Estado da direita: pior é possível

Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa foi um excelente profissional da política-espectáculo, conseguindo entreter gregos e troianos ao mesmo tempo que vendia as pirâmides aos egípcios, em Marques Mendes é tudo imprestável.

Artisticamente, o ex-porta-voz do Cavaquistão aparece invariavelmente intragável na sua pose de calhandreiro-mor do reino. Mas isso nem é o pior, tal como pior não é a sua rubrica ser um tempo de antena para uma raivosa chicana contra tudo o que cheire a PS. O pior é mesmo Marques Mendes ser um dos mais influentes caluniadores profissionais na indústria da dita.

Querer ir para Belém não surpreende. É o cargo ideal, de acordo com a recentíssima práxis, para os merdosos que só são valentes no monólogo da pilinha, aos domingos.

25 thoughts on “Estado da direita: pior é possível”

  1. Ó sr. Valupi, explique lá ao “povo” que o lê por aqui, o que acha de “prestável” na actividade política de Marcelo! Falar da “Ordem da Liberdade” que quis atribuir a Zelensky, com o seu apoio, presumo, não vale, uma vez que se tratou de um acto falhado, dada a recusa do próprio homenageado! Explique, pois, outras virtudes da personagem. Até aqui tem zurzido no homem sem dó nem piedade, mas, pelos vistos, começa a descobrir-lhe virtudes! Verbalize-as, pois! Fico á espera de perceber a mudança que parece estar a encetar. Diga-nos lá: você é dos gregos, dos troianos, ou dos egípcios? Gostava de o entender, acredite, para não ficar surpreendido com a possibilidade da sua presença na comitiva de uma próxima viagem!

  2. «teste
    27 de Agosto de 2023 às 11:17

    o mesmo pode ser dito da transformação cultural necessária à moralização da politica e de como alguns azarados – josé socrates à cabeça – têm e devem ser sacrificados em nome do bem comum.»

    Dei agora por esta afirmação do teste em Dominguice de 27 de Agosto. Logo, pareceu-me que havia algo de contraditório nesta afirmação e realmente pensando melhor concordo com parte e discordo de outra parte.
    Concordo totalmente com a parte que diz “o mesmo pode ser dito da transformação cultural necessária à moralização da politica” mas não concordo com a outra parte que diz “…e de como alguns azarados – josé socrates à cabeça – têm e devem ser sacrificados em nome do bem comum.”
    Discordo do princípio de que, em democracia, alguns TÊM e DEVEM de ser sacrificados em nome do bem comum. Realmente, tal acontece demasiado frequentemente por obra da maldade humana ou motivo de política, ou vingança pessoal ou qualquer interesse pessoal. Ainda assim a democracia dá, em tais casos, o direito de defesa ao “azarado” de bater-se pela inocência no processo e até a conseguir provar que tem razão e inverter acusações ou até sentenças já dadas. Precisamente, o caso Sócrates é prova disso e temos tantos outras provas de casos históricos como é o célebre caso Dreyfus.
    Por isso concordo, totalmente, com a primeira parte do raciocínio do teste de que a democracia, sendo um processo de discussão e alteração contínuas, deve lutar e ser promotora “da transformação cultural necessária à moralização da politica”.

  3. ” como alguns azarados – josé socrates à cabeça – têm e devem ser sacrificados em nome do bem comum ”

    dá jeito dizer estas cenas tipo putin, mata o gajo, apresenta condolências à família e faz elogio patriótico do pretérito-mais-que-imperfeito.

  4. «Discordo do princípio de que, em democracia, alguns TÊM e DEVEM de ser sacrificados em nome do bem comum. … Ainda assim a democracia dá, em tais casos, o direito de defesa ao “azarado” de bater-se pela inocência no processo e até a conseguir provar que tem razão … Precisamente, o caso Sócrates é prova disso e temos tantos outras provas de casos históricos como é o célebre caso Dreyfus.»

    Estou a ler mal ou o José Neves acabou de comparar o caso do Trafulha 44, turista parisiense, caixeiro-viajante farmacêutico e coveiro-mor do país, a um caso de discriminação do séc. XIX?

    O 44 foi realmente discriminado: por ser o aldrabão mais compulsivo e o pulha mais descarado que já saiu deste esgoto partidário, caiu sobre ele a ‘maldade’ de um país gozado, chulado e roubado.

    Todo o país? Não: uma minoria mamou e mama ainda na máfia do 44. Como se vê por aqui.

  5. JA, estou curioso a teu respeito. Tu, como parece, acordas a pensar no Zelensky e deitas-te a pensar no Putin? E quando abancas à mesa para te alambazares com o stroganov só passas o sal a quem te garantir estar a favor da “operação especial” para “desnazificar” a Ucrânia?

  6. e se não for pedir muito bota aí a lista dos crimes cometidos por ele e pela máfia do tal 44, caso contrário sou levado a pensar que és um mentiroso compulsivo que vem para aqui vomitar o cardápio dos slogans xungas.
    agora vai-te queixar ao zé da loja que te tratam mal aqui na tasca.

  7. Eu, ao contrário de si, sou transparente desde o início da guerra. Com todo o gosto, explico-lhe, mais uma vez, a ver se percebe: na minha modesta opinião a guerra é o resultado da rivalidade notória entre os EUA e a Rússia e, de modo mais encoberto entre os EUA e a China. Ou seja, é uma guerra em que a Ucrânia é mero peão, que desde o início só tem a perder. Por isso, sempre aqui defendi que era urgente desencadear um processo de negociações que pudesse estabelecer uma paz justa. Acreditava e acredito que só uma opinião pública mundial informada é capaz de fazer recuar todos aqueles que só têm a ganhar com o negócio que é a guerra, esta ou outra qualquer. Também já lhe disse que considerava ser este o problema primeiro do mundo. Aliás, também aí, você me instou a explicar esta minha tese, para poder discutir a questão. Contudo, esclarecido que foi, fugiu á querela e optou por sair de lado, com o douto argumento de sempre: – larga o vinho. Para um maniqueísta, ou um vulgar alienado, até que o nível não estaria mal, agora para quem, como é o caso do Sr, se pretende portador de um pensamento estruturado é
    demasiado pobre. Dito isto, sem esperança de que possa fornecer qualquer argumento lógico sobre a génese do problema (se você fosse capaz de o exibir, há muito que o tinha feito, tantas fazes que foi exposto a tal exigência), fico a aguardar que, ao menos, exponha a sua opinião sobre o episódio do acto falhado da entrega da comenda ao Zelensky, você que não consegue deixar de comentar as peripécias do Marcelo! Não esconda o que pensa sobre o assunto! Faça um pequeno esforço para o abordar do modo loquaz como costuma fazer, de cada vez que comenta qualquer “Marcelice”. O seu silêncio será valorizado!!!
    Espero ter satisfeito a sua curiosidade.

  8. ” … a guerra é o resultado da rivalidade notória entre os EUA e a Rússia e, de modo mais encoberto entre os EUA e a China.”

    então porque é que a russia não sai da ucrania e pede ajuda aos chineses para ambos invadirem, destruirem e matarem os americanos todos.

  9. “O meu anterior comentário é dirigido ao Sr. Valupi, como é óbvio.”

    podias ter mandado por mensagem privada, escusavas de partilhar a barbaridade com os outros comentadores e podias imprimir um papel para pores na campa do reinaldo matos ou reencaminhares para o ventrulhas.

  10. “Eu também só falo…”, hoje já dei palha ao burro e garanto-te que até ele percebia o meu “post”.

  11. «se não for pedir muito bota aí a lista dos crimes cometidos por ele e pela máfia do tal 44»…

    É pedir bastante: nem tenho o dia todo, nem a caixa de comentários deve permitir tanto.

    Podemos, quando muito, tentar um breve resumo:
    — a gestão danosa e ruinosa do país, até muito antes da bancarrota;
    — a capitulação do país à Troika dos agiotas e ao seu cobrador Passista;
    — o saque, a saída impune e a vida de lorde em Paris à pala do compincha mafioso;
    — o Cagalhães, a ‘festa’ Parque Escolar e outras megatrafulhices à pala do erário público;
    — os contratos ‘blindados’ enche-mamões das auto-estradas, PPP, SWAPs e afins;
    — a entrega do país no colo do Mamão Salgado, incluindo ministro às ordens;
    — a negociata da PT, com os resultados conhecidos, e a manipulação dos media;
    — as trafulhices menores do canudo, da Cova da Beira, Freepote, pardieiros da Guarda, etc.;
    — a degradação moral do país e a normalização (adicional) da bandalheira e da corrupção;
    — os cúmplices que nos legou – Vara, Farfalha, sucateiros, etc… e o seu herdeiro Bosta.

  12. É sabido que a direita tenta sempre denegrir as figuras da esquerda que fazem algo em prol da população; e desconfio logo quando vejo unanimidade contra alguém, mesmo ditadores como Castro ou alucinados como Chavez. Muito do que deles se diz é verdade, mas muito mais é exagero ou mentira.

    Não é esse o caso do Trafulha. Basta ouvi-lo meio minuto para suspeitar que é trafulha. No final do minuto temos a certeza absoluta. E a sua ‘governação’ foi o maior desastre do país após 1755.

    Para as viúvas do Trafulha como v., o Galamba, a Câncio, o Campos das PPP ou o Beiçolas da Euromama, nenhum crime, nenhuma trafulhice, nem a ruína do país importa – só importa que ‘ele não foi condenado’! Como se não ser condenado nesta partidocracia podre provasse algo além da podridão.

  13. JA, escreves que te achas em melhor condição para saber o que os ucranianos devem querer para si e para o seu país do que eles próprios. O facto de haver dezenas de milhares de ucranianos mortos, na sua enorme maioria na flor da idade, é para ti indiferente, até desprezível. São os tais “peões” dos americanos, incapazes de perceber o que tu vês com clareza e inteligência ofuscantes.

    Daí morrerem às carradas, e é muito bem feito que é para aprenderem a não se meterem com os soldados da paz putinista — arrotas enquanto abres mais um garrafão.

  14. — a gestão danosa e ruinosa do país, até muito antes da bancarrota;

    só me lembro duma crise económica mundial sem precedentes e de toda a direita se queixar duma crisezinha que nunca mais evoluía para eles irem ao pote. até hoje nenhum tribunal de contas ou judicial detetou qualquer irregularidade nas contas ou julgou qualquer caso de gestão danosa.

    — a capitulação do país à Troika dos agiotas e ao seu cobrador Passista;

    quem pediu a troika foi o parlamento, todos os partidos que se juntaram para chumbar o pec4

    — o saque, a saída impune e a vida de lorde em Paris à pala do compincha mafioso;

    saque de quê e onde? saída impune? não, saiu porque perdeu as eleições, os julgamentos políticos em democracia são feitos nas urnas e não consta que decisões políticas sejam criminalizadas. deves estar a referir as investigações particulares do correio da manhã em paris sobre a vida topo de gama e alta cilindrada dumas sandochas no bar da esquina e do mini (ver reportagem paulo dentinho/rtp).

    — o Cagalhães, a ‘festa’ Parque Escolar e outras megatrafulhices à pala do erário público;

    sim, o magalhães foi o primeiro computador dos filhos das famílias mais necessitadas e o parque escolar foi festa da recuperação das escolas degradadas do sistema de ensino publico, tendo sido ao mesmo tempo uma ajuda para compensar os efeitos da crise económica no sector da construção civil, medida prevista e aconselhada pela comissão europeia à época. ver carta ou memorando de conforto de bruxelas sobre medidas económicas para fazer face à crise do subprime. as outras trafulhices vais ter de explicar quais são, só se te estás a referir às mentiras que elegeram o coelho, não aumentava impostos, não haveria desemprego, não reduzia a pensão dos reformados, o rating da republica passava 3às assimque destrunfasse o joker moedas.

    — os contratos ‘blindados’ enche-mamões das auto-estradas, PPP, SWAPs e afins;

    lembro-me disso, o sócras deve ter rebolado a rir, inicialmente queriam investigar só os contratos assinados durante os governos sócrates, mas como a grande maioria tinha sido contratada pela marilú dos swapps, resolveram classificar a coisa em swapps bons e maus, retiraram os que tinham sido contratados pelo pessoal da direita que tinha trabalhado no ministério das finanças dos governos socialistas e ficaram sem material para investigar.

    — a entrega do país no colo do Mamão Salgado, incluindo ministro às ordens;

    pois, amigo íntimo do actual presidente da republica, com quem passava férias no brasil e financiador das campanhas presidênciais do cavaco, intermediado pelo sr. rebelo. o ministro às ordens deve ser alusão ao: eu punha o moedas a funcionar.

    — a negociata da PT, com os resultados conhecidos, e a manipulação dos media;

    a negociata da pt era ter sido comprada a pataco pelo tio belarmino de manipulação dos media e os resultados conhecidos
    da negociata é fruto da falência do bes. quem decretou a falência do bes foi o coelhinho que tinha ido no combóio ao circo com o avó cavaco e depois apanhavam as provas faltavam ao alex.

    — as trafulhices menores do canudo, da Cova da Beira, Freepote, pardieiros da Guarda, etc.;

    quais eram os crimes, houve julgamentos e condenações ou foi só “manipulação dos media” como dizes acima ou o freeporcos terá sido crime de denúncias e testemunhos falsos manipulados dentro da judiciária.
    “Contou Elias Torrão que as informações sobre alegados crimes de corrupção e de participação económica em negócio, envolvendo José Sócrates no caso Freeport , chegaram através de Boal, presidente da concelhia do CDS/PP de Alcochete.” procura no google, sempre exercitas os dedos. as fantasias do cerejo, encomendadas pelo patrão do público, nem comento por serem óbvia azia da negociata falhada na compra da telecom.

    — a degradação moral do país e a normalização (adicional) da bandalheira e da corrupção;

    aí tens razão, a normalização do chega e a proliferação de idiotas como tu são exemplo disso

    — os cúmplices que nos legou – Vara, Farfalha, sucateiros, etc… e o seu herdeiro Bosta.

    vara condenado por uma caixa de robalos. o sucateiro foi condenado, mas a folha do marques mendes desapareceu do processo, isto não iliba o sucateiro, mas o total das penas aplicadas parece vingança por não terem apanhado socialistas suficientes para os objectivos da campanha. o farfalha não sei quem é nem do que é culpado.
    “Segundo o causídico, «menos de metade» dos nomes que constam nas listas que foram apreendidas nas empresas de Manuel Godinho não foram transcritos para as listas da PJ, entre os quais estão o ex-líder do PSD Marques Mendes e o ex-secretário de Estado do Desporto Hermínio Loureiro.” procura este tamém, cuidado com a tendinite.

  15. Valupi, face à resposta que acaba de me dar só posso considerar duas hipótese: escreveu sob o efeito de fortes alucinogénios, ou é intelectualmente desonesto, de modo notoriamente asnático.
    Com efeito, em que momento do meu texto “escrevi” que me acho “… em melhor condição para saber o que os ucranianos devem querer para si e para o seu país do que eles próprios.”?!
    Quanto à mortandade que reconhece no segundo período do seu arrazoado, julgo que deveria levá-lo a perguntar-se sobre a razoabilidade das suas teses e se valerá a pena falsificar a realidade, muito mais do que pretender julgar-me indiferente ao sofrimento humano aí vivido. Aliás, pensando melhor, é uma hipótese plausível considerar que a confusão que evidencia não passará de uma manifestação dos rombos que a sua consciência começa a revelar de cada vez que é confrontado com a questão da guerra. Se fosse de outro modo, não precisaria de recorrer a argumentação primária e rasteira e à diabolização de quem de si discorda, devendo apresentar as suas ideias sob a forma com pode resolver-se o conflito! Ou você entende que a contabilidade dos mortos vai diminuir á medida que o conflito avança? E, se entende que vale a pena o morticínio, desde que a Ucrânia vença a guerra, afirme-o sem subterfúgios! Por mim, não acredito que a Rússia possa ser derrotada, pelo simples facto de ser a potência nuclear que os entendidos dizem que é. Apesar de já não ter idade para grandes medos, suspeito que andem doidos à solta e tenho receio deles!
    Quanto ao último parágrafo, pela estupidez que revela, só posso dizer que confirma a sua má consciência. E nem é preciso grande “…clareza e inteligência ofuscantes” para tal concluir; quanto a caganças, deixo-as para si, que lhe assentam muito bem! Registo que, mais uma vez, usa o populismo como poeira para não revelar o que pensa sobre a atribuição da dita comenda e da recusa em recebê-la por parte do agraciado. E, você, que tão mal fala da comunicação social que temos, não gasta uma palavra sobre o silenciamento do ocorrido! Ah ganda Valupi, para onde vais?!

  16. Honestidade intelectual, para que te quero?

    “O facto de haver dezenas de milhares de ucranianos mortos, na sua enorme maioria na flor da idade, é para ti indiferente, até desprezível. São os tais “peões” dos americanos, incapazes de perceber o que tu vês com clareza e inteligência ofuscantes.
    Daí morrerem às carradas, e é muito bem feito que é para aprenderem a não se meterem com os soldados da paz putinista.”

    No que respeita à “nossa” guerra colonial, nunca vi nem ouvi nenhum dos que a criticaram e/ou condenaram referir-se aos soldados portugueses que aí morreram como “culpados porque incapazes de perceber o que os críticos viam com clareza e inteligência ofuscantes. E que por isso era muito bem feito que morressem às carradas, para aprenderem a não se meter com os guerrilheiros anticolonialistas”. Mas enfim, se calhar estava distraído.

    Daqui se conclui, quanto à pergunta “Honestidade intelectual, para que te quero?”, que a resposta valupiana é óbvia: “Para nada, sou alérgico! A minha cena é mais a demagogia sem sentido e o chutar para canto!”

  17. JA, há uma terceira hipótese. É a de não entenderes patavina do que por aqui escreves sobre o assunto que te ocupa o bestunto 24 horas por dia.

  18. A cena valupiana comporta ainda a simultânea e entusiástica militância na Confraria dos Vinhateiros Inimigos do Vinho e na Liga dos Abstémios Bêbados. Parece contraditório mas não é. Trata-se de honestidade intelectual numa perspectiva quântica: coexistência entre estar e não estar, ser e não ser, existir e não existir, dizer e não dizer e tutti quanti. Assim a modos que uma tripla quádrupla, quíntupla ou sêxtupla no Totobola. Não há como falhar, só há como enganar, ou pelo menos não desistir de tentar.

  19. Carlos Matos Gomes, capitão de Abril, e o beijoqueiro-mor, heróico enviado de Valupis e afins ao quintal do corrupto de Kiev:

    “A propósito da atuação de Marcelo Rebelo de Sousa na presidência da República, António Barreto escreveu na sua coluna no Público (26/08/23) — Grande angular: «O regime está mudar». “O Presidente vetou tudo. Não por motivos constitucionais, jurídicos e constitucionais, mas por razões políticas e programáticas.” (…) “Além do tradicional, o Presidente parece agora desempenhar vários papéis. O de fiscal da ação política, provedor do cidadão, colegislador, responsável pelas políticas públicas.” (…) “ Estamos a assistir a uma mudança de regime”. E exalta como exemplo da virtuosidade da ação de Marcelo Rebelo de Sousa e da mudança de regime a patética visita a Kiev para marcar o ponto: “O Presidente da República desempenhou na Ucrânia, com garbo (hirto a marchar com os braços colados ao corpo em direção ao mural de Bucha) e competência (sic), cultural (sic — deve ter sido quando falou ucraniano) e afetuosamente (é um distribuidor de afetos ambulante, sabe-se), com brilho e distinção” (é uma nota de um examinador amigo).

    A António Barreto salta a boca para a verdade e para a contradição quando afirma (para fazer a quadratura do círculo): “Ultrapassou (sic) as tradições de cerimónia. Dentro das margens estabelecidas pela Constituição (definidas por Barreto), foi um verdadeiro Chefe de Estado (uma figura não contemplada na Constituição) e chefe da política externa” (outro pé fora da Constituição). (…)

    Os novos poderes, os novos regimes a que A. Barreto associa Marcelo Rebelo de Sousa, têm como novidade essencial a tomada do poder pelos truões. Os truões deixaram de ter um soberano para quem trabalhavam e passaram a ter eles o poder. Um processo que já havia sido previsto por George Orwell em ‘O Triunfo dos Porcos’ e que tem levado vários atores ao poder real: Reagan, Trump, Johnson, Zelenski. Marcelo Rebelo de Sousa era, recorde-se, um popular comentador político nas televisões!

    O truanismo de Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se em pelos menos três casos exemplares. O primeiro na triste viagem de salamaleques a Londres para celebrar o Tratado de Aliança Luso-Britânico. O tratado é tudo menos merecedor de hinos e cortesias de dobra da espinha por parte de Portugal. O tratado serviu os interesses dos ingleses, que utilizaram Portugal continental como base de combate a Napoleão e passaram a ter direito ao comércio do Brasil. O tratado transformou (ou oficializou) Portugal numa colónia inglesa, o que não é motivo para os ademanes de Marcelo Rebelo de Sousa perante uma outra figura de decoração, Carlos III, ademanes, vénias e sorrisos que transmitem a mensagem de que Portugal e os portugueses se sentem muito bem, felizes, como fiéis servidores e vassalos de suas majestades britanicas. Marcelo Rebelo de Sousa pode ter o dorso moldado para servir de montada, mas essa atitude não consta do cartão do cidadão. (…)”

    Aqui:
    https://estatuadesal.com/2023/08/30/truanismo-o-regime-de-falsificacao-da-historia-e-dos-valores/

  20. Valupi, já uma vez lhe disse que não é por si que venho aqui comentar. No entanto, confesso que gosto que me responda. Desse modo, as suas ideias e preocupações ficam mais claras aos olhos de quem o lê, são menos prejudiciais… Á vontade que pela parte que me toca pode continuar a mostrar a sua pobreza de ideias e argumentos. De tanto falar, alguma coisa de útil lhe há-de sair.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *