O problema português também é este: não saber perder. Acontece que perder é bom e recomenda-se. É a perder que aprendemos, que crescemos, que ficamos fortes, nós que estamos destinados a tudo abandonar. Em Portugal, para nosso atraso, há vergonha na derrota. Prefere-se o pechisbeque da seriedade, esse atrofio da ousadia e cultura do medo.
O Sporting teve a sorte de perder com o Leiria e o resultado até devia ter sido mais expressivo, o segundo golo dos visitantes foi mal anulado. Que se vai seguir? Não faço ideia, eu nem sei o que se passa durante a semana com estas pessoas cheias de saúde, dinheiro e tempo que constituem a indústria do futebol. Só sei que gostava de ser treinador do Sporting neste preciso momento. E eis o que faria:
– Patrício ia para o banco, voltava Stojkovic.
– Veloso ia para o banco, passando a entrar a 15 minutos do fim para substituir Adrien.
– Adrien seria multado pelo cartão amarelo que levou neste jogo.
– Vukcevic jogaria atrás de Liedson e nunca seria substituído, não há ninguém no banco que colmate a sua ausência.
– Pereirinha jogaria de início, sendo substituído a 15 minutos do fim pelo Moutinho.
– Todos os jogadores passariam a ter explicações de matemática, com enfoque na geometria e cálculo probabilístico.
E daria resultado? Nunca se saberá. Mas as derrotas seriam cada vez melhores.
Caro Val,
O meu sincero apoio neste momento ( 1 ) de mau futebol.
Se quiser o Carvalhal paga o almoço lá para a Páscoa.
Um abraço
Creio que quer dizer Rui e não Ricardo.
Deixa lá, melhores dias virão!
Pois é esse o problema PB foi embora mas os delírios continuam. A equipa não tem guarda-redes e as equipas começam a construir-se a partir do guarda-redes. Ter o titualr da Sérvia e não o ter a jogar é um crime. Porquê???
Tenho uma solução melhor: chamar o Paulo Bento de volta.
varapau, obrigado.
Val,
O assunto futebol não só me interessa para, ocasionalmente, analisar fenómenos sociológicos específicos. Contudo, não posso deixar de elogiar a frase magnifica que escreveste – Prefere-se o pechisbeque da seriedade, esse atrofio da ousadia e cultura do medo-. Descontextualizo-a do futebol. Ela é absolutamente transversal a toda a nossa estrutura social.
Val
“Só sei que gostava de ser treinador do Sporting neste preciso momento. E eis o que faria:
– Patrício ia para o banco, voltava Stojkovic.
– Veloso ia para o banco, passando a entrar a 15 minutos do fim para substituir Adrien.
– Adrien seria multado pelo cartão amarelo que levou neste jogo.
– Vukcevic jogaria atrás de Liedson e nunca seria substituído, não há ninguém no banco que colmate a sua ausência.
– Pereirinha jogaria de início, sendo substituído a 15 minutos do fim pelo Moutinho.
– Todos os jogadores passariam a ter explicações de matemática, com enfoque na geometria e cálculo probabilístico”.
“E daria resultado? Nunca se saberá. Mas as derrotas seriam cada vez melhor”.
Dá seis soluções para o Sporting perder menos vezes! Dou uma e com esta os sócios do Sporting concordam comigo: marcar mais golos que o adversário. Uma coisa que sempre ouvi foi: os jogadores suplentes desde que não sejam utilizados são os que não complicam. Quem dizia estas palavras era o Santana quando foi meu treinador. Já tinha admiração por ele mas, a partir destas sábias palavra, ainda mais o admirei.
Com isto quero dizer que o futebol não tem uma ciência exacta, se assim fosse não se realizavam os jogos ia-se pelo orçamento dos clubes, ou pelo número de associados presentes. Há dias em que tudo fazem e nada acontece. Outros que tudo nos corre bem, caso do jogo de há oito dias com o Setúbal.
Sempre disse que Carvalhal não me convence. Paulo Bento foi criticado mas regra geral só se dá valor passado uns tempos. É o que vejo que vai acontecer com os sócios do Sporting. Paulo Bento fez mais pelo Sporting do que o Sporting valia. Aqui é que se devia valorizar o homem porque sem carne fazer chouriços é obra. Veja o que acontece com o Benfica e o orçamento é muito maior assim como a dimensão do clube.
Por isso digo Paulo Bento fez iludir a massa associativa do Sporting e com isto pagou caro esse desaforo. Quem cabritos vendem e cabras não têm de algum lado vem.
António P., o Carvalhal já foi notificado da nossa aposta, espero que guarde alguns trocos para honrar as suas responsabilidades.
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Ibn, mas estes dias também são bons.
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jcfrancisco, exactamente.
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Nik, podemos chamá-lo, não há problema, mas não para treinar. Ele que venha aplaudir a equipa ou assobiá-la, uma destas duas coisas.
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Carmim, pois é. Foi nisso que o PSD apostou, nesse País adiado.
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Manuel Pacheco, concordo muito contigo, menos na parte do Bento. Esse chão já deu uvas.
OK Val,
de António P. ( que é de Pais e não Parente )
Prefere-se o pechisbeque da seriedade, esse atrofio da ousadia e cultura do medo: ai que frase tão castiça.
(faz-te bem o zzzzbbbbooooaaarrrddiinnnnng perder) :-)
foi o que de melhor tirei das aulas de filosofia do liceu: os erros são muito úteis, servem para ser destruídos.
Perdão, António Pais. Foi um descuido que vou atribuir à comoção causada pelo empate do Benfica.
Caro Val,
Está perdoado e pensei que fosse devido à comoção de ver que vai ter que me pagar um jantar e eu não prescindo ou do Tavares, ou do Eleven ou talvez o Gambrinus.
Um abraço