«Neste momento parece claro que o fim do concerto entre PS e os partidos à sua esquerda se deu basicamente fruto de uma vontade exagerada do PCP e do Bloco de tornar a aprovação de um orçamento anual num exercício de marialvismo esquerdista, em torno de calendários de política laboral e de segurança social. A sua expectativa racional só pode ser, portanto, a de reforço da sua posição negocial junto do PS, após as eleições. Mas tal é francamente incerto... Tal como em 2011. Só que neste momento, num jogo parlamentar em que a direita tem mais dois peões, método de Hondt oblige. E isso pode fazer a diferença, deixando a governação a um bando de corsários da democracia e do Estado social de direito. Se um dia a governação depender de André Ventura, é certo que tal se deve, em primeira linha, ao PSD de Passos Coelho, à CMTV e à normalização que produziram junto dos eleitores - mas será também bom lembrar o papel do Bloco de Esquerda e do PCP. Sempre na defesa "do povo", naturalmente.»
Além do mais, a actuação do PCP e do Bloco permite antecipar de dois anos a formação de um grupo parlamentar do Chega, que lhes deve estar muito grato.
A Geringonça foi um curto período de lucidez do conjunto da esquerda que não se repetirá. Com comunistas fósseis e este esquerdalho descerebrado, o poder cairá sem esforço no regaço da direita. É só apanhá-lo.
Nem é preciso pensar na banha da cobra económica do chega racista e xenófobo que muitos já se esqueceram mas nasceu do movimento chega da rapaziada do Coelho para correr com Rio do PSD. Basta dar uma vista de olhos pelo programa laboral de um estudo que o já anunciado homem forte para a economia do Rangel, o passista Fernando Alexandre, acabou de coordenar no think thank dos merceeiros do Pingo Doce. Para ficarem só com uma ideia das medidas laborais que será preciso reverter outra vez. Basicamente do trabalho à jorna até à lei atual no que concerne à lei laboral e nova reposição do fundo de desemprego no que concerne à Segurança Social. Que também será substituído por qualquer espécie de seguro mais flexível. A palavra-chave do trabalho desregulado no mundo neoliberal. E estou só a falar das gordas mais mediatizadas porque como é óbvio não costumo perder tempo com os estudos da “Fundação”. Basicamente estamos a falar do programa neoliberal da Troika todo outra vez.
Valha-nos que a direita está neste momento no caos que está na corrida ao tacho. E porque não obstante a fação do ir além da troika do PSD ser muito mais perigosa para o país, como muitos ainda se lembrarão, julgo que teria sempre um resultado eleitoral ainda muito pior que Rui Riacho. Polarizaria muito mais que uniria mesmo no universo do eleitorado do PSD, ao contrário do que anunciam e motivaria meia dúzia de fanáticos como os que já pululam extasiados nos media e pouco mais. E Rio também nunca conseguirá pôr a funcionar o efeito Moedas no país que provocou este sobressalto todo à direita. Onde bem vistas as coisas o PSD nem sequer obteve mais votos em Lisboa que nas autárquicas anteriores. Onde a esquerda continua maioritária.
É verdade, P.
Também reparei que Nandinho Alexandre fez uma dieta para dar um ar mais “ministeriável”.
Retiraram-no da ” trituradora”, frente ao Paes Mamede, para não danificar mais a imagem.
É engraçado ver como a pandilha neoliberal não dá ponto sem nó:
Substituiram o Nandinho no programa pelo arrogante Arroja, das fileiras da Iniciativa Liberal, que prefere “rebater” as cachaporras que o Paes Mamede lhe assenta na segurança da video conferência e, muito provavelmente, com cábulas.
E são estes merdas que pretendem governar o país.
Falo do programa “Tudo é economia” na RTP, claro.
Eu fui – eu seja ceguinho -, e a maioria dos portugueses também foram, apanhado de surpresa com o voto contra o OE do PEV. Coitadinhos de nós todos. O pev considera agora desnecessária a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições. Coitadinho do pev. O Professor Miguel Romão acha que a “expectativa racional” do be e do pcp “só pode ser, portanto, a de reforço da sua posição negocial junto do PS”, embora se debata com angustiantes dúvidas. Coitado do Sr. Professor. A senhora do Pan fez o´mais brilhante discurso demagógico que ouvi até hoje na AR em defesa do orçamento para depois se abster na votação. Coitadinhos dos cafés, restaurantes, salas de teatro, cinema, etc., sempre que se anuncie uma intervenção pública da estupenda oradora. Foi com oradores da sua qualidade… na assembleia do povo em Atenas que o teatro clássico grego entrou em crise.
(Ah! Esquecia-me. O PCP é um caso especial. Existencial. Se ao cabo de 100 anos é o que se viu neste debate… Deixem-no ir embora para casa. Libertem-no. Coitado do Sr. Jerónimo de Sousa.)
F. Louçã e a udp juntaram bandos (o be) com um só objetivo: DESTRUIR O PS. Por dentro e por fora. Pedro Nuno Santos é neste momento o mais perigoso militante do PS. Cabe ao PS enfrentar o be nestas eleições como seu inimigo mortal. Não viram o comediante ontém na SIC?
(Prontos. É o melhor que se pode arranjar como escrita por agora. Fui tipógrafo (Artes Gráficas) e sei bem a falta que me fazia agora o sr. Camacho. Espero ter sido claro)
Estou fudidíssimo!
De acordo com os comentários anteriores.
Por mim, PCP e Bloco inspiraram-se no diferendo PSOE-Podemos ( felizmente ultrapassado). Pareceu-lhes “boa ideia” levar ao limite uma exigência de mudança de leis laborais, fora do orçamento e sem debate no Parlamento, sabendo e não declarando “aos trabalhadores e ao povo” que tal implicaria divergências com normas da União Europeia. De mansinho.
Quanto aos próximos passos, é bom ter presente não só o teor das divergências, mas a hostilidade das intervenções. Bom exemplo: os últimos debates de uma Mariana Mortágua agressiva com o ministro João Leão sempre controlado, explicando pela enésima vez as regras obrigatórias que gerem o orçamento.
Fui apoiante entusiasta da geringonça, sobretudo pela quebra da barreira injusta do “arco de governação”. Mas como andar do tempo, assistimos a atitudes dos parceiros que não se distinguiam dos adversários. Esta segunda oportunidade oferecida à Direita liquidou a esperança num novo pacto progressista sólido.
Só leio inanidades neste blog! Cada um a arrotar a sua posta de pescada, com a douta suficiência dum sabichão ignorante!
Lembram-me os teólogos bizantinos que discutiam o sexo dos anjos, com os turcos às portas de Constantinopla. A única diferença é que aquilo que alimenta esta inútil discussão não é a teologia escolástica mas a filosofia do maçonismo jacobino.
O problema não existia se os direitolas assim o quisessem, bastava terem-se abstido como já fizeram em imensas votações, com a agravante que foram eles os parceiros e apaniguados nas votações ao lado do governo ao longo do ano. Andam tão confusos, baralhados e perdidos que nem se lembraram dos graves problemas que tem em casa e como se não bastasse à última da hora aparecem sempre os gulosos sequiosos de coisa fácil como é da praxe dos oportunistas cinicos que todos eles são. Para completarem toda esta tramoia depois de paralisarem o País querem mantê-lo refém dos seus interesses condicionando as eleições á sua porca agenda. Trata-se sim de tacitismo político, mas não é dos pequeninos como todos jornaleiros, opinadores e outros bocanas andam a injectar nos ouvidos do porteguesito já educando as massas para o voto nos salvadores da Pátria. Portanto não percebo porque colocam toda a culpa nos pequenotes a esconderem a dos granjolas quando depois concluem que eles tinham tudo estudado e preparado.
Fernando, não me parece que precises de mim, excepto talvez no “fudidíssimo”. Não seria certamente por acaso que os tipógrafos (mais uma espécie em extinção, como os jornalistas e os revisores) eram considerados a elite da classe operária. Quanto ao operário Jerónimo, parece que bailava bem, enrolava e abanava a jovem peida como uma dançarina havaiana, mas isso é fraco currículo para o que se exige de alguém no lugar dele. Os chanatos do Cunhal ficam-lhe, comprovadamente, demasiado largos.
Só cá faltava isto: trocas de piscadelas de olho gay entre dois comentadores, unidos na nostalgia sócio-profissional.
Estou a ver que o exemplo de Rangel desinibiu certas pessoas.
Em meados de 50 do século passado, julgo que no primeiro ou segundo ano do liceu, havia um puto na minha turma a puxar para o estúpido, um caramelo assim meio balofo, com complexos de inferioridade, que disfarçava com tiradas idiotas que (acreditava ele) o “superiorizavam” aos outros. Numa das suas tiradas geniais, deu-lhe um dia para nos fazer a seguinte pergunta: “Ouve lá, tu gostas do teu pai?” Face à resposta quase sempre positiva, saía-se o geniozinho com esta pérola: “Então és paneleiro! Gostas de homens, és paneleiro!”
Estou a ver que ainda não morreste, cabrão! Continuas atrasado mental e sê-lo-ás até ao peido final.