Infelizmente, a excepção

Como se pode ler neste texto – Lições mal aprendidas 1 – uma visão ortodoxamente marxista não impede que se faça uso da honestidade intelectual (leia-se: da objectividade imune ao sectarismo), expondo-se factos e suas evidências congéneres.

Infelizmente, este exercício é uma excepção porque o sectarismo da esquerda sempre foi um aliado da direita no ataque ao inimigo comum. Por essa razão, o editorialismo pôde e pode repetir à exaustão as balelas que o João Ramos de Almeida desmonta em três pinceladas, visto a direita dominar por completo o espaço mediático sem contraditório (não há editorialismo ligado ao PS). E no comentariado, cenário igual ou pior, com os esquerdalhos cujas afinidades estejam no BE e no PCP a deixarem as deturpações e puras mentiras da pulharia correrem soltas pois sempre contribuem para o desgaste e achincalhamento dos socialistas.

Isto acaba por gerar um fenómeno paradoxal, espelhado na surpreendente maioria absoluta do PS de Costa: direita e esquerda são vítimas da sua força e opressão no espaço público, acabando por se transformarem em desertos teóricos – como refere o autor olhando apenas para a direita. Pelo que podemos imaginar um presente alternativo onde graças a uma esquerda que não permitisse a maníaca chicana e baixa política da direita esta fosse obrigada a escolher líderes que a resgatassem da decadência e a trouxessem de volta à decência e ao bem comum.

Estaríamos todos muito melhor, inclusive para discordar uns com os outros.

5 thoughts on “Infelizmente, a excepção”

  1. a conclusão só pode ser uma: o valupi é putinista.
    desde logo porque em lado nenhum deste texto se pode encontrar qualquer repúdio pela invasão, e logo de seguida pela preocupação demonstrada com o estado da esquerda politica em portugal que, como bem se sabe, apenas representa a saudade pela URSS e pelas ditaduras mais criminosas do seculo 20.
    a solução passa pela terceira via. assim, o be deveria eleger um líder semelhante a tony blair, o pcp um zelensky e claro, sérgio sousa pinto no ps.
    até porque, depois da guerra nuclear, diz que são os bichos mais preparados para sobreviver.

  2. há uma introjecção que prevalece cada vez mais: a ideia moralizante de que não se pode perder tempo e de que tempo é dinheiro. esta imagem sobre o valor do tempo como moeda de mercado para o bem comum é uma ilustração de que são dominantes as ideias das figuras políticas dominantes no reino de uma maioria absoluta justa e merecida por força de porcas circunstâncias. ora a apologia do individualismo, o aumento do desemprego, da intensificação e da precarização do trabalho, marcantes no mundo do trabalho na sociedade contemporânea, são precisamente os estandartes da austeridade de Passos Coelho e o oposto do pensamento e da acção de Sócrates. Costa não anda a promover a austeridade – Costa anda a esforçar-se por seguir o pensamento e a acção de Sócrates, talvez envergonhado pela falta de lealdade lá atrás, e o elogio pode bem ser um arrependimento que se remedeia com a continuidade da linha de pensamento e de acção, Costa não anda a poupar no tempo para melhorar a vida dos Portugueses à custa de sacar capital para aumentar ou diminuir os dígitos consoante o que fica bem apresentar. porque os Portugueses que querem o bem não são, dos cartazes em vão de estradas, os portugueses de bem.

  3. até a barata abana, preste atenção, este texto invade as cabeças de ortodoxia imunes às putices dos criminosos por contágio de ideias putinas. beba o xarope e saia a correr porque vai borrar as ceroulas. !ai! que riso

  4. No espectáculo de deprimente priapismo bélico que Nuno Rogeiro oferece diariamente na SIC, ejaculando gadgets militares uns atrás dos outros (pateticamente assessorado por José Milhazes von Alzheimer, o Arrependido), há as coisas que Nuno Rogeiro sabe e há as coisas que Nuno Rogeiro… parece que não sabe, como esta, já que sobre ela guardou de Conrado o prudente (e ensurdecedor) silêncio. Acredite quem quiser, não é o meu caso.

    https://youtu.be/wu9DhGtvZdo

  5. olha,
    por isso é que se deixou de falar do massacre de kromatorsk
    que giro, camacho. obrigado.
    ainda torna a arrogância ignorante de quem por aqui escreve verdadeiros cagalhões de texto mais hilariante.
    o estrume deve estar mesmo a chegar com as ultimas do mundo livre controlado pela nato, se sequer se aperceber da contradição nos termos.

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