Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
portanto, “não há qualquer razão para rotular exercicios por sexos – como não há vermos uma segmentação por raças”?
imagino que quem escreveu isto esteja neste momento a apresentar queixas pela roupa da zara, pelos brinquedos da toy’s r us, pelos filmes da disney e pelos WCs separados.
ao fim ao cabo, não existe nenhuma razão para a sua existência.
alguém aqui vivia bem num país em que houvesse wc’s separados por raças?
e mal pergunte, nesta questão dos livros educativos que porpagam esterótipos de género, o estado não terá mais recomendações a fazer? sei lá, nos livros da catequese e assim? ou a CIG só recomenda quando aluém apresenta queixa? ou é só quando é a filha do presidente da AR a apresentar a queixa?
tem toda a razão , só dá malucos mesmo. a ” intelectualidade” , à falta de mehor assunto ( ou se calhar é tudo bicha ) , virou-se para o sexo dos anjos. o que me espanta é que consigam pensar estas coisas , o cérebro já nem meio neurónio tem , está oco. e com estas cenas , que já me andam a chatear o juizo e a paciência , moi , que era pacífica e cada um na sua , não tarda viro homofóbica , racista e xenófoba . e como eu , suponho que vi haver mais. e é uma reacção completamene natural a maluquices de indefinidos.
outra organização nojenta é o comité olímpico internacional e a sua asquerosa separação dos “exercícios” por sexos. algo cuja existência não tem qualquer justificação e só serve para propagar estereótipos de género
Não vou opinar sobre o assunto que me parece importante e que foi exposto com seriedade, concorde-se ou não com ele, apenas entendo que a merecer comentários, e assim deveria ser sempre, estes deviam ser igualmente sérios, estruturados, não ofensivos, não arrogantes, não brejeiros, não meras graçolas, para não merecerem apenas ir para o lixo.
manojas,
fica registada a tua dificuldade em responder às perguntas que deixei.
aproveito para te deixar mais algumas:
1) a sic mulher é sexista e merece recomendação? a sua programação consiste na sua maioria em programas de culinária decoração e novelas, não tem desporto, nem ciência.
2) brincar às princesas é pior que brincar aos piratas porquê?
desculpa, esqueci-me da mais importante:
3) havia discriminação do género feminino nas duas edições dos manuais? se sim, qual?
Estou de acordo com o Bruno Lopes, excepto no ponto de qualquer entidade estatal vir recomendar a retirada do mercado desses cadernos ou de outros do mesmo género, colocando-os ao nível do Mein Kampf – livro que hoje em dia já nem é proibido editar em Portugal.
Recomendar é apenas recomendar, não se compara com a censura de livros que houve em Portugal nem com a apreensão de livros pela extinta PIDE-DGS. Mas, actualmente, a retirada de livros do mercado é apenas da competência dos tribunais e é assim que deve ser. Por isso, não é da competência do governo nem de nenhuma comissão recomendar fazê-lo. Quando muito, se o governo e a tal comissão quiserem, podem processar a editora e depois logo se vê — na certeza, porém, de que nenhum tribunal iria mandar retirar do mercado os cadernos em causa. Nem esses nem milhares de outros livros que por aí andam há séculos, como Meninas Exemplares da condessa de Ségur, que agora até deram um filme.
O ministério da Educação é livre de adoptar ou não adoptar certos livros no currículo escolar. Para quê recomendar a “retirada do mercado” daqueles de que não gosta, apesar de nem sequer estarem no currículo? É totalmente estúpido.
A Porto Editora, que decidiu obedecer à recomendação e retirou os livros do mercado, também não tem de que se queixar. E se o fez só por receio de o ministério a prejudicar, pior ainda.
excelente julio, esse é o cerne da questão. só não te sigo na concordância com o tal bruno porque acho a comparação com o racismo extremamente abusiva.
e essa é uma outra perspectiva que valia a pena analisar. dizes que a PE não se pode queixar devido ao comportamento que teve e até tens razão, mas sabes quem se pode queixar? nós.
há aqui questões muito complexas que não podem nem devem ser analisadas e respondidas em 24 ou 48horas em função de posts alarmistas e falaciosos de socialites nas redes sociais
Penso que deixei bem claro qual o objectivo da minha intervenção.
Júlio, entendo e concordo com a tua sensibilidade. Mas qual é o problema que resulta de existir uma recomendação de uma qualquer entidade para a retirada – entenda-se, correcção – de um certo livro destinado ao ensino infantil? Tal não compara com a abertura de um processo judicial, por um lado, e não compara com temáticas que extravasem o âmbito escolar infantil, por outro. Como sempre, o contexto é a chave posto que, como reconheces, não estamos perante um acto de censura; ou seja, não se trata apenas e só, nem essencialmente, de uma questão de princípio que remeta para os valores fundamentais da liberdade e da democracia.
A Porto Editora, perante a recomendação, continua com todos os direitos legais para manter as obras no mercado na sua integralidade original. Este ponto não pode ser excluído da discussão.
Vejam esta cronica do Raposo que está uma delicia.
Caro Val,
“retirado do mercado” ou “retirado de circulação” era a designação dos livros mandados apreender pelo Estado Novo. Nenhum governo democrático e nenhuma comissão da era democrática pode esquecer isso, nem que toda a questão se resumisse à mera designação – o que não é o caso.
A não ser que uma obra infrinja as leis vigentes (competindo aos tribunais apreciá-lo e decidir ou não pela sua retirada do mercado), o governo não tem vocação nem competência para colocar livros numa espécie de Index – agora já não um Index de livros proibidos, mas de livros desaconselhados. Até a Igreja abandonou o seu Index librorum prohibitorum, que começou por ser obrigatório sob as mais pesadas penas (até à fogueira para os livros e os seus leitores), depois passou a ser um Index de livros desaconselhados e por fim desapareceu, certamente por ser completamente inútil e até contraproducente do ponto de vista dos próprios censores da Igreja. De facto, o Index era um excelente guia para as pessoas que queriam formar uma biblioteca de obras hostis à religião ou à Igreja… Quatro ou cinco romances do Eça estiveram em listas de livros desaconselhados pela Igreja até aos anos 1960! Com isso só lhe fizeram mais publicidade.
A comissão da igualdade de género pode promover as obras que achar boas e, se lhe apetecer, criticar as obras que achar más ou até recomendar novos livros às editoras, mas é estúpido fazer recomendações de “retiradas do mercado”, sempre arbitrárias (porquê umas obras e não muitas outras?) e que são não só de má memória, como também publicidade involuntária ás obras de que essa comissão não gosta (daí a estupidez).
O que se pretende obter com uma “retirada do mercado” por via de recomendação é o mesmo que se pretendia obter com uma “retirada do mercado” por via de proibição, a saber, que determinada obra não chegasse sequer aos olhos ou às mãos do público, para que o público pudesse escolher comprar ou não comprar (daí falar-se de mercado). Não lhe chamo censura porque é apenas uma recomendação não obrigatória, mas é um paternalismo algo parecido com o da censura, na medida em que não quer deixar às pessoas a possibilidade de deliberar e escolher. Não confia nas pessoas e parece querer mantê-las numa espécie de menoridade.
Concordo com o que dizes sobre a PE. E acho que se a Porto Editora não concorda com a comissão, não deveria ter retirado esses cadernos das livrarias. Uma editora mais corajosa teria passado a vender os cadernos com uma cinta a dizer: “Livro desaconselhado pelo governo”. Já teria esgotado!
Um abraço.
J.
:-) estes assuntos dão-me riso porque eu nunca me senti ofendida por ser diferente dos homens em tudo. só não o sou nos direitos – com excepção do urinol. sempre quis tanto ter direito a um urinol. :-)
Olindinha , tens de ter presente que são “mulheres” género masculino e “homens” género feminino que pretendem igualar homens e mulheres de todos os géneros :) :) por um lado esta cena idiota dos géneros é capaz de virar boa paa homen e mulheres de géneros tradicionias : o feminismo militante das lesbianas terá de ser renomeado para , sei lá , machofeminismo?
portanto, “não há qualquer razão para rotular exercicios por sexos – como não há vermos uma segmentação por raças”?
imagino que quem escreveu isto esteja neste momento a apresentar queixas pela roupa da zara, pelos brinquedos da toy’s r us, pelos filmes da disney e pelos WCs separados.
ao fim ao cabo, não existe nenhuma razão para a sua existência.
alguém aqui vivia bem num país em que houvesse wc’s separados por raças?
e mal pergunte, nesta questão dos livros educativos que porpagam esterótipos de género, o estado não terá mais recomendações a fazer? sei lá, nos livros da catequese e assim? ou a CIG só recomenda quando aluém apresenta queixa? ou é só quando é a filha do presidente da AR a apresentar a queixa?
tem toda a razão , só dá malucos mesmo. a ” intelectualidade” , à falta de mehor assunto ( ou se calhar é tudo bicha ) , virou-se para o sexo dos anjos. o que me espanta é que consigam pensar estas coisas , o cérebro já nem meio neurónio tem , está oco. e com estas cenas , que já me andam a chatear o juizo e a paciência , moi , que era pacífica e cada um na sua , não tarda viro homofóbica , racista e xenófoba . e como eu , suponho que vi haver mais. e é uma reacção completamene natural a maluquices de indefinidos.
outra organização nojenta é o comité olímpico internacional e a sua asquerosa separação dos “exercícios” por sexos. algo cuja existência não tem qualquer justificação e só serve para propagar estereótipos de género
Não vou opinar sobre o assunto que me parece importante e que foi exposto com seriedade, concorde-se ou não com ele, apenas entendo que a merecer comentários, e assim deveria ser sempre, estes deviam ser igualmente sérios, estruturados, não ofensivos, não arrogantes, não brejeiros, não meras graçolas, para não merecerem apenas ir para o lixo.
manojas,
fica registada a tua dificuldade em responder às perguntas que deixei.
aproveito para te deixar mais algumas:
1) a sic mulher é sexista e merece recomendação? a sua programação consiste na sua maioria em programas de culinária decoração e novelas, não tem desporto, nem ciência.
2) brincar às princesas é pior que brincar aos piratas porquê?
desculpa, esqueci-me da mais importante:
3) havia discriminação do género feminino nas duas edições dos manuais? se sim, qual?
Estou de acordo com o Bruno Lopes, excepto no ponto de qualquer entidade estatal vir recomendar a retirada do mercado desses cadernos ou de outros do mesmo género, colocando-os ao nível do Mein Kampf – livro que hoje em dia já nem é proibido editar em Portugal.
Recomendar é apenas recomendar, não se compara com a censura de livros que houve em Portugal nem com a apreensão de livros pela extinta PIDE-DGS. Mas, actualmente, a retirada de livros do mercado é apenas da competência dos tribunais e é assim que deve ser. Por isso, não é da competência do governo nem de nenhuma comissão recomendar fazê-lo. Quando muito, se o governo e a tal comissão quiserem, podem processar a editora e depois logo se vê — na certeza, porém, de que nenhum tribunal iria mandar retirar do mercado os cadernos em causa. Nem esses nem milhares de outros livros que por aí andam há séculos, como Meninas Exemplares da condessa de Ségur, que agora até deram um filme.
O ministério da Educação é livre de adoptar ou não adoptar certos livros no currículo escolar. Para quê recomendar a “retirada do mercado” daqueles de que não gosta, apesar de nem sequer estarem no currículo? É totalmente estúpido.
A Porto Editora, que decidiu obedecer à recomendação e retirou os livros do mercado, também não tem de que se queixar. E se o fez só por receio de o ministério a prejudicar, pior ainda.
excelente julio, esse é o cerne da questão. só não te sigo na concordância com o tal bruno porque acho a comparação com o racismo extremamente abusiva.
e essa é uma outra perspectiva que valia a pena analisar. dizes que a PE não se pode queixar devido ao comportamento que teve e até tens razão, mas sabes quem se pode queixar? nós.
há aqui questões muito complexas que não podem nem devem ser analisadas e respondidas em 24 ou 48horas em função de posts alarmistas e falaciosos de socialites nas redes sociais
Penso que deixei bem claro qual o objectivo da minha intervenção.
Júlio, entendo e concordo com a tua sensibilidade. Mas qual é o problema que resulta de existir uma recomendação de uma qualquer entidade para a retirada – entenda-se, correcção – de um certo livro destinado ao ensino infantil? Tal não compara com a abertura de um processo judicial, por um lado, e não compara com temáticas que extravasem o âmbito escolar infantil, por outro. Como sempre, o contexto é a chave posto que, como reconheces, não estamos perante um acto de censura; ou seja, não se trata apenas e só, nem essencialmente, de uma questão de princípio que remeta para os valores fundamentais da liberdade e da democracia.
A Porto Editora, perante a recomendação, continua com todos os direitos legais para manter as obras no mercado na sua integralidade original. Este ponto não pode ser excluído da discussão.
Vejam esta cronica do Raposo que está uma delicia.
http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/2017-09-05-Porque-e-que-nao-ha-educadores-de-infancia-masculinos-
ão
Dando seguimento à lógica do gajinho, e fazendo fé em estudos que dizem que a maioria dos abusos sexuais de menores em Portugal ocorre no seio das famílias(https://www.publico.pt/2003/02/11/sociedade/noticia/pedofilia-em-portugal-ocorre-sobretudo-na-familia-279301) , não ficaríamos todos mais descansados se soubéssemos que o Raposinho não privava com as filhas ?
Caro Val,
“retirado do mercado” ou “retirado de circulação” era a designação dos livros mandados apreender pelo Estado Novo. Nenhum governo democrático e nenhuma comissão da era democrática pode esquecer isso, nem que toda a questão se resumisse à mera designação – o que não é o caso.
A não ser que uma obra infrinja as leis vigentes (competindo aos tribunais apreciá-lo e decidir ou não pela sua retirada do mercado), o governo não tem vocação nem competência para colocar livros numa espécie de Index – agora já não um Index de livros proibidos, mas de livros desaconselhados. Até a Igreja abandonou o seu Index librorum prohibitorum, que começou por ser obrigatório sob as mais pesadas penas (até à fogueira para os livros e os seus leitores), depois passou a ser um Index de livros desaconselhados e por fim desapareceu, certamente por ser completamente inútil e até contraproducente do ponto de vista dos próprios censores da Igreja. De facto, o Index era um excelente guia para as pessoas que queriam formar uma biblioteca de obras hostis à religião ou à Igreja… Quatro ou cinco romances do Eça estiveram em listas de livros desaconselhados pela Igreja até aos anos 1960! Com isso só lhe fizeram mais publicidade.
A comissão da igualdade de género pode promover as obras que achar boas e, se lhe apetecer, criticar as obras que achar más ou até recomendar novos livros às editoras, mas é estúpido fazer recomendações de “retiradas do mercado”, sempre arbitrárias (porquê umas obras e não muitas outras?) e que são não só de má memória, como também publicidade involuntária ás obras de que essa comissão não gosta (daí a estupidez).
O que se pretende obter com uma “retirada do mercado” por via de recomendação é o mesmo que se pretendia obter com uma “retirada do mercado” por via de proibição, a saber, que determinada obra não chegasse sequer aos olhos ou às mãos do público, para que o público pudesse escolher comprar ou não comprar (daí falar-se de mercado). Não lhe chamo censura porque é apenas uma recomendação não obrigatória, mas é um paternalismo algo parecido com o da censura, na medida em que não quer deixar às pessoas a possibilidade de deliberar e escolher. Não confia nas pessoas e parece querer mantê-las numa espécie de menoridade.
Concordo com o que dizes sobre a PE. E acho que se a Porto Editora não concorda com a comissão, não deveria ter retirado esses cadernos das livrarias. Uma editora mais corajosa teria passado a vender os cadernos com uma cinta a dizer: “Livro desaconselhado pelo governo”. Já teria esgotado!
Um abraço.
J.
:-) estes assuntos dão-me riso porque eu nunca me senti ofendida por ser diferente dos homens em tudo. só não o sou nos direitos – com excepção do urinol. sempre quis tanto ter direito a um urinol. :-)
Olindinha , tens de ter presente que são “mulheres” género masculino e “homens” género feminino que pretendem igualar homens e mulheres de todos os géneros :) :) por um lado esta cena idiota dos géneros é capaz de virar boa paa homen e mulheres de géneros tradicionias : o feminismo militante das lesbianas terá de ser renomeado para , sei lá , machofeminismo?