Falando de inovação, onde está ela?

Esta é a primeira opção de fundo que temos de fazer nestas eleições. A minha escolha é clara e é essa que vos proponho. Defendo um modelo de desenvolvimento assente no investimento no conhecimento e na inovação e no combate à precariedade e ao empobrecimento.

Até amanhã, os meus melhores cumprimentos.

António Costa

O CONHECIMENTO E A INOVAÇÃO SÃO A CHAVE DO DESENVOLVIMENTO

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À terceira carta de Costa, começaram a ficar cabeludos os erros de comunicação que, também aqui, estão a ser cometidos na campanha socialista. Neste caso, estamos perante uma temática de nicho. Qual a percentagem de eleitores que dorme mal à noite por causa do que o actual Governo faz ou deixa de fazer em relação ao “conhecimento” e à “inovação”? O desempregado pensa nisso? O aposentado pensa nisso? O leitor do Correio da Manhã pensa nisso? Mesmo entre os licenciados, quantos pensaram alguma vez nisso? E mais: entre os que colocam no topo da sua hierarquia de prioridades e valores políticos o investimento em ciência e a inovação, quantos desses estarão indecisos? A estar alguém, neste grupo tão intelectualmente qualificado e tão abundantemente informado, será em relação a quê ou a quem? Aqui chegados, o problema da indecisão nestas andanças não parece fazer sentido.

Estas peças sofrem de uma insanável contradição: apresentando-se como “cartas”, o que suporia um registo coloquial e envolvente, são na prática textos de tempo de antena, apenas servindo para oferecer aos jornalistas um press release do qual se farão uns resumos e uns títulos. Não está ninguém do lado de lá das palavras a tentar falar com uma audiência de eleitores, quanto mais de indecisos. O alvo são jornalistas e o código é convencional, onde as fórmulas são redondas e ocas. Repare-se como termina a carta, proclamando uma “escolha clara” que ninguém, mesmo que leia a missiva 100 vezes, conseguirá consubstanciar em algo tangível.

Um texto pensado para ter impacto político que construísse o argumentário capaz de desfazer uma eventual indecisão nesta temática a favor do voto no PS abriria com a passagem onde se faz referência ao período de 2005 a 2008 e aos investimentos anteriores a 2011. E depois continuaria aí até meio ou nos dois terços seguintes. Porque esse é o currículo do PS, a obra feita, demonstrável nas suas intenções e resultados. Esse é o poder de fogo a usar contra uma pulsão que, a coberto do estado de emergência financeira, tem raízes num ultramontanismo larvar na direita portuguesa. Em vez disso, a carta fica-se por um discurso genérico, por exemplos abstractos e por redundâncias. É material para colóquios inúteis e plateias bocejantes.

O narrador destas cartas escreve num registo que mistura a simulação de uma oralidade, introduzindo pontos de exclamação e reticências, com a pose pedagógica, colocando interrogações metodológicas, maiêuticas. Estamos a ouvir um professor, não um político. Mas o problema maior ainda é o azar de o professor ser chato.

40 thoughts on “Falando de inovação, onde está ela?”

  1. Pronto, ja percebemos Valupi! O homem é fraco a fazer campanha, certo! E depois? Tamos a eleger alguem para fazer campanhas ou para governar? Ha alguma duvida de quem consiga fazer la um trabalho melhor? Parece-me que se esta a desviar um pouco o foco de atencao do que isto devia ser, tal como a coligacao quer, marcando mais como o PS nao sabe fazer campanhas (esse ponto fulcral no tecido social/economico portugues) do que quem pode fazer mais e melhor por nós.

  2. Joao, discordo. Estamos a eleger partidos para a Assembleia da República. E o voto é dado às propostas que apresentam.

    Só para os fanáticos é que se vota num nome, independentemente do que diga ou faça.

  3. Não estou de acordo contigo na parte de que achas que a inovação e o apostar na ciência só está do lado do próprio pessoal que a faz. Há grandes partes da população que pensa que este é o caminho a seguir, combatendo também a precariedades. Que critiques a forma , tudo bem, agora o conteúdo é do interesse e apoiada por uma boa parte dos votantes. Se aqui se inserem indecisos já não consigo responder.

  4. porque é que este perfil denominado “Valupi” não coloca aqui textos de candidaturas que no entender desse perfil são melhores que a do dr. costa?

  5. Sim Valupi, o voto é dado às propostas que apresentam (e que nao apresentam), mas a nao ser que a diferenca de apresentacao seja entre um Julio Isidro vs Homem Canhao nao entendo todo este valha-me deus. Ate agora o unico partido a cumprir as regras de “propostas na campanha” foi o PS nao foi?

  6. agora imaginem um cata-vento acoplado numa cabeça que pensa por si própria. deve rebentar os fusíveis de qualquer central eólica.

  7. ai que texto magnífico! uma carta tem de chegar ao coração ainda que deva ser usada, o que não está a acontecer porque 90% das pessoas que supostamente têm a seu cargo a arte da escrita nem sequer sabe o que é, pontuação intelectual. mais: as reticências são pontuação vazia.

    a I&D é um assunto importantíssimo, sim, e por isso merece que se derreta toda a massa gorda sobre o assunto – mas não para falar ao coração ferido do povo. o povo quer a esperança, carga que já pesa por demais, de uma vida com leveza. falem no bacalhau com todos e no fado vadio depois de um dia de trabalho, foda-se!

  8. Sabe-se (apesar de a direita tudo fazer para esconder o facto) que a grande aposta (ganha) do governo Sócrates foi precisamente no conhecimento e na inovação. E este era e continua a ser o caminho certo para o desenvolvimento sustentado do país. O programa foi violentamente interrompido. Esta carta de Costa pretende pegar no assunto, mas a medo, para que a grande coligação negativa do PEC IV não lhe caia em cima com o peso do preso Sócrates. Mais que qualquer outra mensagem, a que fica é a admissão da responsabilidade do PS -Sócrates pela bancarrota e, coladinha a esta, a presunção de culpabilidade do ex-PM-PS na Op Marquês. A grande coligação anti-PS deve andar a rir às gargalhadas com a estratégia do PS desde 2011 até hoje. As apostas preciosas dos governos Sócrates, e que deram frutos para estes governantes colherem, são tratadas nestas cartas aos indecisos como se nunca tivessem existido. A narrativa da direita venceu em toda a linha, tanto em Seguro como em Costa, embora para vergar e estarrecer Costa tivessem de criar a Operaçâo Marquês. Aqui chegados, meus amigos, só nos resta dizer “seja o que Deus quiser”. Maior indecisão não há.

  9. Este texto do Valupi constitui mais uma excelente peça de critica absolutamente legitima.Contudo, se dúvidas houvesse sobre a pertinência das questões suscitadas pelo comentário de “joão”, atenda-se ao “ensurdecedor silêncio” dos habitués da direita de serviço ao Aspirina.

  10. Anónimo, pode ser que “grandes partes” da população pensem tal, mas não saberias medir a sua grandeza e, para o que importa no meu raciocínio, é muito provável que não tenham qualquer indecisão a respeito. Só o PS é que inscreveu na sua cultura política, por causa de Sócrates, a paixão pela ciência e pela inovação. E tal foi feito não apenas, nem principalmente, com discursos, mas com políticas, dinheiro.

    O que me interessou na análise desta carta foi aquilo que Maria Abril realça: o paradoxo de o PS não capitalizar na excelente, magnífica, e sustentada em factos, bandeira da ciência e da inovação.
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    Joao, poderás ler estas análises de um outro ponto de vista que não esse marcado pelo sectarismo ou tribalismo. Por exemplo, o enfoque no PS e em Costa pode estar a nascer do interesse em vê-lo chegar ao poder – daí, a crítica construtiva (embora implacável, ou por isso mesmo).

  11. nem todos têm jeito para a escrita.há que assumir.os assessores tambem servem para isso.um boa carta,ou seja inteligente,vale a pena escrever,se não for assim o melhor é ficar-se pelos beijinhos e abraços,campo onde costa soma muitos pontos,pois é efectivamente uma figura que se gosta e inspira confiança.

  12. A carta enquadra-se numa «estratégia» que não é estratégia. É só apenas um fardo de palha para quem gosta de pensar que o candidato dá importância ao seu eleitor, dando-lhe algo à ponderação. O homem teve tempo para durante o governo de PCoelho ter feito «pontos de situação» sobre a política daquele e contrapôr-lhe a sua resposta.
    Só um tipo que não respeita os seus eleitores – ou os apouca – enveredar pela falta de originalidade, pela «trolhice linguística, buscando «os brasis e as especiarias dos descobrimento».

    Esta malta fala da «precariedade», opondo-a ao vínculo definitivo laboral, como se este fosse essencial ao desenvolvimento de um país. Isto lembra os contratos de arrendamento antigos, a maioria antes do RAU, em que os inquilinos, com mais posses económicas que os locadores, exigiam destes reparações inconcebíveis para o preço pago. Porém, pimba, escoravam-se no contrato e no fim deste, exigiam, etce, etce, até que veio o RAU e a partir daí o que é público. Países como os Estados Unidos não se fiam em regimes de trabalho baseados em contratos como se pretende em Portugal. Por isso, também o trabalhador produz para manter o emprego. Em Portugal, a coisa é diferente – é o «trabalhador só direitos, sindicatos» e «subsídios»…Para não falar no CT aprovado na «era sócrates», que, se seguirmos o que o Tony vem agora invocar, abriga no seu articulado o que os xuxas vêm agora invocar.
    Xuxas e Xoxos. Uma vergonha de mentalidade. Tanto cegueta, pás. Então, não conseguem vê-los? A palavra é vossa…

  13. E o mais espantoso é quando um candidato refere que o conhecimento e a inovação são a base do desenvolvimento. Este gajo GOZA. Primeiro COPIA as ideias de Pedro Santana Lopes quanto ao manifesto que este fez há uns anos atrás sobre pe a costa marítima portuguesa. Não gera nenhuma inovação, porque simplesmente faz a sua campanha à volta do tradicional medíocre ( na verdade, péssimo), com erros de palmatória ostensivos, arredando-se de MOSTRAR MEDIDAS NOVAS e NÃO COPIADAS! A coisa é de tal modo que até OBAMA, esse comuna, traduz Portugal como TRASH. E, para quem não sabe, o gajo é assessorado por um outro, filho de alentejana e açoriano! Eu faço ideia o que este não diz do seu próprio País. Quando um dia OUVI um juíz dos Estados Unidos dizer o que achava de Portugal, filho de pais humildes, nascidos numa aldeola portuguesa, caíu-me o coração aos pés! Para não falar de um motorista em S. Francisco que não aceitava ser CONSIDERADO português apesar de filho de pais portugueses.
    Vêm-me estes COMUNAS, XUXAS falar de DIREITA e ESQUERDA, quando DESCONHECEM o que é ser português e que os PROBLEMAS são de todos e não de uns, que a solução é pedida por todos. Patriotismo MY ASS, pás.

  14. Desculpem lá esta divagação, mas , não resisto
    No PUBLICO.
    http://www.publico.pt/sociedade/noticia/os-novos-assistentes-operacionais-das-escolas-podem-vir-a-ser-tratados-por-doutor-1706196

    Alguns dos novos funcionários das escolas podem ser tratados por doutor
    Graça Barbosa Ribeiro
    28/08/2015 – 07:36
    Com o vagar imposto pela burocracia, os concursos para seleccionar os novos assistentes operacionais que tanto vigiam os recreios como limpam os WC já arrancaram em muitas escolas. Sem surpresa, os directores vêem chegar currículos de licenciados
    ******
    E a minha questão é, independentemente de se andar a estragar gente com excesso de habilitações para a função, quando é que um licenciado passou a poder/dever ser tratado por “doutor”?
    Desde o Relvas ? Para garantir o titulo ao Relvas ? Nah…. Para mim, isto é mais para encobrir jornaleiros avençados. Qualquer dia temos que, para citar os doutores, distingui-los por “doutor de anel” como nas telenovelas brasileiras !

  15. “Para não falar de um motorista em S. Francisco que não aceitava ser CONSIDERADO português apesar de filho de pais portugueses.”

    eheheh… qualquer táxista do cais xudré diz isso, não é preciso ir a s. francisco. mas o que o francisco expert tinha necessidade de afirmar é que já esteve na califórnia, apanhou um táxi para anaheim e foi parar a san diego.

  16. Fifi,

    Ai não? Suponho que Portugal é um exemplo para os EUA?
    Então, diga lá, porque é que não são exemplo para ninguém?

  17. As “cartas” de Costa estão a parecer-se com a velha estória do;. O Menino,
    o Velho e o Burro! Nunca saem bem é tudo ao lado … será mesmo ? Ou tudo
    não passa de má vontade contra o “presumível” autor dos textos ?
    Poucas pessoas votam com conhecimento dos programas dos partidos, a
    grande maioria vota nas caras dos candidatos por isso, há muito que defen-
    do eleições uninominais, o resto é o blá-blá-blá de circunstância!!!

  18. IGNORANTEZES, pá, gajos como tu lá, andam nos esconsos dos jardins, nem sequer se «conduzem» pela autoestrada. E com o teu sentido de kilometragem internética, até pensam que anaheim é já, já, ali à esquina. Chamamos a esses personagens «hillbillies» ou «rednecks». Ambos te ficam bem, claro.

  19. Ia dizer qualquer coisa, mas, mais uma vez, a Maria Abril disse quase tudo. Obrigado, amiga Maria, por me poupares os dedinhos.

    Joao e enapa, parece-me que o problema que o Valupi levanta não tem tanto a ver com a bondade da mensagem do Costa, ou a pertinência do conteúdo, mas mais com a eficácia da fórmula escolhida, cuja inabilidade poderá ter como consequência a manutenção da quadrilha do pote no poder ou, no mínimo, uma vitória de Pirro do PS que o “obrigue” a concessões à direita num eventual governo minoritário. Pelo que me toca, suspeito que a aparente inabilidade comunicacional de António Costa seja deliberada: o homem não quer mesmo ganhar as eleições ou, ganhando-as sem maioria absoluta, estará a arranjar, por antecipação, álibis para o que fará ou deixará de fazer.

    E agora, directamente da copa de uma oliveira raquítica, um pouco de poesia mariológico-pastorícia:

    O cegueta é um fedor
    E fede tão intensamente
    Que a peçonha do estupor
    Faz vomitar toda a gente.

    Oremos.

  20. Para quê insistir? Valupi nunca perdoará a António Costa e ao PS a atitude tomada em relação a José Sócrates e ao proceso judicial que o persegue. Infelizmente, ele nunca admitirá que está ser simplesmente sectário e nunca mudará de posição, embora vá afirmando muito baixinho: Oxalá o PS ganhe as eleições.

  21. Já oraste ó CAMACHO?

    Então, vá, toma aí para te entreteres

    Toma lá ó Camacho
    De fedores percebes tu
    Sempre que abres a boca
    Tiras trampa do baú

    Brinca, pois à oração
    Não te esqueças de rezar
    Pecas pela hipocrisia
    És, por isso, aberração

    Vomita longe e à vontade
    Nunca passo despercebido
    Sou eu o numbejonada
    Gozando o teu alarido

    Acompanha com o teu Alfredo Marceneiro. Tenho lenços. Posso emprestar-te.

  22. E eu a pensar que “Valupi” era um blog de apoio ao PS… como a gente se engana. Apoia Socras mas não o PS. Assim vai o rato…

  23. É só bêbados no dispensário, pás. Fogo, os gajos vêm tudo a dobrar, por isso é que chamam cegueta a quem vê devidamente. Percebo, percebo…

  24. Exactissimamente amigo Joaquim Camacho! O Costa só é viável com maioria absoluta. Uma maioria relativa será facilmente apeada pelos direitolas com um moção de qualquer tipo, aplaudida a quatro patas pelo berloque e os camaradas do Bernardino. Eu penso….bem isso seria entrar na teoria da “constipação”. E para a teoria da “constipação” a Presidenta Belém ajuda com uma assesorias de panacetamol. E o pescador do costume com uns robalos para a recuperação dos doentes – NÓS – que os estômagos estão a ficar cada vez mais sensíveis.

  25. Estive a zappingar os noticiários das 20.00 e confirmei a desanimadora impressão que me vem roendo o barrigame de há tempos para cá: o António Costa está cada vez mais parecido com o Totó Seguro, até nos “crescendos” oratórios metidos a martelo perto do fim de algumas frases, completamente artificiais e deslocados, em tentativa descarada de suscitar pavlovianamente o entusiasmo e o aplauso dos ouvintes.

    Estou cada vez mais convencido de que a mudança na direcção do PS, que eu próprio, não sendo do partido, desejei, para nele poder votar nas próximas eleições, acabou por ser apenas a substituição de um incompetente cretino por um cretino incompetente. Desejo ardentemente estar enganado e que, até ao dia do voto, o homem me convença do contrário, mas a esperança é pouca, até porque, como disse atrás, ele parece apostado exactamente no contrário.

  26. No país das façanhas, das Índias, dos brasis, dos paus de arara, a inovação prossegue o seu itinerário triunfal conquanto possa continuar a mancar encostada à muleta da tradição. As alheiras, os chouriços, as morcelas, os papos de anjo e o tintol.
    O maior escândalo, de que todos pouco falam, que respeita ao mau uso e ao abuso dos fundos comentários durante trinta anos continua a ser a formação profissional. A formação profissional e a perversidade de se ter incutido e fomentado, até à exaustão do modelo, a iniciativa empresarial de produtores que nunca haviam conhecido outro modelo senão o do trabalho assalariado, nas suas múltiplas formas. Foi assim que os técnicos usufrutuários de subsídios e benefícios prometeram superar o problema crescente do desemprego, durante trinta anos.
    A questão da inovação, da ciência e do sistema de educação e ensino merece com toda a certeza estudos e análises críticas rigorosas. Estudos serenos e diligentes. Que é feito dos LEADER?
    Ultrapassar a complexidade de todo o problema, com os seus múltiplos envolvimentos, no modo e no tempo de uma campanha eleitoral é uma leviana demagogia. É sem dúvida propaganda, emitida pela literacia de uma nova classe dominante de burocratas obrigados a viver das mais valias contabilizáveis em sede projecto.
    Falta pois dizer tudo, na minha opinião, no texto do Valupi, que parece, de resto, mais entusiasta do que a carta.
    Se o Valupi não nos dá pelo menos uma ”dica” que nos permita referenciar a sua insistência nas cartas inócuas de Costa, acabará por nos convencer de que talvez tenha sido preterido ou excluído na adjudicação da campanha de propaganda do PS.
    Achei por bem chamar a atenção do Valupi para o que todos possam pensar mas não dizem.

  27. Exmo. Senhor numbejonada.
    Regressei há muito pouco tempo da Cova da Iria. Fui acompanhar a Senhora Minha Mãe, uma quase centenária. Comprei uma medalhinha com uns dizeres – Em Fátima rezei por ti – . Quer que lha deixe no balcão da Versailles. Terei muito gosto.
    Com os meus melhores cunprimentos
    Jafonso

  28. Caríssimo amigo jafonso,

    Desconhecia o teu honroso parentesco com a Mariazinha Voadora, minha antiga companheira de loops, rapadas, cambalhotas e outros folguedos em parapente e asa delta na Cova da Iria. Atrevo-me a sugerir que nos encontremos os três na Versailles para rezar pela melhoria da eficácia discursiva do António Costa. Pede-lhe que não leve um daqueles vestidos até aos pés que por vezes tinha a mania de usar, já que a meteorologia prevê bastante calor para os próximos dias. Além de que é uma pena privar créus e incréus do abençoado usufruto oftálmico das gâmbias perfeitas de que por vezes me consigo ainda lembrar, quando outra amiga, a ilustre baronesa Von Alzheimer, mo permite. Dá-lhe beijinhos meus e diz-lhe que morro de saudades.

    Saudações pastoris e mariológicas. Entretanto, porque melhor não há para fazer, oremos.

  29. O CAPIM CAGALHAÇO é aquele que vem ao dispensário criticar e louvar o gerente pela sua moderação, etce e tais. Com o texto que acima escreveu revela um NOJO de expressão ofensiva a Nossa Senhora e, evidentemente a todos os que ACREDITAM e não precisam de equações matemáticas para provar a sua existência. Não é necessário evidentemente dizer que o que o HEREGE da ÉTAR escreveu será respondido na VIDA dele.

    Quanto à patética escrita dele, que não se preocupe. Assim que eu vir entrar no local um gajo PRETO, CHIFRUDO e com uma FOICE VERMELHA, saberei, de imediato, quem é. Regra geral, o pesonagem escafede-se com a cruz. O BESTA de plantão, entetanto, não deve ter cruz. Pobre coitado, que me fazes pena. Rezarei por ti.

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