Um dos programas mais simpáticos da rádio portuguesa é o A Playlist de… na TSF. Os convidados trazem as músicas da sua predilecção e apresentam-nas em registo biográfico e/ou informativo. O resultado é uma viagem emocional e intelectual à interioridade – tanto a diacrónica como a sincrónica – de variadíssimas figuras públicas. No exemplo que realço, o da Carla Maia de Almeida, tive um duplo prazer acrescido ao prazer do todo: a recordação das calças à betinho e do estilo de dança respectivo, fenómeno folclórico do princípio da década de 80; uma canção e uma intérprete inesquecíveis – estas mesmo aqui por baixo.
High quality.
Curiosamente, o poema, sendo mais recente (200?), prova que o etéreo dos anos 80 veio para ficar.
pois eu preferia o “quando o telefone toca” do matos maia porque apesar de poder dizer o meu nome era mais anónimo e só tinha direito a um tune enquanto que a playlist é um massacre de cantigas e paleio metido a martelo feito por uma agência de comunicação para o convidado promover a imagem. as excepções a isto são os expontâneos nunos fernandes thomazes que dão vontade de rir pela bravura taurina com que pegam o programa, porque os outros foram todos tocados na infância por chupetas brel & babetes thelonious monk o que dá vontade de chorar. a carla maia não conheço e não ouvi a tal playlist, mas é mais ò menos como diz a edie, um disco de 2008 encaixado nas memórias de 80, só se for para dar ideia que já sofria de ansiedade antes de conhecer a aninhas. e bora lá com playlistz.
http://www.youtube.com/watch?v=srWOlCnY0K0
Só para esclarecer os esclarecidos: a referência aos anos 80, por via das calças e dança à betinho, nada tem a ver com a Little Annie e sua canção – nem nas palavras da Carla nem em nada de objectivo na música.
A referência cruzada fi-la eu “Curiosamente, o poema, sendo mais recente (200?), prova que o etéreo dos anos 80 veio para ficar.” E acho que a canção tem que ver, sim. Mas não nego a coincidência…
http://www.youtube.com/watch?v=Jvb0-Fm98qI
(isto não é um esclarecimento)
Pois, subjectivamente vale tudo.
Claro. A subjectividade é livre, assim como a arte. Complica-se um pouquito quando se acha que a nossa objectividade tem de ser esclarecida perante subjectividade do outro, o que também vale.
as calças à betinho, imagino-as curtas e afuniladas e a dança assim meia aos saltinhos curtos também. até já te consigo imaginar, Val.:-)
é a minha década musical preferida, a de oitenta, e tudo o que veio a seguir foi, e é, para mim, revivalismo ou chungaria.
é uma canção óptima para se ouvir numa estrada secundária do alentejo no verão com o cheiro dos pinheiros e da areia por perto.
:)
http://www.youtube.com/watch?v=3h45a1YEYFE
:)
http://www.youtube.com/watch?v=IINq_INMOH8&feature=related
ignatz,
pegando na tua deixa, esta paródia faz falta. Olha que pôr o coelhito sincronizadíssimo com a música, com os meios da época, não é brincadeira, mas tem muita graça
http://www.youtube.com/watch?v=vm-Ige8x3X4&feature=related
:)
http://www.youtube.com/watch?v=ekL7o8BQkZM
(olinda, a música é feita de revivalismos e recriações sobre o tema, aprende, mulher)
:)
http://www.youtube.com/watch?NR=1&feature=endscreen&v=1NCV2vmQT_4
ai que soutien redutor enfiaste nas mamas grandes e cheias e de bicos tesudos da música, edie!
(de qualquer forma, muito, muito obrigada pelos teus ensinamentos mesmo quando completamente descontextualizados e do género espirro quando lhe dá o mofo – amofodeulhe. obrigada, tens o meu apoio, força nisso.) :-)
de nada, olinda.
Aceito que é redutor, nem sempre se pode ter uma visão tão abrangente – quatro números acima – como a de considerar que música foi nos anos 80 (período excepcional em que não houve chungaria nem revivalismo musical) e o resto é treta ou teta, ou lá para onde estás virada, hoje, em questões metafóricas.
o resto é mesmo teta – para quem a conseguir apanhar. e chupar.:-)