8 thoughts on “Grande verdade, revelada pelo DN”

  1. A zona euro esteve em risco e salvou-se (diz este) devido aos programas de “ajustamento” que mais não foram de transferências (dos “ajustados”) para os “salvadores”.

  2. a brincar a brincar isto é sério: estão-se todos, ou quase todos :-), a marimbar para as gralhas e os erros – isto revela enviesamento cognitivo: as pessoas já não vêem nada do que é – só o que são levadas a ver.

  3. ohbimba! pobre és tu, mas é de espírito e o risco é ter de gramar essas tangas dos neoconas que aqui debitas. bebe mazé fairy ultra e desengordura daqui

  4. O grande sucesso do euro

    Salvaram os seus bancos, que emprestaram várias vezes o PIB dos seus países. O dinheiro que esses bancos foram buscar, ao BCE, é múltiplo, em 20 a 30 vezes, das poupanças das suas nações; parcas poupanças essas (se comparadas com o volume do que foi emprestado) que são o único valor real que, nesses bancos, está depositado. Chama-se a isto alavancagem; foi com este nome que os financeiros baptizaram tal burla; mas foram, neste baptismo, sumamente honestos. Pois a alavancagem funciona mesmo assim: uma pequena poupança dos alemães é multiplicada sucessivamente, permitindo um investimento total cujo valor ascende a vinte, três vezes, o capital real que lhe serve de garantia! É o milagre do euro-midas; da multiplicação, não dos pães ou dos peixes, nem sequer do ouro, mas do papel-moeda.

    Mas as coisas correram mal, aos falsificadores de riqueza, em 2008. O fulcro da alavanca cedeu porque uma pequena parte das dívidas (se comparado com o total) incumpriu. Eram dívidas do imobiliário e do sector privado semi-mafioso do leste da Europa. O pânico que daí adveio ia derrubando o vacilante edifício da dívida alavancada europeia. Agora, os periféricos, do sul e do leste da Europa, irão pagar os estragos.

    Porém a troika, incapaz de nos roubar sozinha, arranjou ajudantes locais mas devidamente habilitados. Muitos deles, como é o caso de Miguel Relvas, sairam diplomados, pelo Ultramar ex-português, na arte de sacar o que é dos outros fingindo que estão a dar muito mais que a receber (embora aconteça, exactamente, o oposto). O mercantilismo português estabelecido em África especializara-se em trocar bugigangas por riquezas infinitamente mais valiosas: ouro, escravos, marfim, diamantes, petróleo… E os pobres africanos, mantidos no analfabetismo, ainda se sentiam obrigados a louvar a prestimosa “ajuda” ao seu “bem estar”, que resultava do mercantilismo português.

    O estupidificado povo português irá também receber bugigangas “made in” Bangladesh, Paquistão ou Marrocos, comprando-as com dinheiro emprestado pelos nossos “amigos” da banca europeia, coadjuvados pela banca portuguesa. Sobre este desinteressado préstimo norte-europeu haveremos de pagar juros no valor de, três, quatro, cinco vezes o capital emprestado; pagaremos o grande favor as vezes que for preciso, para assim sermos constantemente sugados.

    E ainda iremos agradecer, aos beneméritos norte-europeus, a ajuda que nos estarão dar, reveladora da “solidariedade” dos povos do norte relativamente aos “pobrezinhos”, e aos coitadinhos, da periferia; desde que continuemos, hipotecados várias vezes, mas a comprar toda a porcaria que nos impingem, o euro há-de ter um glorioso futuro. Esta arma do apocalipse da Europa há-de continuar a existir; o euro será adorado como o bezerro de ouro o foi, pelos judeus que esgravataram parco sustento, durante quarenta anos, atravessando os duros desertos do Médio Oriente. Aos olhos dos órgãos de intoxicação social, o euro há-de sempre ser digno merecedor de injustificável adulação.

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