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44 thoughts on “Foram estes e teriam sido os anteriores, mas estamos a lidar com pessoal que não percebe nada disto”
És o maior!
andei a ver onde havia de dizer isto. aqui é tão bom como noutro post qualquer:
FORÇA, MÉDICOS, FORÇA.!Pelo SNS e por quem tem de utilizar o SNS!!!
Ola,
Uma conversa bem portuguesa no mau sentido da palavra, apesar dos esforços (insuficientes ?) da Isabel Moreira :
1. O Tribunal disse que a medida era inconstitucional porque violava direitos fundamentais e que, como tal, não é admissivel no ordenamento juridico vigente. Ponto final.
2. O Tribunal não disse, nem lhe era pedido opinião sobre o assunto, que a crise não existe, ou que não devem ser tomadas medidas para combatê-la, ou que seria em abstrato impossivel, à luz da constituição, decidir medidas alternativas à que estava em causa. Isto é uma questão diferente, politica, eventualmente juridica quando houver outra medida, e o TC não é um serviço juridico a quem se pedem pareceres, é um tribunal, que decide dentro dos poderes de fiscalização preventiva ou sucessiva que lhe foram outorgados nos termos da constituição e da lei. A unica ilação geral que se pode tirar da decisão do tribunal é que não se devem tomar medidas contrarias à constituição. Chega, e ja é muito.
3. Como diz a Isabel Moreira na peça, e bem, o Tribunal diz também, de forma implicita mas necessaria, que os direitos contemplados na constituição são direitos vigentes, efectivos, com aplicação material. Não são directivas vagas que podem ser torneadas ao sabor das conveniências ou que se devem considerar suspensas em caso de “crise” ou de outro tipo de conveniência. Se vivemos mal com esses direitos, não temos outra alternativa que não seja mudar a constituição. Enquanto não a mudarmos, ela aplica-se. E’ estupido criticar o Tribunal – ou alias quem interpos o recurso – criticando as consequências da decisão. Não foi o Tribunal que fez a constituição, ele limita-se a aplica-la.
4. Este ultimo ponto seria mais claro se o Tribunal não tivesse decidido, usando uma faculdade que a constituição lhe confere, limitar os efeitos da sua decisão, ressalvando os efeitos da medida para 2012. Se não estou em erro, estamos a falar de uma medida orçamental e, por conseguinte, de aplicação anual. Quando o TC decide ressalvar os efeitos da medida para o seu prazo de vigência, esta a dar um sinal problematico ao publico, retirando com uma mão o que acabou de dar com a outra… Mas, neste aspecto, pelas razões expostas acima, não podemos censurar o Tribunal, que apenas usou de poderes que lhe foram conferidos. Devemos antes interrogar-nos sobre a oportunidade de lhe dar este poder que, quanto a mim, introduz uma lamentavel confusão numa matéria tão importante como o principio da separação de poderes.
5. Tenho pena, mas quando oiço o debate, o que me ocorre é o seguinte : os Portugueses têm uma noção barroca do que é um tribunal. Pedem-lhe que legisle ou que governe, e não que se limite a dizer o direito. Na medida em que, em democracia, deviam ser eles proprios a legislar (atravês dos seus representantes) e a escolher os seus governantes, esta atitude equivale a pedir ao tribunal que venha corrigir ou remendar as asneiras que eles fazem. Isto é tipico de um povo em estado de menoridade politica, que não se sabe governar sem o auxilio hipotético de uma Virgem Maria ou de um Deus Nosso Senhor…
Boas
Pretender, como afirma perguntando este entrevistador pateta e bronco, que a inconstitucionalidade “obriga” o governo a alargar os cortes dos Subsídios a todos os trabalhadores é assim como dizer que a o aumento do IVA da restauração para 23% obriga as pessoas a morrerem à fome! Não é preciso ter estudado Lógica formal para seguir este raciocínio.
Relativamente a este assunto, estamos a assistir a uma colossal barragem de “artilharia pesada”, em termos de propaganda oficiosa do Poder, que poderá fazer tombar fácilmente os mais raquíticos, em termos cognitivos, mas que resvala completamente na blindagem de quaisquer meninges de eficiência mediana, sem as beliscar mínimamente.
Claro que o governo pode alargar os cortes a todos os trabalhadores, MAS JÁ PODIA antes deste Acórdão do Tribunal Constitucional! A QUESTÃO É EXACTAMENTE A INVERSA: o que o governo agora NÃO DEVE é obrigar a cortes diferentes com base nesta diferenciação funcionário público/privado!
E antes de se entrar já em desvario de baratas tontas sobre “como é que agora vai ser” sem a chulice de massacrar INCONSTITUCIONALMENTE os Servidores do Estado (no activo ou aposentados) – para o que haverá seguramente múltiplas soluções, A COMEÇAR PELA MAIS ÓBVIA, que é repetir, de alguma forma, o Imposto Extraordinário do Natal passado (que até já tem a Legislação pronta a saír!) -, as primeiras reacções que este Acórdão HISTÓRICO deveria suscitar eram estas:
1ª – Qual a sanção que deve ser aplicada a quem VIOLA A LEI FUNDAMENTAL do País;
2ª – O que deve exigir-se a quem, tendo jurado cumprir e fazer cumprir a Constituição da República, permitiu que ela fosse GROSSEIRAMENTE IGNORADA EM SEDE DO ORÇAMENTO DO ESTADO;
3ª – Como IMPEDIR EFICAZMENTE QUE O VIOLADOR REINCIDA!
Como Cidadão, na plena posse dos seus direitos de cidadania, casado, Pai de dois menores e Técnico Superior da Administração Local há mais de vinte anos EXIJO UMA RESPOSTA SATISFATÓRIA E IMEDIATA A ESTAS QUESTÕES CRUCIAIS!
Muito obrigado, João Viegas!
Safa, que isto de lutar contra o megafone da desinformação e da propaganda mediática não é tarefa fácil…
A indigência intelectual, parcialidade ou ambas da quase totalidade dos jornalistas é aflitiva. Escapam uns quantos que pensam pela própria cabeça e fazem jornalismo com base em factos (e não noutras noticias e opiniões).
Olha que ovo de colombo. Em vez de andarem sempre a procurar o mesmo financiador – que já paga MUITO MAIS impostos que os mártires do Estado, porque é que não puxam para este tipo de soluções?
Pronto, agora a seguir vêm os nomes feios…mas sabem que mais? As meninges inteligentes deviam perceber que não é matando a galinha dos ovos de ouro que nos safamos.
Nem misturando alhos com bugalhos…
convém não esquecer que não há funcionários públicos no desemprego. e temo que mesmo os empregados também não estão no desemprego. também não recordo algum desmpregado ser cumulativamente funcionário público. ou mesmo ser empregado. enfim, ando esquisito, ultimamente.
Convém não esquecer é que muitos dos atuais desempregados só foram empregados na Função Pública, para desmisitificar esse mito colossal que pretende serem todos os Funcionários Públicos vitalícios.
Há já quase uma década que foram extintos os famosos “quadros” e que os então ditos “efectivos” (que eram na prática vitalícios, ou quase) foram todos desqualificados para “contratados a termo incerto”, o que alterou drásticamente as condições em que tinham sido admitidos. E que desde então se passou a poder entrar para a Administração Pública com contratos a prazo (“termo certo”), já para não falar de todos os precários, que estiveram anos e anos a “recibo verde”.
Mas é lamentável que tudo isto venha agora à colação a propósito de uma escandaleira, essa sim merecedora da mais violenta indignação, que é termos aprovado um Orçamento de Estado com NORMAS INCONSTITUCIONAIS!
Com este (des)governo já deixámos bem para trás a Madeira: estamos claramente ao nível da Guiné-Bissau.
Tinha achado espatafúrdia a proposta de colocar na constituição um limite ao défice do orçamento de estado. Depois de ouvir esta intervenção de Isabel Moreira até já acho uma muito boa ideia. Indispensável mesmo.
e em marcha forçada a caminho de angola
Marco Alberto Alves,
exactamente: não misturar alhos deste tipo ,
“chulice de massacrar INCONSTITUCIONALMENTE os Servidores do Estado (no activo ou aposentados) – para o que haverá seguramente múltiplas soluções, A COMEÇAR PELA MAIS ÓBVIA, que é repetir, de alguma forma, o Imposto Extraordinário do Natal passado”
com o “bugalho” que apontei, que `E MUITO MAIS ÒBVIO. Enfim. São opções. Uma passa por uma visão global de sustentação da economia e do emprego de todos, outra por uma defesa de interesses de classe. Curiosamente, as vozes alternativas que vêm da Europa vão no sentido da primeira. Devem ser todos deficientes da meninge.
Finalmente, quando dizes “Convém não esquecer é que muitos dos atuais desempregados só foram empregados na Função Pública”, eu digo, se esses são muitos, os outros são incontáveis(1 para 1000?) e todos os dias são mais umas centenas. Não brinques com a desgraça, esquece os interesses de classe por um segundo. Por uma questão de respeito.
Eu nunca achei “espatafúrdia” (sic) coisa nenhuma, nem sequer acho estapafúrdia a colocação na Constituição, ou no Regulamento do meu Condomínio, um limite ao endividamento do Estado, das Empresas Públicas, das Entidades Públicas Empresariais, das Empresas, dos Bancos, das Famíglias e dos próprios indivíduos e outros galuchos.
“Classe”? Mas qual “classe”, porra?!! “Respeito” a quê, canário?
Falando só dos alhos, responde-me lá tu, usando as meninges, em que é que a injustiça de cortar RENTES os Subsídios de Férias e de Natal a um Servidor do Estado – Médico, Jurista, Arquitecto, Engenheiro, Juiz, Militar, Professor (ou a um Economista da CGD…) – e deixar um profissional equivalente (com qualificações idênticas e igual tempo de serviço) incólume, só por trabalhar na “privada” – Microsoft, BP, McDonald´s, ESSO, Auto-europa, BCP, Sonae, Deloitte, Banco de Portugal (pois…), etc., em que é que essa flagrante discriminação AJUDA EM QUE QUER QUE SEJA A SITUAÇÃO DOS DESEMPREGADOS (ou de quem tem os Salários em atraso…)????
E quem é que te disse a ti (talvez o Ant.º Barrete?) que os desempregados ex-Funcionários Públicos (nomeadamente os que estiveram contratados a termo certo e não viram renovados os seus contratos) são assim em tão pequena proporção face ao total e, em todo o caso, O QUE É QUE ISSO ADIANTA À QUESTÃO?
Andas a ver muito a sic a e tvi, ou a ler o correio da manha, só podes…
Já sei: trabalhas na privada e o que é “bom” para os fp’s (filhos-da-puta?), já não o é para ti, é isso? Pois, bem me parecia…
Passa lá umas boas férias e diverte-te, que as da minha família este ano vão ser em casa.
oh alves! a função pública é só dótores, engenhocas, arquitécticos, profes e coronéis? os que dão serventia são alugados a prazo, não ganham pró desodorizante e só servem pra foder as estatísticas. se continuas a argumentar assim nã tarda tô a dar razão a quem paga o teu ordenado, os privados.
Isso é para responder? Caso seja, faço então o boneco.
Sabes quem mais poder de compra perdeu desde que começou a crise?
Sabes de que forma essa diminuição do poder de compra se reflectiu na actividade económica?
Sabes que por causa disso, dezenas de empresas fecham por dia, criando, lá está, mais desemprego no privado?
Sabes com certeza que o sector privado é constituiído em 96% por PMEs e não pelas multinacionais que enuncias?
Sabes que o salário médio da FP é superior ao do sector privado, onde temos já muitos casos que nem ordenado mínimo ganham?
Sabes que a carga fiscal sobre os trabalhadores privados é superior à dos públicos? E que mais uma sobrecarga deixa o negativo à vista?(acho que já está)
E se sabes tudo isto, como tens a lata de vir insultar quando se propõe uma coisa tão básica em termos de exigência de equidade como aquela que referi, como seja taxar especuladores, fortunas, transações bilionárias com impostos extraordinários em vez do imposto cego dos 50%)? Fica-te lá então com a tua solução mágica (e inconstitucional, não seria?)
P.S. Se estás com inveja dos empregados da McDonalds, por exemplo, troca. Eles não iriam dizer que não.
ó meu paspalhão ignorante e pestilento dá lá razão a quem tu quiseres mas não iludas os incautos com a tua colossal burrice: os Funcionários Públicos que vencem até 600 euricos por mês não levam cortes de subsídios, ouviste ó tolo? por isso este mês venceram tanto como eu, ó parvalhão
e entre 600 e 1100 euros o corte é progressivo, só sendo total a partir deste valor, compreendes? ou pensas que se os que ganham ainda mais mal do que aqueles que te fazem comichão na molécula tivessem sido cortados, este governo ainda cá estava?
tanta ignorância à solta onde menos se espera, caralho, até mete dó…
Só disparates, estás a poluir a discussão. Fica lá com a biciclete, não gasto mais latim contigo. Acho que toda a gente já percebeu menos tu e o ratax…
oh alves! concordo com a caracterização e adjectivação que acabas de me fazer, mas não respondes à magna questão dos privilégios da burguesia que se apoderou da função pública e que olha com desdém quem os serve mais os privados que lhes pagam os ordenados. achei piada a esse novo conceito de distribuição de títulos académicos em função dos ordenados, o relvax podia ter-se lembrado disso se fosse tão quadrado como tu.
em nome da economia e da eficácia financeira, punha os trabalhadores da McDonald’s a atender utentes nos hospitais…
uma educação autodidata…
o estado nacionalizava as agências funerárias…
e mais uma ou duas ideias, e isto era um país de superavits..
Ignatz, não sei se foste abrangido, mas eu acabo de ser despedida com justa causa (de acordo com as actuais regras* do Código) de interlocutora do M.A.A. e sinto-me tão desolada :) , perdão, desolada :(.
*resumo: chateias-me, olho da rua.
(e vem o gajo dizer que ah e tal também já temos contratos a termo. Really? How unfair. Wellcome to the real world.)
Pois esta regra do olho da rua na hora nem tem em conta o tipo de contrato. É muito à frentex o mundo do trabalho privado em Portugal, não achas?)
É por isso que quantos menos ficam a trabalhar, mais têm de pagar pelos seus empregados – sim, eu sou patroa destes desbocados e pelos seus SSL (Sistemas de Saúde de Luxo) e etc. Agora que estou despedida, tou-me a cagar, posso falar à vontade.
Estado =Segurança Social: reformados, pensionistas, RSI, desempregados e outros;
Estado= serviço nacional de saúde;
Estado= educação;
Estado = PPP
Estado = IPSS ( sim, mete lá muita massa)
Estado= Defesa Nacional;
Estado = Segurança Interna;
Estado = etc.e tal
o Estado é uma prerrogativa de países ricos:acabem-se com estas mordomias.
cada um por si e deus por todos, seria uma bela divisa para hastear num barrote lá para os lados dos montes hermínios;
agora essa de entrarem para a função pública só porque em concurso público (certamente abertos a pedido dos próprios) se armaram em sabichões…tstststs…
os melhores ficaram de fora;
certamente existem por aí muitas RELVAS daninhas;
organizem-se…continuam a admitir..digitem CEAGP no google…
abram os olhos…
jorge cid,
que disparates, atina lá. Todas essas funções são necessárias. è preciso é que o dinheiro do país (pobre, de facto) que serve para isso seja bem gerido e sirva para isso e não para as gorduras que teimam em aumentar e também para privilégios e regalias irreconciliáveis com o poder de financiamento da sociedade em questão. Para não se chegar, qualquer dia, ao absurdo de se concluir que se a sociedade não consegue sustentar esse regime de excepção, então é porque a sociedade é inconstitucional.
Val,
pergunta simples;
porque é que o mesmo video posto pela Isabel teve 3 comentários e posto por ti vai em 24?
So de passagem, não deixo de notar que a nossa propensão para apreender a realidade sob o prisma de um épico Benfica-Sporting atinge por vezes proporções absurdas.
Sugiro que a Edie e o Ignatz percam 15 minutos a ler o acordão, que esta disponibilizado no ultimo post da Isabel Moreira, e que o façam atentamente na parte em que esta explicado porque é que a medida é contraria ao principio da igualdade perante os encargos publicos. Vão ver que as preocupações que eles exprimem estão la contempladas. Se, apos leitura cuidada, continuarem a achar o raciocinio criticavel, procurem demonstrar porquê. Assim, ao menos, vão com certeza aprender algo, e nos também…
Se estão preocupados com o facto de os funcionarios terem tendencialmente maiores rendimentos do que os assalariados do privado (o que é um facto, que se deve à diferença na qualificação média dos empregos num e noutro caso), cabe talvez lembrar que foi inventado ha muito tempo um instrumento, perfeitamente compativel com o principio de igualdade, que permite adaptar às suas capacidades respectivas os sacrificios exigidos aos cidadãos para suportar o erario publico : chama-se este instrumento “imposto sobre o rendimento” e costumamos ouvir falar nele pelo menos uma vez por ano.
Boas
oh viegas! e o acordão serve para quê? para nos pôr a dormir, talvez. topa-se à distância que és funcionário público bem pago e com pouco que fazer.
viegas,
obrigado pela sugestão mas já li e até transcrevi part e aqui. Refere o facto de outros cidadãos, com outras fontes de rendimento, não estarem sujeitos aos cortes dos subsídios, sustentanto nisso a inconstitucionalidade. Viola os princípios de igualdade e proprocionalidade. O que eu digo é que deviam comparar os FP com esses tais outros cidadãos com diferentes fontes de rendimento em todas as vertentes que constituem a igualdade, porque se o fizessem, verificariam, que mesmo assim não estaria violada a igualdade nem a proporcionalidade.
Esses dados que dizem que os FP têm habilitações superiores aos do privado são do sec. XIX, em que era preciso saber ler para ser FP. Hoje o crivo para o privado é muito mais apertado, quanto a quadros.
E mais: eu sei que tenho pagar o Estado, não sei é porque é que o Estado não tenta pagar-se um pouco a si próprio. Porque é que eu tenho de pagar o SNS, mais o seguro de saude de luxo dos funcionários, mais as condições espectaculares de reforma, mais o alargamento a não sei quantos familiares e para-familiares? Porque não hão-de descontar do seu ordenado um pouco mais do que 1,5% para o efeito? Porquê este desequilíbrio de benesse e regalias que a sociedade já não consegue pagar?
edie, não ligues, os quadros do leodolfo picanço ficam histéricos quando lhes mexem na compartipação dos tratamentos com algas marinhas e outros grãos de pó a que se julgavam imunes. mais umas manifes para os privados pagarem em impostos e serviço.
João,e a reforma sobre o ultimo salario na função publica? porque não deram esse estatuto ao privado? e a garantia de emprego para toda a vida? Um boa maneira de diminuir a divida era voltar com a bobine atras e ir buscar 10% da reforma a todos os os servidores do estado a partir de um determinado vencimento que estão nessas condiçoes e com menos de 40 anos de serviço.No privado para se ter 80% era preciso ter 40 anos de serviço. .Ninguem pega neste tema porque mexe com muita gente grauda.É inconstitucional? pode ser mas era justo.Muitos ao reformarem-se com 25 anos de serviço ou pouco mais,ainda tem disposição para ir dar aulas para os colegios privados,ganhar sem pagar impostos e tirar emprego a mais de 10000 jovens professores.Que fazem os partidos para resolver isto? e a fenprof nada? Mario Nogueira já deve ter emprego garantido como o reformado Carvalho da Silva,agora prof. da “prestigiada” Lusofona.João esta minha intervenção nada tem a ver com o post,ou com a validade dos seus argumentos.Aproveitei a boleia para desabafar ok.
Cara Edie,
Vamos por partes, devagarinho, que vamos chegar la com certeza :
1/ Se achas que é justo os funcionarios publicos serem os unicos a suportar a medida por terem rendimentos mais elevados, estas a fazer uma confusão simples : o facto de serem funcionarios não acarreta por is so uma diferença de rendimentos que justifique a medida. Basta pensar que existem trabalhadores do privado com rendimentos muito superiores aos de qualquer funcionario publico. O que é que justificaria, então, que estes ultimos não fossem submetidos à medida ? Se o critério é o rendimento, reparta-se o peso da medida entre todos (funcionarios e não-funcionarios), em proporção dos rendimentos, critério objectivo, justo e perfeitamente admissivel legalmente. Isto é simples : abre o teu dicionario nas entradas “igualdade” e “proporcionalidade” e volta a ler o acordão.
2/ Os empregos da função publica caracterizam-se hoje, e não apenas no século XIX, por um nivel de qualificações superior EM MEDIA aos empregos do privado. Basta pensar, por exemplo, no numero de professores que existem na função publica para perceber isto. Esta realidade não significa que os empregos sejam necessariamente diferentes no publico e no privado (ha professores que trabalham como assalariados de direito privado), nem muito menos que os empregos da função publica sejam mais bem pagos do que os empregos comparaveis no privado, significa apenas que a percentagem de empregos qualificados (mais bem pagos) nos serviços do Estado é maior do que a percentagem desses empregos no sector privado (ou mais propriamente fora da função publica). Portanto os funcionarios (considerados de forma golbal) não auferem melhores rendimentos porque sejam uma casta de privilegiados, mas apenas porque ocupam (tendencialmente, em média) empregos mais qualificados. Alias, como muita gente sabe, nos postos de maior qualificação os funcionarios publicos recebem tendencialmente menos do que os profissionais que lhes podem ser comparados no privado. Isto ainda não é tão obvio em Portugal como noutros paises desenvolvidos, mas caminhamos para la seguramente.
3/ Finalmente, pelas mesmissimas razões que as que fundamentam o acordão, ou seja em virtude do principio de igualdade dos cidadãos perante a lei e perante os encargos publicos, os empregos da função publica são providos por concurso. Isto garante que todos os cidadãos possam aceder a esses empregos em função exclusiva do seu mérito, critério perfeitamente admissivel à luz do principio de igualdade. Contrariamente aos trabalhadores do privado, as suas condições de trabalho e as suas remunerações são estabelecidas por lei, pelos nossos representantes, apos ponderada consideração dos custos, das incidências para o Estado, dos salarios comparaveis no privado, etc.
Mas enfim, sei que estou aqui a gastar saliva para nada. O “Estado”, em Portugal, não tem nem nunca teve nada a ver com os cidadãos. E’ um monstro hediondo, de 25 metros de altura, com escamas verdes e dentes enormes, que nos vai comer se não dermos tudo ja ao nosso benemérito salvador Abençoado Senhor Santo Salazar de Sebastião Segundo.
edie, diria que tal se deve ao facto de o vídeo estar ainda mais acessível e ser ainda mais relevante à medida que vamos assimilando o que lá se diz e reflectindo nas questões em causa.
É capaz, sim.
Thanks
por algum motivo, o meu primeiro comentário de resposta ao Viegas não seguiu. é simples de resumir: não discuto credos e crenças.
Boas boas
agora temos o chefe da banda, aka escadote jurídico, armado em faroleiro político dos direitolos. deve sonhar com uma reforma de comandante à azevedo soares, o cacilheiro.
Parece impossível, mas no reino dos justiceiros implacáveis, pelos vistos, há muito quem ache “justo” um Funcionário Público (ou, pior ainda, um Pensionista do Estado!) que aufira 1101 euros por mês ser roubado no exacto dobro desse valor, num só ano, e um qualquer empregado numa Empresa privada, que vença mensalmente o mesmo valor, ou o dobro, ou o triplo, ou dez ou vinte vezes mais (que os há, sobretudo na Banca), continue alegremente a disfrutar dos seus devidos (porque realmente o são) 13º e 14º meses.
Lamento, mas enquanto não se entender isto, não se pode passar à matéria seguinte.
oh alves! não são os ordenados do privado que contribuem para o déficite do estado ou pretendes aumentar os lucros do sector privado e baixar as receitas fiscais e contribuições da segurança social? e depois há o problema das sopeiras começarem a contratar quadros da função pública para amas secas ou mesmo limpezas caseiras enquanto se desdobram em sucessivos part-times laborais, para não falar nos ganchos televisivos e outras avenças na pasquinada.
Vamos lá a ver, os ordenados “do privado” podem não contribuir forçosamente para o défice do Estado – embora até contribuam mesmo, se forem pagos por baixo da mesa, fugindo ao IRS e às contribuições para a Segurança Social! -, mas de certeza que contribuem para o défice dos particulares (Empresas e Famílias), QUE É AINDA MAIS GRAVE DO QUE O DÉFICE DO ESTADO (embora o correio da manha tente esconder esta realidade comezinha)! Só isso já é um efeito bastante negativo.
Porque os ordenados “do privado” acima dos 1100 euros, ao manterem intactos os 13º e 14º meses, continuarão a ter os efeitos nocivos, PARA TODOS NÓS E PARA O ESTADO, de continuarem a pressionar as importações (bens de luxo, etc.) e, de um modo geral, a própria inflação, com evidente desvalorização prática dos salários que lhes são inferiores.
Ou alguém com dois dedos de testa imagina que o Imposto Extraordinário do Natal passado, no sector privado, significou que o dinheiro que foi colectado aos trabalhadores ficou nas mãos… dos patrões (como se depreende desta magistral tirada “(…) pretendes aumentar os lucros do sector privado e baixar as receitas fiscais e contribuições da segurança social?”!)? Cada vez me espanto mais com o nível de conhecimentos de certos comentadores…
Acrescentar a «salários que lhes são inferiores» também as reformas, os subsídios (incluindo o de desemprego), as prestações sociais, etc., evidentemente…
E bom fim-de-semana.
atão aqui na musgueira tropeçamos em rolls em cada esquina e o cheiro a patek philippe é insuportável. oh alves! se o fisco aumentar o saque para 10 meses de ordenados na privada até pode pagar 15º mês aos funcionários públicos e se calhar até reduz o déficite, mas aumenta a despesa pública. percebes ou careces de boneco interpretrativo. porra! já eram horas de aprenderes que o mundo não gira à volta do umbigo das carraças públicas.
(para todos não, para os do privado,que é para não se porem a comprar coisas em vez de transferir o resto da massa para o mamute estatal).
1.100€ é o limite camaradas, lutemos por esta causa.
E ele a dar-lhe! Ó bonecreiro, vê lá se ressacas de vez e acordas para a realidade dos factos: se o Fisco fizer em 2013 um saque aos trabalhadores do sector privado igual AO QUE FEZ EM 2012 aos Reformados, aos Pensionistas e aos Servidores do Estado (e já vi que continuas a não querer ver este canto do “boneco”, apesar de bem grande!), a despesa pública não aumenta em nadinha de nada (se quiseres, impedes é que ela se reduza de uma maneira legalmente INVÁLIDA), mas por outro lado aumenta a colecta, PORRA!
Já eram mas é horas de tu meteres essa rabeca no saco e perceberes que o importante mesmo é a tal colunazinha da DIFERENÇA, RESTO, OU SUBRACÇÃO – intitulada DÉFICITE ou lá aquilo que tu quiseres -, e não o diminuendo, nem o diminuidor, em si mesmos, compreendes? Ou só consegues ver os “bonecos” aí no teu livrinho aos quadradinhos?
Vai chamar carraça ao piolho que tens acima da única meninge activa e deixa lá de te preocupar com os umbigos dos outros, com indisfarçado medo de que eles ainda te vão cheirar o teu cu gordo…
És o maior!
andei a ver onde havia de dizer isto. aqui é tão bom como noutro post qualquer:
FORÇA, MÉDICOS, FORÇA.!Pelo SNS e por quem tem de utilizar o SNS!!!
Ola,
Uma conversa bem portuguesa no mau sentido da palavra, apesar dos esforços (insuficientes ?) da Isabel Moreira :
1. O Tribunal disse que a medida era inconstitucional porque violava direitos fundamentais e que, como tal, não é admissivel no ordenamento juridico vigente. Ponto final.
2. O Tribunal não disse, nem lhe era pedido opinião sobre o assunto, que a crise não existe, ou que não devem ser tomadas medidas para combatê-la, ou que seria em abstrato impossivel, à luz da constituição, decidir medidas alternativas à que estava em causa. Isto é uma questão diferente, politica, eventualmente juridica quando houver outra medida, e o TC não é um serviço juridico a quem se pedem pareceres, é um tribunal, que decide dentro dos poderes de fiscalização preventiva ou sucessiva que lhe foram outorgados nos termos da constituição e da lei. A unica ilação geral que se pode tirar da decisão do tribunal é que não se devem tomar medidas contrarias à constituição. Chega, e ja é muito.
3. Como diz a Isabel Moreira na peça, e bem, o Tribunal diz também, de forma implicita mas necessaria, que os direitos contemplados na constituição são direitos vigentes, efectivos, com aplicação material. Não são directivas vagas que podem ser torneadas ao sabor das conveniências ou que se devem considerar suspensas em caso de “crise” ou de outro tipo de conveniência. Se vivemos mal com esses direitos, não temos outra alternativa que não seja mudar a constituição. Enquanto não a mudarmos, ela aplica-se. E’ estupido criticar o Tribunal – ou alias quem interpos o recurso – criticando as consequências da decisão. Não foi o Tribunal que fez a constituição, ele limita-se a aplica-la.
4. Este ultimo ponto seria mais claro se o Tribunal não tivesse decidido, usando uma faculdade que a constituição lhe confere, limitar os efeitos da sua decisão, ressalvando os efeitos da medida para 2012. Se não estou em erro, estamos a falar de uma medida orçamental e, por conseguinte, de aplicação anual. Quando o TC decide ressalvar os efeitos da medida para o seu prazo de vigência, esta a dar um sinal problematico ao publico, retirando com uma mão o que acabou de dar com a outra… Mas, neste aspecto, pelas razões expostas acima, não podemos censurar o Tribunal, que apenas usou de poderes que lhe foram conferidos. Devemos antes interrogar-nos sobre a oportunidade de lhe dar este poder que, quanto a mim, introduz uma lamentavel confusão numa matéria tão importante como o principio da separação de poderes.
5. Tenho pena, mas quando oiço o debate, o que me ocorre é o seguinte : os Portugueses têm uma noção barroca do que é um tribunal. Pedem-lhe que legisle ou que governe, e não que se limite a dizer o direito. Na medida em que, em democracia, deviam ser eles proprios a legislar (atravês dos seus representantes) e a escolher os seus governantes, esta atitude equivale a pedir ao tribunal que venha corrigir ou remendar as asneiras que eles fazem. Isto é tipico de um povo em estado de menoridade politica, que não se sabe governar sem o auxilio hipotético de uma Virgem Maria ou de um Deus Nosso Senhor…
Boas
Pretender, como afirma perguntando este entrevistador pateta e bronco, que a inconstitucionalidade “obriga” o governo a alargar os cortes dos Subsídios a todos os trabalhadores é assim como dizer que a o aumento do IVA da restauração para 23% obriga as pessoas a morrerem à fome! Não é preciso ter estudado Lógica formal para seguir este raciocínio.
Relativamente a este assunto, estamos a assistir a uma colossal barragem de “artilharia pesada”, em termos de propaganda oficiosa do Poder, que poderá fazer tombar fácilmente os mais raquíticos, em termos cognitivos, mas que resvala completamente na blindagem de quaisquer meninges de eficiência mediana, sem as beliscar mínimamente.
Claro que o governo pode alargar os cortes a todos os trabalhadores, MAS JÁ PODIA antes deste Acórdão do Tribunal Constitucional! A QUESTÃO É EXACTAMENTE A INVERSA: o que o governo agora NÃO DEVE é obrigar a cortes diferentes com base nesta diferenciação funcionário público/privado!
E antes de se entrar já em desvario de baratas tontas sobre “como é que agora vai ser” sem a chulice de massacrar INCONSTITUCIONALMENTE os Servidores do Estado (no activo ou aposentados) – para o que haverá seguramente múltiplas soluções, A COMEÇAR PELA MAIS ÓBVIA, que é repetir, de alguma forma, o Imposto Extraordinário do Natal passado (que até já tem a Legislação pronta a saír!) -, as primeiras reacções que este Acórdão HISTÓRICO deveria suscitar eram estas:
1ª – Qual a sanção que deve ser aplicada a quem VIOLA A LEI FUNDAMENTAL do País;
2ª – O que deve exigir-se a quem, tendo jurado cumprir e fazer cumprir a Constituição da República, permitiu que ela fosse GROSSEIRAMENTE IGNORADA EM SEDE DO ORÇAMENTO DO ESTADO;
3ª – Como IMPEDIR EFICAZMENTE QUE O VIOLADOR REINCIDA!
Como Cidadão, na plena posse dos seus direitos de cidadania, casado, Pai de dois menores e Técnico Superior da Administração Local há mais de vinte anos EXIJO UMA RESPOSTA SATISFATÓRIA E IMEDIATA A ESTAS QUESTÕES CRUCIAIS!
Muito obrigado, João Viegas!
Safa, que isto de lutar contra o megafone da desinformação e da propaganda mediática não é tarefa fácil…
A indigência intelectual, parcialidade ou ambas da quase totalidade dos jornalistas é aflitiva. Escapam uns quantos que pensam pela própria cabeça e fazem jornalismo com base em factos (e não noutras noticias e opiniões).
Olha que ovo de colombo. Em vez de andarem sempre a procurar o mesmo financiador – que já paga MUITO MAIS impostos que os mártires do Estado, porque é que não puxam para este tipo de soluções?
Pronto, agora a seguir vêm os nomes feios…mas sabem que mais? As meninges inteligentes deviam perceber que não é matando a galinha dos ovos de ouro que nos safamos.
Nem misturando alhos com bugalhos…
convém não esquecer que não há funcionários públicos no desemprego. e temo que mesmo os empregados também não estão no desemprego. também não recordo algum desmpregado ser cumulativamente funcionário público. ou mesmo ser empregado. enfim, ando esquisito, ultimamente.
Convém não esquecer é que muitos dos atuais desempregados só foram empregados na Função Pública, para desmisitificar esse mito colossal que pretende serem todos os Funcionários Públicos vitalícios.
Há já quase uma década que foram extintos os famosos “quadros” e que os então ditos “efectivos” (que eram na prática vitalícios, ou quase) foram todos desqualificados para “contratados a termo incerto”, o que alterou drásticamente as condições em que tinham sido admitidos. E que desde então se passou a poder entrar para a Administração Pública com contratos a prazo (“termo certo”), já para não falar de todos os precários, que estiveram anos e anos a “recibo verde”.
Mas é lamentável que tudo isto venha agora à colação a propósito de uma escandaleira, essa sim merecedora da mais violenta indignação, que é termos aprovado um Orçamento de Estado com NORMAS INCONSTITUCIONAIS!
Com este (des)governo já deixámos bem para trás a Madeira: estamos claramente ao nível da Guiné-Bissau.
Tinha achado espatafúrdia a proposta de colocar na constituição um limite ao défice do orçamento de estado. Depois de ouvir esta intervenção de Isabel Moreira até já acho uma muito boa ideia. Indispensável mesmo.
e em marcha forçada a caminho de angola
Marco Alberto Alves,
exactamente: não misturar alhos deste tipo ,
“chulice de massacrar INCONSTITUCIONALMENTE os Servidores do Estado (no activo ou aposentados) – para o que haverá seguramente múltiplas soluções, A COMEÇAR PELA MAIS ÓBVIA, que é repetir, de alguma forma, o Imposto Extraordinário do Natal passado”
com o “bugalho” que apontei, que `E MUITO MAIS ÒBVIO. Enfim. São opções. Uma passa por uma visão global de sustentação da economia e do emprego de todos, outra por uma defesa de interesses de classe. Curiosamente, as vozes alternativas que vêm da Europa vão no sentido da primeira. Devem ser todos deficientes da meninge.
Finalmente, quando dizes “Convém não esquecer é que muitos dos atuais desempregados só foram empregados na Função Pública”, eu digo, se esses são muitos, os outros são incontáveis(1 para 1000?) e todos os dias são mais umas centenas. Não brinques com a desgraça, esquece os interesses de classe por um segundo. Por uma questão de respeito.
Eu nunca achei “espatafúrdia” (sic) coisa nenhuma, nem sequer acho estapafúrdia a colocação na Constituição, ou no Regulamento do meu Condomínio, um limite ao endividamento do Estado, das Empresas Públicas, das Entidades Públicas Empresariais, das Empresas, dos Bancos, das Famíglias e dos próprios indivíduos e outros galuchos.
“Classe”? Mas qual “classe”, porra?!! “Respeito” a quê, canário?
Falando só dos alhos, responde-me lá tu, usando as meninges, em que é que a injustiça de cortar RENTES os Subsídios de Férias e de Natal a um Servidor do Estado – Médico, Jurista, Arquitecto, Engenheiro, Juiz, Militar, Professor (ou a um Economista da CGD…) – e deixar um profissional equivalente (com qualificações idênticas e igual tempo de serviço) incólume, só por trabalhar na “privada” – Microsoft, BP, McDonald´s, ESSO, Auto-europa, BCP, Sonae, Deloitte, Banco de Portugal (pois…), etc., em que é que essa flagrante discriminação AJUDA EM QUE QUER QUE SEJA A SITUAÇÃO DOS DESEMPREGADOS (ou de quem tem os Salários em atraso…)????
E quem é que te disse a ti (talvez o Ant.º Barrete?) que os desempregados ex-Funcionários Públicos (nomeadamente os que estiveram contratados a termo certo e não viram renovados os seus contratos) são assim em tão pequena proporção face ao total e, em todo o caso, O QUE É QUE ISSO ADIANTA À QUESTÃO?
Andas a ver muito a sic a e tvi, ou a ler o correio da manha, só podes…
Já sei: trabalhas na privada e o que é “bom” para os fp’s (filhos-da-puta?), já não o é para ti, é isso? Pois, bem me parecia…
Passa lá umas boas férias e diverte-te, que as da minha família este ano vão ser em casa.
oh alves! a função pública é só dótores, engenhocas, arquitécticos, profes e coronéis? os que dão serventia são alugados a prazo, não ganham pró desodorizante e só servem pra foder as estatísticas. se continuas a argumentar assim nã tarda tô a dar razão a quem paga o teu ordenado, os privados.
Isso é para responder? Caso seja, faço então o boneco.
Sabes quem mais poder de compra perdeu desde que começou a crise?
Sabes de que forma essa diminuição do poder de compra se reflectiu na actividade económica?
Sabes que por causa disso, dezenas de empresas fecham por dia, criando, lá está, mais desemprego no privado?
Sabes com certeza que o sector privado é constituiído em 96% por PMEs e não pelas multinacionais que enuncias?
Sabes que o salário médio da FP é superior ao do sector privado, onde temos já muitos casos que nem ordenado mínimo ganham?
Sabes que a carga fiscal sobre os trabalhadores privados é superior à dos públicos? E que mais uma sobrecarga deixa o negativo à vista?(acho que já está)
E se sabes tudo isto, como tens a lata de vir insultar quando se propõe uma coisa tão básica em termos de exigência de equidade como aquela que referi, como seja taxar especuladores, fortunas, transações bilionárias com impostos extraordinários em vez do imposto cego dos 50%)? Fica-te lá então com a tua solução mágica (e inconstitucional, não seria?)
P.S. Se estás com inveja dos empregados da McDonalds, por exemplo, troca. Eles não iriam dizer que não.
ó meu paspalhão ignorante e pestilento dá lá razão a quem tu quiseres mas não iludas os incautos com a tua colossal burrice: os Funcionários Públicos que vencem até 600 euricos por mês não levam cortes de subsídios, ouviste ó tolo? por isso este mês venceram tanto como eu, ó parvalhão
e entre 600 e 1100 euros o corte é progressivo, só sendo total a partir deste valor, compreendes? ou pensas que se os que ganham ainda mais mal do que aqueles que te fazem comichão na molécula tivessem sido cortados, este governo ainda cá estava?
tanta ignorância à solta onde menos se espera, caralho, até mete dó…
Só disparates, estás a poluir a discussão. Fica lá com a biciclete, não gasto mais latim contigo. Acho que toda a gente já percebeu menos tu e o ratax…
oh alves! concordo com a caracterização e adjectivação que acabas de me fazer, mas não respondes à magna questão dos privilégios da burguesia que se apoderou da função pública e que olha com desdém quem os serve mais os privados que lhes pagam os ordenados. achei piada a esse novo conceito de distribuição de títulos académicos em função dos ordenados, o relvax podia ter-se lembrado disso se fosse tão quadrado como tu.
em nome da economia e da eficácia financeira, punha os trabalhadores da McDonald’s a atender utentes nos hospitais…
uma educação autodidata…
o estado nacionalizava as agências funerárias…
e mais uma ou duas ideias, e isto era um país de superavits..
Ignatz, não sei se foste abrangido, mas eu acabo de ser despedida com justa causa (de acordo com as actuais regras* do Código) de interlocutora do M.A.A. e sinto-me tão desolada :) , perdão, desolada :(.
*resumo: chateias-me, olho da rua.
(e vem o gajo dizer que ah e tal também já temos contratos a termo. Really? How unfair. Wellcome to the real world.)
Pois esta regra do olho da rua na hora nem tem em conta o tipo de contrato. É muito à frentex o mundo do trabalho privado em Portugal, não achas?)
É por isso que quantos menos ficam a trabalhar, mais têm de pagar pelos seus empregados – sim, eu sou patroa destes desbocados e pelos seus SSL (Sistemas de Saúde de Luxo) e etc. Agora que estou despedida, tou-me a cagar, posso falar à vontade.
Estado =Segurança Social: reformados, pensionistas, RSI, desempregados e outros;
Estado= serviço nacional de saúde;
Estado= educação;
Estado = PPP
Estado = IPSS ( sim, mete lá muita massa)
Estado= Defesa Nacional;
Estado = Segurança Interna;
Estado = etc.e tal
o Estado é uma prerrogativa de países ricos:acabem-se com estas mordomias.
cada um por si e deus por todos, seria uma bela divisa para hastear num barrote lá para os lados dos montes hermínios;
agora essa de entrarem para a função pública só porque em concurso público (certamente abertos a pedido dos próprios) se armaram em sabichões…tstststs…
os melhores ficaram de fora;
certamente existem por aí muitas RELVAS daninhas;
organizem-se…continuam a admitir..digitem CEAGP no google…
abram os olhos…
jorge cid,
que disparates, atina lá. Todas essas funções são necessárias. è preciso é que o dinheiro do país (pobre, de facto) que serve para isso seja bem gerido e sirva para isso e não para as gorduras que teimam em aumentar e também para privilégios e regalias irreconciliáveis com o poder de financiamento da sociedade em questão. Para não se chegar, qualquer dia, ao absurdo de se concluir que se a sociedade não consegue sustentar esse regime de excepção, então é porque a sociedade é inconstitucional.
Val,
pergunta simples;
porque é que o mesmo video posto pela Isabel teve 3 comentários e posto por ti vai em 24?
Ola,
So de passagem, não deixo de notar que a nossa propensão para apreender a realidade sob o prisma de um épico Benfica-Sporting atinge por vezes proporções absurdas.
Sugiro que a Edie e o Ignatz percam 15 minutos a ler o acordão, que esta disponibilizado no ultimo post da Isabel Moreira, e que o façam atentamente na parte em que esta explicado porque é que a medida é contraria ao principio da igualdade perante os encargos publicos. Vão ver que as preocupações que eles exprimem estão la contempladas. Se, apos leitura cuidada, continuarem a achar o raciocinio criticavel, procurem demonstrar porquê. Assim, ao menos, vão com certeza aprender algo, e nos também…
Se estão preocupados com o facto de os funcionarios terem tendencialmente maiores rendimentos do que os assalariados do privado (o que é um facto, que se deve à diferença na qualificação média dos empregos num e noutro caso), cabe talvez lembrar que foi inventado ha muito tempo um instrumento, perfeitamente compativel com o principio de igualdade, que permite adaptar às suas capacidades respectivas os sacrificios exigidos aos cidadãos para suportar o erario publico : chama-se este instrumento “imposto sobre o rendimento” e costumamos ouvir falar nele pelo menos uma vez por ano.
Boas
oh viegas! e o acordão serve para quê? para nos pôr a dormir, talvez. topa-se à distância que és funcionário público bem pago e com pouco que fazer.
viegas,
obrigado pela sugestão mas já li e até transcrevi part e aqui. Refere o facto de outros cidadãos, com outras fontes de rendimento, não estarem sujeitos aos cortes dos subsídios, sustentanto nisso a inconstitucionalidade. Viola os princípios de igualdade e proprocionalidade. O que eu digo é que deviam comparar os FP com esses tais outros cidadãos com diferentes fontes de rendimento em todas as vertentes que constituem a igualdade, porque se o fizessem, verificariam, que mesmo assim não estaria violada a igualdade nem a proporcionalidade.
Esses dados que dizem que os FP têm habilitações superiores aos do privado são do sec. XIX, em que era preciso saber ler para ser FP. Hoje o crivo para o privado é muito mais apertado, quanto a quadros.
E mais: eu sei que tenho pagar o Estado, não sei é porque é que o Estado não tenta pagar-se um pouco a si próprio. Porque é que eu tenho de pagar o SNS, mais o seguro de saude de luxo dos funcionários, mais as condições espectaculares de reforma, mais o alargamento a não sei quantos familiares e para-familiares? Porque não hão-de descontar do seu ordenado um pouco mais do que 1,5% para o efeito? Porquê este desequilíbrio de benesse e regalias que a sociedade já não consegue pagar?
edie, não ligues, os quadros do leodolfo picanço ficam histéricos quando lhes mexem na compartipação dos tratamentos com algas marinhas e outros grãos de pó a que se julgavam imunes. mais umas manifes para os privados pagarem em impostos e serviço.
João,e a reforma sobre o ultimo salario na função publica? porque não deram esse estatuto ao privado? e a garantia de emprego para toda a vida? Um boa maneira de diminuir a divida era voltar com a bobine atras e ir buscar 10% da reforma a todos os os servidores do estado a partir de um determinado vencimento que estão nessas condiçoes e com menos de 40 anos de serviço.No privado para se ter 80% era preciso ter 40 anos de serviço. .Ninguem pega neste tema porque mexe com muita gente grauda.É inconstitucional? pode ser mas era justo.Muitos ao reformarem-se com 25 anos de serviço ou pouco mais,ainda tem disposição para ir dar aulas para os colegios privados,ganhar sem pagar impostos e tirar emprego a mais de 10000 jovens professores.Que fazem os partidos para resolver isto? e a fenprof nada? Mario Nogueira já deve ter emprego garantido como o reformado Carvalho da Silva,agora prof. da “prestigiada” Lusofona.João esta minha intervenção nada tem a ver com o post,ou com a validade dos seus argumentos.Aproveitei a boleia para desabafar ok.
Cara Edie,
Vamos por partes, devagarinho, que vamos chegar la com certeza :
1/ Se achas que é justo os funcionarios publicos serem os unicos a suportar a medida por terem rendimentos mais elevados, estas a fazer uma confusão simples : o facto de serem funcionarios não acarreta por is so uma diferença de rendimentos que justifique a medida. Basta pensar que existem trabalhadores do privado com rendimentos muito superiores aos de qualquer funcionario publico. O que é que justificaria, então, que estes ultimos não fossem submetidos à medida ? Se o critério é o rendimento, reparta-se o peso da medida entre todos (funcionarios e não-funcionarios), em proporção dos rendimentos, critério objectivo, justo e perfeitamente admissivel legalmente. Isto é simples : abre o teu dicionario nas entradas “igualdade” e “proporcionalidade” e volta a ler o acordão.
2/ Os empregos da função publica caracterizam-se hoje, e não apenas no século XIX, por um nivel de qualificações superior EM MEDIA aos empregos do privado. Basta pensar, por exemplo, no numero de professores que existem na função publica para perceber isto. Esta realidade não significa que os empregos sejam necessariamente diferentes no publico e no privado (ha professores que trabalham como assalariados de direito privado), nem muito menos que os empregos da função publica sejam mais bem pagos do que os empregos comparaveis no privado, significa apenas que a percentagem de empregos qualificados (mais bem pagos) nos serviços do Estado é maior do que a percentagem desses empregos no sector privado (ou mais propriamente fora da função publica). Portanto os funcionarios (considerados de forma golbal) não auferem melhores rendimentos porque sejam uma casta de privilegiados, mas apenas porque ocupam (tendencialmente, em média) empregos mais qualificados. Alias, como muita gente sabe, nos postos de maior qualificação os funcionarios publicos recebem tendencialmente menos do que os profissionais que lhes podem ser comparados no privado. Isto ainda não é tão obvio em Portugal como noutros paises desenvolvidos, mas caminhamos para la seguramente.
3/ Finalmente, pelas mesmissimas razões que as que fundamentam o acordão, ou seja em virtude do principio de igualdade dos cidadãos perante a lei e perante os encargos publicos, os empregos da função publica são providos por concurso. Isto garante que todos os cidadãos possam aceder a esses empregos em função exclusiva do seu mérito, critério perfeitamente admissivel à luz do principio de igualdade. Contrariamente aos trabalhadores do privado, as suas condições de trabalho e as suas remunerações são estabelecidas por lei, pelos nossos representantes, apos ponderada consideração dos custos, das incidências para o Estado, dos salarios comparaveis no privado, etc.
Mas enfim, sei que estou aqui a gastar saliva para nada. O “Estado”, em Portugal, não tem nem nunca teve nada a ver com os cidadãos. E’ um monstro hediondo, de 25 metros de altura, com escamas verdes e dentes enormes, que nos vai comer se não dermos tudo ja ao nosso benemérito salvador Abençoado Senhor Santo Salazar de Sebastião Segundo.
Boas
Boas
Só um exemplo do que disse atrás: e o autarca ainda diz que é uma situação normal entre os restantes colegas…Pois é esta normalidade que sai cara, muito cara.
http://expresso.sapo.pt/macario-afinal-pediu-duas-reformas=f738089
edie, diria que tal se deve ao facto de o vídeo estar ainda mais acessível e ser ainda mais relevante à medida que vamos assimilando o que lá se diz e reflectindo nas questões em causa.
É capaz, sim.
Thanks
por algum motivo, o meu primeiro comentário de resposta ao Viegas não seguiu. é simples de resumir: não discuto credos e crenças.
Boas boas
agora temos o chefe da banda, aka escadote jurídico, armado em faroleiro político dos direitolos. deve sonhar com uma reforma de comandante à azevedo soares, o cacilheiro.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=69936
João Viegas,
obrigado pela clareza (e pela pachorra…).
Parece impossível, mas no reino dos justiceiros implacáveis, pelos vistos, há muito quem ache “justo” um Funcionário Público (ou, pior ainda, um Pensionista do Estado!) que aufira 1101 euros por mês ser roubado no exacto dobro desse valor, num só ano, e um qualquer empregado numa Empresa privada, que vença mensalmente o mesmo valor, ou o dobro, ou o triplo, ou dez ou vinte vezes mais (que os há, sobretudo na Banca), continue alegremente a disfrutar dos seus devidos (porque realmente o são) 13º e 14º meses.
Lamento, mas enquanto não se entender isto, não se pode passar à matéria seguinte.
oh alves! não são os ordenados do privado que contribuem para o déficite do estado ou pretendes aumentar os lucros do sector privado e baixar as receitas fiscais e contribuições da segurança social? e depois há o problema das sopeiras começarem a contratar quadros da função pública para amas secas ou mesmo limpezas caseiras enquanto se desdobram em sucessivos part-times laborais, para não falar nos ganchos televisivos e outras avenças na pasquinada.
Vamos lá a ver, os ordenados “do privado” podem não contribuir forçosamente para o défice do Estado – embora até contribuam mesmo, se forem pagos por baixo da mesa, fugindo ao IRS e às contribuições para a Segurança Social! -, mas de certeza que contribuem para o défice dos particulares (Empresas e Famílias), QUE É AINDA MAIS GRAVE DO QUE O DÉFICE DO ESTADO (embora o correio da manha tente esconder esta realidade comezinha)! Só isso já é um efeito bastante negativo.
Porque os ordenados “do privado” acima dos 1100 euros, ao manterem intactos os 13º e 14º meses, continuarão a ter os efeitos nocivos, PARA TODOS NÓS E PARA O ESTADO, de continuarem a pressionar as importações (bens de luxo, etc.) e, de um modo geral, a própria inflação, com evidente desvalorização prática dos salários que lhes são inferiores.
Ou alguém com dois dedos de testa imagina que o Imposto Extraordinário do Natal passado, no sector privado, significou que o dinheiro que foi colectado aos trabalhadores ficou nas mãos… dos patrões (como se depreende desta magistral tirada “(…) pretendes aumentar os lucros do sector privado e baixar as receitas fiscais e contribuições da segurança social?”!)? Cada vez me espanto mais com o nível de conhecimentos de certos comentadores…
Acrescentar a «salários que lhes são inferiores» também as reformas, os subsídios (incluindo o de desemprego), as prestações sociais, etc., evidentemente…
E bom fim-de-semana.
atão aqui na musgueira tropeçamos em rolls em cada esquina e o cheiro a patek philippe é insuportável. oh alves! se o fisco aumentar o saque para 10 meses de ordenados na privada até pode pagar 15º mês aos funcionários públicos e se calhar até reduz o déficite, mas aumenta a despesa pública. percebes ou careces de boneco interpretrativo. porra! já eram horas de aprenderes que o mundo não gira à volta do umbigo das carraças públicas.
(para todos não, para os do privado,que é para não se porem a comprar coisas em vez de transferir o resto da massa para o mamute estatal).
1.100€ é o limite camaradas, lutemos por esta causa.
E ele a dar-lhe! Ó bonecreiro, vê lá se ressacas de vez e acordas para a realidade dos factos: se o Fisco fizer em 2013 um saque aos trabalhadores do sector privado igual AO QUE FEZ EM 2012 aos Reformados, aos Pensionistas e aos Servidores do Estado (e já vi que continuas a não querer ver este canto do “boneco”, apesar de bem grande!), a despesa pública não aumenta em nadinha de nada (se quiseres, impedes é que ela se reduza de uma maneira legalmente INVÁLIDA), mas por outro lado aumenta a colecta, PORRA!
Já eram mas é horas de tu meteres essa rabeca no saco e perceberes que o importante mesmo é a tal colunazinha da DIFERENÇA, RESTO, OU SUBRACÇÃO – intitulada DÉFICITE ou lá aquilo que tu quiseres -, e não o diminuendo, nem o diminuidor, em si mesmos, compreendes? Ou só consegues ver os “bonecos” aí no teu livrinho aos quadradinhos?
Vai chamar carraça ao piolho que tens acima da única meninge activa e deixa lá de te preocupar com os umbigos dos outros, com indisfarçado medo de que eles ainda te vão cheirar o teu cu gordo…