Lapidar

«Perante cartazes que animalizaram António Costa, um primeiro-ministro racializado, que percebeu haver ali insulto racista, o Presidente da República reagiu com uma desvalorização inaceitável. Em vez de agir em defesa da Constituição que jurou defender, passando uma mensagem clara de condenação do racismo que ajudaria todas as pessoas que, jovens e adultas, sentem os seus corpos um pouco mais em risco por causa do crescimento do discurso de ódio racial entre nós, preferiu lançar um “só ofende quem pode” e, “já agora, também já fui ofendido”.

Quem espalha o ódio, quem comercializa o ódio, quem politiza o ódio, sabe que põe em risco os corpos das pessoas racializadas, dos imigrantes, das mulheres, do homossexual alvo de chacota ou da cigana desumanizada.

Quem tem responsabilidades políticas e é democrata tem de o saber também e escolher não perder uma oportunidade para deixar livre o campo da vitimização dos agressores.»


Marcelo e o ódio — não aprendemos nada?

7 thoughts on “Lapidar”

  1. não dá para ler. este trecho acrescenta nada de novo ao que já foi dito. e eu continuo a dizer que a carga racista que Costa sentiu não está no desenho em si, violento e asqueroso, mas no conjunto da narrativa da percepção social daquela gentinha reles da classe: é preciso abater o porco para podermos comer presunto a gosto.

  2. e já editaram o manual para ensinar-nos a mostrar o desagrado com “racializados” ( as palavras que inventam , nossa) , homossexuais , ciganos e etc de forma politicamente correcta ? que animais são aceitáveis nas caricaturas? ratazanas? cobras? pulgas? que palavras se podem usar?
    ou não podemos , de todo , criticar , ridicularizar , caricaturar pessoas dessas categorias? não será isto anticonstitucional? viola o direito à igualdade dos que podem ser caricaturados sem qualquer problema e animalizados.

    estou em crer que a caricatura do portas e passos como casal é claramente homofóbica…

  3. Que porra é essa de “racializado/a”? Como tempo verbal, implicaria a existência do verbo “racializar” e significaria uma acção. Ora tal verbo não existe em dicionários dignos desse nome e a acção correspondente ainda menos. Não devem ser considerados “dicionários” os (frequentemente) chorrilhos de invenções e asneiras online que qualquer analfabeto pode criar. Aparecer na Internet uma merda qualquer a que a merda do seu criador decidiu chamar “dicionário” não transforma a merda criada na coisa chamada. Não há alquimia que lhe valha. Além disso, repito, o verbo “racializar”, a existir, implicaria uma acção, no caso, por exemplo, atribuir falsamente uma característica ou condição relacionada com “raça” a pessoa ou situação que com “raça” nada teria a ver, ou alterar, modificar a coisa alegadamente “racializada”, atribuindo-lhe uma “raça” diferente da anteriormente existente. Ora, tanto quanto sei, raças é nos cães, nos gatos ou nos cavalos, por exemplo. Há muito que a ciência estabeleceu não ser rigoroso considerar a existência de raças na espécie humana, tendo-se optado pelo termo etnias para designar as óbvias diferenças de caracteres secundários exibidas pela diversidade da espécie. Termos como racismo são apenas resquícios de tempos anteriores que persistem unicamente para facilitar a comunicação e em nada contradizem ou prejudicam o que a ciência ensina. Além disso, também tanto quanto sei, e aí tenho a certeza de que sei bem, os caracteres secundários, dentro da espécie humana, que caracterizam António Costa existem nele desde que ele próprio existe e já estavam mesmo nele “carimbados” desde o momento da concepção. O mesmo vale para qualquer de nós.

    O termo racializado/a é apenas mais uma bacoquice, uma macaquice de imitação tuga de uma invenção americana cretinóide que nem sequer nos dicionários de inglês dignos desse nome que cá tenho em casa aparece, nomeadamente Longman 1991, Penguin 2007, Longman Synonym Dictionary 1990, Porto Editora 5ª edição e outros mais antigos a que nem vale a pena tirar o pó. Claro que uma reza à mui generosa, criativa e abrangente Nossa Senhora do Santíssimo Google consegue o milagre: racialization, racialized, racialize, eles saltam como coelhos, é um fartar vilanagem, um autêntico milagre dos “pães” em versão 2.0, mas, vão por mim, não quer dizer pescoço, Nossa Senhora do Santíssimo Google é santinha não certificada pelo Vaticano.

  4. Pela primeira vez leio um comentário sem grosseria nem palavrões do sr. Camacho, o que se deve elogiar, quanto ao texto propagandeado, da sr.ª deputada não vale a pena gastar a vista, olhem, valha-lhe a N. Sr.ª do Light.

  5. Andas a ler mal: a 2ª palavra do comentário é “porra”. Nas 6ª e 7ª linhas tens “merda” três vezes. Tenho a certeza de que são palavrões.

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