Na Decisão Instrutória da Operação Marquês, Ivo Rosa concluiu haver fundadas suspeitas de se ter cometido um “crime de corrupção passiva de titular de cargo político sem demonstração de acto concreto“, onde Santos Silva seria o corruptor e Sócrates o corrompido. Mas houve ou não houve? Nada nas 6728 páginas permite ter alguma certeza, seja positiva ou negativa. Daí, e responsavelmente, logicamente, este juiz declarar que tal deve ser esclarecido noutra sede (em julgamento) e através de uma figura mediadora (o eventual crime de branqueamento decorrente do eventual crime de corrupção anterior entretanto prescrito). A defesa de Sócrates poderá, com toda a legitimidade, tentar boicotar esse desfecho alegando irregularidade processual. Aconteça o que acontecer, a decisão de Ivo Rosa permitiu, após umas horas de choque psicológico do Minho aos Algarves, que logo na sexta-feira se começasse a festejar a “condenação”: Sócrates era corrupto, até o juiz ultra-garantista o dizia! Só que não diz.
As entregas de dinheiro e os pagamentos por Santos Silva teriam de abrir uma investigação judicial assim que o Ministério Público deles tivesse conhecimento. Isto é indiscutível, e é o terreno mesmo onde estamos todos de acordo. Até Sócrates e Santos Silva se juntam ao grupo dos que reconhecem haver aqui matéria incontornável para a intervenção das autoridades e para o inerente pasmo social. Daí as tentativas dos próprios, registadas na investigação e já assumidas, para ocultar os movimentos de dinheiro e o pagamento de contas. Todavia, estes factos não obrigam a que a sua única causalidade seja um crime de corrupção. Se pensarmos como Ivo Rosa – ou seja, se apenas estivermos interessados na aplicação justa da Lei – podemos conciliar convicções polarizadas, onde uma alta ou razoável probabilidade de estarmos perante um ilícito de corrupção não anula a absoluta possibilidade de estarmos perante uma relação entre dois indivíduos que, na sua liberdade, não se conformam às convenções de terceiros e partilham bens sem que tal implique um crime de corrupção. É para salvaguardar esta possibilidade, e todas as outras concebíveis para qualquer um de nós, que a civilização onde queremos viver criou o Direito e sustenta os edifícios e institutos judiciais em princípios. E o que é um princípio? Algo com a fragilidade das palavras e a força das ideias. Um quase-nada que é quase tudo.
Quem anda a urrar que “Sócrates é corrupto” está a fazer política, não quer saber da Justiça para nada. Daí não poder esperar pelo seu tempo. São, na sua maior parte, os mesmos que festejaram quando saiu a acusação, considerada prova irrevogável de culpa. Os mesmos que festejaram quando Sócrates foi preso, o maior orgasmo da direita portuguesa desde o nascimento do Cavaquistão. Os mesmos que festejaram quando Sócrates foi detido. Duarte Marques, deputado do PSD, foi nessa noite para o Facebook escrever “Aleluia! A malta de Mação não perdoa”. José Manuel Fernandes publicou ser a detenção de Sócrates no aeroporto para ser interrogado a prova do que ele, Zé Manel, sempre pensara: era criminoso, caso encerrado. Servem estes dois exemplos folclóricos para ilustrar o que está em causa na política quando concebida como o exercício da violência máxima antes da guerra civil: o homem é o lobo do homem e os fins justificam os meios. Esta paixão socrática nasce do pavor incontrolado que sentem, desse fascínio funesto, estando constantemente assustadiços a avisar que ele vai voltar e trazer a legião dos demónios. Daí só conseguirem descansar quando o virem atrás das grades, nenhum assassinato de carácter os satisfaz pois acham que estão perante um ser dotado de poder sobrenatural.
Mas há razões mais terra-a-terra para a obsessão maníaca com Sócrates, a sua transformação em bode expiatório e cortina de fumo. Para além daquelas que o próprio elencou no seu último artigo, neste caso da decisão instrutória Ivo Rosa deixou-nos com uma certeza nas mãos: Joana Marques Vidal e Rosário Teixeira escolheram transformar a Operação Marquês num processo político. Foi uma decisão consciente, a qual serviu para interferir na escolha do secretário-geral do PS (sem sucesso) e para interferir nas eleições legislativas de 2015 (com relativo sucesso). Para tal, cometeram inúmeros crimes, directa ou indirectamente (cada violação do segredo de justiça é um crime, fora as restantes irregularidades e, quiçá, a violação do princípio do juiz natural), e contaram com a protecção do poder político ao mais alto nível, da maioria parlamentar de direita ao Governo de Passos, passando pelo Presidente Cavaco. Mais: contaram com o apoio corporativo dos juízes, inclusive do Conselho Superior da Magistratura (este corpo não foi capaz, porque não quis, de sancionar um juiz que violou obscena e flagrantemente os seus deveres). Finalmente, dispuseram de um espaço público dominado pelos meios de comunicação da direita, da chamada “imprensa de referência” aos tablóides, para os quais vazaram materiais, deturpações, calúnias. Last but not least, montaram a “operação aeroporto” como prova de domínio completo sobre o campo de batalha e exibição de não irem fazer prisioneiros. Shock and awe à moda da pulharia.
Aqueles para quem Sócrates é mais valioso do que o Estado de direito, e que por isso o condenam desde 2004 ritual e desvairadamente como quem espeta agulhas num boneco vodu, são os mesmos que estão completamente calados sobre a exposição de Ivo Rosa acerca da golpada no Ministério Público ou a tratam como “incompetência”, “amadorismo”, dos outrora heróis puros, santos e brilhantes que estavam a servir ao povo a novela do “fim da impunidade”- esse mantra do passismo e do seu discípulo tachista.
Se, para sabermos se Sócrates foi corrompido, ainda é preciso esperar, sem existir neste momento certeza de alguma vez chegar resposta evidente, para saber que no Estado se montou um processo político a pretexto de um processo judicial já temos a sentença transitada em julgado desde o dia 9 de Abril de 2021. Foi isto que Ivo Rosa, nas entrelinhas das 6728 páginas, disse.
“Para tal, cometeram inúmeros crimes, directa ou indirectamente ”
Ora aí está um julgamento feito num blogue, totalmente à margem do sistema de justiça.
Inúmeros? Uma precisão digna de registo.
Direta ou indiretamente? Maravilha!
A ex-procuradora geral da república Joana Marques Vidal, declarada heroína na luta contrata corrupção é personagem central em vários processos altamente mediático. Cito apenas três: o caso Marquês, o caso “Vistos Gold” e a investigação ao assalto a Tancos. O caso Marquês tem ocupado a actualidade e dispensa mais comentários. O caso “Vistos Gold” que envolveu várias individualidades da administração pública e o ministro Miguel Macedo terminou com a absolvição do ministro e do ex-director do SEF que chegaram ao tribunal acusados de crimes graves sendo que Jarmelo Palos esteve detido vários meses durante a fase de investigação. Miguel Macedo acabou abandonando a vida política e Jatmelo Paulos viu destruída a sua careira profissional. No caso do assalto a Tancos a procuradora determinou a entrega do caso a PJ apesar de se trata de uma ocorrência numa instalação militar e de a PJ e o ministério público terem ignorado suspeitas de que um assalto estava em preparação. Ponto comum: a mesma presunção de conluio ente política e tráfico de influências heroicamente combatidos por Carlos Alexandre sob o comando de Marques Vidal.
ok, ok , só há fundadas suspeitas… mas disse , 55 vezes , ” mercadejou o cargo”. ora mercadejar o cargo é corrupção. vá , vai para o buraco pensar como descalças a bota do mercadejar o cargo de pm .
e eles não partilham “bens iguais” : um dá dinheiro ( só o carlitos abona pilim ) e o outro dá “bens” adquiridos no cargo de pm. porque antes da posição adquirida pelo “amigo” o carlos não abonava aos milhares ? a troca de carinhos intensos começou em determinada época , não foi ? u,a paixão assilapada pelo zézito primiro ministro , até aí nada de milhões.
assolapada..
ora aqui está o julgamento politico feito pelo Medina , um tipo do PS , não é do psd ou cds , nem é o ventura .
“ecordou inclusive que alguém “que exerce funções de primeiro-ministro, como outro eleito, tem uma suprema responsabilidade, a responsabilidade dos milhões das pessoas que votaram e dos milhares que o apoiaram diretamente” e isso, a confiança dessas pessoas, “é colocada em causa quando se vê uma decisão do tribunal” como a que foi proferida pelo juiz Ivo Rosa. O facto de tud..”
https://observador.pt/2021/04/13/fernando-medina-diz-que-o-comportamento-de-socrates-corroi-o-funcionamento-da-vida-democratica/
se mercadejou tem de haver pagamento e mercadoria, parece haver pagamentos por justificar mas a mercadoria não aparece, portanto ficamos na mesma, não há provas do negócio. podem continuar às voltas que só com batota e ressonâncias dos sonhos do cavaco é que conseguem condenar o sócras.
o eng. carlos moedas liderou a privatização dos ctt e a sua consorte celine abacaxis foi nomeada administradora não executiva pelo comprador e o dr. eduardo catroga coordenador das privatizações feitas pelo governo de passos coelho foi para administração da edp após a venda. exemplos de mercadejação a prestações, venderam empresas do estado e os compradores deram-lhes empregos fictícios para receberem o pagamento da atençãozinha ou seja “beneficiaram de vantagem indevida” que configura crime de corrupção previsto na lei, mas curiosamente o ministério público não investiga e a comunicação social não fala.
o sócras criticou o costa há 2 dias e este projecta a resposta na voz do boneco como é uso e costume.
entretanto o boneco julga que ganha votos à direita com estas cenas, mas acaba de perder o meu e se calhar de mais alguém que pense como eu. se calhar é presunção a mais da minha parte.
o que gostava de saber era o valor da mercadejação pago em mordomias e aumentos de ordenado à corporação judicial para pararem as perseguições políticas ao ventríloquo e ao boneco. no princípio ainda houve uns arrufos, mas depois dos aumentos a coisa passou.
No caso dos submarinos comprados no tempo de PP na Alemanha provaram que houve corrupção Julgaram e condenaram o corruptor, tudo isto em tempo útil de se fazer justiça.
Em Portugal depois de cerca de uma década de investigações, o DCIAP a PGR a PJ não conseguiram identificar quem foi o corrompido??????????????
“uma alta ou razoável probabilidade de estarmos perante um ilícito de corrupção não anula a absoluta possibilidade de estarmos perante uma relação entre dois indivíduos que, na sua liberdade, não se conformam às convenções de terceiros e partilham bens”
Vamos lá saber Valupi: que prova é necessária para sustentar uma condenação por ‘crime de corrupção passiva sem demonstração de acto concreto’?
“se mercadejou tem de haver pagamento e mercadoria”
Tem?
Qual é a mercadoria concreta associada a um ‘crime de corrupção passiva sem demonstração de acto concreto’
ò silva! francamente… só os submarinos? e a moderna com vingança na casapia, a privatização do totta, os panduros, o armamento militar, os sobreiros, o bpn, o bcp, o bpp, a coelha, as acções cavaco & filha + o barracão atlântico do genro, operações furacão e monte-branco, o prédio dos ctt, a lusoponte, as derrapagens do centro cultural cavaco em belém, as privatizações do coelho/borges/cartroga/moedas e poderia ficar aqui o dia todo. tudo o que mete direita é para prescrever ou arquivar e tudo o que é de esquerda é para julgar na praça pública com a ajuda da comunicação social e condenar com provas indirectas ou ressonância dos juízes que dormem durante os processos. até fotocópias das notícias que mandam plantar nos jornais servem de prova. nos bancos roubam enquanto administração, na gestão da falência e na venda.
“uma alta ou razoável probabilidade de estarmos perante um ilícito de corrupção não anula a absoluta possibilidade de estarmos perante uma relação entre dois indivíduos que, na sua liberdade, não se conformam às convenções de terceiros e partilham bens”
No que diz respeito às “convenções de terceiros”, está a referir-se ao facto de não ter sido utilizado (nunca!) o sistema bancário nas transferências? Ou ao facto de as conversas entre dois indivíduos (amigos) recorrerem (sempre!) a expressões como papel, documentos, fotocópias, … para se referirem a dinheiro vivo? Ou de o montante ultrapassar um milhão de euros e ter sido repartido por inúmeros “empréstimos” sem que houvesse um mínimo de registo (mesmo que informal, dado que se tratavam de amigos) desses mesmos empréstimos?
Tenha paciência Valupi …
Yo
O Medina é aquele que meteu o nome ao lado do do seu chefe hipopótamo na Comissão de Honra da Candidatura do Vieira a presidente do SLB ?
Não me lixes, pá. Atão esse homem tão honesto não se escandaliza de meter o seu nome ao lado de tão “honrada” companhia ? Vieira, o gajo que se apropriou do SLB como se aquilo fosse só dele, que lançou uma OPA fraudulenta para dar lucro ao Rei dos Frangos que por acaso é sócio da sua mulher e filhos, um gajo cujas empresas meteram a mão em mais de 700 milhões do dinheiro público, e que ainda se atreveu a comprar um juiz da Relação de Lisboa ???? a sério ???
E tudo isto, presume-se, para “mercadejar” votos.
Quem é esse Merdina ?????
Corrupto, o que é isso?
Da vergonha (e da falta que ela faz)
13 ABRIL 2021 ÀS 8:49 POR VALUPI
[…]
Por fim, donde brota o júbilo celebrativo desta gente, desta gente, desta gente?
Como são possíveis o contentamento e o alívio perante o medonho retrato judicial, provisóriO, do antigo primeiro-ministro, pronunciado por seis crimes, que emerge deste despacho? Como é possível continuar-se a admirar e a louvar tão persistente e devotadamente a pessoa de José Sócrates? Que críptica e bizarra concepção tem esta gente — e, referindo-me a Valupi e sequazes, do Aspirina B, a Manuel Gomes, e apaniguados, do Estátua de Sal, ou à senhora e sua corte de bajuladores, do Um Jeito Manso, não estou a falar propriamente de desprovidos e desabrigados da inteligência e da cultura — do escrúpulo? Intriga-me deveras a noção que esta gente tem de asseio, a ideia que esta gente tem de integridade ou de honestidade [Valupi diz sempre “honestidade intelectual”, como se houvesse várias], o valor que esta gente dá à palavra. Pela relativa consideração em que as tenho e pela atenção assídua que lhes presto, quero pensar que o mal destas pessoas seja o de lerem pouco e ouvirem mal. A menos que sejam da família ou José Sócrates, perdão, Carlos Santos Silva, lhes pague: a família desculpa tudo, o dinheiro manda em quase tudo.
—
Oferta do nosso amigo Plúvio.
“Qual é a mercadoria concreta associada a um ‘crime de corrupção passiva sem demonstração de acto concreto”
sem demonstração de acto concreto já estamos carecas de saber, agora falta o crime ou será que há crimes isentos de prova baseados em convicções profundas de joanas abençoadas por aníbeis e seguidas pelos fiéis.
mercadoria concreta? neste caso só pode ser cimento na cabeça de alguém, se não há demonstração de acto concreto, o crime deve ser abstrato porque a acusação é surrealismo pós-cavaco.
marchante de bovinos
Bem visto. Pelo menos o voto dos benfiquistas honestos não deve ele ter.
Ainda por cima mandaram a polícia cair em cima do buzinão contra o Vieira (com manobras intimidatórias, a apontar shot-guns e o raios que os parta), mas não deram as mesmas ordens á polícia para proceder de igual modo com o buzinão no Marquês.
pois, com 14 milhões de votos ganhava as câmaras todas e ainda sobrava para pueblos raianos espanhóis. não sei se seriam todos honestos, a começar pelo gajo que fez o recenseamento, mas o tribunal constitucional tamém legalizou o xunga com assinaturas falsas. portantes no problem.
http://geracaobenfica.blogspot.com/2015/10/estudo-os-14-milhoes-de-adeptos-do.html
“Qual é a mercadoria concreta associada a um ‘crime de corrupção passiva sem demonstração de acto concreto”
deve ser tofu, o mesmo que os vegans põem numa merda a que chamam chispalhada à transmontana.
Objetivamente (porque, nestas coisas é a objetividade que interessa), ninguém, aparentemente, quer ver o seguinte: José Sócrates é a principal vítima de todo o processo Marquês. E não é necessário grandes cogitações: cerca de dez meses (?) preso, fugas de informação para o jornais, prisão em direto pelas televisões (verdadeiro “reality show”), aspirações políticas coartadas, direito ao bom nome…
Não interessa absolutamente nada a nossa simpatia pelo homem, gostarmos ou não psicossocialmente dele, se foi um mau ou bom primeiro-ministro, se levou ou não o país à bancarrota, se mente com facilidade (oh!, Pacheco Pereira, vá ao you tubo e verificará que o que não não falta por lá são respeitáveis mentiras dos mais variados políticos), se vive acima das suas possibilidades, se tem fatos Armani, se faz férias em paraísos tropicais, se… se…. se…
O que, repito, objetiva e efectivamente interessa é que um juiz acusou o ministério público de ter feito um péssimo trabalho, que teve como consequência prática que um grupo de pessoas percorresse, durante demasiados anos, uma espécie de calvário cívico, com os seus mais elementares direitos lamentavelmente circunscritos.
Alguém gostaria de passar por isto?
o pluvio é aquele blogue onde vão carpir os comentadores ressabiados do aspirina, estátua de sal e um jeito manso? a caixa de comentários parece um confessionário das bubadeiras que vinham para aqui curtir.
não, mas há quem beneficie.
o cavaco vingou-se das escutas,
o marcelo ganhou duas eleições sem fazer a rodagem ao mercedes,
o passos primeiro-ministro eleito por uma mentira, faliu o país e foi dar aulas
o costa sucedeu ao passos,
os jornais vendem mentiras e não pagam impostos,
as televisões estão falidas e recebem subsídios,
os xuxas são ladrões e os direitolos amanham-se com privatizações, falências e tachos,
a justiça faz chantagem com os governos de esquerda e pede mais ordenado para não os perseguir.
há muita gente a viver à custa disto, até o jmt se dedicou ao cinema por causa disto.
O crime de “corrupção sem acto concreto” como é que se define e se “diagnostica” ? Hum ?
Isto devia interessar ao cidadão comum. Afinal que trampa vem a ser esta ?
Recebimento de vantagem indevida pela parte de funcionário (o “mercadejar” do cargo) … e que
… a vantagem indevida seja proveniente de pessoa que perante o funcionário “tenha tido, ou tenha ou venha a ter qualquer pretensão dependente do exercício das suas funções públicas”.
Mas, e os amigos ? que faremos nós aos nossos amigos quando assumirmos funções públicas ? não se pode aceitar um jantar ? não se pode ir passar férias na casa do outro ? não se pode aceitar nada emprestado ? … hum ?
Este juiz merece-me respeito. Teve a frontalidade e a coragem de dar a cara e ler os seus argumentos em directo na TV. O outro justiceiro cultiva um recato a cheirar a mofo e sub-reptício. As fugas de informação para os esgotos da comunicação social foram a marca do justiceiro e do ministério público e do juiz Ivo Rosa nem uma palavra alem das especulações ridiculas dos esgotos do costume. O meu respeito por este Magistrado.
o ivo rosa disse confirmou aquilo que todos já sabiam, caiu tudo o que era baseado em fantasias e ficou aquilo que não foi considerado fantasia passou a sê-lo, o ” crime de corrupção passiva sem demonstração de acto concreto”. louvo-lhe a coragem de desmontar a acusação e de remeter o processo para a casa de partida. acabar com o jogo duma vez era arriscar a cabeça, assim foi o basqueiro que se ouviu. agora os alexes que se desemerdem, arranjem lá as provas que andam a farejar há 7 anos e depois se avaliará a consistência da acusação ou se prescreveu tudo. para a coisa não ser tão violenta para a justiça aposto na prescrição.
entretanto a corporação continua a fazer fogo sobre o juíz, desta vez calhou o broche ao chefe de gabinete do presidente do supremo que na véspera tentou pressionar o ivo rosa.
https://omny.fm/shows/resposta-pronta/amadorismo-e-adjetiva-o-excessiva-de-ivo-rosa
interessante:
https://outrosdireitos.blogspot.com/2021/04/concluios.html
pode ser que voltem a investigar os € 10.000 do orlando figueira e a cunha para o filho ir trabalhar para a sonangol e finalmente fiquemos esclarecidos sobre o que são “vantagens indevidas”.
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/conselho-superior-volta-a-avaliar-entrega-da-operacao-marques-a-carlos-alexandre-13570525.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter
“ainda vai sobrar para algum oficial de justiça”
– Ou quiçá “corrupção COM acto concreto”, á qual os magistrados chamam de “própria” ou será “imprópria” ?
Lá isso havia de ter piada.
É verdade que o Sócras jurou que se havia de vingar do Calex e do Rolex, e aposto que também fazer cair o Tribunal da Relação de Lisboa.
Compre um aparelho auditivo e vá à multiópticas….
José Marques
I Love Plúvio . muito.
Obrigada pelo Pascal , o ponto 267 é tudo para mim.
achas que o medina disse aquilo sem dizer ao chefe , Jasmim?? aposto que não , e que estivaram em reunião de faca longa no ps a ver como haviam de a espetar. não diria nada sem autorização do secretário geral do PS , ninguém mija fora do penico ,olha se se vai o tacho?
Gomes Ferreira, gosto muito de o ouvir. Venha por favor aqui por ordem nesta coisa
Espectacular entrevista na TVI.
E teve um rotundo efeito nos elementos do painel que foi convidado para a comentar.
O Miguel Sousa Tavares estava que parecia ter levado um murro no estômago. Na sua primeira intervenção ainda estava meio grogue e depois foi recuperando a lucidez e começou a cair em si. Acho que hoje foi para casa repensar o seu julgamento de Sócrates. A dada altura a “corrupção” do amigo já era “no máximo tráfico de influências” e para o fim já era “se é que houve alguma coisa”.
E Marinho Pinto: evidentemente que isto é um processo político. Atão e o processo da quinta da Várzea e os submarinos ?
Só o papagaio repetia: mas e a “vida de luxo”, a “vida de luxo”, o grande crime !
Daqui a bocado entra o Pacheco Pereira a espumar pelos cantos da boca, pelo que agora mudo de canal que não tenho nenhuma dívida a pagar ao Diabo e por isso não tenho obrigação de aturar malucos.
Lamento mas não posso estar presente nas próximas semanas, ainda tenho uns vouchers do bes para gastar em férias na Suiça.
O Gomes Ferreira está agora na SIC a auto-consolar-se no ombro desse grande patriota chamado Henrique Neto, o arquivado da Operação Furacão.
Valupi, onde é que tiraste o curso de diteito ?
Para os juristas com licenciatura que comentaram e que não sabem o que é recebimento indevido de vantagem ( ou, como se prefere, corrupção sem demonstração do acto concreto pretendido ) é só ver o Codigo Penal, artigos 372, 373 e 374, as alterações legislativas foram em 2010, ou então, ler as paginas 91 e 92 deste fardo de palha :
http://julgar.pt/wp-content/uploads/2016/01/05-Crime-de-corrupção-Cláudia-C-Santos.pdf
para os demais, leigos e abrutalhados(as), corrupção sem acto concreto é como foder sem coito .
portanto e segundo Valupi, SS e JS sabendo que o estranho mundo que criaram iria levantar censura e burburinho e até rumores não só da sociedade em geral mas também da comunidade legal, acordaram em manter as transferências de dinheiro ocultas ( mediante dinheiro vivo e conversa codificada ) e foram tão angélicos que nem os bondosos concidadãos nem os bondosos e compreensivos guardiões da lei, acreditaram que tal generosidade cavalheiresca fosse destituída de falcatrua . Será, digamos assim, a formulação do art° 37552 do Código Pernal ( intended ) na versão JSSS, artigo esse que também foi mantido oculto .
A culpa, essa, foi do legislador que no art. 372 do Código Penal, expressamente prevê como causa de exclusão e cito : “ 3 – Excluem-se dos números anteriores as condutas socialmente adequadas e conformes aos usos e costumes. “
E o legislador, não me consta que tenha sido nem o Rosário nem o Alexandre .
Mas pela novela mexicana que Valupi & Arredores vem tecendo, não me surpreenderá que também ele, o legislador, que nem se sabe quem foi, portanto pessoa não concreta, venha a ser arrolado no conjunto de conspiradores que trabalharam para a cabala que viria a impedir JS de vir a ser presidente da republica, isso sim, uma novela Costa-Riquenha, com Costa nomeado, a contra-gosto, vice-presidente, e SS a presidente do Senado, digo, Cenado .
E como é essa das irregularidades processuais a arguir pela renda de Lille ? Isso não entendí .
“Excluem-se dos números anteriores as condutas socialmente adequadas e conformes aos usos e costumes.”
a única coisa certa que escreveste esta madrugada.
para ser perfeito deveriam substituir “… usos e costumes.” por “… práticas habituais da direita portuguesa.”
e assim ficavam resolvidos todos os resmungos dos fundos sociais europeus à edp e ao que ainda não foi destapado.
“E o legislador, não me consta que tenha sido nem o Rosário nem o Alexandre .”
claro que não, só atropelam, aldrabam, esticam e mesmo assim quando têm de levantar o cu da cadeira pedem mais leis para obviar este problema de coluna.
deves perceber disso pelo cheiro a bolor burocrático da tua conversa.
“… venha a ser arrolado no conjunto de conspiradores que trabalharam para a cabala que viria a impedir JS de vir a ser presidente da republica…”
podes comparar os níveis de audiência dos programas da época “a opinião de josé sócrates” e as missas dominicais do professor marcelo que fizeram soar os alarmes na direita e puseram a gfk em acção para a direcção da rtp correr com o sócras e acabar com o deboche que incomodava cavaco e prejudicava aa ambições do marcelo. usaram o adelino faria, o orelhas e a esteves, todos com agressividade, provocação e sonsice nunca vistas, foram amachucados, amarrotados e venha outro, não o conseguiram correr da pantalha. foi necessária a intervenção do ministério público e da polícia para a suspender o programa, que nunca foi oficialmente cancelado.
assim se poderia chamar, ao episódio das 11:41 .
dá-me ideia que o padeiro está bêbado com farinha , da branca, , porque o Gustavo , que entrou na cena na hora certa e com a fala bem estudada, sabe do que fala ,…mas a farinha tem destas coisas , faz os padeiros e não só , acharem-se muito espertos.
não é farinha, é farinho, em português simplex, agora é assim .