Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
tenho este para troca…como as pessoas mudam num ano, será bipolar , o baptista?
Pedro Baptista-Bastos
4 de maio de 2018 ·
Se a opinião pública pensa que conceitos como “vergonha”, “dignidade”, “gratidão”, “verdade” são aplicados aos políticos nacionais, está enganada.
Os mais nobres conceitos morais, os comportamentos éticos das pessoas comuns e do nosso dia-a-dia não se aplicam a quem exerça a política como profissão, porque não temos sequer exemplos éticos e morais de pessoas da sociedade civil suficientemente carismáticas a quem os políticos possam sequer imitar ou emular – basta vermos banqueiros ou presidentes de clubes de futebol, para constatarmos a imoralidade e amoralidade em que vivemos e fomos obrigados a viver.
Esperar um acto político digno, diante de um confronto onde haja uma questão moral em causa, é de uma grande ingenuidade ou nebulosa ignorância.
Portugal é um país amoral e imoral.
O Portugal político está fora do julgamento efectuado sob os padrões morais da opinião pública e das pessoas comuns.
O acto político assemelha-se às acções de um psicopata: adequadas ao aplauso público, mas sem uma real empatia e com um fim destrutivo.
Só assim se explica que pessoas lançadas na política por José Sócrates o venham fustigar neste momento – e, na apreciação da eficácia das suas acções políticas, fazem-no bem.
Somente a eficácia, somente o interesse pessoal eficaz, somente o interesse partidário eficaz definem os actos dos nossos políticos.
Resta apreciar o momento em que esse acto político eficaz se manifesta e se o mesmo teve êxito ou não.
Por isso, não defendo nem aplaudo José Sócrates, Carlos César, Ana Gomes, João Galamba – vejo as coisas friamente e lembro-me da frase de Rimbaud:
“Voici le temps des assassins”
Bimbos à parte, o que se ouve mais depois da passagem da crise financeira por Portugal e desde o comunista mais empedernido, para quem nem havia bancos privados, ao liberal mais estúpido que só vê mãos invisíveis que tudo regulam depois da abolição de qualquer regulação financeira, é basicamente: – ó da guarda! De preferência uma esquadra de polícia em cada banco. Paradoxo igual só profissionais com décadas de actividade na área a aturarem canalhada nas CI, que na melhor das hipóteses nunca chegou a sair da faculdade.
tenho este para troca…como as pessoas mudam num ano, será bipolar , o baptista?
Pedro Baptista-Bastos
4 de maio de 2018 ·
Se a opinião pública pensa que conceitos como “vergonha”, “dignidade”, “gratidão”, “verdade” são aplicados aos políticos nacionais, está enganada.
Os mais nobres conceitos morais, os comportamentos éticos das pessoas comuns e do nosso dia-a-dia não se aplicam a quem exerça a política como profissão, porque não temos sequer exemplos éticos e morais de pessoas da sociedade civil suficientemente carismáticas a quem os políticos possam sequer imitar ou emular – basta vermos banqueiros ou presidentes de clubes de futebol, para constatarmos a imoralidade e amoralidade em que vivemos e fomos obrigados a viver.
Esperar um acto político digno, diante de um confronto onde haja uma questão moral em causa, é de uma grande ingenuidade ou nebulosa ignorância.
Portugal é um país amoral e imoral.
O Portugal político está fora do julgamento efectuado sob os padrões morais da opinião pública e das pessoas comuns.
O acto político assemelha-se às acções de um psicopata: adequadas ao aplauso público, mas sem uma real empatia e com um fim destrutivo.
Só assim se explica que pessoas lançadas na política por José Sócrates o venham fustigar neste momento – e, na apreciação da eficácia das suas acções políticas, fazem-no bem.
Somente a eficácia, somente o interesse pessoal eficaz, somente o interesse partidário eficaz definem os actos dos nossos políticos.
Resta apreciar o momento em que esse acto político eficaz se manifesta e se o mesmo teve êxito ou não.
Por isso, não defendo nem aplaudo José Sócrates, Carlos César, Ana Gomes, João Galamba – vejo as coisas friamente e lembro-me da frase de Rimbaud:
“Voici le temps des assassins”
Bimbos à parte, o que se ouve mais depois da passagem da crise financeira por Portugal e desde o comunista mais empedernido, para quem nem havia bancos privados, ao liberal mais estúpido que só vê mãos invisíveis que tudo regulam depois da abolição de qualquer regulação financeira, é basicamente: – ó da guarda! De preferência uma esquadra de polícia em cada banco. Paradoxo igual só profissionais com décadas de actividade na área a aturarem canalhada nas CI, que na melhor das hipóteses nunca chegou a sair da faculdade.