Para além do espírito canino que se nota no modo como, no espaço noticioso, a RTP vai seguindo a agenda política dos canais privados de TV, há também um problema com os jornalistas, os da RTP e os outros: são, além de geralmente incultos, fraquíssimos no manejo da língua portuguesa, que é o meio de que se servem para comunicar com milhões de cidadãos. Em lugar de contribuírem para elevar o nível de literacia da população, promovem o analfabetismo funcional. Usam um vocabulário restritíssimo, que tem de dar para tudo. Os títulos, sobretudo, simplificam até ao absurdo. A hipérbole é ingrediente obrigatório, como se na paleta das cores só existissem o preto e o branco. Sai tudo em alto contraste, porque julgam que de outro modo não se compreende a mensagem. Assim, qualquer nota discordante ou observação crítica é um “ataque” ou uma “denúncia”. Ultimamente, pulula o verbo “arrasar” em títulos, aludindo a uma crítica qualquer ou até a um comentário levemente irónico. Não me espantava nada se o título aqui em causa tivesse sido “Presidente da AR arrasa PGR”.
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Oferta do nosso amigo Sapador
São os jornalistas, ou é a ideologia do Liberalismo que tudo privatiza e tudo compra como no caso da ‘Global Media’?
São os jornalistas, ou é essa submissão a essa ideologia Liberal a que todos (os de esquerda e de direita) se submeteram?
A solução é, na Televisão Pública, fazer rodar os pivots, e pagar aos jornalistas ordenados abaixo do Presidente da República. Transformando a Televisão Pública num serviço público de formação contínua de novos jornalistas jovens.
Acabar com o coorporativismo instalado na Televisão Pública, em que familiares e primos dos anteriores ocupam os lugares como numa monarquia, ganhando ordenados sumptuosos à custa do Povo.
Vão trabalhar e competir para o Privado. Lá é que é o território do Liberalismo.
A propósito de jornalistas, e da sua culpa, já repararam como tratam o caso da casa do Montenegro e a demissão de A.Costa?
Mas o problema, neste caso da casa de Montenegro, não é uma evidente fraude?
Deitar uma vivenda abaixo, e construir um edifício todo de raiz, beneficiando de um perdão fiscal que apenas teria direito se fosse uma remodelação do edifício existente, não mostra uma índole corrupta de fuga à lei?
E se todos tivessem a mesma benesse, o que aconteceria à defesa do Ambiente e às leis de urbanização do edificado em Portugal?
O que Costa fez, pode ser ou não ser uma acção política manhosa. Malévola ou não, é conforme a abstração e o arbítrio das interpretações. Mas não é um acto criminoso punível pelas leis em vigor.
Agora, o que o Montenegro fez está à vista de toda a gente. Não há como fugir ao facto de o novo edifício não ser uma remodelação (nos termos da lei em vigor) da vivenda anterior.
Não é por ser da nossa facção partidária que temos de perder a honradez e o sentido de justiça.
É essa falta que está a destruir a Nação Portuguesa. Como referiu João Távora no Post anterior, e tive oportunidade de comentar.
Jornalistas ?
Não me façam rir…. Façam notícias com números, especialmente dinheiro, e vão fartar-se de rir…
A noção que tem sobre os assuntos é ridículo. A confusão que fazem entre milhões e mil milhões é de fartar de rir e comer bolacha…. Nem ler sabem. Até dá vontade de dizer que deveriam ir reciclar a 4ª classe a maioria deles . É que não é só ler… É ter a noção do assunto que estão a ler…. Pura ignorância!
Mateus, no livro Memórias de um PS desconhecido, escreveu que, Soares, frequentemente, confundia milhares com milhões.
As vezes penso que o fabrico de jornalistas em massa nas escolas que formam jornalistas foi a causa do péssimo jornalismo que temos .
Não é preciso vocação de jornalista , basta tirar um curso de jornalistas como podia ser um curso de fabricante de pipoca para adquirir licença de ser jornalista mesmo que na profissão não apliquem as regras deontológicas que aprenderam nas escolas .