O conhecimento da desgraça humana é difícil para o rico, o poderoso, porque o mesmo é quase invencivelmente levado a crer que é alguma coisa. É igualmente difícil para o desgraçado porque o mesmo é quase invencivelmente levado a crer que o rico, o poderoso, é alguma coisa.
in A GRAVIDADE E A GRAÇA, Simone Weil
e o quase é, mero potencial, nada. continua a andar vestida, a verdade do essencial – lenço de cachemira para uns e desejo de lenço de cachemira para outros, como se a verdade fosse – e não é, a verdade anda nua – o lenço. e a desgraça, ai a desgraça!, a desgraça é o apelo da banheira, nudez, à humanidade. quase: a desgraça é quase o apelo da banheira, nudez, à humanidade.
despidos de ego, e só despidos de ego, amor, sabemos o que valemos na nossa consciência.
(não é no que recebemos, CCB, estás errado. sempre estiveste errado)
Leiam o artigo seguinte que tem a ver com os ricos e os pobres, na actualidade das crises financeiras inventadas por aqueles:
Um canhão no cu – Um canhão no cu , Juan José Millás, 27/Ago – http://resistir.info/espanha/millas_14ago12.html
por Juan José Millás
Este artigo incendiou a Espanha. Publicado a 14 de Agosto na secção de cultura de El Pais, em poucos dias tornou-se a peça mais lida de sempre naquele jornal e além disso teve milhares de acessos no Facebook. O autor é um escritor espanhol comprometido com os anseios do seu povo. Leia também a sua entrevista “Tornámo-nos uma colónia da Alemanha” em Dinheiro Vivo.