Génio de Carvalhal

Tareia das antigas. Baile. Recordações do futebol dos anos 80. Gozação suprema para o Pinto da Costa e suas contratações de jogadores do Sporting. E este maravilhoso espectáculo só possível pelo génio de Carvalhal.

Manter o Veloso a médio, para depois mandar embora o Adrien, não está ao alcance de qualquer. Tal como preferir o Saleiro, que talvez ficasse no banco se jogasse no Belenenses. Mas é na colocação de Matías e Pereirinha fora da equipa inicial, ao mesmo tempo que mantém uma actual fraude chamada Moutinho a espalhar mediocridade pelo relvado, que o génio de Carvalhal consegue vergar as evidências para lá do seu ponto de resistência. E dá nisto: uma equipa que não merece o Izmailov.

As derrotas são belas quando dão que pensar.

27 thoughts on “Génio de Carvalhal”

  1. O futebol é mesmo assim. O Sporting passa por uma crise grande. O ter dispensado o Paulo Bento foi uma má solução. Quanto aos jogadores é como se costuma dizer: casa onde não há pão todos berram e ninguém razão. Que vão planeando a próxima época para não haver percalços como esta. Sinto pena por estes clubes passarem por estas dificuldades. No ano passado os spotinguistas faziam, criticas ao Benfica, hoje acontece a eles. São fases da vida. Costuma-se dizer depois da tempestade vem a bonança. Espero que sim, clubes como o Sporting fazem falta para enriquecer o campeonato português assim como ranking na UEFA. Que esta época passe depressa para bem do Sporting.

  2. Este Porto não existe.

    Se fosse real, não tinha as prestações que conhecemos no campeonato e os galifões da Europa estavam muito atentos.

    Não parece.

  3. Não tra.quinas, “este” Porto existe, só não sei é se o Jesualdo o vai deixar existir por muito tempo. Existe desde o momento em que passámos a ter uma zona do jogo que para o nosso treinador aparentemente é dispensável: o meio-campo. Passámos a tê-lo, em primeiro lugar com o Rúben e, em segundo, com a lesão do Meireles que obrigou a treinador a jogar com o Beluschi. Ou seja, em três jogadores naquela zona passámos a ter dois que são capazes de fazer três passes seguidos sem entregar a bola ao adversário. Foi o suficiente.
    Por último não te esqueças que à equipa que jogou ontem faltavam o Helton (ver o primeiro golo do Sporting), o bruno Alves (ver o segundo golo do sporting), o Hulk e o Rodriguez: não é pouco.
    Já agora, eu não acompanho muito o Sporting, mas por aquilo que vejo, não me parece que o Val tenha razão quando arrasa o Moutinho. E quanto ao saleiro, os sportinguistas diziam o mesmo do varela aqui há uns anos…
    Mas onde as equipas são mesmo diferentes é na direcção. O Liedson andou à porrada com um director no balneário, mas no domingo seguinte jogava alegremente. O Bruno Alves deu uma chapada a um colega num treino e no jogo seguinte estava sentadinho ao lado do pai a ver o jogo da bancada…

  4. O Kjung tem razão quanto aos modelos de liderança. O Sporting tem que passar por esta fase de ajustamento embora possa não gostar muito do processo que não é indolor.A previsivel mudança de treinador no final da época não vai mudar nada e só agrava a questão da liderança que se vê precisamente nestes momentos.No Porto o Carvalhal esta semana assinava por mais um ano. O Porto só agora encontrou o “substituto” do Lucho, o Ruben, que é um belissimo jogador e é português ao contrario da academia de samba e tango que o Benfica inaugurou.

  5. O problema maior é a herança de PB – jogar com um candidato a aprendiz de guarda-redes enquanto o melhor guarda-redes foi afastado. Titular da Sérvia, só por embirração, só por estupidez.

  6. A maneira como Carvalhal escalou a equipa parece que combinada com o PC, quando lhe foi entregar os pastéis de Belém!!! Será???

  7. Um jogo de futebol é durante mais de 95% do seu tempo um conjunto de disputas individuais. Corre-se, salta-se, encosta-se, etc, etc, pela posse da bola, pela conquista de terreno, para ganhar uma qualquer vantagem ou para anular a do adversário. É essa “ideia” que falta ao jogo do sporting e desde há muitos anos. Os meninos da academia convencem-se ou convenceram-nos de que é possível ganhar jogos com a táctica, com pequenas genialidades nas fintas, nos passes, nos foras de jogo … Vê-se no que dá:
    chegar tarde à bola. Andar sempre no chão por falta de convicção no ombro a ombro, ausência de tempo de salto, birra permanente, enfim o que menos falta faz a quem quer ser parte de uma qualquer equipa de futebol, tudo isto aliado ao descrédito e ao permanente espírito depressivo, dentro e fora do campo. Solução: para bem deles e do clube, vender ou emprestar, e rapidamente, o Moutinho, o Veloso, o Djaló e o Patrício. Apostar no Ismailov, no Liedson, no Pedro Mendes e no João Pereira. Reformatar o Carriço e o Tonel encostando-lhes à esquerda o Caneira. Jogar com o Adrian ao lado do P. Mendes e apostar no 4-3-3-1 com o Liedson sozinho lá na frente mas com o Vuc ou o Pongoll a encostarem de vez em quando. Não se ganham os jogos todos mas impedem-se as humilhações e espera-se para o ano.
    Equipa: Tiago, J.Pereira, Carriço,Tonel e Caneira; Adrian e Pedro Mendes;Vuc, Ismailov e Matias Fernandez; Liedson.

  8. E o Silvestre Varela ainda Juvenil que eu vi ficar lesionado numa mão em Óbidos e que no domingo seguinte marcou o golo da vitória no Fundão com uma tala nos dedos??? Foi afastado pelo PB, não interessava ao Sporting…

  9. Vítor:
    Sabe quando falta o tempo de salto, a luta ombro a ombro e mais alguns opiniões que dá: é quando os resultados não aparecem. Quando isso não acontece, aparecem as estaladas, os murros – veja o que aconteceu com o Bruno Alves. A mística falha quando os resultados não aparecem.
    Ainda me recordo da frase que o Joaquim Meirim deu a um jornalista numa entrevista. – Qual a reacção após uma derrota, quando enfrenta os seus jogadores e vice-versa? – Resposta de Meirim. A mesma que a sua mulher – caso seja casado – com a sua chegada a casa, depois de uma noite dormida fora, sabe-se lá com quem.
    Com isto quero dizer que a mística, força anímica e algo mais, que ajuda nos êxitos, só se consegue com esses êxitos. Quando isto não acontece em lugar dos abraços vêm os murros e os cachaços. Olhe que rima e é verdade.

  10. Caro K,
    No Benfica a academia pode ser de samba e tango…no FCP será mais de samba com os uruguaios à mistura.
    Esse mito dos jogadores portugueses do FCP é apenas isso : um mito.
    No onze inicial, ontem, eram 4. Tanos como muitas vezes o Benfica joga.
    E se pensarmos nos 18 que mais jogam em cada equipa a porporção mantém-se.
    Cumprimentos

  11. Não sejas parvalhão, FV. Eu vi, eu sei, eu estava lá. O Silvestre Varela jogou no Fundão com uma tala nos dedos depois de se ter lesionado no domingo anterior em òbidos. Não me venhas para cá de cátedra, armado em Miguel Sousa Tavares.

  12. António P., ontem no porto jogaram 5 com o Orlando Sá que entrou na 2ª parte.
    Mas o meu ponto não é esse, no caso do Benfica é ver de onde se vem, tivemos equipas só com jogadores portugueses e para onde se vai com o scouting a ser feito maioritariamente na América do Sul. No caminho perdeu-se qualquer coisa que fazia parte da identidade do clube , que não foi devidamente acautelado após a entrada do Jorge Gomes e que se tem vindo a agravar com a gestão provinciana de Vieira. O ultimo jogador promissor português contratado pelo Benfica foi o Coentrão, enquanto o Porto tem contratado muitos mais como o Varela, o Orlando Sá, agora o Ruben , o Beto (g-redes) mais os jovens que andam por aí a rodar no Olhanense.No Benfica assiste-se ao inverso desde as camadas jovens investe-se maioritariamente em jovens não portugueses. Pro ano estamos a disputar a Libertadores.

  13. Não sejas ignorante, JCFrancisco. Nenhum jogador pode, em provas federadas jogar com telas nos dedos. Nem aneis, nem brincos, nem fios. Se não sabes isto, fica caladinho e não digas asneiras…

  14. Numa equipa de futebol ou de xinquilho tem que haver uma coisa que se chama “consistência” – na merda da tropa “isso” dava pelo nome de espírito de grupo. Havia-no noutros tempos de muito boa qualidade e podia encontrar-se de amiúde nos bairros populares desta Lisboa. É com essa argamassa que os grupos conseguem suplantar-se por vezes a si mesmos tantas e tantas vezes. No Sporting Clube de Portugal e, no meu entender, depois da passagem do “visconde da treta” (lei-se Roquete) que a agremiação tem vindo a piorar de dia para dia. Isto de transformar cadetes de academia em generais de aviário será uma boa ideia mas…para adubar os relvados. Manter na equipa moutinhos -foi uma pena não ter ido para o falido Everton – djalós o modelito veloso (por muitos varelas que se percam) tem como consequência que quando se dá um peido no balneário o cheiro é contado a quente no primeiro “orgão” de informação. Escolher Sá Pinto para director desportivo, sabendo-se as relações que teve enquanto jogador com Liedson só não via no que deu quem ou é permeável a ideias parvas ou pensa mal. Ter jogadores na equipa principal como Grimi,- este acho que bate nas mulheres- Tonel, Saleiro e outros, que nem suplentes do “mija na escada” seriam é aquilo que todos temos visto. Empregados do futebol que até “touradas sportinguistas” têm promovido – como se não houvessem por lá tantas – ter garçons que devem perceber é de salemas e não como pomposamente afirmam de marketing desportivo- como se fossemos todos mentecaptos e não nos perguntássemos : “que merda é essa”…? “Esforço, Dedicação e Glória. Eis o Sporting” …Há alguém, que se reveja nisto?

  15. Tudo bem, Kjung, dou o benefício da dúvida. Mas se existe tem andado muito escondido. E não sei se tens toda a razão. Só o tempo o dirá.
    O Ruben pode fazer diferença no meio campo mas não é suficiente para justificar a excelente exibição do Porto de ontem. Eu vi o jogo pela televisão e os comentadores, desde os minutos iniciais até ao apito final, disseram vezes sem conta que era o melhor Porto da época. Comparar este Porto com o de há duas semanas atrás que derrotou por penalties o Belenenses é ir do céu ao inferno. Não é só a estratégia, o empenho, a força e a velocidade da quase totalidade da equipa. É a consistência e a concentração que permitiram manter o sentido posicional, a certeza do passe e restantes atributos que fazem uma boa equipa de futebol. E durante a totalidade dos noventa minutos. Claro que há dias assim, em que tudo sai bem e o futebol, afinal, parece ser tão simples. Não são é muitos no nosso futebol.

    O jogo de ontem fez-me lembrar um Sporting-Benfica de há duas épocas, em que uma segunda parte deste género do Sporting lhe permitiu virar o resultado e ganhar por 5-3. Foi uma equipa extraordinária e só foi pena que a qualidade dessa exibição não tivesse tido continuidade na restante parte da época.
    A minha autoridade nesta matéria é a de comum fã do futebol como espectáculo e a daquela pontinha de treinador de sofá que existe em todos nós, mas parece-me que o Porto, a continuar a jogar assim, deixará preocupado qualquer adversário que lhe possa aparecer pela frente. Em todas as provas em que está envolvido, quer nacionais, quer internacionais.

    Ontem a diferença entre o Porto e o Sporting foi tão grande que, para ser sincero, nem consigo avaliar se o Sporting jogou mal comparativamente aos últimos jogos e o impacto que os acontecimentos do balneário tiveram na equipa. O Sporting perdeu no fim de semana passado com o Braga mas a equipa não me pareceu muito afectada por esses acontecimentos. Agora que há muita estrela no plantel que raramente cintila, não posso estar mais de acordo.

  16. «O Porto só agora encontrou o “substituto” do Lucho, o Ruben, que é um belissimo jogador e é português ao contrario da academia de samba e tango que o Benfica inaugurou.»

    1. O FC Porto utilizou no jogo de ontem treze jogadores que não nasceram em território de Portugal continental (em quinze jogadore utilizados é obra).

    2. O FC Porto não utilizou nenhum jogador oriundo da «Dragon Force»* a mediática orientação holandesa que tutela toda as escolas de formação dos dragões.

    3. O FC Porto utilizou dois jogadores nascidos em Portugal continental ambos provenientes da formação do Sporting (Beto nascido em Lisboa; Varela nascido na Costa da Caparica)

    Curiosamente, havia um jogador proveniente da formação do Porto em campo, é português, a defesa por ele orientada sofreu cinco golos, chama-se Tonel

    * não sei se o nome está correcto

  17. «1. O FC Porto utilizou no jogo de ontem treze jogadores que não nasceram em território de Portugal continental (em quinze jogadores utilizados é obra).»

    Na verdade utilizou três nascidos em Portugal continental:
    – Beto
    – Orlando Sá
    – Varela
    A essses três poderíamos juntar dois qie nasceram em ilhas mas que hoje são cidadãos portugueses (como Liedson, por exemplo):
    – Rolando (nasceu em São Vicente, Cabo Verde)
    – Ruben Micael (nasceu na Madeira)
    Ou seja, apenas um terço dos jogadores utilizados pelo Porto está em condições de representar a selecção de Portugal.

  18. K,
    O que diz é conhecido ( e até estarei de acordo consigo ) mas as coisas evoluiram. Apenas alguns pontos :
    1º – Lembra-se quando as equipas inglesas só jogavam ( e eram treinadas ) por britânicos e irlandeses ?
    2º -Agora dos chamados 4 grandes ( Liverpool, Manchester United , Arsenal e Chelsea ) só um é treinado por um britânico ( o MU ). O Arsenal joga muitas vezes sem um britânico, etc, etc. Mas a qualidade e a mística mantem-se. Curiosamente é em equipas abaixo do 4º lugar ( Tottenham, Everton, Birmigham, Aston Villa ) onde há mais jogadores britânicos ( e treinadores ).
    3º – O FCP tem feito o mesmo a nivel de jogadores ( e muitas vezes de treinadores ) e a mística refez-se . Há quantas épocas é que não sai um jogador português de categoria dos juniores do Porto ?. Há quantas épocas é que a maioria dos jogadores decisivos são estrangeiros ?
    4º – O Benfica parece-me que está a reencontrar o passo. Tem um Director Desportivo da casa ( além de manter Shéu ) e escolheu um treinador ( por acaso português ) com fome de ganhar já que nunca ganhou nada. Se o resto é feito com artistas como o Saviola, Aimar, Ramirez , Di Maria que não são portugueses…eu ralado. Ganham , jogam bem e levam as pessoas aos estádios.
    Não é isso a beleza do futebol ?
    Cumprimentos

  19. Terão evoluido Antonio? A abertura do futebol inglês ao exterior foi consciente e assumida e o Porto não constitui o ideal a seguir. O que se passa caro António é que aquilo a que se refere é mais o SL e Vieira do que o SL e Benfica que eu me habituei a gostar. A conquista de um título a todo o custo, o triste episodio das eleições, agora a vergonha com os dinheiros camarários, o hipotecamento do espirito do clube por uma desvairada ego-trip, não obrigado. Os meus instintos projectivos já não passam por aí, e tambem já não sou capaz de defender uma coisa politicamente e depois no futebol achar que qualquer iniquidade
    feita desde que seja pelo “meu” clube é p ara esuqecer por

  20. OOOoooops…

    Terão evoluido Antonio? A abertura do futebol inglês ao exterior foi consciente e assumida e o Porto não constitui o exemplo a seguir. O que se passa caro António é que aquilo a que se refere é mais o SL e Vieira do que o SL e Benfica que eu me habituei a gostar. A conquista de um título a todo o custo, o triste episodio das eleições, agora a vergonha com os dinheiros camarários, o hipotecamento do espirito do clube por uma desvairada ego-trip, não obrigado. Os meus instintos projectivos já não passam por aí, e tambem já não sou capaz de defender uma coisa politicamente e depois no futebol achar que qualquer iniquidade
    desde que feita pelo “meu” clube é para esquecer porque é futebol (é incrivel em portugal assistir à diferença do discurso de um mesmo individuo consoante ele se situa no plano politico/social e no plano desportivo). Tão importante como vencer é a forma como se vence, talvez eu seja um esteta, não sei…

  21. O que me irrita é este parvalhão (FV) tentar chamar-me ignorante a mim que estive lá e vi. Nessa altura no SCP os Iniciados jogavam em Rio Maior, os Juvenis em Óbidos e os Juniores em Sarilhos Pequenos. Calhou-me o jogo em òbidos e o da semana seguinte no Fundão, por isso estive ao lado do Silvestre Varela. FV parvalhão até à quinta casa…

  22. JCFrancisco és mesmo rezingão, homem. Lá em casa és assim também?

    Vou-te explicar devagarinho para entenderes. Uma tala nos dedos não viste de certeza porque os regulamentos não o permitem. Deves é ter visto os dedos protegigos com uma ligadura, que aliás, terá que ser avaliada previamente pelo árbitro. Nunca poderia ser uma tala, homem, é proibido. Penso que não preciso de te explicar a razão.

    Vá lá, antes de responderes com mais um chorrilho de impropérios, pensa no que os teus netos daqui a uns anos vão pensar deste avô destemperado e de língua demaisado pronta para o insulto, hem?

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