Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
«Em Beja, a psiquiatra Ana Matos Pires (minha amiga, aviso já), que dirige o serviço de psiquiatria da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, anda há anos a pregar aos peixes: os magistrados remetem-lhe agressores para tratamento e ela devolve-os à procedência porque o seu serviço não está preparado para os atender (e, além do mais, não percebe em que base se considera o sujeito reabilitável)», …?
Valupi, vira o disco e toca o mesmo. Há dias o Marco Capitão Ferreira, que escreve com os pés, hoje é o cábula do João Pedro Henriques. Vocês fazem lives na net, privados que sejam, ou ainda não deram mais esse passo no caminho da… modernidade?
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aeiou
29 DE MARÇO DE 2017 ÀS 14:48
Em tempo, não queria dizer que o tema não tem bastante importância, atenção!, mas acho que se tornou por demais “erótico” que os comparsas e amigos se elogiem uns aos outros a toda a hora. A newsletter do Expresso faz isso, por exemplo, mas pensava eu que é uma cena geracional (Martim Silva, Ricardo Costa, etc.) e obrigatória pelo “livro de estilo” utilizado pela Impresa.
É geracional mas transversal, afinal. Ainda sobre o universo da banca portuguesa há uma notícia que saiu, entretanto, no Expresso online é que, para falar claro, é aterradora. Não é a minha praia, sabe-se, mas que o Novo Banco (o banco bom do BES) seja vendido por zero escudos é de trepar pelas paredes.
[…]
«Em Beja, a psiquiatra Ana Matos Pires (minha amiga, aviso já), », em tempo. O cábula do João Pedro Henriques diz ao que vem, pelo menos, enquanto tu Valupi olhas para uns tipios mal nutridos que se passeiam por aqui no Aspirina B e, engraçadista que és!, dizes vamos lá brincar mais um bocadinho ao “jogo de identidades”.
ainda revolta mais quando há negligência a alimentar o crime. o crime que, pelos vistos, à luz da justiça humana não o é. dizia o faraó: comemos os homens e vivemos em deuses.
VAMOS LÁ A SABER
(versão acústica e polifónica do Grupo Coral “Os Bubedanas” que hoje partilha o palco com o Grupo de Viola Campaniça, de Pedro Mestre, a partir do clássico com música de Richard Clayderman e letra de Valupi: gravação ao vivo na torre do castelo de Beja, local emblemático dessa capital alentejana que vive num impasse entre as compras efectuadas no supermercado Modelo, os sinais de modernidade trazidos pelo wi-fi e o seu passado etnográfico).
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«Adelino Briote agora está preso, aguardando julgamento. Parece-me que não devia ser só ele.», João Pedro Henriques dixit no DN online de hoje.
Sôtora Ana Matos Pires, analisando a psi Valupiana e o historial do dito, quem é que segundo ele deveria ir também p’rá cana?
(depreendendo-se que, apesar da emoção do momento, um qualquer impulso não o tenha impedido de ler em tempo a totalidade do artigo, pois claro)
ainda bem que o copy-past básico não manda disparates seguidos como o diarreia mental, senão só de fazer scroll down ficava cansado (mais)…
jpferra, depois de mais esse gritinho histérico vamos beber o leitinho?
Lili , parabéns , estás uma boneca. redimiste-te completamente das tuas tiices. abreijos.
Valupi, diz lá ao Marco Capitão Ferreira que há uns tipos que estão a fazer obras por aqui na minha escada e que se expressam estilisticamente tão bem como ele (ou um pouco pior, já não sei). Hoje plantaram um aviso na dita, escrito com uns gatafunhos que deixaram uns senhores sombreados através de um marcador preto, a avisarem os condóminos, lá está, que amanhã FEIXAM A ÁGUA A PARTIR DAS 9 HORAS.
Nota. É toda uma genealogia foucaultiana, como vês há uns que podem e os outros podem também.
Pois é, yo. O que quer dizer que há em Portugal umas personagens bizarras que nos habituámos a desvalorizar “culturalmente” e que, se bem aconselhadas, nos conseguem ainda surpreender e que enchem o ego nacional de várias gerações.
:-) a Lili tem uma voz gira. é interessante pensar na voz como atemporal – se calhar é por isso que ter a alma na voz não é boutade.
.. o Problema do Cavaco ir para o Panteão Está Resolvido.
Não haverá Ninguém Nessa Procuradoria que dê a Cara pela Merda que faz e pelos Ordenados que Recebe?
Até quando a pega, feia, gorda, invejosa, nojenta, salazarenta, cretina e complexada, acha que que isto é tudo normal e que os portugueses são todos parvos.
Quem é que escreveu o comunicado acima? Foi o parolo de Mação em co-autoria com o arquivador de submarinos? Era bom que se soubesse.
Ignatz, larga o vinho e vai deitá-la (olha que as rusgas da PIC ainda prosseguem, e agora com o calor nem o Valupi nem ninguém te emprestarão os seus palheiros para esticares os costados).
Off-topic, Valupi.
Entretanto, regressando ao universo paralelo da Lili Barreiros, outros ilustres conselheiros poderiam dizer umas cenas jeitosas também. Sei que pensas nisso e que, se calhar, estás até afincadamente a escrever mais um post reluzente para exibires nessa brilhante galeria que possuis sobre os desgraçados do MP durante as suas aventuras e desventuras em torno da Operação Marquês.
Como dizia aqui há tempo, na prática da justiça, o arquivamento é sempre um cenário possível (vai-se de recurso em recurso, se houver julgamento; ou, aguardar-se-á silenciosamente se a coisa ficou pela fase de investigação até um dia). Ora, alegria!, porque sempre se poderá retirar algo de positivo da estratégia político-mediática seguida pelo Oliveira e Costa, o Duarte Lima e outros gajos provindos da antiga universidade do PSD ainda que, às vezes, tenham sido convidados a passarem pela barra dos tribunais. É o caso do Manuel Dias Loureiro, como te lembras, que foi aborrecido in illo tempore pelos senhores da PGR por causa de uns míseros 40 milhões desaparecidos dos seus negócios entre a SLN e o BPN.
Enfim, repara que ainda se mostra ofendido (a longa citação é sacada do DN online, hoje). Cito: «”Fico estarrecido com isto. Estarrecido e preocupado” [subtexto: sou politicamente responsável!], disse Dias Loureiro ao DN, lembrando que nestes oito anos sempre manteve o silêncio, e que foi nesse estado que foi assistindo a “fugas de informação sistemáticas, para agora se fazer um arquivamento com insinuações” [subtexto: aqueles malandros!!]. O antigo dirigente do PSD estranha [subtexto: sai uma pazada de areia!] ainda que a acusação tenha passado oito anos a investigar, “oito anos em que viram tudo o que tinham para ver” da vida dele, para agora arquivarem o processo mantendo dúvidas [subtexto: onde é que já vi isto?]. “Se tinham dúvidas deveriam ter usado o contraditório, se tinham dúvidas, perguntavam” [subtexto: onde é que eu já ouvi isto?], diz Dias Loureiro, sublinhando que, depois do primeiro interrogatório, nunca mais foi ouvido ou notificado de nada» [subtexto: pobre e mal-agradecido, eu?!].
É lindo, né?
Não sei se o ex-PM que idolatras, o tal, preenche estes requisitos mas, como vês, é o tipo de estratégia que resulta sempre antes ou depois de dez anos. Ontem atingiu-se a média, e o processo existente na PGR arquivou-se a ele mesmo porque se arquiva sempre o passado.
aeiou
12 DE MARÇO DE 2017 ÀS 0:13
Valupi, eu que exultei com o tom mais sóbrio do sôtor Araújo nas imagens diurnas passadas na RTP 1 e na SIC tenho de fazer uma correcção depois de ver estarrecido mais um happening do senhor na TVI.
Não sei se embalado pela artificialidade que a Judite de Sousa confere, aparentemente, aos momentos em directo (quem sabe!) devo dizer que o senhor vive de facto noutra dimensão. E digo-o reafirmando que o faz, não sei se de propósito ou se por negligência profissional, [mas] objectivamente em desfavor da teia em que se enrolou José Sócrates (uma outra possibilidade passa por, eventualmente, nada haver para ganhar na Operação Marquês e a defesa prever desde já uma condenação e ir de em recuso em recurso até que a morte nos separe… é o que se passa com Duarte Lima e Oliveira e Costa, por exemplo).
[…]
Apesar de uma variável estranha para os não iniciados como eu confirma-se o aeiou, ei-lo.
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Vara e Penedos não podem recorrer para o Supremo
Tribunal da Relação do Porto manteve a condenação a prisão efetiva a António Vara e baixou para 3 anos e 3 meses para José Penedos. Última esperança é o TC, mas as perspetivas de êxito são escassas
As penas de cinco anos de prisão a que Armando Vara (ex-ministro da Juventude e do Desporto) e a de três anos e três meses a que José Penedos (ex-secretário de Estado da Energia e ex-presidente da REN) foram condenados no processo Face Oculta não permite qualquer recurso para o tribunal imediatamente superior, o Supremo. Segundo a lei, e de um modo geral, só as condenações superiores a oito anos são recorríveis para o Supremo.
Para evitarem o trânsito em julgado e a consequente prisão efetiva imediata, os dois antigos governantes terão de recorrer para o Constitucional, onde um recurso tem poucas possibilidades de êxito: terão de conseguir provar que foram julgados ou condenados por leis ou normas que vão contra a Constituição.
Até agora, só Artur Marques, advogado de Manuel Godinho, anunciou que vai recorrer da decisão que baixou de 17 para 15 anos de prisão a pena de Manuel Godinho, o principal arguido do processo, condenado, entre outros crimes, por corrupção ativa.
Não sendo prevísivel determinar quanto tempo demorará o Constitucional a admitir e analisar o recurso de Vara e Penedos, os dois condenados não irão imediatamente para a cadeia. Duarte Lima, por exemplo, está há mais de um ano à espera de um recurso que interpôs no Constitucional contra a decisão da Relação que desceu de dez para seis anos de prisão a pena a que foi condenado no caso BPN/Homeland.
Armando Vara é ainda arguido no caso Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, e está indiciado pelo crime de corrupção. No caso Face Oculta, três crimes de tráfico de influências valeram-lhe cinco anos de prisão efetiva.
[artigo corrigido às 11h com a moldura pena de José Penedos]
Adenda, o link é da newsletter do Expresso online assinada pelo Martim-Martim.
Dias Loureiro admite recorrer ao Tribunal dos Direitos do Homem.
Manuel Dias Loureiro pode apresentar uma queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem pela violação do “direito a um processo equitativo”, previsto na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, subscrita por Portugal. A defesa do ex-conselheiro de Estado e ex-ministro da Administração Interna entende que a investigação em causa foi “brutal” pela sua demora (oito anos), situação que ficou agravada pelas “considerações subjetivas penalizadoras” feitas no despacho de arquivamento.
O advogado Daniel Proença de Carvalho pondera, por esses motivos, recorrer aquele tribunal internacional, invocando o artigo 6º da Convenção: “qualquer pessoa tem direito a que a sua causa seja examinada, equitativa e publicamente, num prazo razoável por um tribunal independente e imparcial, estabelecido pela lei, o qual decidirá, quer sobre a determinação dos seus direitos e obrigações de caráter civil, quer sobre o fundamento de qualquer acusação em matéria penal dirigida contra ela”.
«Em Beja, a psiquiatra Ana Matos Pires (minha amiga, aviso já), que dirige o serviço de psiquiatria da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, anda há anos a pregar aos peixes: os magistrados remetem-lhe agressores para tratamento e ela devolve-os à procedência porque o seu serviço não está preparado para os atender (e, além do mais, não percebe em que base se considera o sujeito reabilitável)», …?
Valupi, vira o disco e toca o mesmo. Há dias o Marco Capitão Ferreira, que escreve com os pés, hoje é o cábula do João Pedro Henriques. Vocês fazem lives na net, privados que sejam, ou ainda não deram mais esse passo no caminho da… modernidade?
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aeiou
29 DE MARÇO DE 2017 ÀS 14:48
Em tempo, não queria dizer que o tema não tem bastante importância, atenção!, mas acho que se tornou por demais “erótico” que os comparsas e amigos se elogiem uns aos outros a toda a hora. A newsletter do Expresso faz isso, por exemplo, mas pensava eu que é uma cena geracional (Martim Silva, Ricardo Costa, etc.) e obrigatória pelo “livro de estilo” utilizado pela Impresa.
É geracional mas transversal, afinal. Ainda sobre o universo da banca portuguesa há uma notícia que saiu, entretanto, no Expresso online é que, para falar claro, é aterradora. Não é a minha praia, sabe-se, mas que o Novo Banco (o banco bom do BES) seja vendido por zero escudos é de trepar pelas paredes.
[…]
«Em Beja, a psiquiatra Ana Matos Pires (minha amiga, aviso já), », em tempo. O cábula do João Pedro Henriques diz ao que vem, pelo menos, enquanto tu Valupi olhas para uns tipios mal nutridos que se passeiam por aqui no Aspirina B e, engraçadista que és!, dizes vamos lá brincar mais um bocadinho ao “jogo de identidades”.
Nota, importante. Dá mais pica, caso se decidam por fim.
https://sc01.alicdn.com/kf/HTB1yW6yGFXXXXbEXpXXq6xXFXXXn/202165621/HTB1yW6yGFXXXXbEXpXXq6xXFXXXn.jpg
ainda revolta mais quando há negligência a alimentar o crime. o crime que, pelos vistos, à luz da justiça humana não o é. dizia o faraó: comemos os homens e vivemos em deuses.
VAMOS LÁ A SABER
(versão acústica e polifónica do Grupo Coral “Os Bubedanas” que hoje partilha o palco com o Grupo de Viola Campaniça, de Pedro Mestre, a partir do clássico com música de Richard Clayderman e letra de Valupi: gravação ao vivo na torre do castelo de Beja, local emblemático dessa capital alentejana que vive num impasse entre as compras efectuadas no supermercado Modelo, os sinais de modernidade trazidos pelo wi-fi e o seu passado etnográfico).
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«Adelino Briote agora está preso, aguardando julgamento. Parece-me que não devia ser só ele.», João Pedro Henriques dixit no DN online de hoje.
Sôtora Ana Matos Pires, analisando a psi Valupiana e o historial do dito, quem é que segundo ele deveria ir também p’rá cana?
(depreendendo-se que, apesar da emoção do momento, um qualquer impulso não o tenha impedido de ler em tempo a totalidade do artigo, pois claro)
ainda bem que o copy-past básico não manda disparates seguidos como o diarreia mental, senão só de fazer scroll down ficava cansado (mais)…
jpferra, depois de mais esse gritinho histérico vamos beber o leitinho?
16:18
Dois Brancos & Um Preto – Calhambeque (feat. Lili Caneças)
https://www.youtube.com/watch?v=VPIYHQTrCNI , não é do cante mas é bastante etnográfico.
Lili , parabéns , estás uma boneca. redimiste-te completamente das tuas tiices. abreijos.
Valupi, diz lá ao Marco Capitão Ferreira que há uns tipos que estão a fazer obras por aqui na minha escada e que se expressam estilisticamente tão bem como ele (ou um pouco pior, já não sei). Hoje plantaram um aviso na dita, escrito com uns gatafunhos que deixaram uns senhores sombreados através de um marcador preto, a avisarem os condóminos, lá está, que amanhã FEIXAM A ÁGUA A PARTIR DAS 9 HORAS.
Nota. É toda uma genealogia foucaultiana, como vês há uns que podem e os outros podem também.
Pois é, yo. O que quer dizer que há em Portugal umas personagens bizarras que nos habituámos a desvalorizar “culturalmente” e que, se bem aconselhadas, nos conseguem ainda surpreender e que enchem o ego nacional de várias gerações.
:-) a Lili tem uma voz gira. é interessante pensar na voz como atemporal – se calhar é por isso que ter a alma na voz não é boutade.
.. o Problema do Cavaco ir para o Panteão Está Resolvido.
http://dciap.ministeriopublico.pt/sites/default/files/documentos/pdf/arquivamento_inquerito_dias_loureiro_04-04-2017_0.pdf
Não haverá Ninguém Nessa Procuradoria que dê a Cara pela Merda que faz e pelos Ordenados que Recebe?
Até quando a pega, feia, gorda, invejosa, nojenta, salazarenta, cretina e complexada, acha que que isto é tudo normal e que os portugueses são todos parvos.
Quem é que escreveu o comunicado acima? Foi o parolo de Mação em co-autoria com o arquivador de submarinos? Era bom que se soubesse.
Ignatz, larga o vinho e vai deitá-la (olha que as rusgas da PIC ainda prosseguem, e agora com o calor nem o Valupi nem ninguém te emprestarão os seus palheiros para esticares os costados).
Off-topic, Valupi.
Entretanto, regressando ao universo paralelo da Lili Barreiros, outros ilustres conselheiros poderiam dizer umas cenas jeitosas também. Sei que pensas nisso e que, se calhar, estás até afincadamente a escrever mais um post reluzente para exibires nessa brilhante galeria que possuis sobre os desgraçados do MP durante as suas aventuras e desventuras em torno da Operação Marquês.
Como dizia aqui há tempo, na prática da justiça, o arquivamento é sempre um cenário possível (vai-se de recurso em recurso, se houver julgamento; ou, aguardar-se-á silenciosamente se a coisa ficou pela fase de investigação até um dia). Ora, alegria!, porque sempre se poderá retirar algo de positivo da estratégia político-mediática seguida pelo Oliveira e Costa, o Duarte Lima e outros gajos provindos da antiga universidade do PSD ainda que, às vezes, tenham sido convidados a passarem pela barra dos tribunais. É o caso do Manuel Dias Loureiro, como te lembras, que foi aborrecido in illo tempore pelos senhores da PGR por causa de uns míseros 40 milhões desaparecidos dos seus negócios entre a SLN e o BPN.
Enfim, repara que ainda se mostra ofendido (a longa citação é sacada do DN online, hoje). Cito: «”Fico estarrecido com isto. Estarrecido e preocupado” [subtexto: sou politicamente responsável!], disse Dias Loureiro ao DN, lembrando que nestes oito anos sempre manteve o silêncio, e que foi nesse estado que foi assistindo a “fugas de informação sistemáticas, para agora se fazer um arquivamento com insinuações” [subtexto: aqueles malandros!!]. O antigo dirigente do PSD estranha [subtexto: sai uma pazada de areia!] ainda que a acusação tenha passado oito anos a investigar, “oito anos em que viram tudo o que tinham para ver” da vida dele, para agora arquivarem o processo mantendo dúvidas [subtexto: onde é que já vi isto?]. “Se tinham dúvidas deveriam ter usado o contraditório, se tinham dúvidas, perguntavam” [subtexto: onde é que eu já ouvi isto?], diz Dias Loureiro, sublinhando que, depois do primeiro interrogatório, nunca mais foi ouvido ou notificado de nada» [subtexto: pobre e mal-agradecido, eu?!].
É lindo, né?
Não sei se o ex-PM que idolatras, o tal, preenche estes requisitos mas, como vês, é o tipo de estratégia que resulta sempre antes ou depois de dez anos. Ontem atingiu-se a média, e o processo existente na PGR arquivou-se a ele mesmo porque se arquiva sempre o passado.
aeiou
12 DE MARÇO DE 2017 ÀS 0:13
Valupi, eu que exultei com o tom mais sóbrio do sôtor Araújo nas imagens diurnas passadas na RTP 1 e na SIC tenho de fazer uma correcção depois de ver estarrecido mais um happening do senhor na TVI.
Não sei se embalado pela artificialidade que a Judite de Sousa confere, aparentemente, aos momentos em directo (quem sabe!) devo dizer que o senhor vive de facto noutra dimensão. E digo-o reafirmando que o faz, não sei se de propósito ou se por negligência profissional, [mas] objectivamente em desfavor da teia em que se enrolou José Sócrates (uma outra possibilidade passa por, eventualmente, nada haver para ganhar na Operação Marquês e a defesa prever desde já uma condenação e ir de em recuso em recurso até que a morte nos separe… é o que se passa com Duarte Lima e Oliveira e Costa, por exemplo).
[…]
Apesar de uma variável estranha para os não iniciados como eu confirma-se o aeiou, ei-lo.
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Vara e Penedos não podem recorrer para o Supremo
Tribunal da Relação do Porto manteve a condenação a prisão efetiva a António Vara e baixou para 3 anos e 3 meses para José Penedos. Última esperança é o TC, mas as perspetivas de êxito são escassas
As penas de cinco anos de prisão a que Armando Vara (ex-ministro da Juventude e do Desporto) e a de três anos e três meses a que José Penedos (ex-secretário de Estado da Energia e ex-presidente da REN) foram condenados no processo Face Oculta não permite qualquer recurso para o tribunal imediatamente superior, o Supremo. Segundo a lei, e de um modo geral, só as condenações superiores a oito anos são recorríveis para o Supremo.
Para evitarem o trânsito em julgado e a consequente prisão efetiva imediata, os dois antigos governantes terão de recorrer para o Constitucional, onde um recurso tem poucas possibilidades de êxito: terão de conseguir provar que foram julgados ou condenados por leis ou normas que vão contra a Constituição.
Até agora, só Artur Marques, advogado de Manuel Godinho, anunciou que vai recorrer da decisão que baixou de 17 para 15 anos de prisão a pena de Manuel Godinho, o principal arguido do processo, condenado, entre outros crimes, por corrupção ativa.
Não sendo prevísivel determinar quanto tempo demorará o Constitucional a admitir e analisar o recurso de Vara e Penedos, os dois condenados não irão imediatamente para a cadeia. Duarte Lima, por exemplo, está há mais de um ano à espera de um recurso que interpôs no Constitucional contra a decisão da Relação que desceu de dez para seis anos de prisão a pena a que foi condenado no caso BPN/Homeland.
Armando Vara é ainda arguido no caso Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, e está indiciado pelo crime de corrupção. No caso Face Oculta, três crimes de tráfico de influências valeram-lhe cinco anos de prisão efetiva.
[artigo corrigido às 11h com a moldura pena de José Penedos]
No Expresso e no P. online com a oferta de um desenho e, na verdade, um pouco por todo o lado, ontem.
https://static.publico.pt/infografia/2017/portugal/face-oculta-relacao.svg
Adenda, o link é da newsletter do Expresso online assinada pelo Martim-Martim.
Dias Loureiro admite recorrer ao Tribunal dos Direitos do Homem.
Manuel Dias Loureiro pode apresentar uma queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem pela violação do “direito a um processo equitativo”, previsto na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, subscrita por Portugal. A defesa do ex-conselheiro de Estado e ex-ministro da Administração Interna entende que a investigação em causa foi “brutal” pela sua demora (oito anos), situação que ficou agravada pelas “considerações subjetivas penalizadoras” feitas no despacho de arquivamento.
O advogado Daniel Proença de Carvalho pondera, por esses motivos, recorrer aquele tribunal internacional, invocando o artigo 6º da Convenção: “qualquer pessoa tem direito a que a sua causa seja examinada, equitativa e publicamente, num prazo razoável por um tribunal independente e imparcial, estabelecido pela lei, o qual decidirá, quer sobre a determinação dos seus direitos e obrigações de caráter civil, quer sobre o fundamento de qualquer acusação em matéria penal dirigida contra ela”.
[…]
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Valupi, nada dizes?
Aqui: http://www.dn.pt/portugal/interior/dias-loureiro-pondera-recorrer-para-o-tribunal-dos-direitos-do-homem-5773516.html (gargalhadas!)