5 thoughts on “Exactissimamente”

  1. «Mas não convém deitar foguetes. Uma trapalhada como a da putativa transferência do Infarmed pode deitar tudo a perder.», ai que medo credo!
    (ou o Eduardo Pitta pesca pouco do assunto, ou pesca alguma coisa e segue a velha máxima pouco corajosa e tão portuguesa: deixa-me cá pôr ao fresco, não vá a coisa dar para o torto!).

    É pensarem, senhores/as: contam-se pelos dedos das muitas mãozinhas de todas as pessoas que viajam numa carruagem da CP as vocabulares trapalhadas no vasto processo burocrático que foi a desastrada gestão política em um-mais-um-mais-um-mais dos puzzles que constituíram os incêndios florestais durante o tempo da Constança Urbano de Sousa com mais de uma centena de mortos + largas centenas de casas destruídas + centenas de empresas sem poderem fazer nada e outras milhares de famílias sem saberem o que fazer + milhares e milhares de hectares de floresta ardida (mais de 442 mil hectares ardidos!); um Mr. Magoo da Defesa Nacional que, literalmente, se atrapalha sempre com as vogais e as consoantes quando tem um microfone à frente e em que a dita pólvora, que deveria estar guardadinha nos paióis das tropas, parece estar sempre ali nas suas mãos; tens tudo isto no espaço mediático durante meses e a malta do Expresso e da SIC, por exemplo, que são duas das correias de transmissão destas desgraças reais e de outras largas dezenas virtuais criadas sem ponta por onde se lhe pegue que “existem” no ar que se respira naqueles gabinetes, quando analisam o barómetro mensal da Eurosondagem esquecem-se do fundamental, e que era “apenas” o que poderia ter invertido claramente: a gestão dos fogos em Outubro, a saída da MAI, a crise entre o governo do PS e o PR e, ainda, os respectivos discursos de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa… e a autora entretém-se a falar do OE e dos malandros dos senhores professores?

    Assim vai a a tola de muita gente, parece-me: dos tipos do PSD/CDS (depois do filão da legionella, hoje o Montenegro surgiu nas TV’s a vociferar contra a imoralidade e a indignidade por causa de um título secundário plasmado na capa do Sol e cuja prosa respectiva deve ter sido presumivelmente escrita em dez minutos pelo Sebastião Bugalho), assim vão as cabecinhas na sua enorme leveza por parte da novel classe jornalística que hoje ordena no espaço mediático português, assim, imagino, nadarão até perderem o pé os comentadores, correligionários e os vários colunistas que constituem a tua perdição Valupi.

    ______

    Ah, é claro!, e assim vai a cabeça do Eduardo Pitta que a acaba por ser para os maduros como eu apenas um a propósito de.

  2. … «assim, imagino, nadarão até perderem o pé os comentadores, correlEgionários e os vários colunistas que constituem a tua perdição Valupi.», estava ali um i mas deveria estar um é (em estéreo a correcção foi efectuada na hora, mas já não deu para voltar atrás).

    Nota, misteriosa. Ainda pensei vir encontrar um golpe de espadachim do/a senhor/a a quem eu me lembrei um dia destes de, ousadamente, dedicar um poema. Sim, é dele que falo, é do Joaquim Camurcho, perdão, do Camacho. Terá eles gostado do verbo, afinal?

  3. Nota. Como entretanto fui reler a análise do barómetro do Expresso, que pelo menos no essencial manteve o mesmo tipo de leveza espiritual do da edição online (apesar de terem sido alertados, em tempo!), insisto nisto. É que «abalado» alguém ficou, de facto, mas não tenho a certeza de que tenha o governo do PS. Mais do mesmo: tendo o artigo surgido assinado por uma chavala (acrónimo de Mariana Lima Cunha), quando me referia aos tipos que actualmente ordenam por ali e acolá era especialmente a quem, hierarquicamente, desempenha as funções de editores/as e de directores. Martim Silva, Helena Pereira e Pedro Santos Guerreiro, são alguns dos seus nomes.

    E é todo um arzinho, eu sei.

    […]

    Em plena negociação para o
    Orçamento, mas também numa
    altura em que a política é agitada por vários casos — as greves
    na Função Pública ou as mortes
    por legionela são exemplos —, a
    esquerda parece sair abalada.
    São as conclusões do barómetro de novembro da Eurosondagem para o Expresso e SIC,
    que revelam que, nas intenções
    de voto dos portugueses, toda a
    esquerda desce e toda a direita
    sobe, acompanhada pelo PAN.
    Num estudo de opinião conduzido entre 8 e 15 de novembro, os resultados mostram uma
    variação negativa na esquerda:
    se as eleições fossem hoje, o PS
    continuaria a ser o partido mais
    Esquerda desce,
    direita sobe
    PS consegue 40% das
    intenções de voto, mas
    regista descida. Marcelo é
    o único político que sobe
    votado, com 40% dos votos mas
    menos um ponto percentual
    do que em outubro. No caso do
    Bloco, 8,7% dos votantes escolheriam o partido — menos três
    décimas — e na CDU registar-se-
    -iam 6,9% dos votos e menos seis
    décimas. Na direita, a variação
    é positiva, apesar de continuar
    bem atrás dos partidos de esquerda, que juntos somariam
    hoje 55,6% dos votos. PSD sobe
    e reúne a preferência de 28,4%
    dos votantes, com mais 0,4 pontos, e CDS conta com 6,6% e
    uma subida de 0,6 pontos.
    Em termos de popularidade
    dos líderes políticos, há uma tendência inalterável: Marcelo Rebelo de Sousa continua a subir
    — neste caso, é o único —, depois
    de ter feito o seu discurso mais
    duro até agora, ao qual se seguiu
    a demissão da ministra da Administração Interna.
    M.L.C

    Expresso, 18.11.2017, p. 10.

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