Mãe, perdoa o teu filho porque vou fazer um elogio ao Cavaco

Cavaco esteve bem, no rescaldo do episódio humorístico com Václav Klaus, ao lembrar que prevemos ficar com um défice mais baixo do que o da República Checa em 2013, de acordo com o nosso PEC aprovado pela Comissão Europeia sem alterações, e que tal desfecho não tinha sido referido pelo seu anfitrião.

Entretanto, aqueles que fingem ser de direita soltam a franga sempre que aparece um estrangeiro a tentar afundar este jardim à beira-mar desflorado. Ficam num frenesim catastrofista que mal esconde o letal cinismo da sua política de terra queimada. Sendo o patriotismo um valor axial da direita às direitas, estes tipos mais não conseguem do que mostrar os pantomineiros que são. Vá lá, não se perde tudo.

6 thoughts on “Mãe, perdoa o teu filho porque vou fazer um elogio ao Cavaco”

  1. Faltou dizer àquele sr presidente checo que antes da actual crise mundial já estávamos coo um défice de 2,8. Se o anfitrião sabia isso, as suas palavras foram simples enxovalho. Será que o homem, sabendo da guerra não declarada mas feroz entre Cavaco e o socialista Sócrates, quis agradar a Cavaco? Não vejo uma interpretação melhor para o que se passou. A não ser que ele seja mais um daqueles iluminados economistas que nunca se enganam e raramente têm dúvidas…

  2. Considerar aquilo um episódio humorístico só como piada. Elogiar Cavaco, sem se rir, como ele se riu, só como piada. Bem sei que eles são amigos, mas Cavaco esqueceu-se que «amigos, amigos, mas negócios à parte».

  3. Apesar de não gostar do Dr. Cavaco, senti o desconforto e a ofensa que ele deve ter sentido. O presidente da República Checa ainda deve viver nos tempos da Checoslováquia e de gatinhar de cócoras à frente do”Sol da terra”. Deve ser daqueles que se sentia bem como súbdito da “saudosa União Soviética”.

  4. Como gosto dos portugueses que sabem defender o seu País, seja onde for e contra quem for. Que orgulho sinto quando vejo alguém a não gostar que se diga mal de nós. Seja varredor de rua ou presidente da República.
    Que repulsa senti quando os valencianos hastearam nas suas janelas a bandeira Espanhola. Lembrei-me de tempos passados e ali ao lado o que fez a Deuladeu Martins. Com o que não chegava para eles, resolveu fazer pães e ofertar aos espanhóis e dizer-lhes que podiam manter o cerco a Monção porque de guarnições e mantimentos tinham para durar. São estes exemplos que nos fazem sentir orgulhosos e não desistir à mínima contrariedade.
    Ia com frequência a Valência ali almoçava e comprava algo no comércio local. De agora em diante prefiro ir a Vigo e o que gastava em Valença, gasto lá. Ao menos sei que estou a lidar com espanhóis de primeira.
    Há uns anos fui dar um passeio com a minha esposa ao Algarve, na primeira noite pernoitamos em Vila Real de S. António. Depois de jantar e quando nos dirigíamos para o hotel a minha esposa lembrou-se que não tinha posto o pijama para dormir. Fomos ao comércio tradicional para se comprar um e reparo que o dono falava com vários espanhóis e dizia mal dos portugueses. Dei um sinal à minha esposa para abandonar a referida loja. Cá fora a minha esposa disse-me que preferia dormir sem pijama do que dar a ganhar dinheiro a gente ingrata.
    Quando vejo e ouço Paulo Rangeis e quejandos a maldizer quem lhes fomentou algo para a sua notoriedade, lá me vem a dita repulsa. Cuspir no prato que se come é nojento. De pessoas sem princípios civilizacionais e que nada deram à Pátria. Querem mamar o leite que a deputada brasileira referiu. Para eles o que interessa são as tetas, mesmo que sugadas.
    Por isso fiquei contente com a posição do nosso Presidente da República. Subiu uns degraus na minha consideração. É destas tomadas de posição que alguns deviam seguir como exemplo.

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