[a partir do minuto 12]
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José Gomes Ferreira, director-adjunto de informação da SIC, encontrou provas de Marte ter zonas verdes e azuis, algumas idênticas às que vemos na Terra. Ele também sabe terem os países que mandam sondas a Marte combinado ocultar dos terráqueos estes dados a respeito do enganadoramente chamado “Planeta Vermelho”. Os piores nesta interplanetária cabala são os americanos, os quais pintam obsessivamente de tons castanhos e alaranjados todas as fotos de Marte para disfarçar pedaços verdes e azuis. Os europeus parecem mais desleixados na matéria, se bem entendi as explicações do famosíssimo jornalista.
O que no episódio importa não é o fulano e a sua epistemologia digitalóide. Declaro que não o acho maluco, nem parvo, antes notavelmente bem preparado para utilizar um navegador de Internet sem se magoar a si ou a terceiros, e, portanto, muitíssimo bem informado acerca do que se pode ir buscar à Net. O que importa no episódio é a SIC. A SIC paga-lhe, deu-lhe um cargo de direcção, permite-lhe usufruir do tempo de antena que quiser para lançar no espaço público outras ideias deste calibre, realismo e supina inteligência. O Zé Gomes usa a sua invejável acutilância para investigar o tenebroso fenómeno de estarmos rodeados por marcianos a mando do Estado, do PS e da Maçonaria (embora não necessariamente por esta ordem). Tem dedicado a maior parte da sua vida adulta a alertar-nos para tal. Devemos agradecer ao tio Balsemão pelo privilégio de ainda haver alguém com coragem para esse homérico combate.
“Tudo isto que eu estou a dizer não saiu da minha cabeça“, revela ao minuto 24. Acreditamos sem dificuldade, Zé Gomes. É bem possível que a tua cabeça seja apenas um local de passagem das mais desvairadas e arrebimbomalhantes ideias da Net. Vou até mais longe: no dia em que algo consiga sair da tua cabeça, ou o mundo estará para acabar ou já haverá socialistas em Marte a lançar parcerias público-privadas (tanto nas zonas verdes como nas azuis, pois os cabrões não perdoam).
Bem que ele era louco, já todos tínhamos obrigação de saber. Agora que é louco QAnon level, devo confessar a minha surpresa.
o post está muito giro. sério que o man disse isso ? jasus.
o polígrafo do sic e o nariz do bernardo ainda não farejaram a merda que esta subespécie de josé rodigues dos santos faz.
Eu estou “banzada” (palavra caida em desuso e ressuscitada por mim) para gáudio com a minha pessoa dos insultadores do costume. Agora a sério, eu ainda não ouvi o áudio, mas isso parece mais próprio de um romance de ficção científica do que outra coisa. O outro José mas o dos Santos deve ter-lhe dado a dica para o tema. Melhor do que ninguém este último sabe reinterpretar a história e criar factos, ou fatos para ser actualizada, ou antes atualizada.
Está aqui uma espécie de resumo:
https://youtu.be/rcWpZGMpJ0k
O rapaz deslumbra-se com todos aqueles mapas, na deslumbrante Net, e para ele aquilo funciona tudo como testes de Rorschach, uns atrás dos outros.
Fui ouvir o extracto da coisa no Extremamente Desagradável. Tentei ver o original nas ao fim de alguns minutos a ouvir o JGF desisti. Ora bem ou ele estava na brincadeira, ao fim e ao cabo o programa leva mais a peito o humor do que as verdades científicas ou ele teve um traumatismo craniano e ficou assim. Sem humor a partir daqui conto como tenho um primo a quem isto sucedeu, a coisa correu mal, mas ele está vivo, respira e trata da vida como antes mas o discurso é exactamente igual ao do JGF . Estamos todos a ser enganados por forças ocultas com um plano, para não destruir a estrutura existente e cujo objectivo eu não descortino. Mas haverá alguém com juízo que leve isto a sério? O livro devia então chamar-se “Historietas secretas da história de Portugal e do mundo desde há 600 anos – ou cabala dos agentes secretos alienígenas que dominam os nossos dias.”
O Zezé Gomes Ferreira resolveu refrescar a sua e a nossa ciência histórica nos saguões fétidos da net, pela aparente razão de que os compêndios (sic) não são de fiar. A partir daí, está quase tudo dito.
Uma das estórias da história de Portugal mais batidas pela net é a do prior de Trancoso, que fez 299 filhos a afilhadas, comadres, irmãs, tias e à própria mãe. 299 para não dizer 300, número demasiado redondo. Centenas de blogues, sites (inclusive o do orgulhoso município de Trancoso), jornais, revistas e vários livros portugueses e estrangeiros relatam com admirável simpatia a vida sexual do prior de Trancoso. O padre, dito o Povoador das Beiras, terá sido salvo da forca por D. João II, que lhe perdoou os excessos procriadores. Os brasileiros, sempre na vanguarda, acrescentam cargas pedófilas e outras à patologia do incansável clérigo. Em certas versões, o prior de Trancoso aparece transferido para o Brasil, agora a povoar o sertão.
Claro que nem uma palavra é verdadeira em toda essa história, não havendo qualquer prova de que tal indivíduo tenha sequer existido, em Trancoso ou alhures. Mas se está na net e não está nos compêndios, é porque é um facto que nos quiseram esconder. Recomendo ao Zezé o relato deste caso, se ele o não fez já. Está bem à altura da sua ciência e do seu público.
é como tu e as tuas deslumbrações internéticas, especialmente palha com ranço.
o assumpto do dia é a cml ter fornecido à embaixada russa os nomes dos organizadores de uma manifestação anti-putin em lisboa. tens opinião? links para partilhar? novidades sobre o que se passou? opinião própria ou alheia? nada… é aguardar que se resolva e depois cagas umas teses, públicas uns papéis, links q.b. e a quantidade de vezes que a academia te citou.
Porra, bully mariconço! Basta a sombra de um botão da minha maravilhosa braguilha para te pôr aos saltinhos em frente da cuja, de bocarra escancarada, a implorar-me a graça de um fellatio! Eu sei que é uma braguilha Armani, bacorinho, coisa fina, mas modera-te, carago, um pouco de pudor ficava-te bem! Até porque se depender de mim morres desidratado, o meu leitinho não é para ti, bully ranhoso!
Um ponto de ordem à mesa. Acho que estão a ser injustos com o Zé Gomes, o homem está coberto de razão. A próxima edição do livro terá, até, um capítulo resultante de colaboração minha, que o Gomes acolheu entusiasticamente. A saber: ao contrário da versão oficial, Roswell não aconteceu na América mas sim em Portugal, mais precisamente na zona entre Xabregas e o Poço do Bispo, numa propriedade chamada Quinta da Rosa Bela. A CIA soube da coisa por um contacto da PIDE e enviou um agente secreto disfarçado de investidor capitalista, que comprou imediatamente a Quinta da Rosa Bela, recolhendo e enviando para a América os destroços da nave extraterrestre que se despenhara. Roswell é precisamente uma corruptela de Rosa Bela e foi o nome que os americanos, duros de ouvido, deram ao local de lá em que depositaram o que levaram de cá.
Quanto aos tripulantes sobreviventes da nave, eram precisamente de Marte, segundo os próprios explicaram, numa mistura de inglês que aprenderam na viagem, a ver filmes americanos, e português que aprenderam a ouvir fados.
Nos destroços foi encontrado um mapa detalhado da rota entre a zona verde de Marte e o Poço do Bispo, com passagem pela Austrália, um desvio por Moscovo (para abastecimento de gasóleo e vodka) e, finalmente, Marrocos e Poço do Bispo. Está (ou estava) tudo num arquivo ultrassecreto da Biblioteca Nacional, que, pressionada e envergonhada pelo Zé Gomes, em boa hora despejou o acervo na Net. Sei porque vi e até fiz screenshots de todo o material, antes que a cabala maçónica lhe dê sumiço para manter o povo na sua santa ignorância .
O que mais entusiasmou o Zé Gomes, porém, foi o ter sido por mim informado de que (como resulta da análise ao ADN dos ETs despenhados na Quinta da Rosa Bela) é ele próprio descendente de um deles, que, cheio de fomeca libidinosa acumulada na longa viagem, descarregou sem demora os berlindes na garupa de uma burrinha jeitosa que por ali andava a pastar. A reforçar a prova desta gloriosa ascendência temos a segunda parte do apelido do Zé Gomes, ou seja, Ferreira, obviamente relacionado com ferro, óxido do dito (ferrugem) e a cor que a cambada que nos anda a enganar a todos atribuiu à totalidade de um planeta que, além do verde, azul e branco referidos pelo Zé Gomes, é de uma enorme riqueza em todas as cores do arco-íris. Aliás, dará brevemente entrada na Assembleia Geral das Nações Unidas uma proposta para lhe mudar o nome para planeta LGBTQ+.