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Talvez seja aqui que Eduardo Lourenço foi mais profundamente incompreendido, só por ter tido a bondade e a delicadeza de não nos desmentir quando lhe oferecemos o papel de intérprete da nossa portugalidade. E logo a ele, que sobretudo quisera abalar a insegurança da nossa identidade mítica. Com aquele sorriso de quem viveu muito e atravessou com o seu pensamento "selvas, mares, areias do deserto" (como dizia o seu querido Antero), Eduardo Lourenço deixou-se levar para essa imagem de áugure nacional, com a ironia de quem sabe até ao fim a funda irrisão de todas as imagens que deixamos.
felizmente é de borla , como sempre a pub a enganar o consumidor. não teve tomates para ser cristão ? não teve tomates para ser marxista ? nem todos chegam a Liev Tolstoi , é preciso deitar muita coisa fora para se ser coerente.
o Pessoa indisciplinador de almas ? que seria então Aquilino comparado com esse soporífero ?