Consta que jornalistas e publicitários, a que ainda podemos juntar os profissionais de meios, são dos mais inteligentes mariolas que andam por aí à solta. Consumindo constantemente abundante informação, alguns até sendo cultos (dizem, os próprios), e exibindo uma pulsão para a conversa de merda que rivaliza com a dos advogados e a dos deputados do PSD e CDS, dir-se-ia que estavam em condições de compreender sem esforço este fenómeno singelo: quando se coloca um rectângulo, ou uma página inteira, à nossa frente só porque nos apanharam a querer ver outra coisa, tal experiência resulta numa irritada e muito rápida fuga do obstáculo em causa, gerando quase sempre uma amnésia e, quanto muito, dando origem a uma antipatia pelo produto ou marca responsável por mais um aumento de frustração no nosso quotidiano.
O que (não) se faz com a publicidade digital é a prova provada de que a inteligência, regra geral, continua a ser uma actividade analógica.
concordo.
a saga da consulta de informação da cs on line. Estou perita em identificar rapidamente em que canto está a cruzinha do desligar ou outro truque semelhante,é de, facto, a única coisa que procuro no quadrado de publicidade. E cada vez estão mais escondidas, eles são mesmo inteligentes.