Jel entrou na segunda série do Vai Tudo Abaixo, na Sic Radical, e o nível geral desceu. Efeitos do amadorismo, o qual resolve descansar após o sucesso. Mas tudo se perdoa, e mais do que se compensa, com as peças Kalashnikov. Estamos perante uma raridade absoluta em Portugal, e raridade ainda no resto do Ocidente amedrontado e acobardado pelo terror dos loucos. Porque se trata de genuíno iconoclasmo. E tão carentes que estamos dele.
Este segmento vale especialmente, cá para o meu palato, pelos dois últimos minutos. E, nestes, pelo despautério dos últimos 20 segundos. Dionisíaco.
prefiro o Jon Stewart
Eu também prefiro o Jon Stewart. Mas isso não impede que também prefira o Jel. E o Conan. E o Gato. Ou seja, as preferências podem ser complementares.
por falar em complementaridades, porque não juntar Monty Phyton e, já agora, Billy Wilder? Não há nada mais corrosivo sobre religião do que A Vida de Brian e não há nada mais corrosivo sobre o comunismo do que o One, Two, Three
Nada disso, caramba. Isto é genuinamente hilariante e politicamente incorrecto até ao tutano.
Há sobretudo um pormenor que acho delicioso que é o facto dos Kalashnikov juntarem a música metaleira a letras que são sacadas do imaginário reggae-rastafari-hippie-dreadlock. Facto bem evidente no uso da expressão «One family». Há aqui muita ciência e olho cínico.
é mesmo maravilhosamente iconoclasta, sim. mais um para juntar ao grupo das referências: o politicamente incorrecto do alexei sayle relativo à igreja.
sim, as letras, o «one family» é de um gajo se atirar para o chão a rir.
Também de assinalar a quantidade de figuras do meio que aceitam participar na ousadia. E ainda constatar: isto passa num canal da SIC. Ou seja, há parabéns a serem distribuídos a uma série de gente, e bem diversa.
caramba, então já só eu aprecio billy wilder e os monty phyton? que dizer, então, do jacques tati?! são estes desfasamentos que me fazem desconfiar da eternidade
Peço desculpa pela inoportunidade, mas está aí uma guerra bem mais deselegante: os brasileiros querem eliminar a entrada “Blogosfera Portuguesa” na “Wikipédia” (!)
Não sei se é apenas uma guerra do sotaque, mas agradeço a todos os registados, e com direito de voto, que o vão lá exercer.
Isto está negro…
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:P%C3%A1ginas_para_eliminar/Blogosfera_Portuguesa/
ana, mas não seria estranho (e triste, triste) que já só tu apreciasses Billy Wilder, Monty Phyton e Jacques Tati?… Quem é que te convenceu dessa monstruosidade?
Já agora, o “One, Two, Three” não é dos meus favoritos. Momentos sempre deliciosas, claro, mas temática pouco atrevida e um Cagney demasiado Cagney.
Três anos depois, Wilder fazia o superlativo “Kiss Me, Stupid”… Ah!
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Arrebenta, o teu link está marado.
Hum?
http://expresso.clix.pt/COMUNIDADE/forums/372/ShowForum.aspx
poys…
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=277097
Tantas referências e ninguém se lembra dos Spinal Tap? Esta peça é simplesmente um “mockumentary” à portuguesa.
Vasco, a questão não é a da paródia, mas a do objecto da paródia.
Spinal tap É a influência!
Sai uma jola para o Vasco! Foi o primeiro a acertar!
Tinha que ser uma panasca a acertar na muge! Ainda gostaria de saber em que estado é que está essa spinal tap!