«Falar de ser anticorrupção também rende. Criámos uma espécie de uma plataforma de anjos íntegros, que são pessoas que falam sistematicamente da corrupção dos outros, para quem todas as outras pessoas são improbas, são corruptas, não é? E, obviamente, quem define quem é corrupto e não corrupto são de facto essas pessoas que têm para si a reserva da definição do que é integridade. Também há interesses associados a isso, porque isso também define carreiras. Há pessoas que vivem disso. E a partir do momento em que isso quase se profissionaliza, temos também de questionar as respostas que aparecem desse lado.»
Excelente.
Acrescente-se: o negócio. Fugas de processos ou simples suspeitas conquistam leitores e telespectadores.
Acrescente-se: o predomínio de casos e “casos” no debate público tem minado o espírito . Não se passa nada de bom no país?
O negócio dos íntegros e impolutos é a comunicação social que os fabrica até a fábrica entrar em decomposição e aí tudo se sabe
Um alto funcionário dos impostos mete licença sem vencimento e com os conhecimentos adquiridos vai para uma empresa ensinar como reduzir os impostos a pagar ou mesmo anulá-los. Aponta-se a dedo: corrupto. Não é, é legal, defende quem faz as leis.
(aguardo nomes do “puro” que faz isto).
esse que sugeres ainda andava de cueiros quando o 1º preso político depois do 25 de Abril de 1974 ganhava a vida com lições de fuga e evasão em cenários de animação fiscal.
«E, obviamente, quem define quem é corrupto e não corrupto são de facto essas pessoas que têm para si a reserva da definição do que é integridade.»
O pensamento desta procuradora Francisca está integralmente perfeito racionalmente. Mas a frase acima coincide precisamente com os ideários contrabandistas da corrupção ao modo português.
Lembro-me de um penteadinho comentador semanal no “cm” e “tv” que era presidente duma “associaçao pela transparência e contra a corrupção” e acusava todos os políticos de corruptos a torto e a direito e por tudo e por nada. Quando foi chamado a apresentar provas das acusações que fazia levou consigo, como provas insofismáveis, um molho de recortes dos seus artigos escritos nos jornais.
Não é formidável a ideia de “integridade” que tal fulano tem de si?
Claro que estes escroques leram e estudaram uns livros adequados à sua atuação de ideólogos contrabandistas da corrupção mas, apenas, para aprenderem a melhor enganar gente humilde séria que nunca leu um livro. Esse tal bem anafado, apresentado e penteado “íntegro”, mesmo aos estilo daqueles especialistas vendedores do “conto do vigário” por cidades e aldeias, anda por aí e, certamente, pratica o jogo partidário nalgum campo político que aposta na venda da vigarice.
Porque vender na praça pública a “anticorrupção” tal como na feira fazem os vendedores de banha da cobra que cura tudo, também rende e altamente. Falar de anticorrupção como pregão de rua ou feira só pode ser de gente de negócio rentável, oculto. Oculta-se o objetivo que é o poder e o pote e aí chegados tomam eles conta da totalidade da corrupção da qual são eles os exclusivos proprietários.
“Democracia é quando eu mando no meu Amigo, ditadura é quando o meu Amigo manda em mim!”
Depois das operações todas para ver quem tem as maiores pilinhas, não se esqueçam é que há um fenómeno de corrupção permanente que é normal em todas as sociedades e que, sem duvida, tem que ser combatido quando tal se justifica. Há casos para todas as cores, não rasguem as vestes quando calha à vossa cor.
Já agora, é como o populismo, palavra inventada para encher meios de comunicação social e com isso rotular inapelavelmente que convém destratar, mas que é usado da forma mais refinada e abjeta pelos seus criadores. É ver “… aquela… do tamanho de um pin, pequena e murcha, … mole e timida…”, democrata que saiu em defesa do lamentável Marcelo da loja de reparações.
MME já cagou aqui 2 vezes, quantas vezes o fizeste quando o lambe beiços bolsou aquela merda? E quando o PAR disse que se podia ter discursos racistas na casa da democracia???
O Limpa Retretes quer é malhar na direita! Acha que é dono da “casa da democracia”.
Vá lá defender o Marcelo das reparações. Enquanto convém.