Génio de Carvalhal

Um treinador que começa o jogo com Saleiro, que deixa Vuk no banco, que não esgota as substituições, que acaba o jogo com Saleiro e que deixa o Vuk no banco é genial.

Ou melhor, genial é pouco. Ele é mais do que genial, a palavra é que não me está agora a ocorrer.

6 thoughts on “Génio de Carvalhal”

  1. Carvalhal não escolheu esta equipa nem a preparou para a época. Ele caiu de pára-quedas no meio de uma equipa em crise e tendo um presidente do clube que é incompetente. Nada do que Carvalhal faça é comparação justa para o que ele poderia fazer.

    Obviamente, o Carvalhal também poderia fracassar caso lhe fossem dadas todas as condições. É esse o destino dos treinadores.

  2. Isso de ter tido muitos votos não quer dizer nada. Eleições não quer dizer democracia; ele foi eleito mas está nas mãos do Bancos, está refém. Mas o problema vez muito de trás, foram muitos anos de delirio e alucinação.

  3. Caro Val,

    Concordo contigo em tudo. Aliás, se substituíres no teu argumento o nome de Carvalhal pelo de Barão, Chaló, Luís Campas, ou mesmo José Mourinho eu continuaria a concordar.

    Ninguém exigia que Carvalhal reeditasse a gloriosa época da reconquista de Inácio que, passado pouco tempo após a sua entrada, chegou a estar a 10 pontos do FC Porto e conseguiu ser campeão, sem ter preparado a época (ainda bem, aliás, como se viu na época seguinte…) e sem ter escolhido os jogadores. Ninguém exigia sequer que Carvalhal ganhasse a Taça de Portugal, nem a Taça da Liga e muito menos a Liga Europa. Embora não fosse dificil, ninguém mesmo exigia que Carvalhal colocasse o Sporting a jogar um futebol menos monocórdico do que o dos tempos de Paulo Bento.

    Todos estamos também de acordo que temos um Presidente Catástrofe, sósia do famigerado Teneste Frank Debrin (do “onde é que pára a polícia”), mais um pseudo-gestor genialmente incompetente desta economia de casino, com uma estratégia, um discurso e uma acção ridiculamente erráticos.

    Mesmo assim, tinha a esperança que Carvalhal, mesmo sem ter as condições de liderança e de competência para treinar clubes como o Braga ou Marítimo, pusesse fim a diversos equívocos do período Paulo Bento, sem perder grande parte do rigor da equipa ao longo das últimas épocas. No entanto, não foi isso que sucedeu. Mais de 10 milhões de euros depois no mercado de Janeiro (coisa, que me lembre, que o Sporting nunca chegou a investir no início da úlimas épocas, quanto mais no mercado de Janeiro), continuamos sem um defesa esquerdo apresentável, continuamos com o Moutinho a marcar livres e cantos ridículos e a correr desalmadamente cada vez mais à toa, continuamos com o Miguel Veloso sem se mexer na linha média, continuamos sem colocar o Vuk na linha da frente onde ele já demonstrou que é onde rende mais e continuamos com um projecto irregular de guarda redes na baliza.

    Pior, aprestamo-nos a ficar sem o Izma um dos nossos jogadores mais consistentes por um valor inferior ao do Pongolle (para já, um fiasco) e a fazer fracassar um jogador como Matias, uma das melhores aquisições do Sporting dos últimos anos… Pior, se antes se embirrava com a rigidez do losango, agora não temos nada com que embirrar, pois a anarquia táctica é total (ok, concedo que, de vez em quando, isso até chega a baralhar os adversários mais dados a preocupações tácticas).

    Em síntese, a equipa tem, desde o início, diversos pontos fracos e os case study Djáló e Grimi (casos que me fazem pensar que eu próprio poderia ter ganho uns cobres valentes a dar uns chutos na bola), o Presidente e a Direcção de futebol continuam a ser ou inexistentes ou incompetentes e o treinador não pode fazer tudo. Carvalhal até tem pinta de ser um tipo porreiro, até poderia ter sucesso no Porto onde qualquer um se arrisca a ser campeão, mas treinador para o Sporting, onde para se ganhar alguma coisa em Portugal tem que se ser pelo menos duas vezes superior aos adversários mais directos?!? Enfim, quem te manda a ti, Carvalhal porreiro, tocar rabecão…

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