34 thoughts on “Exactissimamente”

  1. Porque é que os memorandistas antes de pedir respostas não dão as deles:

    Como é que o memorando vai ajudar a pagar a dívida se ele está a aumentar a dívida?

    Como é que vai ajudar a recuperar emprego se ele está a destruir emprego?

    Como é que vai ajudar a tirar o país de recessão se ele está a colocar o país em recessão?

    Como é que vai ajudar a recuperar a economia se ele está a destruir a economia?

  2. Val, a resposta contém certamente os seguintes ingredientes: nacionalização dos bancos, impostos sobre as grandes fortunas/propriedades, confisco de propriedades, renacionalização das grandes companhias, a que se seguiria o encerramento das fronteiras e o pedido de ajuda à Coreia do Norte ou, porque não, à Faixa de Gaza, que não exigiriam a assinatura de nenhum memorando (ah!).

  3. jafonso, Passos igual a si próprio, portanto.
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    João., memorandistas são aqueles que trouxeram o Memorando, comboio onde estás atrelado.
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    Penélope, e se desse a fome, fazia-se como na China de Mao, com as campanhas para matar ratos e pardais. A rataria e passarada toda ainda aguentaria isto por mais uns meses.

  4. Penélope, veja antes o que está a acontecer na realidade:

    nacionalização e confisco dos salários dos trabalhadores; abandono dos desempregados à sua sorte num mercado em depressão, sem criação de emprego e riqueza; privatização dos poucos recursos económicos do Estado, como por exemplo a EDP com o que isso significa de perda de autonomia do país na condução de políticas públicas de energia – tudo isto servido com grandes isenções de sacrifícios para os mamões de que tanto gostam o PS e o PSD/CDS – a banca, por exemplo. O memorandismo protege a propriedade das elites capitalistas à custa da propriedade do povo, dos trabalhadores e do pequeno e médio capital.

  5. Se nem sabes com quem conversas, não admira que também não percebas quem é que nos forçou a assinar o Memorando e quem é que fez tudo o que podia para o tentar evitar.

  6. O que é curioso é que quem não é responsável, para você, é quem o assinou em primeiro lugar – o PS. Se a troika não era urgente então não sei porque é que Sócrates a chamou com tanta urgência assim que o PECIV foi chumbado. Seria de parecer, pelo vosso discurso, que haveria ao menos condições para levar o tema a eleições, para fazer da assinatura do memorando um tema para a escolha dos portugueses. Pelo vosso discurso não seria de crer que no dia seguinte ao chumbo do pec iv o país se visse na eminência de falir, é que assim sendo, não haveria PEC que chegasse. O PEC não garantia financiamento a curto prazo com juros abaixo do que o vosso ministro das finanças considerava proibitivo – os tais 7%. A pergunta que se coloca então é porque razão o PS não quis levar a assinatura do memorando a eleições?

  7. João., é natural que coloques essas questões porque tu não fazes puto ideia do que é o Governo e quais são as suas responsabilidades. Tu achas que governar é como brincar às casinhas e que quando algo corre mal e a casa vai abaixo há uma grande risada e dá para começar de novo e assim passar uma tarde na galhofa. Já no mundo dos países, esse território que só conheces de ver em postais e que se chama realidade, a primeira obrigação dos governantes eleitos democraticamente é a de garantir a segurança e o bem-estar da população.

    Não sei compreendes o ponto anterior, mas arrisco chamar a tua atenção para um ponto de ainda maior complexidade, embora continuemos na esfera da idade mental dos 10 anos. Ora, Portugal em Março de 2011 estava sujeito a uma dupla pressão: no exterior, os mercados ameaçavam continuar a subir o preço do financiamento do Estado, o que obrigava a uma solução de curto prazo; no interior, toda a oposição e o alto poder económico e financeiro estavam unidos no propósito de boicotar e derrubar o Governo. Foi isso mesmo que fizeram através do chumbo do PEC IV, o tal conjunto de medidas que permitia continuar a governar sem perder a soberania e tentar outro caminho de acerto das contas públicas.

    Assim que o PEC IV foi chumbado, o que iria levar à explosão da subida dos juros da dívida, era obrigação do Governo encontrar uma solução para esse imediato e gravíssimo problema.

  8. @Val, pela (a falta de) clareza e a (pouca) profundidade que dás nas tuas respostas, quem não “percebe puto” do que está falar é a vossa excelência. Caso contrário, as respostas seriam claras e com muita menos tinta “adjectivante”. O diabo está nos pormenores e tu só redopias, e redopias, e redopias em conversa circular e facciosa.

  9. Ah. Então a aprovação do PEC IV iria resultar em filas de investidores a querer comprar títulos do tesouro português a juros baixos quando o PEC I, PEC II e PEC III não o tinham conseguido? Porreiro pá! E depois, o principal é que esse sistema que você diz que causou a crise internacional, algo com que concordo, é um sistema com que o PS está de acordo. Você fala de responsabilidades mas não assume nenhuma. O que a sua resposta diz é que o país estava completamente dependente no curto prazo de mais um PEC, ora o que isto indica – sendo os PEC não para curto prazo mas para médio prazo, o PEC do PS, que foi o PEC I, era para 2010-2013 embora em 2011 já havia mais dois PEC com um terceiro a caminho – que o país estava já sem dinheiro. Isto depois de 5 anos de governo do PS.

    Em resumo, os três anos do PEC do PS, que foi apresentado em Março de 2010, não duraram mais que 3 meses já que em Maio apareceu o PEC II, também para três anos que, por sua vez, não durou mais de 4 meses já que em Setembro de 2010 apareceu o PEC III, portanto todos os Programas de Estabilidade e Crescimento do PS para três anos foram refeitos poucos meses depois. E mais, quem sempre esteve com o PS nos PEC I, II e III foi o PSD. O vosso amiguinho Passos é que vos tirou o apoio no PEC IV.

  10. “O vosso amiguinho Passos é que vos tirou o apoio no PEC IV.”

    os votos dele não chegavam, teve de pedir ajuda à comunada, que nunca perde uma oportunidade para lamber as botas aos patrões.

  11. zé, nesse caso, expõe, desmonta e rebate essa minha conversa circular e facciosa. Força, camarada. Ousa pensar.
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    João., tu continuas a falar dos PEC sem perceber patavina do assunto. Tempo para introduzires um poucachinho de inteligência nessa cachimónia:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_de_Estabilidade_e_Crescimento

    Mas o mais interessante na tua cassete é a de ela ser simétrica da dos que entregaram Portugal à Troika para assim garantirem que iam ao pote: para ambos, não existia crise nenhuma internacional, crise nenhuma europeia, a condicionar os resultados e as opções do Governo. Era como se Portugal pudesse obrigar o Mundo e a Europa a seguir os seus interesses e não tivesse de ser ele a sujeitar-se às contingências da maior crise da economia em 80 anos e da maior crise de sempre na Zona Euro e até na União Europeia como um todo. O resultado foi essa santa aliança dos reaças com os comunas para levarem o País a perder a soberania.

    A tua ideia da política é completamente ditatorial, por isso para ti a realidade é apenas aquela que o Partido ditar que seja. Tudo o resto, isto da democracia e da liberdade, para ti é um falhanço que só gera é confusão.

  12. É lindo ver o @Val a vociferar com as palavras “democracia” e “liberdade” no mesmo conjunto de caracteres em que desdenha as escolhas parlamentares (PEC IV) e os resultados eleitorais (o apeamento do PS da governação) acusando os “reaças” e os “comunas” de levarem o País a perder a soberania. Visão enviesada e intelectualmente pobre. Ainda afirmas que a realidade “do outro” é aquela que o “outro partido” dita. Ah, é? Então este discurso especulativo e para mentecaptos do que a não aprovação do PEC IV foi a razão primordial (ignorando que os juros estavam galopantemente acima dos 7%) do estado actual não se enquadra no julgamento que fazes? Prova que o que estava inscrito (as políticas recessivas e as “especulações” macroeconómicas) no PEC IV iria obter os resultados previstos e abusivamente declarados neste canto de escribas. Claro que isto foi pedido anteriormente em outras “caixas de comentários” e tu continuaste a ser faccioso, e a rebarbar-te em discursos circulares.

  13. Zé, vou fazer o esforço de tentar entender os teus gatafunhos. Vamos lá:

    – A democracia e a liberdade existem para desdenhar das escolhas onde não nos revemos. Sem democracia e liberdade deixa de ser possível desdenhar seja o que for, e estamos na União Soviética, em Cuba ou na China.

    – Ninguém sabe o que aconteceria aos juros e às contas públicas se o PEC IV fosse aprovado. Não se sabe porque tanto a economia como a política são actividades humanas, logo comportando elementos intrínsecos de imprevisibilidade. E não se sabe porque Portugal vive em democracia e liberdade, e está inserido numa comunidade de países europeus que vive em democracia e liberdade, e pertence à parte do Mundo que cultiva a democracia e a liberdade. Tudo isto significa que para Portugal não é possível prever o futuro com a exactidão dos astrólogos que andas a consultar.

    – O que nós sabemos é apenas este facto: o Governo de Sócrates não queria a Troika e tudo fez para a evitar. A santa aliança dos reaças e dos comunas queria a Troika e fez o necessário para a tornar inevitável.

  14. Parem de estar de ma fé, por favor !

    Como é sabido, as crises internacionais – e muito especialmente a crise internacional de 2008 que é pradigmatica – combatem-se com Peques quatros, que a Wikipédia define como um tipo muito especifico de varinhas magicas que funcionam depois de um peque I, de um peque II e de um peque III.

    As varinhas magicas do tipo peque IV não têm NADA a ver com medidas de contenção do estilo das que aparecem normalmente nos memorandos com credores. Cruzes credo ! Mesmo nada, nadinha a ver ! A diferença entre as duas coisas é mais ampla ainda do que a distância que existe entre o Santo Imaculado do Socrates e o horrivel traidor do Passos Coelho.

    Portanto a historia é simples e não vale a pena falsifica-la :

    Apos ter feito os 3 primeiros peques, sem nenhuma razão especial outra do que ter pressentido com grande inteligência qual seria o momento ideal para dar a espadeirada definitiva do peque IV na fuça monstruosa do mostrengo crise internacional, o Santo Condestavel José Socrates resolveu que o momento para avançar seria nos primeiros meses de 2011.

    Eis senão quando, numa aliança morbida contra natura, o Louçã, o Jeronimo, e outros tipos como o Alegre, e a Ana Gomes, etc. TRAIRAM o cavaleiro andante passando-se para o inimigo.

    Agora que a tragédia ocorreu, de que serve falar em alternativas, em livrar-se de um circulo vicioso ou em construir novas propostas eleitorais ?

    A alternativa, a unica, a absoluta, era terem deixado o Socrates fazer o Peque IV. Ai sim, tinham visto como o Pais teria passado no espaço de 6 meses a primeira potência economica europeia, ou mesmo mundial. Hoje em dia, o Socrates estaria em Berlim a pedido da Merkel, para lhe dar uma ajudinha com a condição de ela passar a ser mais social democrata no futuro. E não o contrario…

    Não quiseram.

    Agora é tarde.

    Lixem-se !

  15. Este último comentário é paradigmático de uma conversa circular e facciosa: todos “os outros” bebem vinho, mau ao que parece.

  16. oh zé! o henrique monteiro começou o jornalismo no povo livre e foi militante da udp, actualmente 80% do bloco. vocês lá vão apoiando, encenando o contrário para não espantar a caça.

  17. Zé, já sabemos que consegues escrever a expressão “conversa circular e facciosa”. Mostrares que consegues pensar é que está mais difícil.

  18. oh zé! o socras foi fundador da jsd na covilhã, o que mais democrático e louvável que andar a destruir campos de milho no alentejo ou a cortar linhas de caminho de ferro. quanto aos 80 %, tens estudos sobre isso ou leste no avante?

  19. A questão é mesmo essa Val, se o BE e o PC fossem governo, o que fariam depois de incinerar o memorando. Admito que nunca pensaram muito nisso…

  20. “Os Programas de Estabilidade e Crescimento (PECs) são os quatro programas apresentados pelo XVIII Governo Constitucional de Portugal para combater a crise de sobre-endividamento do Estado Português.

    O primeiro PEC, que ficaria conhecido como PEC 1, foi apresentado em Março de 2010. Este contava com medidas de corte na despesa pública consideradas necessárias para o período 2010-2013.

    O segundo PEC, que ficaria conhecido como PEC 2 nasceu da necessidade de reajustar as medidas aprovadas pelo PEC I passados dois meses, em Maio de 2010. Previa mais cortes orçamentais e o aumento do IVA.

    Passados quatro meses, em Setembro de 2010, foi aprovado um novo PEC pouco tempo antes da aprovação do Orçamento de Estado para 2011. Este previa cortes ainda maiores que os seus dois antecessores.

    O quarto projecto de PEC nunca chegou a ser aprovado dado que os partidos da oposição, PSD, CDS-PP, CDU e B.E. o chumbaram em bloco quando o executivo liderado por José Sócrates o apresentou na Assembleia da República. O chumbo deste projecto levou o Primeiro-ministro a demitir-se e o Presidente da República de Portugal a convocar eleições antecipadas: foram as eleições legislativas portuguesas de 2011, vencidas pelo PSD.”

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_de_Estabilidade_e_Crescimento

    Como vê o PEC era para durar três anos, embora no espaço de menos de um ano tenha sido reapresentado mais duas vezes e seria reapresentado uma vez mais. Ou seja, era evidente que não estava a resultar. A chamada da troika por Sócrates mostrou isso mesmo. Não foi capaz de sair do buraco onde se meteu, preferiu chamar a troika e demitir-se. O memorando é na prática o PEC IV que foi aprovado finalmente pelos três da vida airada – PS/PSD/CDS.

  21. E porquê? Ou, para quê? Achas que o teu grau de alienação vai convencer alguém? Achas que a política consiste nesta fuga da realidade? Como é que tens o topete de trazer uma tanga absurda e mal amanhada para esta conversa se nem sequer percebeste o artigo básico que te recomendei?

  22. Zé os juros depois do chumbo do pec 4 e do governo de direita em funçoes ultrapassou esses valores. quem se move por valores,dá mais valor à liberdade e por isso luta até ao limite para a preservar.A pensar como tu, aljubarrota tinha sido um desastre para os tugas, e tu o primeiro a ” por-se ao fresco”

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