres e dirigentes. É um apagar de fotografias no Largo do Rato.

  18. Valupi, relembro-lhe apenas que a paz já esteve a vista, logo no início da guerra. E, pelo que consta, só não terá acontecido pela intromissão indevida de terceiros, muito interessados na guerra. Já falámos disto e você tergiversou e fugiu da discussão. Agora, usa o mesmo método. Com o seu apoio declarado, o mais certo e que os russos cheguem a Kiev, como sugere no final do texto. E, aí sim, todos os guerreiros como Você vão dar-se por satisfeitos! Pobres ucranianos que tais amigos têm!

  19. ja,

    se tal acontecer, o valupi e os outros fanáticos belicistas vão estar a pedir e a justificar o uso de armas nucleares no terreno em defesa dos valores ocidentais!
    quem viver, verá

  20. Amigos ucranianos, não sejam teimosos, vá, e deixem de irritar o Senhor Putin. Ele apenas quer proteger o mundo da praga yankee. Saibam demonstrar o vosso reconhecimento e grande respeito pelo ilustre pacifista e democrata que ele é. Parem com as vossas ridículas birras, soberania para aqui, independência para acolá. O que é isso ao pé do braço protetor de um grande irão desinteressado? Tenham juízo que, com as vossas brincadeiras, ainda vão acabar por irritá-lo e depois é pior.

  21. Espero que não, Teste. Tenho a sincera esperança de que esta gente perceba a tempo que só há uma terra, na qual temos de caber todos: portugueses, russos, americanos, chineses, etc. Que todos os povos têm iguais direitos e deveres; que não há os excepcionais, destinados a subjugar todos os outros: isso é a anti-civilização, que no meu modesto entender não interessa às gentes que habitam este mundo. É por isso que me causam tanta confusão as “trincheiras” abertas entre aqueles que não têm nada a ganhar com esta guerra, bem pelo contrário, bem se sabendo que os verdadeiros beligerantes são outros. O papel dos simples, como nós, é, em nome da democracia, o de exigir a quem nós governa que procure a paz e o nosso bem estar. Afinal foi para isso que os elevemos! Não á guerra! Sim á Paz.

  22. “só há uma terra, na qual temos de caber todos: portugueses, russos, americanos, chineses, etc. Que todos os povos têm iguais direitos e deveres; que não há os excepcionais, destinados a subjugar todos os outros”

    Mas ucranianos, está quieto… Não se trata de um povo, mas de uma invenção daqueles que se pretendem superiores e querem subjugar todos os outros. Pensando bem, os portugueses também não deviam constar.

  23. Quem está a desconversar desde o princípio é o JA. Uma solução diplomática, negociada, só pode ser uma solução que obtenha o assentimento das duas partes em litígio. Porque carga de água teima em procurá-la apenas convencendo a Ucrânia de renunciar ao respeito da sua soberania, e não começa, por exemplo, por tentar convencer a Rússia de retirar as suas tropas de um território sobre o qual ela não tem nenhum direito? A segunda opção não seria muito mais lógica?

    Afinal, se calhar, o JA prefere continuar a desconversar…

  24. 2ª invasão da Ucrânia? E quando é que foi a primeira, que eu devia estar distraído e não dei por nada?

  25. Joe Strummer, deslocado é o teu comentário. Estou a criticar o entrevistador, não em diálogo com o PS.
    __

    JA, tens muita, muita, muita razão. Vou só fazer-te uma pequenina correcção, para que a vasta audiência que nos está a ler fique ainda mais esclarecida.

    Onde escreves “a paz já esteve a vista, logo no início da guerra” deverias ter escrito “a paz já esteve à vista, logo antes do início da guerra”.

    A justificação é a seguinte: houve um momento que antecedeu o início da guerra. Concordas, né? Ora, a partir daqui também concordarás que nesse momento Putin era o rei da paz, o soberano mais pacifista que se pode imaginar. Quem então pudesse viajar nos seus neurónios veria a paz a saltitar feliz em cada sinapse. Só que depois, no momento seguinte, Putin resolveu alinhar com os interesses americanos. E vai daí mandou avançar os tanques e começar a matança. Como os americanos lhe pediram ou exigiram, óbvio.

    Ajuda-nos a compreender melhor a história, JA, pois tu pareces-me mesmo muito bem informado a respeito desta guerra dos americanos na Ucrânia.

  26. au,finance,yahoo,com/news/ukraine-pitches-high-returns-wartime-040000613,html

    substituir as virgulas por pontos novamente, s’ill vous plait

  27. “houve um momento que antecedeu o início da guerra. Concordas, né?”

    foi aquele golpe de estado que depôs um presidente legitimamente eleito? ou aquele em que o governo de kiev começou a bombardear a própria população que tinha votado no tal presidente deposto? alguém pode ajudar a esclarecer que momento foi?

  28. camacho,

    o putin é tão demoníaco que invade duas vezes em cada invasão que faz.

  29. Valupi, só compreende a realidade quem quer, o que não é o seu caso, nesta discussão. Se você quisesse entender a questão, sem precisar de apoiar o Putin, bastava que se pusesse na posição do povo russo e se imaginasse a dormir cada vez mais próximo de armas nucleares apontadas para si, mesmo que as mesmas seja apenas “defensivas”. Também, sem precisar de apoiar os EUA, seria fácil perceber a reacção do seu governo aquando da instalação dos mísseis em Cuba! Certo? Portanto, parece-me que se tentar sair do seu facciosismo desnecessário e redutor da análise, não lhe será difícil perceber o que eu penso sobre o assunto. Mas, o ponto, o meu ponto nem é esse: quer queiramos, ou não, a guerra existe, independentemente das razões da mesma. Ora, aos comuns mortais como nós, resta-nos apenas exigir que as partes lhe ponham fim, de modo justo. Não me parece que tomar partido, muito menos de modo fanático, leve a algum lado bom.

  30. JA, não posso concordar mais contigo. O que dizes é luminoso. Só mesmo pessoas que não queiram entender a realidade (como é o meu caso, confesso) é que se atreverão a discordar de ti.

    Portanto, tudo isto nasceu de o povo russo se ter sentido muito maldisposto, à noitinha, por causa das armas nucleares apontadas para si e em movimento de aproximação do tal povo russo. Vai daí, a solução para esse problema passa por invadir a Ucrânia, que não tem uma única dessas armas nucleares movediças, e desatar a matar ucranianos e a arrasar as suas cidades.

    Bem visto, impecável! Eu sabia que tu é que eras a verdadeira autoridade nesta cena do não tomar partido e do combate ao fanatismo.

  31. eu vim trazer mais um fardo de palha ao burro do JA mas amanhã trago pão de dó, !ai! que riso, porque agora vou, muito cansadinha, à naninha.

  32. Associação dos amigos…,
    eu não pretendo, nem nunca pretendi convencer a Ucrânia a renunciar à sua soberania. Era o que mais faltava. Respeito e respeitarei sempre, nem poderia ser de outra forma, a vontade daquele povo definir e defender os seus interesses. No entanto, tenho muitas dúvidas que aquela guerra sirva os seus interesses, tanto mais que são muitas as dissidências conhecidas (mais de uma dezena de partidos ilegalizados pelo actual poder, como consta da comunicação social).
    Atenha-se, pois, a esta minha posição e não invente.

  33. JA, fico mais tranquilo com essa declaração, e imagino o alívio do povo ucraniano com a boa nova de não pretenderes convencer essa gente a renunciar à sua soberania. Também concordo contigo a 300% a respeito de a tal guerra não servir os seus interesses. Afinal, que interesse poderiam ter em serem invadidos, destruídos e assassinados por Putin? Quer-se dizer, voltas a ter toda a razão.

    Pelo que só fica a faltar que nos avises da tua partida para Moscovo, onde irás apresentar a tua posição às autoridades políticas desse admirável regime pacifista.

  34. Metes dó, pá! Pensava eu que o QI de amiba era exclusivo da transcadela/cãoneleiro, mas parece que me enganei. Desgraçadamente, a lobotomia é como a castração, não há volta atrás, vais continuar lobotocastrado para todo o sempre.

  35. Valupi,
    Não precisa de ficar amofinado. Afinal, foi você que trouxe à liça a ideia dos “argumentos de autoridade”, sem qualquer autoridade que não seja aquela que advém do poder. Se assim não fosse não teria tentado apoucar os meus argumentos, invocando tão só as ideias do Presidente da AR, ASS. O Valupi tem o direito de adorar os santos que quiser, até aquele que “Seria o primeiro a levar para o Palácio de Belém a cultura e a prática científica…”, que isso, de per si, não acrescentará nada à sua razão.
    Ah, para finalizar, esclareça-me: nas suas contas de vítimas, entram as gentes e as cidades do Donbass?

  36. Valupi,
    Face à sua última prosa, verdadeiramente asnática, lamento ter de o informar de que hoje já dei palha ao burro.

  37. Divagações estapafúrdias sobre a organização defensiva:

    https://aviagemdosargonautas.net/2023/04/18/espuma-dos-dias-crimes-contra-a-humanidade-processo-judicial-da-servia-contra-a-nato-por-natali-milenkovic/

    “Como resultado destes bombardeamentos, mais de trinta mil pessoas são diagnosticadas com cancro todos os anos na Sérvia, isto num país que antes dos bombardeamentos de 1999 tinha menos de sete mil cidadãos diagnosticados com cancro todos os anos. A Sérvia é agora o país da Europa que tem o maior número de diagnósticos de cancro e o segundo do mundo.”

    Cancros natistas? São rosas, senhor!

  38. “A ditadura ucraniana interpretada por Zelensky, que foi eleito através de uma campanha pela paz para depois fazer a guerra, proíbe os partidos da oposição, instaurou a censura a todas as vozes oposicionistas, destrói milhões de livros, através da «lei dos povos indígenas» institucionalizou o segregacionismo xenófobo concedendo plenos direitos aos «verdadeiros ucranianos» e transformando os restantes em cidadãos de segunda, impedidos de utilizar as línguas pátrias e de publicar ou difundir meios de comunicação nesses idiomas. Criou na internet uma lista de cidadãos nacionais e estrangeiros considerados «inimigos do Estado ucraniano» para serem perseguidos e neutralizados; recentemente, decidiu retirar todos os direitos políticos, incluindo o de ser eleitor, aos cidadãos que de alguma maneira se identifiquem ou tenham identificado com os partidos proibidos.”

    Aqui:
    https://www.abrilabril.pt/internacional/quem-tramou-os-ucranianos

  39. Mais um cheirinho:

    “A devastadora campanha de propaganda e de mistificação não consegue esconder e soterrar a realidade sobre quem tramou e continua a tramar os ucranianos – todos eles, repete-se, porque não existem os «nossos» e os «outros». São os mesmos que o fizeram com os afegãos, os iraquianos – a segunda vaga do seu sacrifício começou há exactamente 20 anos – os líbios, os iemenitas, os palestinianos, os saarauis, os jugoslavos, os sírios, os somalis e todos os que continuam a ser alvos de «revoluções» mais ou menos «coloridas», operações militares de restauração da «democracia» ou guerras «humanitárias» para exercer o «direito de proteger». Tudo isto em cerca de 30 anos ou, para ser rigoroso, desde o fim da União Soviética e a implantação da ordem mundial neoliberal e unipolar «baseada em regras». Estamos a assistir às manobras mais desesperadas e sangrentas para que esta sobreviva, não siga o destino que lhe está traçado. A irresponsabilidade demente de quem joga tudo na derrota e desmantelamento da Rússia pode conduzir-nos ao tipo de conflito planetário que ninguém ganhará. Quem está aterrorizado, legitimamente, com as alterações climáticas, deverá consciencializar-se urgentemente de que a conquista da paz é o primeiro passo para garantir a vida na Terra.”

  40. Mais um sabonete para lavares os tomatinhos e, já agora, aprenderes alguma coisinha sobre a Ucrânia e a sua história:

    “A Ucrânia chegou assim à independência, herdando o território da anterior República Socialista Soviética da Ucrânia e com as características de uma sociedade multinacional reflectindo a miscigenação própria da multiplicidade de povos convivendo durante sete décadas sob uma bandeira comum.
    Este riquíssimo panorama multicultural esbarrou desde o primeiro momento numa clique dirigente do novo Estado dominada pelos sectores chamados «dissidentes» em relação à União Soviética que foram sustentados durante dezenas de anos pelos Estados e serviços secretos de países europeus ocidentais e da América do Norte como instrumentos da guerra fria.
    Sectores estes inspirados pelo vetusto, mas enraizado, nacionalismo integral ucraniano e a respectiva modulação nazi nascida da combinação oportunista entre a perspectiva independentista anti-soviética e a invasão da URSS pelas tropas hitlerianas – e que, de facto, gerou em 1941 um efémero Estado nazi na Ucrânia sob a protecção ainda mais efémera do Reich.
    Posteriormente, nas suas estratégias de guerra fria, os Estados Unidos e seus satélites apostaram sempre prioritariamente nas correntes conspirativas ucranianas vinculadas ao nacionalismo integral e ao culto dos dirigentes históricos que serviram Hitler. Os quais moldaram e monopolizaram o independentismo ucraniano e a sua expressão como «dissidência» anti-soviética ao longo do período do pós-guerra, sobretudo a partir de Munique e do Canadá, sem serem perturbados pela «desnazificação» alemã, antes pelo contrário; e muito menos pelos seus protectores ocidentais que usurparam os preceitos democráticos como monopólio próprio, até mesmo para atestar, quando isso serve os seus «interesses», a democraticidade da herança e das práticas nazi-fascistas, como acontece na actualidade.
    Em consequência deste processo patrocinado pelos poderes ocidentais, a classe política ucraniana que se instalou com a independência, ostentando a fachada de democracia liberal, surgiu contaminada por conceitos como xenofobia e «raça pura ucraniana» servindo de cimento da nação, a par de um desbragado neoliberalismo económico que, a partir das riquezas naturais do território e do saque do aparelho produtivo tornado disponível pelo fim da URSS – que afinal não era tão «obsoleto» como apregoavam – arrasaram em pouco tempo o tecido produtivo e social do país.
    O Estado nasceu desde logo marcado pela corrupção, pela instalação de poderosas oligarquias, pelo empobrecimento e subjugação da maioria da população – à qual foram retirados e negados, em termos reais, os direitos mais elementares a uma vida decente e segura. Uma situação em tudo idêntica à que brotou na Rússia sob a presidência de Boris Ieltsin, que transitou sob inebriantes vapores de álcool de presidente do Partido Comunista da União Soviética em Moscovo para mordomo ao serviço de Washington e da voracidade cleptómana dos poderes ocidentais.
    A Ucrânia e a Rússia percorreram céleres o caminho para se transformar em novas colónias, um desfecho que só foi travado, no caso russo, pelo aparecimento da figura de Vladimir Putin, aliás receitada a Washington pelo próprio Ieltsin, uma das mais interessantes ironias da História recente.
    Putin travou a selvajaria reinante no sistema económico e a ganância externa, ajustou contas com alguns – apenas alguns – dos oligarcas internos com vocação transnacional, e começou aí, de facto, a desorientação das oligarquias ocidentais, cujo desespero crescente ameaça a Europa e todo o mundo. A árvore das patacas secou e o maná dos bens de produção, combustíveis fósseis e outras matérias-primas da Rússia desvaneceu-se.”

  41. Estratégia de paz:
    https://aviagemdosargonautas.net/2023/04/15/espuma-dos-dias-no-golfo-o-livre-arbitrio-triunfa-sobre-o-determinismo-por-m-k-bhadrakumar/ (“No Golfo, o livre arbítrio triunfa sobre o determinismo”, por M. K. Bhadrakumar)

    Estratégia de guerra:
    https://aviagemdosargonautas.net/2023/04/13/espuma-dos-dias-diplomacia-dos-eua-a-guerra-nunca-a-paz-por-medea-benjamin-e-nicolas-j-s-davies/ (“Diplomacia dos EUA- a Guerra, nunca a Paz”, por Medea Benjamin e Nicolas J.S. Davies)

  42. O JA continua sem explicar porque é que o seu ponto de partida para imaginar as tais soluções diplomáticas é convencer a Ucrânia (que ele afirma respeitar) que seria do seu “interesse” aceitar perder uma parte do seu território, e não convencer antes a Rússia que ela tem o dever de respeitar direito internacional… Deixa ver, já percebi, é porque respeitar o direito internacional não “interessa” nada à Rússia… Como todos sabemos, a diplomacia é a continuação da guerra por outros meios.

    Quanto a partidos ilegalizados na Ucrânia, o que ele diz apenas confirma que ele está apenas a papaguear propaganda russa. Querem mesmo comparar as “falhas” do regime ucraniano com que se passa na Rússia? A sério?

  43. O “associação dos amigos do alheio ucranianos” continua sem explicar porque é que o seu ponto de partida é deturpar as posições dos pacifistas… Deixa ver, já percebi, é porque o fim do conflito não “interessa” nada à NATO… Como todos sabemos (quem sabe isto??????), a diplomacia é a continuação da guerra por outros meios (hããããã????!!!!!).

    Quanto a partidos ilegalizados na Ucrânia, o que ele diz apenas confirma que ele está apenas a papaguear propaganda russa (então porquê?). Querem mesmo comparar as “falhas” do regime ucraniano com que se passa na Rússia? A sério? (afinal é verdade mas há diz que em Israel é pior. tá bem, abelha)

  44. estranho como os putinistas são sempre gente que estuda o fenómeno da guerra e não propagandistas ignorantes de sofá

    https://setentaequatro.pt/entrevista/daniel-pineu-deixamos-literalmente-de-falar-de-paz-fomos-normalizando-que-guerra-e

    de que serve andar a apelar à racionalidade e ao pensamento científico do Augusto Santos Gaidó se depois os livros em que baseamos a nossa posição são “The Bell Curve” e “Growth in a time of Debt”?

  45. O que ouço dizer a este coronel que fez a guerra e que é doutor-de-Coimbra e tudo, é que ele defende que a Rússia se retire para dentro do seu território nacional e que respeite as fronteiras internacionalmente reconhecidas. A Ucrânia já disse que estava disposta a negociar a partir desta base. O resto é um apelo à coerência e ao respeito do direito internacional por todos e em todas as situações. Julgo que a esmagadora maioria está de acordo com isso. Pelo menos não vi ninguém defender o contrário por aqui.

  46. aquela parte em que ele diz que o direito internacional está a ser violado por vários países neste preciso momento e que ninguém exige que ele seja integralmente cumprido nem aplica sanções draconianas ou emite mandatos de captura internacional a quem não o cumpre passou-te ao lado não foi?
    e aposto que se a russia retornasse às suas fronteiras a ucrânia ia imediatamente recusar entrar na nato e manter-se neutral, tal como a russia exigia antes da invasão não era?

  47. “O resto é um apelo à coerência e ao respeito do direito internacional por todos e em todas as situações. Julgo que a esmagadora maioria está de acordo com isso. Pelo menos não vi ninguém defender o contrário por aqui.”

  48. “aquela parte em que ele diz que o direito internacional está a ser violado por vários países neste preciso momento e que ninguém exige que ele seja integralmente cumprido nem aplica sanções draconianas ou emite mandatos de captura internacional a quem não o cumpre”

  49. Ele não diz que «ninguém exige que ele seja integralmente cumprido», o que seria um disparate, mas lamenta que esta exigência não seja sempre ouvida. Não vi ninguém contestar isto. O resto é a habitual falácia tantas vezes desmontada pelo Valupi: «ainda ontem houve um assalto em Abrantes, e não estiveste lá para impedir, com que desplante, com que lata, é que afirmas que a lei deve ser cumprida».

    Se a intenção é mostrar que não tens nada de inteligente para dizer, podes descansar, já estamos convencidos.

  50. E já agora, mais uma coisa. Eu disse que concordava com as duas partes da intervenção do teu coronel. Para ficarmos todos descansados, podias ao menos esclarecer que tu também concordas com tudo o que ele diz, inclusivamente com a parte em que ele defende que a Rússia deve rapidamente retirar-se do território da Ucrânia e voltar ao pleno respeito das fronteiras internacionalmente reconhecidas antes da sua invasão.

  51. “Ele não diz que «ninguém exige que ele seja integralmente cumprido», o que seria um disparate”

    o que seria um disparate? que ele o dissesse ou que ele fosse integralmente cumprido?

    “mas lamenta que esta exigência não seja sempre ouvida”
    ouvida por quem? e porque é que lamenta? vamos, estás quase lá

    “O resto é a habitual falácia tantas vezes desmontada pelo Valupi: «ainda ontem houve um assalto em Abrantes, e não estiveste lá para impedir, com que desplante, com que lata, é que afirmas que a lei deve ser cumprida».”

    desmontada? então tu concordas que se alguém está constantemente a assaltar em abrantes sem que seja alguma vez sujeito a consequências por esse assalto, apesar de conhecido e reconhecido por praticar esses assaltos, enquanto que outros são condenados por assaltar em abrantes, abrantes tem um sistema de direito justo e funcional?
    é mesmo essa a posição inteligente que nos queres mostrar que tens?

  52. Portanto, resumindo, não concordas com a parte da entrevista que destaquei na intervenção que aqui trouxeste para nossa ilustração. Eu já calculava. Acho que sou capaz de adivinhar em que escola de palhaços andaste a estudar…

  53. oh viegas,

    não tinha visto esta tua resposta.

    “não concordas com a parte da entrevista que destaquei na intervenção que aqui trouxeste para nossa ilustração”

    sublinho PARTE e resublinho, como já fiz acima, que A INTERVENÇÃO COMPLETA conclui o contrário daquilo que escolheste destacar para te convenceres de que tens razão

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