Está frescote? Foram os americanos

Nos dois meses que antecederam a segunda invasão da Ucrânia pela Rússia, os EUA avisaram que esse acontecimento estava próximo, estava para breve, estava iminente. Enquanto o Pentágono constatava não só que as tropas russas se aglomeravam perto da fronteira como toda a logística militar para a invasão desenvolvia-se em marcha acelerada, os russos negavam tal intenção, juravam que eram invenções “ocidentais” e que Moscovo pretendia negociar uma solução. Tantos foram os avisos da Casa Branca, inclusive chegando ao ponto de estabelecer datas precisas para tal, que a insistência gerou reacções de gozação no comentariado da esquerda antiamericana ao se constatar que as previsões falhavam sucessivamente. Para além do prazer em ridicularizar os americanos, os escribas (exemplos nacionais: Miguel Sousa Tavares, Francisco Louçã, Daniel Oliveira, etc.) também davam conta do aparente absurdo estratégico de tal eventual invasão. A tese que os enchia de confiança era a de que Putin não seria tão estúpido como Biden o pintava. Aquilo dos tanques e soldados russos à beirinha da Ucrânia, portanto, era só mais uma jogada provocatória de um mestre em geopolítica e, no fundo, ainda e sempre um agente racional.

A partir de 24 de Fevereiro de 2022, deixou de ser possível continuar a gozar com Washington e um vero dilema preencheu o bestunto dos antiamericanos: ou condenavam a invasão, ou justificavam a invasão. Ou seja, ou tomavam partido pela Ucrânia ou tornavam-se partidários de Putin, não existindo terceira via. Esta situação causou profundo sofrimento moral e graves obstáculos cognitivos, pois interferia com a identidade ideológica e pública de cada uma destas (muitas mais, não só as três citadas) personagens. Com impacto histórico, o PCP de imediato optou por Putin. Com ele, através do pior momento na carreira política de Jerónimo de Sousa (que borrou a pintura do que era até então um belíssimo quadro), os seus militantes e simpatizantes. Mas não só, personalidades insuspeitas de fanatismo, como o já referido Miguel Sousa Tavares ou Vital Moreira, entre muitas outras consideradas moderadas e intelectualmente sofisticadas no socialismo democrático e na social-democracia, tentaram colocar-se numa fantasiada posição equidistante que não passa de um putinismo suave. Isto porque qualquer argumento que remeta para putativas responsabilidades de países e organizações terceiras na decisão de invadir uma nação que não atacou a Rússia serão sempre hipócritas, sonsas e intelectualmente desonestas formas de justificar a decisão de Putin. A propaganda russa e as suas opiniões só divergem na retórica, não na lógica.

Obviamente, pode-se discutir com proveito qual o sentido e benefícios de ir admitindo na NATO países que outrora foram territórios da URSS ou que agora tenham fronteira com a Federação Russa. É uma problemática onde todas as posições são bem-vindas, e que até merecia mais debate público por estar em causa a segurança europeia. O que não é racionalmente admissível é comparar o crescimento de países numa coligação defensiva com a invasão de um país para fins de mudança de regime e conquista territorial. Tal como ensina Tucídides, os invasores têm sempre razão, a sua. Há uma qualquer narrativa agitada para consumo interno e externo pelo agressor. Podemos aferir da grotesca ilegitimidade desta segunda invasão da Ucrânia pelo absurdo gongórico usado como bandeira por Moscovo ao se agarrar a ameaças inexistentes (o ataque à Rússia pela NATO é algo impossível de acontecer sem um prévio ataque russo) e inexistentes realidades (o regime ucraniano é democrático, não é nazi). Estando esta propaganda moscovita a espalhar a pura alucinação, quem escolheu o lado putinista só podia ir aumentando o seu grau de irrealidade e desvario no tortuoso processo da dissonância cognitiva em que se afundaram.

Um dos locais onde este fenómeno putinista atingiu expressão maximalista é o blogue Estátua de Sal. Não conheço o seu autor, acho que nunca sequer trocámos palavra nas caixas de comentário, mas alguns textos meus foram lá parar durante alguns anos antes da invasão — por vezes também eu fazendo ligações para textos publicados aí. Pelo que conheço bem o que era a linha editorial do blogue até Fevereiro do ano passado, caracterizando-se por oferecer um panorama ecléctico de autores colocados no espectro político da esquerda, misturando-se estrelas consagradas com figuras sem projecção mediática, e ainda ilustres nulidades como aqui o pilas. Ora, tudo isso desapareceu, foi varrido, assim que os tanques russos começaram a avançar em direcção a Kiev. Em sua substituição apareceram justificações para os acontecimentos que punham o odioso da questão não em quem escolhera destruir e matar, sem ter sido atacado, mas sim em quem procurava defender-se e em quem estava agora a ajudar aqueles que se queriam defender. A evidente contradição de culpar a vítima precisava de cada vez mais delirantes e inumanas justificações para ser mantida, e foi nesse terreno que o autor do blogue quis erguer um bastião invencível. Trouxe, pois, a propaganda russa na sua versão acéfala, onde os “americanos”, o “Ocidente”, a “Europa” se transformaram em entidades fantásticas, mitológicas, que deviam a sua existência ao único projecto que lhes dava sentido: destruir a mãe Rússia num apocalipse nuclear. Chegados aqui, sendo este o alimento mental de que dependiam para proteger a identidade, não espantou assistir ao nível seguinte da demência. A aberta, consciente, intencional adesão à carnificina de militares e civis ucranianos, num primeiro momento. E o êxtase contemplativo face a uma ordem mundial onde a tirania criminosa de Putin conseguiria impor-se como modelo universal, acabando com as actuais democracias, eis o pináculo da alienação.

Vou dar um singular exemplo do que é o putinismo enquanto aberração cognitiva, aqui: Segundo a Senadora Diana Ivanovici Șoșoacă, os EUA provocaram o terramoto na Turquia e na Síria. Quem ler os comentários, confirmará que o autor do blogue não estava na reinação. Para ele, e para grande parte dos maluquinhos que agrega e congrega, os americanos lembraram-se de atacar a Turquia (aliado dos EUA) via terramoto. Como, porquê ou para quê? O putinista não perde tempo com esses pormenores. Ele sabe que para os americanos tudo é possível, só por serem americanos. Esses cobóis podem mandar terramotos, vulcões, maremotos, inclusive perigosíssimos arco-íris, para onde lhes der na mona. Há até quem garanta que foram os americanos que pegaram fogo ao Sol.

Que se pode dizer? Como contra-argumentar quando a perturbação mental atinge este estado? Aceitam-se sugestões.

134 thoughts on “Está frescote? Foram os americanos”

  1. hoje já aprendi uma coisa que não sabia nunca me passou pela cabeça que a actividade humana pudesse causar sismos , mas , hélas… actualiza-te , pá. e quem manda bombas atómicas , também pode causar um sismozinho , não?

    https://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2017/10/20/139538-estudo-comprova-que-atividades-humanas-causam-terremotos-mortais.html

    https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2018/05/04/terremotos-causados-pela-acao-humana-sao-frequentes-e-podem-ser-intensos.htm

  2. eicsh,

    que texto tão grande para dizer exactamente a mesma coisa que andas a dizer há um ano, e mesmo assim continuas sem adereçar ou responder às principais criticas à tua posição delirante e historicamente ignorante. senão vejamos:

    1) “os russos negavam tal intenção, juravam que eram invenções “ocidentais” e que Moscovo pretendia negociar uma solução.” bem, durante os 8 anos anteriores eram os usa e a eu que garantiam que pretendiam negociar uma solução para a tensão entre os dois países e passados uns anos viemos a descobrir, admitido pelos próprios, que tudo não passava de uma manobra dilatória para preparar o exercito ucraniano para a guerra que sabiam que viria, PORQUE QUERIAM QUE VIESSE E TUDO FARIAM PARA QUE ACONTECESSE. alias, visto deste prisma nem chega a surpreender a capacidade preditiva de Biden relativamente ao conflito: quando eu peço um bitoque no restaurante, quão impressionante é que eu preveja que vou estar a comer um bitoque daqui a 10 ou 15 minutos?

    2) “Aquilo dos tanques e soldados russos à beirinha da Ucrânia, portanto, era só mais uma jogada provocatória de um mestre em geopolítica e, no fundo, ainda e sempre um agente racional.” temos então que, para vilupa, putin não é um agente racional, não tem interesses nem aspirações, é um demónio ou uma espécie de animal selvagem que urge abater. assim, com esta óbvia desumanização dos russos, vulapi sente-se legitimado a pôr de lado também a sua racionalidade para justificar a sua animalesca recusa em encetar tentativas diplomáticas para parar o conflito ou inclusive, evitar reconhecer que logo no incio do conflito estas estiveram muito próximas de lhe colocar um rápido fim e que foi a intervenção da “organização defensiva” que as fizeram falhar, conforme amplamente relatado em vários orgãos de comunicação social do ocidente.

    3) “Obviamente, pode-se discutir com proveito qual o sentido e benefícios de ir admitindo na NATO países que outrora foram territórios da URSS ou que agora tenham fronteira com a Federação Russa.” poder de facto pode-se, não me parece que seja uma impossibilidade fisico-quimica, mas infelizmente é uma discussão para a qual valupi nunca tem disponibilidade, helas.

    4) “O que não é racionalmente admissível é comparar o crescimento de países numa coligação defensiva com a invasão de um país para fins de mudança de regime e conquista territorial.” faltou dizer a qual invasão de país para mudança de regime e conquista territorial valupi se refere. deixo aqui algumas hipóteses possiveis: afeganistão, iraque, síria, ou mesmo palestina.

    5) “o regime ucraniano é democrático, não é nazi.” daí o golpe de estado, a integração de milicias neo-nazis no aparato militar/policial, proibição de partidos da oposição, proibição da lingua russa falada por 30% da população e a atribuição de nomes de ruas a reconhecidos colaboradores nazis durante a segunda guerra mundial conforme relatado por insuspeitos jornais israelitas. mas tudo isto passa ao lado de valupi porque, conforme ele próprio escreve “quem escolheu o lado nazi só podia ir aumentando o seu grau de irrealidade e desvario no tortuoso processo da dissonância cognitiva em que se afundaram”

    6) “Vou dar um singular exemplo do que é o putinismo enquanto aberração cognitiva,” assim é fácil. eu também posso dar como exemplo os maluquinhos que garantem que a nato é uma organização defensiva e que as munições de urânio empobrecido não têm qualquer impacto nos níveis de cancro das populações onde são utilizadas, ou mesmo que a democracia de vilapu nunca utilizou tortura em larga escala ou armas quimicas como o fosforo branco nas variadas intervenções superdefensivas que foi tendo ao longo das ultimas décadas. o que seria mais interessante, mas admito que muito mais dificil, seria vulapi tentar explicar se foram mesmo os americanos a destruir o nordstream (um acto de guerra contra um país da UE, praticamente impossivel de ter sido levado a cabo apenas após a invasão russa da ucrânia) ou se foi um terramoto enviado por kiev que fez isso.

    em resumo, este post infantil e simplório devia ter como título “quem diz é quem é”.

  3. E podemos também daqui a algum tempo, cair na simplificação que os chineses são feios, porcos e maus e que os americanos não são também responsáveis na merda que pode acontecer em Taiwan…

    Grande valupi!

  4. dos dois ultimos posts de valupi resulta esta conclusão hilariante:

    – o regime ucraniano não é nazi, o ventura é que é fascista!

    esta manipulação e ofuscação de verdade histórica e da ciência política seria cómica se não estivesse precisamente ao serviço da lavagem de imagem da extrema-direita na política europeia.

  5. Acho um pouco injusto dar esta relevância ao blogue Estátua de Sal quando tantos outros blogues, como o Causa Nossa e o Delito de Opinião para dar dois exemplos que já foram referidos neste blogue, albergam no seu seio putinistas demoníacos e selvagens a disseminarem pela população a ideia de que a NATO não é uma organização defensiva e está definitivamente implicada na origem deste conflito na Ucrânia.
    Como argumentou Valupi contra este nível de dissonância cognitiva? Fácil, fazendo de conta.

  6. Sinceramente, após um texto tão explicativo e clarividente, ainda me custa a acreditar que haja quem acredite numa única frase, palavra, letra, do que vem daqueles lados. Um estado pária, que não respeita nada nem ninguém, um estado que oprime violentamente todos os que se atrevem a pensar diferente, que os persegue e mata em qualquer parte do mundo. Um estado em que os governantes, ao longo de dezenas de anos, a única coisa de que sabem falar é de guerras, bombas, mísseis, ogivas, tropas, submarinos, porta aviões. Um estado / governo, ao qual não se ouve uma única palavra sobre paz, concórdia. Não se lhe conhece uma descoberta científica, uma patente, uma invenção, com objectivos pacíficos. É tudo virado para a guerra, a destruição, a miséria. E ainda tem quem os defenda, como se depreende de alguns comentários acima. As paredes da embaixada da América estão rotas de tantas marradas dadas pelos comunistas!

  7. O Valupi, agradeço o teu esforço para escreveres o último parágrafo. Mais valia não o teres feito.

    Em 2011, o senador Rand Paul, do Kentucky, declarou que a administração Obama estava a trabalhar em segredo a construção de campos de concentração, nos quais cidadãos americanos seriam detidos e enviados para lá. Como vês não é só na Rússia que há senadores atrasados mentais.
    Em todo o lado há mentes capazes de produzir essas ideias, até na Rússia. Isso não quer dizer q o Putin ou a maioria dos Russos acha q o terramoto sucedeu se pelos Estados Unidos.

    Não generalizes. Só falta no teu texto dizeres que a decapitação do soldado que vimos ontem é porque os Russos são umas bestas e piores que o diabo.

  8. jp, explica lá um bocadinho melhor essa relação entre Taiwan e a Ucrânia. Estou curioso a respeito desse teu pensamento fascinante.
    __

    Eduardo Ricardo, larga o tinto.

  9. sim! que relação existe entre taiwan e a ucrânia, hã?
    não é como se ambos fossem locais próximos de inimigos dos usa, onde esses mesmos usa instalam armas a granel e financiam regimes autocráticos de forma a ameaçarem, provocarem e condicionarem os seus inimigos, pá!
    espera…

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Chiang_Kai-shek

  10. !ai! que riso, uma escada de putinismo e outra de americanismo sendo que o segundo faz rir e o primeiro vomitar – vomitar porque mata e faz matar na sua aberração cognitiva e na sua patologia mental. ainda ontem estive com a tia da minha amiga ucraniana que tem 82 anos e estava em uma crise de saudades, quer voltar para a sua terra e a sua casa e não pode, nunca mais pode, não viverá para poder. dei-lhe beijinhos e pedi para me traduzirem muitas coisas que lhe quis dizer.
    Putin destruiu-lhe a vida e a esperança – e os putinistas constituem o massacre durante o massacre: a perpetuação do massacre fora do cenário de guerra. nojo.

  11. a olinda veio-nos agraciar com a sua absoluta ignorância dos crimes de guerra praticados pelo americanismo ao longo das ultimas décadas. ainda há menos de 2 anos terminou uma invasão de um país soberano em que se assassinaram incontáveis civis e os americanos continuam neste preciso momento a ocupar a síria contra a vontade do governo. mas para a olinda isso são tudo pormenores. ela é mais vibes e tretas. muitas tretas.
    a olinda é um escarro

  12. Crimes de guerra todos os exércitos cometem. Nos 13 anos de guerra do ultramar muitos crimes de guerra foram cometidos pelos portugueses. Não é por acaso que Portugal tem mais vítimas de trauma de guerra do que os Estados Unidos (vietname), em percentagem. A guerra integra psicopatas q estão lá só para ter esses comportamentos selvagens. Por que podem. Muitos portugueses também decapitaram, americanos etc idem. A guerra traz o pior de nós ao de cima. Não sejam demagogos e digam q os russos são piores que o daesh.

  13. Os argumentos que usa neste seu texto estão, há muito, fora de prazo, desmentidos que são, todos os dias, pela realidade (agora até Guterres é ameaçado, tal como Macron o foi), e você bem o sabe! Gosta da hegemonia do poder americano, sem dissidências?Está no seu direito! Gosta de vergar a cerviz e dar o lombo, sabe-lhe bem?! Esteja a vontade, é problema seu! Que lhe faça bom proveito! Não pode é medir os outros pela lógica que impõe a si próprio. Não finja que ainda não percebeu as razões da guerra! Você sabe bem que tais razões nada têm a ver com a Ucrânia e com a segurança europeia! Era o “fim da história”, não era?! E, esse ideia de chamar putinista a todo aquele que discorda de si e da sua visão sabuja, revela,tão só, o ideário fascista que lhe alimenta a alma. Mesmo que, de vez em quando, pareça o contrário. Ainda há gentes que amam a liberdade, coisa que você parece não entender.

  14. JA, fala-me da realidade, de acordo com a tua percepção, inteligência e honestidade intelectual. O que é a realidade?

    Força, partilha o que sabes.

  15. A disfunção cognitiva é conhecida e é a mesma desde o inicio, o que torna a discussão cansativa : NATO = EUA = O Diabo = Agressão. O marxismo mal amanhado e retardado é, no fundo, a mais eficaz forma de branqueamento do pensamento magico-teologico…

    Acontece que a adesão à NATO obedece a regras perfeitamente transparentes e sem mistério : qualquer Estado soberano que considere do seu interesse juntar-se à aliança pode candidatar-se (o que não da direito a ser admitido). Como o mostra o caso recente (e historico) da Finlândia, o principal motivo para um Estado pedir a adesão é o facto de se sentir ameaçado, e mais concretamente ameaçado pela Russia de Putin…

    O que os apostolos da “paz na Ucrânia” e outros cripto-apoiantes de Putin nunca chegam a explicar, é por que misterioso raciocinio conseguem qualificar como “agressão” um pedido de adesão a uma organização internacional, ou mesmo uma ameaça (oficiosa) de pedido de adesão… Afinal de contas, se aderir à Nato equivale a agredir a Russia e se isso justifica uma invasão, então deveriamos considerar justificada qualquer intervenção militar russa no territorio de qualquer pais membro da Nato. Em rigor, deveriamos até considerar tal intervenção como mais justificada do que na Ucrânia, uma vez que esta ultima nem sequer é membro…

    Quanto ao caso da China e de Taiwan, ele não é comparavel com o caso da Ucrânia. Por mais que sejamos favoraveis a uma solução de coexistência entre as duas Chinas, não podemos esquecer a historia : a China é um Estado dividido, onde existem dois governos que aspiram a ser os legitimos titulares do poder sobre o territorio na sua totalidade. Nenhum dos dois reconhece o outro. Nada a ver, portanto, com o caso da Ucrânia, uma vez que esta ultima é um Estado soberano que foi clara e inequivocamente reconhecido como tal pela Russia…

    Mas ja sabemos, o reconhecimento da Ucrânia pela Russia deve-se apenas às manobras secretas da NATO que conseguiu obter em 1990 o desmoronamento da URSS (ver acima “disfunção cognitiva”).

    Boas

  16. “a China é um Estado dividido, onde existem dois governos que aspiram a ser os legitimos titulares do poder sobre o territorio na sua totalidade. Nenhum dos dois reconhece o outro.”

    bem, esta descrição é bastante semelhante à da situação entre o governo de kiev e as provincias separatistas (talvez se assemlehe mais à da jugoslávia, visto não haver disputa sobre todo o território, mas relativamente ao direito internacional é um ponto absolutamente acessório), pelo que acho que o viegas aqui está a subscrever o apoio da Russia às mesmas na sua luta pela independência do poder central ucraniano.
    cada cavadela, cada minhoca.
    acresce que o antidiplomacia viegas liberal pela justiça absolutista se esqueceu “convenientemente” de referir que nem os USA reconhecem Taiwan como país e até aceitam que o territorio da ilha faz parte da China, país que – esse sim – reconhecem. Será que o Viegas nos está a dizer que reconhece o governo de Taiwan como o legitimo governo de toda a China?
    Isto já faz lembrar quando o Augusto Santos Silva disse que o Gaidó era o legitimo representante da Venezuela em Portugal e no Mundo para gargalhada geral e muitos engulhos a posteriori.

    https://www.state.gov/u-s-relations-with-taiwan/

  17. a Olinda, teste, que é uma grande filha da pauta, vem dar música aos putinistas que destilam ódio e medem as pilas arranjando justificações para a invasão e para a carnificina na ucrânia por Putin, esse imperialista frustrado- e esta é a única realidade que existe nesta guerra.

    hei-de encher-vos sempre de música até que ganheis vergonha no corpo todo ao estilo varicela, putinistas.

  18. “Valupi
    13 DE ABRIL DE 2023 ÀS 14:39
    jp, explica lá um bocadinho melhor essa relação entre Taiwan e a Ucrânia. Estou curioso a respeito desse teu pensamento fascinante”

    Tu é que dizes que os usa não são responsáveis pela escalada da guerra na Ucrânia, na minha modesta opinião são tão responsáveis na escalada da guerra na Ucrânia como a acontecer em Taiwan.

  19. Eis previsivel prova de que esta gente esta a desconversar desde o incio: “bem, esta descrição é bastante semelhante à da situação entre o governo de kiev e as provincias separatistas (…), pelo que acho que o viegas aqui está a subscrever o apoio da Russia às mesmas na sua luta pela independência do poder central ucraniano”

    Não ha semelhança nenhuma, no caso, mas seja como fôr estamos a falar da intervenção de um Estado terceiro. Portanto se quiseres fazer uma analogia rigorosa, teras de comparar com uma intervenção militar no territorio chinês de outro Estado, por exemplo dos EUA (ao calhas) para apoiar uma das partes. Ah, afinal, ja não queres fazer comparações… Percebo…

    Enfim, louvo a paciência do Valupi. Provavelmente, os trolls estão melhor a disparatar nesta caixa do que a escrever asneiras noutro lado qualquer…

    Boas

  20. jp, na tua modesta opinião, se bem a entendo, a invasão russa é “uma escalada da guerra na Ucrânia”. Isto divide-nos, pois para mim a invasão russa é a guerra na Ucrânia. É só disso que falo.

    Continuando a tentar adivinhar o teu pensamento, também nos divide o que acontece em Taiwan. Para ti, trata-se de uma cena inventada pelos americanos, para mim foi inventada pelos nativos e habitantes de Taiwan.

    Em suma, não gostaria de pensar como tu.

  21. A propósito do urânio empobrecido:

    https://tass.com/defense/103695

    Em 2018 modernizaram os tanques para dispararem urânio empobrecido, e segundo diziam, não violava o direito internacional.

    São só tolices, eco da propaganda barata emitida pelo Kremlin. Não normalizem este lixo .

  22. Eu falo de responsabilidades, e guerra na Ucrânia já existe desde 2014 pergunta aos residentes da região de Donbass. Ah e não precisas de pensar como eu, deus nos livre e guarde.

  23. jp, eu também falo de responsabilidades. Mas tu concebes-te como um advogado da invasão, daí a achares legítima e, quiçá, necessária.

    É isso, deus me livre e guarde.

  24. “Portanto se quiseres fazer uma analogia rigorosa, teras de comparar com uma intervenção militar no territorio chinês de outro Estado, por exemplo dos EUA (ao calhas) para apoiar uma das partes. ”

    hehehe, isto é mesmo engraçado. portanto, os usa reconhecem que o territorio de taiwan é territorio da china, e que o governo chinês é o legitimo governo da china, uma vez que é apenas em beijing que têm representação diplomática. ao mesmo tempo, armam até aos dentes e suportam um governo dissidente que está situado nesse territorio que os eua reconhecem como sendo da china, tornando-se assim num estado terceiro a apoiar uma das partes. QED

  25. portanto,

    o estrummer diz que o urânio empobrecido não viola o direito internacional. também ninguém disse que violava strictu sensu, apenas que era responsável por um aumento enorme na taxa de cancro das populações sujeitas a essas armas conforme inumeros estudos nas áreas onde foram utilizados, e até nas tropas encarregadas de as manejar, conforme relatorios do proprio exercito americano.
    na minha opinião, isso deveria ser suficiente para não as utilizarem, mas o estrummer acha que não, e quem é que ele vai buscar para sustentar a sua opinião: o putin, pois claro!
    esta merda é de génio, porra!

  26. vulipa,

    advogado de invasões por aqui ainda só te vi a ti e à fernanda cancio, mas como era uma invasão dos teus, era do bem e necessária.
    aguardo o teu posts a criticar o permanência das tropas americanas na síria. quando tiveres tempo. sem pressa.

  27. Valupi portanto eu emitir a minha opinião, errada ou não, é ser advogado da invasão???

    Larga o vinho.

  28. Oh teste-brincalhão-das-comparações : o apoio dos EUA a Taiwan é criticado desde sempre (bom, digamos desde 1970) abundantemente. Quando os EUA mandaram instrutores militares para Taiwan, como aconteceu ha um ano e meio atras, ia caindo o Carmo e a Trindade. O que seria se eles desencadeassem uma operação militar no territorio chinês, na sua parte não contralodada pelo governo de Taiwan, lançando as suas tropas em direcção a Pequim ? Seria, como é obvio, uma clara e aberrante violação de todos os principios do direito internacional, ninguém tem a menor duvida a este respeito. Portanto a questão é : o que é que legitima a Russia a proceder desta mesmissima forma na Ucrânia?

    Mais uma questão à qual não vais responder. Adiante.

    Boas

  29. vieguinhas,

    ainda bem que afinal já achas que a situação de taiwan e da ucrânia são comparáveis!!! fico sempre feliz por te elucidar nestas questões. mas adiante para a tua nova falácia:

    o que dizem os americanos que farão se a china continental começar a ameaçar o territorio de taiwan que como dizes e muito bem é pertença da china? eu poupo-te o trabalho de responder:
    “Consistent with the Taiwan Relations Act, the United States makes available defense articles and services as necessary to enable Taiwan to maintain a sufficient self-defense capability -– and maintains our capacity to resist any resort to force or other forms of coercion that would jeopardize the security, or the social or economic system, of Taiwan”

    daqui: https://www.state.gov/u-s-relations-with-taiwan/

    qual a diferença do que se propõem fazer para o que a russia fez, uma vez que o governo de kiev estava a atacar as provincias separatistas com a força das armas?
    fico a aguardar

  30. foi o putin que te disse, estrumeira?
    se calhar devias ir perguntar-lhe qual deve ser a tua opinião sobre mim. vai lá, bobby

  31. Aos costumes, parvoices e ignorância crassa. Se queres comparar as duas situações, diz la onde e quando é que os EUA invadiram, pela força das armas, partes do territorio chinês. Ou mesmo quando é que eles defenderam, alguma vez, que seria legitimo fazê-lo ?

    E agora, tenho pena mas don’t feed the troll…

  32. jp, o que faz de ti um advogado da invasão – portanto, um putinista – é isto de vires para as caixas de comentários justificar a dita.

    É simples, é triste.

  33. não houve aqui há uns tempos um post nesta chafarica a laudar a visita da terceira figura de estado dos usa a taiwan?
    agora até fiquei curioso para recordar o que é que o viegas escreveu a propósito na altura. aposto que fustigou o entendimento que os usa fazem do direito internacional!
    que acham? vale a pena ir procurar?

  34. ó João , santa paciência , alguma vez algum país tem capacidade para invadir a china? os amaricanos só se metem com gente do tamanho deles ou mais pequenos.

  35. viegas,

    acabei de te mostrar um documento oficial do eua a declarar as intenções de defender taiwan de qualquer uso de força para alterar a situação actual (em que a provincia é separatista do governo central e autonoma). que parte desse documento é que não entendeste? todas? que deficiência

  36. foda-se, viegas.
    bastava uma busca no google, pá. ou perguntares ao chatgpt, ou assim. tanta falta de exactidão naquilo que afirmas só te fica mal, meu. não é que me afecte mas sinto sempre alguma vergonha alheia quando vejo alguém na tua situação. atenta:

    “The United States sent troops to China during the Boxer Rebellion (1899-1901) both to protect Westerners who were being besieged and killed and to ensure that US interests in China were protected. After the suppression of the rebellion, the US troops went home.

    The US Navy’s Pacific and Asiatic fleets had gunboats patrolling China’s major rivers until just before WWII as part of enforcing the “unequal treaties” that were signed by China’s rulers during the 19th century. These gunboats both protected US business interests in the region and stopped the rampant river piracy that was plaguing the region. These patrols were halted during WWII, but began again in 1945.”

    daqui: https://www.quora.com/Has-the-US-ever-invaded-China?share=1

  37. Afinal a yo também tem jeito para escolher as perguntas que lhe convêm. Julgo que é totalmente incontroverso que se os EUA invadirem a China, ou qualquer outro territorio soberano, a pretexto de se sentirem ameaçados pelo que se passa no dito territorio, isto seria considerado uma clara violação do direito internacional. Quando os EUA participaram em operações que se aproximaram disso (no Afeganistão, no Iraque, etc.), foram abundantemente criticados por isso, e muito bem. No caso da Russia não é assim porque ?

    Boas

  38. olha,

    o viegas devia estar de folga neste dia.

    https://aspirinab.com/valupi/jogos-de-paz/

    mas ficamos com esta espectacular opinião do valupi de que se a China alguma vez pretender recuperar a soberania das águas que O DIREITO INTERNACIONAL diz serem suas, então “escolhe iniciar uma guerra de destruição incalculável”.
    será que foi isso que a ucrânia escolheu e valupi apoia? a lógica diria que sim, mas perante gente com tais níveis de coerência é melhor perguntar.

  39. As equipas que jogam na defensiva também ganham jogos!
    O Pacto de Varsóvia nunca invadiu os países da esfera Ocidental, logo isso da OTAN ser defensiva é retórica, defende os interesses dos seus membros, que conflituam com outros interesses! Isto nada tem a ver com Democracia! Depois da invasão Russa à Ucrânia houve posicionamento da China, da Índia e de outros países! Ignorar a realidade não parece ser bom conselho! O Mundo já não vive sob a a hegemonia de uma única superpotência! Até Macron já percebeu que da China não se ajusta aos interesses ocidentais! Entretanto a Ucrânia está a ser arrasada, e o Guterres é um filho da puta! O mesmo Guterres a quem Timor Leste deve a independência!

  40. “Isto nada tem a ver com democracia”. Grande frase !
    É que já ouvimos um pouco de tudo dos “representantes do Ocidente”, já atribuíram à Ucrânia os desígnios: a luta pela democracia, luta pela soberania da Ucrânia, luta pelo território europeu (como se isso fizesse sentido), luta pela dependência energética, luta pelos direitos humanos, luta pelo empenhamento e fortalecimento da Nato. Ou seja, nem eles sabem o sentido disto estar a acontecer

  41. Valupi,
    Porque desta vez não usou o seu argumento mais forte (“larga o vinho”) para contestar o meu comentário, talvez valha a pena lembrar-lhe alguns factos, públicos e notórios, não percepções.

    1. A Carta das Nações Unidas, consagra no seu artº 2º o Princípio da Integridade Territorial dos Estados;
    2. Ao mesmo tempo, defende nos artºs 1º, 55º e 73º o Princípio da Autonomia das Nações;
    3. Os Acordos de Minsk foram subscritos pela Ucrânia, pelas Regiões de Donetsk e Lugansk, pela Rússia, pela OSCE, pela Alemanha e pela França;
    4. O Conselho de Segurança da ONU exortou ao seu cumprimento, através da Resolução nº 2202(2015);
    5. Os referidos Acordos acabariam por falhar os seus objectivos;
    6. Os regiões de Donetsk e Lugansk declararam a sua independência da Ucrânia e solicitaram a adesão à Federação Russa;
    7. A Federação Russa aceitou a entrada das autoproclamadas repúblicas;
    8. Em Fevereiro de 2022 a Rússia invade a Ucrânia;
    9. Em Março do mesmo ano há conversações de paz entre as partes;
    10. Um ex-Primeiro Ministro Israelita, declarou ter participado nessas conversações, sob auscultação dos EUA, da França e da Alemanha;
    11. E, disse que havia um acordo alinhavado com hipótese de declarar a paz, tendo o mesmo sido inviabilizado por acção dos EUA e da Inglaterra.
    12. Angela Merkel, François Hollande e o Governo Ucraniano declararam que assinaram os Acordos de Minsk para dar tempo a que a Urânia se armasse para a guerra;
    13. Joe Biden declarou que os gasodutos nord stream não entrariam em funcionamento, se a Rússia invadisse a Ucrânia;
    14. O gasoduto foi destruído;
    15. Segundo um conceituado jornalista americano essa infraestrutura foi inutilizado por ordem dos EUA;
    16. a Rússia tem sido impedida de participar na investigação das causas da destruição;
    17. O conselho de Segurança da ONU rejeitou um projecto de resolução apresentado pela Rússia no sentido da constituição de uma comissão internacional que averiguasse as condições em que o nord strem foi explodido;
    18. Após o início da guerra, pelo menos em Portugal, foi silenciada toda a informação vinda da Rússia;
    19. Informação russa, só a intermediada pela comunicação do ocidente;

    Destes factos, concluo:

    a) por falta de capacidade para tal, não opino sobre a legalidade ou ilegalidade da invasão russa da Ucrânia; já li doutas opiniões de que a mesma é ilegal, mas também há quem defenda, ao mesmo nível, o contrário;
    b) para lá de toda a retórica das partes, parece razoável aceitar que os acordos de Minsk , foram subscritos com reserva mental, por parte da Ucrânia e do ocidente;
    c) assim, não será verdade que a invasão russa não foi provocada, ou, pelo menos, não foi imaginada;
    d) a censura que referi terá servido para passar essa narrativa
    e) a paz não se impôs à guerra, passado um mês do início da mesma, por imposição dos EUA;
    f) os interesses do povo ucraniano não estão a ser considerados pelos seus supostos aliados;
    g) os verdadeiros beligerantes são os EUA, a Rússia e a China;

    Assim, fora de um espírito de cruzada, não se percebe tanto fanatismo por parte das gentes ocidentais, herdeiras que se reclamam do espírito iluminista, quando parecem pretender habitar um mundo em que põem de parte mais de 80 por cento da sua população!

    NÃO À GUERRA, SIM À PAZ.

  42. Foi bem, Valupi. Usou bem este espaço de liberdade de expressão para expor as disfunções cognitivas de certos seres.

    Depois, foi só assistir aos mesmos a aparecerem, em marcha à ré, expondo as disfunções em carne viva. Alguns nem tentam, limitam-se a encostar as suas disfunções no focinho do discognitivo anterior, que já discorreu e até enumerou as respectivas falácias desconexas, descontextualizadas e insustentadas.

    Entretanto, lá, no blogue da estátua demasiado salgada, um houve que até foi tentar explicar, repetidamente, por que não se deve recorrer a conspiracionismos “trumpistas” para tentar evangelizar os ignaros. Parece que eles, alguns iluminados “euroasiáticos”, não compreenderam e não concordam. Estar aqui, fora dos gulagues, à mercê dos “satãs estadunidenses”, quase parece mais áspero do que estar lá dentro.

  43. o viegas diz que a russia não é tão criticada pela invasão da ucrânia como os usa foram pela do afeganistão e eu acho que isso é fofo

  44. diogo,

    parabéns pela coragem nesse comentário, porque noção da realidade mostraste não ter nenhuma

  45. Ó JA, você é que ainda não tomou a palha suficiente. Perdeu-se aí na mescla cronológica que inventou e ficou-se pelo rosé.

  46. Ó invadido, qual realidade, a “sua”? Não falei de Afeganistão nenhum, ficou incomodado com a resolução do CS e das “pacifistas” Rússia e RPC? Vá-se queixar ao banco dos BRICS, pode ser que a Dilma lhe pague em dólares ou cripto, e você não fique a perder.

  47. nem duvidem que o diogo vai já já explicar porque é que a cronologia apresentada pelo JA está errada. é que é já a seguir!

  48. “Não falei de Afeganistão nenhum”

    não falou desta vez, mas uma outra houve em que veio mentir acerca da legalidade do ataque ao afeganistão e eu estou aqui para lho relembrar.

    “ficou incomodado com a resolução do CS”

    qual? a que dizia pretender assegurar uma transferência pacifica de poder no país em causa e foi tomada mais de um mês após o bombardeamento dos americanos? essa resolução?

    https://en.wikipedia.org/wiki/United_Nations_Security_Council_Resolution_1378

    e essa inopinada sanha contra a Dilma já agora, veio de onde? do seu apoio incondicional ao democrata bolsonaro? quase que aposto.
    pois deixe-me informá-lo que se acha, como me pareceu insinuar, que “os doláres e o cripto” não são moedas “seguras” por não terem base em matérias-primas como o ouro, o banco dos BRICS se apresenta como muito mais fidedigno que o FMI, visto os países que se juntaram para o formar terem as maiores reservas de metais preciosos do mundo.
    de nada, diogo. é sempre um prazer

  49. “Ó invadido, qual realidade, a “sua”?”

    Porque para cada um de nós o centro é onde está a consciência, a consciência começa naturalmente por acreditar que é esse centro. Sem ajuda exterior, continuará a fantasiar a realidade circundante como uma periferia. Muitas e muitas vezes, quase sempre, não há ajuda exterior que desfaça a alucinação. Através do pensamento mágico, reduzimos o infinito e o mistério a uma chachada. O resultado inevitável de estarmos a falar sozinhos.

    A civilização consiste nesse caminho para os outros centros de que não temos consciência. É a curiosidade, estúpido!

  50. O Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia, e tu, ó Valupi, descobriste que a NATO é uma “organização defensiva”! Tive que beber 2 copos de água para parar de me rir com tanta ingenuidade (ou será uma forma pouco subtil de nos comer por lorpas? ). Enfim, cada um faz as descobertas que pode alcançar, e as tuas são a crendice dos convertidos na azinheira em que o Biden e o Zelensky aparecem de mão dada em cima da azinheira. Sempre pensei que fosses mais esperto e menos prosélito e pastorinho.
    Quanto ao blog Estátua de Sal, não te esforces por matar o mensageiro, pois está de boa saúde e recomenda-se. E aquilo que tu designas por “mudança de orientação” é apenas a decorrente de uma simples realidade. O mundo mudou a partir de 24-02-2022, mas tu não deste por nada: os temas da política nacional com que te entreténs não passam de caricaturas dos folhetins de uma paróquia insignificante, ao cuidado da decisão soberana de outros atores e de outras geografias.

    Mas continua. E se estás com medo do Putin, como o avisado Milhazes (ou preferes o Rogeiro?) podes sempre telefonar à NATO para te defender.

    Boas prosas. Continuo a adorar o teu estilo.

    Estátua de Sal

  51. JA, agradeço o teu exercício. Nele, juntas factos com opiniões. As opiniões são imbatíveis, não tens disponibilidade para abdicar dessas teorias da conspiração construídas com fontes seleccionadas para confirmar as tuas crenças. Porque se fosses crítico das tuas opiniões, de imediato as recusarias por serem apenas a cassete da propaganda russa.

    Pelo que vou chamar a tua atenção para os factos, especificamente o teu ponto 7. A decisão de reconhecer a independência das autoproclamadas repúblicas poderia conduzir a outro caminho com o mesmo alegado objectivo. Por exemplo, a partir daí a Rússia podia levar para a ONU a causa dessas populações, colocando os observadores que quisesse nesses territórios para documentar os alegados ataques e crimes ucranianos, etc. Até podemos conceber que a Rússia, a partir desse reconhecimento, passava a apoiar abertamente as forças militares rebeldes e, inclusive, a Rússia poderia decidir defender esses territórios com forças militares russas.

    Ora, não foi nada disto o que aconteceu. Em vez de dar dignidade à causa daqueles que se queriam libertar da soberania ucraniana, Putin usou essa conjuntura para iniciar uma guerra de conquista de território. À bruta, à antiga, como megalómano imperador montado em cima do seu arsenal nuclear. Correu mal.

    Factos são factos. A Rússia invadiu um país que não atacou a Rússia. A partir daqui, não precisamos de saber mais nada para nos definirmos moralmente face a esse acontecimento.

  52. Estátua de Sal, agradeço a tua visita e sábias palavras.

    Sim, a NATO é uma organização defensiva. Já da Federação Russa não podemos dizer o mesmo, né?

  53. Acerca do “Estátua de Sal”.
    Fiz comentários durante, talvez, cerca de dois anos ou pouco mais, quando, penso, o dito blog surgiu publicando textos seguidos de Pacheco Pereira, Daniel Oliveira, Clara Ferreira Alves e poucos outros da mesma linha de pensamento como MST além de opiniões de outros blogues de linha democrática. Cerca de pouco mais de um ano antes de rebentar a guerra na Ucrânia o ES publicava diariamente textos seguidos de Daniel Oliveira intercalados de textos do PP e da Clara menos.
    A minha motivação era mesmo a de rebater as opiniões rebuscadas, livrescas, intelectualmente palavrosas e, até, por vezes tipo “cm” que debitavam contra Sócrates. Como sempre argumentei honesta e racionalmente todas as
    ideias que julguei pouco limpas desses opinadores encartados e pagos para opinar. Mas, a certa altura apareceu na caixa de comentário um crítico (quem quiser pode lá ir buscar o seu nome de comentarista) de tal modo esquizofrénico que fazia lotes de comentários completamente absurdos, irracionais, indigentes que, contudo, eram bem recebidos e, até, elogiados pelo ES numa situação que me pareceu estranha; ao meu comentário respondia com dezenas de comentários, praticamente iguais e risíveis, sem sentido, obtusos, indecifráveis e, contudo, elogiados pelo ES não obstante parecerem de um sentido ultra-reacionarismo primário.
    Achei estranho e dei comigo a pensar o que poderia significar tal apoio explícito a tamanha obscenidade crítica. Como o ES tinha aberto aos leitores uma espécie de “caixa de esmolas” para apoio próprio pensei que procurava apoio financeiro através de publicidade que poderia surgir pelo número de comentários e visitantes.
    A situação manteve-se durante mais algum tempo com o “comentador” desmiolado a dizer em resmas de comentários idênticos o que lhe surgia por via da demência intelectual em que vivia.
    Não estive mais paciência para aturar a parvoice de desconhecidos e abandonei de uma vez por todas o meu comentariado no ES.
    Agora, constado que o mesmo estado de demência mental atingiu o bloguer do ES. Terá havido uma coincidência
    de pessoa na procura de financiamento face às necessidades?

  54. Estátua de sal, ainda bem que – não obstante a triste e lamentável mudança do mundo com o início da invasão de Putin – há quem se mantém firme naquilo que é essencial: a defesa da democracia e da liberdade e garantia dos direitos humanos.

    agora pode ir continuar a chafurdar na miséria, putinista nojento. inhac.

  55. Ó Mourinho “special one”, eu não disse que estava “errada”. Disse que era uma “mescla inventada”, porque assim é, basta verificar. O JA e o teste misturam factos com alegações não confirmadas e até percepções, ao contrário do que afirmam.

    O facto é que quem denunciou fatalmente os acordos de Minsk foi a Rússia, pelo discurso de Putin em 21 de Fevereiro de 2022 que precedeu esta fase da guerra. Foi nesse discurso que Putin reconheceu a independência de Donetsk e Luhansk, supostamente a pedido das lideranças fantoches, para tentar legitimar a invasão militar já inteiramente planeada e a postos.

    Antes desta fase de guerra total, embora “não declarada”, foi também a Rússia que invadiu a Crimeia, em Fevereiro de 2014, e logo a seguir instigou e suportou a chamada insurreição no Donbass. Ou seja, em três fases, a Rússia invadiu e agrediu de facto a Ucrânia, por actos e não por palavras, directamente ou por interpostos grupúsculos, indo flagrantemente contra os diversos acordos de amizade e protecção que com ela tinha, inclusive em troca do desarmamento nuclear da Ucrânia (Memorando de Budapeste em 1994 e Tratado de Amizade em 1997). Foi justamente esta desnuclearização que Zelensky questionou meros dias antes da invasão russa de 2022, compreensivelmente, tendo em conta as acções concretas da Rússia ao longo do tempo. Ou seja, Zelensky não disse que queria renuclearizar a Ucrânia, mas que esta tinha desnuclearizado em vão pois a Rússia não cumpriu os seus compromissos escritos e assinados.

    Outro exemplo, aquilo que Hollande e Merkel disseram foi constatar o óbvio, ou seja que os acordos de Minsk por eles apenas mediados, ainda que pouco frutíferos, permitiram à Ucrânia preparar-se para se poder defender do assédio e da agressão russos. Não disseram que os acordos foram feitos com esse fim específico, como os putinistas insistem em insinuar.

    Ainda em relação aos acordos de Minsk, o primeiro foi assinado em Setembro de 2014, e poucos dias depois os rebeldes apoiados pela Rússia atacaram e tomaram o aeroporto de Donetsk que era controlado pelo governo. A última revisão do acordo ocorreu em Fevereiro de 2015, sendo que ao mesmo tempo e nos dias seguintes, os rebeldes atacaram e tomaram Debaltseve às forças governamentais. Ou seja, não foi apenas o governo ucraniano que quebrou esses acordos, como Putin e acólitos sempre querem fazer crer.

    Também não há “regiões separatistas” na Ucrânia, isso é um facilitismo de linguagem que não corresponde à realidade demonstrada pelos factos. Como exemplo, na primeira volta das eleições presidenciais de 2019, as zonas ainda significativas de Luhansk e Donetsk que estavam sob controlo do governo ucraniano votaram em cerca de 50% nos candidatos “pró-russos”. Sendo que “pró-russo” pode significar muitas coisas e não forçosamente querer ser anexado pela Rússia.

    De facto alguns partidos foram banidos na Ucrânia. Alguns apenas, depois das agressões russas iniciadas em 2014 e em função das tomadas de posição desses partidos, assim como em Portugal também não são permitidos partidos separatistas. Vários outros foram proibidos recentemente, mas já em resultado da situação de lei marcial obviamente necessária e decorrente, lá está, da invasão russa. Concordando-se ou não, nada disso justifica a invasão de 2022 e, aliás, é uma consequência das atitudes russas.

    Acrescento que a língua russa nunca foi proibida na Ucrânia. Deixou foi de ser língua oficial em paralelo com o ucraniano, por decisão parlamentar. Nem a Rússia tem nada a ver com isso, e aliás até faz mais ou menos o mesmo pois a única língua nacional “congregadora” é o russo.

    Finalmente, os remates telenovelescos como os do PM israelita ou dos gasodutos Nordstream, além de não serem inteiramente claros nem confirmados em todos os seus contornos, não são decisivos. Mais importante é, por exemplo, o facto de o Putin e o Zelensky só terem reunido uma vez, ao que parece mal e porcamente, muito antes da invasão de 2022.

  56. “Lula no AR”, pode ir mandar calar os da sua laia e eu aplaudo quem eu quiser.

    Quanto à história do Afeganistão, não menti, como você bem demonstra. Você é que presumiu algo de errado.

    O que na altura escrevi é que essa foi a única ocasião até agora em que a NATO aprovou o accionamento do seu artigo 5, na sequência do 11 de Setembro. E que a referida resolução do CS legitimou essa acção, ainda que a posteriori.

  57. Noutras paragens também desgraçadas, esperemos que se concretize a perspectiva de paz no Iémen. A RPC fez reatar a diplomacia iraniano-saudita, quiçá graças a alguns negócios petrolíferos à moda dos EUA. Mas o mérito maior neste apaziguamento iemenita pode pertencer ao insuspeito vizinho, Omã, que neste caso tem a vantagem de não ser sunita nem xiita.

    https://www.aljazeera.com/news/2023/4/12/is-omans-hard-work-with-yemen-and-saudi-arabia-paying-off

  58. @ Estatua de sal e à triste brigada do reumatico. A NATO não é um ser fantasmagorico que pode ser desenhado em função das fantasias e das fobias de cada um. O tratado da NATO esta em linha. Podem consulta-lo à vontada, cita-lo, mostrar à malta em que preceitos é que vem escrito que o proposito da organização é dominar o mundo com a ajuda da organização maçonica mundial…

    Ah, e tal, isto são as aparências, a realidade é que, que em segredo, os americanos andam a tramar-nos como sempre fizeram. E os judeus também, ja agora.

    Pois, bem me parecia.

    Boas

  59. dioguinho mentitoso,

    “Disse que era uma “mescla inventada”, porque assim é, basta verificar. O JA e o teste misturam factos com alegações não confirmadas e até percepções, ao contrário do que afirmam.”

    aguardamos que apontes quais são os pontos errados e os corrijas com a “tua” realidade, para podermos verificar quem é que inventa afinal.
    por exemplo, tu continuas a mentir/inventar acerca do afeganistão e do que afirmaste, porque o que disseste foi que o conselho de segurança tinha autorizado a invasão. queres que te copie comentário? ou então pergunta ao mentiroso do viegas porque de certeza que se lembra muito bem do que aconteceu.
    se não o fizeres, ficas retratado de propagandista fraudulemto, como já aconteceu aqui ao viegas e ao estrummer.
    até já

  60. Bem compilado Diogo Martins. Gabo-te a pachorra.
    Convém também recordar o Memorando de Budapeste de 1994, no qual a Ucrânia entregou o arsenal nuclear à Russia como garantia de segurança e não agressão.

    https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Memorando_de_Budapeste_sobre_Garantias_de_Seguran%C3%A7a

    De resto é o playbook de propaganda russo, distorcer, mentir etc…cansativo.
    Deslocam a discussão para não discutirem os regimes que defendem e que os definem: fascismo, ditaduras e autoritarismo.

    Na China o mesmo, Vários países acusam a China de violar as suas águas territoriais, Vietnam, Malásia e Filipinas,e até já houve decisões pela Unclos.l (ONU).

    “resultado do julgamento Filipinas
    vs. China foi anunciado no dia 12
    de julho de 2016, pelo qual a Corte
    Permanente de Arbitragem rejeitou
    reivindicações históricas chinesas
    representadas pelo “9-Dash line”,
    por não possuírem base legal. Desta
    maneira, o ganho de causa foi dado
    às Filipinas, e a China foi condena-
    da45. No mesmo dia, a China rejeitou
    o julgamento, declarando-o nulo. O
    presidente chinês Xi Jinping disse
    que a “soberania territorial e os di-
    reitos marítimos” chineses não serão
    afetados pelo julgamento”

  61. “Valupi
    13 DE ABRIL DE 2023 ÀS 17:50
    jp, o que faz de ti um advogado da invasão – portanto, um putinista – é isto de vires para as caixas de comentários justificar a dita.

    É simples, é triste”

    Argumento idiota ao nível de, se não estás comigo, estás contra mim.

    Aonde é que me viste a justificar a invasão? ao dizer que a responsabilidade da guerra não é só de um país?

    Larga o vinho.

  62. oh pah,

    a defesa do viegas de que a NATO é uma organização defensiva é a NATO dizer que é uma organização defensiva. é mais ou menos como considerar que a Republica Democrática da Coreia do Norte é democrática porque… adivinharam, ela assim se intitula. a seguir vai nos dizer que manga de camisa é uma peça de fruta e macaco-hidráulico é um mamífero, mas a “piéce de resistance” vai ser quando nos tentar vender que os nazis eram “socialistas” e de esquerda. até já falou dos judeus. absolutamente patético.
    já as razões que levam valupi a afirmá-lo, com tantos e tão publicos actos de agressão realizados pela organização em causa e visto que ele nunca o especificou as suas razões que me lembre, acho que já só pode mesmo ser daquela “receita” que anda a tomar logo de manhãzinha.

  63. Foda-se. Passara pela “cabeça” do troll que a NATO não é um monstro verde que deita baba pela boca, mas uma organização internacional (de que Portugal é membro), com um tratado constitutivo, onde vêm definidos os direitos e obrigações dos membros, as atribuições e competências dos seus orgaos, os principios que regem as suas actividades, etc.

    Quero la saber disso. Santiaaaago !!

    Boas

  64. jp: será, e é, mais: se não está com a verdade incontornável da ucrânia invadida, está com a miséria indesmentível da guerra. esta é a sobriedade, vá-se curar.

  65. bem, vieguinhas podes ir perguntar o mesmo à federação russa que o valupi acabou de decretar como “organização não defensiva” e mostrar aqui onde é que na sua constituição está dito que são os principios de agressão que ditam as suas acções.
    de nada, bebé!

  66. So que ninguém defendeu que a Russia, pela sua simples existência, era constitutiva de uma ameaça que justifica uma intervenção armada dentro seu territorio, topas ? Continua a demonstrar que estas aqui apenas para desconversar e que não passas de um troll em serviço comandado, estas a fazer um optimo trabalho.

    Boas

  67. “So que ninguém defendeu que a Russia, pela sua simples existência, era constitutiva de uma ameaça… ”

    hahahahahha, este gajo passa aqui a vida a justificar as adesões à NATO com a possibilidade de agressão da russia!!!!
    esta merda nem inventada, porra! tu tens um atraso, viegas, só pode! ou então a memória de um peixinho dourado. hahahahhahaha

  68. já agora,
    e só pra não deixar passar mais uma falácia tua, viegozo, aqui também ninguém diz que a NATO é uma organização agressiva só pela sua mera existência e sim, como podes verificar no meu comentário acima:

    “…já as razões que levam valupi a afirmá-lo, COM TANTOS E TÃO PÚBLICOS ACTOS DE AGRESSÃO realizados pela organização em causa…”

    por isso, ou aprendes a ler ou aprendes a não ser intelectualmente desonesto e a não deteurpares as palavras dos outros para te justificares, ok? ok
    relembro que já não é a primeira vez que tens que engolir afirmações sobre mim e pedir-me desculpa.
    vá, porta-te bem.

  69. E’ que tu nem sabes ler…

    Ninguém defendeu, jamais, que a “simples existência” da Russia era constitutiva de uma ameaça. O que é, não uma ameaça, mas mais do que isso, uma verdadeira agressão, é a invasão do territorio de um Estado soberano, ou seja um facto comprovado (ou agora vais defender que não houve invasão ?). Do lado russo, a NATO é considerada como uma ameaça (justificativa da invasão) quando é perfeitamente pacifico que a Nato não fez rigorosamente nada a não ser aceitar novos membros (o que é normal e se reconduz ao simples facto de ela existir). Alias, no caso da Ucrânia, nem isso fez. Portanto não ha nenhum facto que possa ser apresentado como uma agressão, ou sequer como uma ameaça.

    Enfim, como de costume, não tens a mais pequena ideia do que estas a falar. Ladras apenas. Portanto voltamos à tecla don’t feed the troll…

    Boas

  70. pois não , a Nato não é um ser fantasmagorico , é um ser frankensteiónico com tendência para a obesidade mórbida. onde é que já vai o atlântico norte , jasus , não sei quantos países atrás , qualquer dia chega ao japão.

  71. ai a nato nunca agrediu um país terceiro, viegas? ai a nato nunca invadiu nenhum país soberano? é isso que estás a dizer? que grande lata, meu!
    mas continua assim a convencer-te a ti mesmo das mentiras que tentas espalhar porque é a melhor maneira de continuares a enganar o máximo de incautos que conseguires.

  72. “inexistentes realidades (o regime ucraniano é democrático, não é nazi)”

    Podes explicar aqui à malta ignara porque é que “o regime ucraniano é democrático, não é nazi”?

  73. Isso, continua a ridiculizar-te. Não estas a dizer coisa com coisa, apenas a querer desviar a conversa, mas não enganas ninguém : a Nato nunca participou em nenhuma “agressão”, ou para todos os efeitos na menor operação militar, no territorio dum Estado terceiro, que possa ser apresentada como uma ameaça à Russia ou ao seu territorio. Obrigado por tirares as ultimas duvidas que podiam existir quanto ao facto de seres um troll em serviço comandado…

    Boas

  74. ui, os postes das balizas já estão fora do estádio, carago.
    e onde é que a federação russa participou de uma agressão que possa ser apresentada como uma ameaça à NATO, viegas?
    tu tens o gigantesco defeito de fabrico de achares que aquilo que aplicas aos outros não se aplica a ti mesmo. é uma sociopatia, mas é tão engraçada.

  75. Foda-se, isto esta a tornar-se enngraçado de tão absurdo. Quem é que disse que a Russia agrediu a Nato ? Não é a Nato, mas a Ucrânia. Houve uma invasão militar, ha um pouco mais de um ano. Não ouviste falar ?

    Volta para a taberna, pa, que fazes ja deves ter ganho o suficiente para beber umas bejecas.

    Boas

  76. heheheh, oh viegas, tu estás de todo. vou te explicar devagarinho como se tivesse 5 anos:
    1) discutiamos se a nato era organização agressiva ou defensiva
    2) tu disseste que não era agressiva porque ela propria diz que não é
    3) respondi-te que por essa logica a russia tb diz que não é
    4) disseste que isso não interessa porque a russia efectivamente agrediu e invadiu
    5) respondi-te que por essa logica, também a nato ja tinha agredido e invadido outros países
    6) retorquiste que nenhuma dessas agressões foi a russia
    7) respondi-te que também a russia nunca agrediu a nato
    8) estalas histerico que nunca defendeste que a russia tinha agredido a nato mas a ucrânia, tal como terás de reconhecer que eu também nunca disse que a nato tinha agredido a russia mas sim outros países

    e agora, a parte que interessa: a NATO afinal sempre é agressiva por invadir outros países que não a Russia, ou só a Russia é que é agressiva por ter invadido a Ucrânia que não faz parte da NATO?
    aqui é que está o suminho todo, bebé
    quando deixares de fazer birra, vê lá se consegues responder

  77. Isso conta esta historia aos teus amigos la na taberna e paga-lhes umas rodadas. Vais ver que eles dizem que és o maior. Bem o mereceste com as tristes figuras que fizeste aqui em cima, que ninguém apaga.

    Boas

  78. viegas,

    orgulho de todas essas figuras que dizes que fiz – a tua caracterização delas é medalha – pois saíram da minha cabecinha e até agora ainda não conseguiste demonstrar que eram baseadas em qualquer argumento objectivamente falso, COMO EU FIZ COM A TUA ASSERÇÃO DE QUE A INVASÃO DO AFEGANISTÃO FOI SANCIONADA PELO CS DA ONU, entre outras subsequentes de que, tens toda a razão, esta caixa de comentários é testemunha.
    e isso é que te doi! ai, doi-te tanto!
    estáza chorare?

  79. Acerca da democracia e da ditadura totalitária.
    Para mim que, pela leitura e entendimento da história, me considero democrata desde a invenção da democracia pelos gregos o meu pensamento não tem dúvidas acerca do lado onde devo estar; o da democracia com partidos livres como correntes de opinião livre e direitos de liberdade de opinião e expressão. Só deste modo pode haver dialética histórica na procura do melhor sentido de vida para a humanidade.
    Ora neste momento estamos perante um novo-velho tempo grego; a luta entre atenienses e espartanos, entre o terror do regime dos guerreiros ferozes espartanos e o regime democrático de liberdade dos livres pensadores sábios, poetas e filósofos atenienses. Estamos perante uma nova luta em direção a uma guerra total entre a liberdade e o totalitarismo tal com o foi, no fundo, a guerra do Peleponeso no mundo total que contava naquele tempo.
    Basta ver como o mundo dos regimes fortes de presidentes autocratas vitalícios agrupam os regimes de tendências semelhantes como o recente acordo entre regimes fortemente terroristas China-Irão-Arábia saudita; é ver como em outros grandes estados os governos se bandeiam para regimes anti-democráticos na tentativa de se perpetuarem como regimes vitalícios; como até Israel se quer livrar da discussão democrática para poder actuar a seu belo prazer; como até a Índia, África do Sul, Brasil e outros emergentes de herança e cariz democrático se sentem à vontade a lidar com autocracias de terror sem o mínimo de reconhecimento pelos direitos humanos ou liberdades democráticas; como até os próprios USA são atacados por dentro pelo mesmo mal autocrático de um idiota que confunde inteligência com o poder absoluto que tem qualquer autocrata de se auto-considerar e fazer parecer o único inteligente do seu país.
    Sim, estamos perante um ataque fortíssimo do totalitarismo contra a democracia tal como aconteceu há cerca de 2500 anos a.C. E, tal como nesse tempo as consequências podem ser irreparáveis por mais mil anos de obscurantismo e trevas medievais. Agora, já não, exercida por intermediação de um deus absoluto mas, provavelmente, por uma IA colocada acima do homem, tal com o velho deus desacreditado, que controla e manipula com igual eficiência do velho deus desrtronado.
    A democracia volta a ser questionada por anti-democratas fingidos que a minam por dentro por conveniências próprias ou por cegueira ideológica.
    Tudo o resto é ruído para empatar e armar aos cágados.

  80. Os militares russos não estudam pelos livros da NATO. Se a Rússia empregasse a mesma estratégia militar que a NATO empregou na Jugoslávia, bombardeamento massivo da capital, provavelmente, a guerra já teria acabado.

  81. Valupi, confesso que começo a gostar de conversar consigo. Afinal, depreendo das suas palavras que estaria de acordo que seriam graves os factos que aleguei, caso não fosse meras opiniões ou propaganda, como julga. Assim, a bem honestidade intelectual que apregoa, e que eu abraço de boa mente, diga-me, de 1 a 19, dos pontos que enumerei, qual deles tomou como opinião! E em qual deles vislumbrou qualquer resquício de propaganda, ou teoria da conspiração. Só assim valerá a pena continuar a conversa. Olhe, aqui pela minha terra, diz-me que “gata ruiva, como é assim cuida.”. Ora ponha lá os neurónios a funcionar.

  82. A Nato bombardeou a Jugoslávia, os Aliados a Alemanha, os Yankees Hiroxima. Logo, qualquer Estado soberano pode invadir qualquer outro Estado soberano sem escrúpulos nem preocupações. Por maioria de razão, a Rússia pode invadir a Ucrânia, e ainda por cima pedir agradecimentos por não exterminar a população.

    Somos pacifistas.

  83. Estátua de Sal, Vasco da Gama não descobriu caminho marítimo para a India coisíssima nenhuma, quem SABIA eram os Árabes e foi um piloto de navio árabe recrutado na então costa do norte de Moçambique/Tanzânia, que conduziu a frota para a India.

  84. Comité para a paz,

    nada disso. os únicos que podem invadir e bombardear sem escrúpulos nem preocupações são os estados unidos! daí que nunca tenhas reparado nas invasões que fizeram nem nas ocupações de países soberanos que continuam neste preciso momento a fazer.
    democrata? és é um hipócrita!

  85. Oblog está transformado numa disneylandia de pró put in e russetes, safa-se um ou outro comentário, no geral, uns tentam desapertar prá direita, outros apertam prá esquerda, o Zezito não é visto nem achado …

  86. M,

    o zezito povão estará maioritariamente preocupado com a inflação e o aumento do custo de vida e a deterioração dos serviços públicos cuja necessidade e importância se eleva nestas circunstancias. como é que tu achas que se conseguiria baixá-la mais facil e rapidamente ao mesmo tempo que se dedicam mais recursos publicos ao apoio às familias, com mais e mais guerra e o consequente investimento publico em equipamentos militares ou com um cessar-fogo negociado diplomaticamente?

  87. Ó M, azar do Valupi. Estava sózinho, não tendo a colaboração do piloto árabe, mas ainda assim conseguiu descobrir que a NATO é uma “organização defensiva”. Temos que lhe dar mérito e candidatá-lo a Nobel da Química pelas suas notáveis capacidades de alquimista.

    Estátua de Sal

  88. Ó José Neves

    Quem te viu e quem te vê. Sobre o teu desaguisado com outro comentador no meu blog, nada a dizer. Não faço censura, o tipo tinha nível – o que não significa que tivesse sempre razão -, não te aguentaste nos debates e piraste. E como já és crescido eu não tinha nada que te defender.
    Aliás, estás obtuso. Se quizessemos financiamentos não seguíamos no blog atualmente uma linha pró-paz e anti-NATO. A turba onde te incluis, manipulada diariamente pelos Milhazes e Rogeiros desta vida, quer-nos incenerar de forma que dispenso contar-te. Sim, defender a posição oposta é que era dinheiro em caixa e “trabalhar para o financiamento”.

    Estátua de Sal

  89. o seu estilo, Estátua de Sal, e contrariando o motivo pelo qual cá vem, é muy, muy, azeitolas – quer pelas ideias que purga e propaga, quer pela deficiente ortografia -, e, já se sabe, só pode escrever bem quem muito bem sabe pensar. faça, por favor, um retiro para depois eventualmente se habilitar a escrever. obrigada.

  90. Ganda Estátua! Honestidade intelectual, espinha direita e cagar de alto no desconforto que acompanha a coerência não é para qualquer um. Quanto aos ressabiados, democratas de aviário que quando olham para ti e para os da tua igualha não têm tomates para assumir o que lhes queima o bestunto, que é “Jasus! Não se pode exterminá-los?”, quanto a esses ressabiados desclassificados, filhos espirituais do rancoroso analfabeto de Boliqueime, bueno, o meu conselho é: “Deixá-los falá-los que eles calarão-se-ão!”

    Saravá!

  91. “uma linha pró-paz e anti-NATO”

    Donde se deduz que quem invadiu a Ucrânia, afinal de contas, foi a NATO… Os dois copos mencionados a seguir à tua rábula engraçuda sobre o caminho para a Índia não continham bem água, pois não?

  92. Joaquim Camacho, sem querer interromper o seu discurso azeitolas que queima os besuntos mais sensíveis, qual é o valor da avença mensal? não precisa de acrescentar o IVA. !ai! que riso

  93. O Zezito a que eu me referia é outro, é o inocêncio coitadinho, idolatrado na casa, não é o Zé Povo .

  94. Isto, sim, é coerência e honestidade intelectual:

    “As the imitation of American ways gradually pervades the world, it creates a more congenial setting for the exercise of the indirect and seemingly consensual American hegemony. (…) American global supremacy is thus buttressed by an elaborate system of alliances and coalitions that literally span the globe. (…) In addition, one must consider as part of the American system the global web of specialized organizations, especially the “international” financial institutions. The International Monetary Fund (IMF) and the World Bank can be said to represent “global” interests, and their constituency may be construed as the world. In reality, however, they are heavily American dominated and their origins are traceable to American initiative, particularly the Bretton Woods Conference of 1944.
    Unlike earlier empires, this vast and complex global system is not a hierarchical pyramid. Rather, America stands at the center of an interlocking universe, one in which power is exercised through continuous bargaining, dialogue, diffusion, and quest for formal consensus, even though that power originates ultimately from a single source, namely, Washington, D.C. And that is where the power game has to be played, and played according to America’s domestic rules.
    American supremacy has thus produced a new international order that not only replicates but institutionalizes abroad many of the features of the American system itself. (…)
    For America, the chief political prize is Eurasia. For half a millennium, world affairs were dominated by Eurasian powers and peoples who fought with one another for regional domination and reached out for global power. Now a non-Eurasian power is preeminent in Eurasia — and America’s global primacy is directly dependent on how long and how effectively its preponderance on the Eurasian continent is sustained.
    To put it in a terminology that hearkens back to the more brutal age of ancient empires, the three grand imperatives of imperial geostrategy are to prevent collusion and maintain security dependence among the vassals, to keep tributaries pliant and protected, and to keep the barbarians from coming together.”

  95. O senhor Estátua de Sal a assumir-se como Chibo dedicado em Portugal do czar Putin.
    Cuide-se senhor Neves.
    Dezenas de milhares de patriotas, democratas, socialistas e comunistas foram presos, torturados e mortos na ex-URSS com a colaboração de chibos destes.
    O senhor Estátua de Sal anda no seu encalce. Vai tomando notas… – e vai chibando.

  96. Há gajos burros, mas há outros estúpidos.
    Depois ainda há aqueles que acham que a NATO não está a lutar na Ucrânia, nem fez nada para provocar o conflito (tipo prometer a entrada na organização ao país agressor do próprio povo se continuasse e intensificasse a agressão). Desses devemos ter pena, porque pode ser doença.

  97. A NATO tem neste momento tropas a combater na Ucrânia, prometeu por deliberação pública acolher a Ucrânia, contando que esta continue a agredir (neste caso, a agredir-se a si própria). Quanto à Rússia, que nem sequer entrava na história, está meramente a defender-se de uma organização ofensiva e perversa (e má), mudando de passagem o direito internacional para garantir a todos um mundo mais sereno e cheio de paz.

  98. Estás esquecido ou alzheirmerizado ó Estátua, pois que, nunca tive qualquer desaguisado ou disputa com esse tal fulano que fazia crítica para além do esoterismo mais estúpido já visto que tu aplaudias, pela simples razão que nunca lhe dei troco ou lhe liguei patavina, pá. Logo essa tua ideia de que não me aguentei nos debates é uma invenção tua de última hora. Nunca lhe liguei patavina tal como não ligo pevide ao que vais buscar, reproduzes e defendes agora em total oposição ao que publicavas do DO, PP, Clara e outros semelhantes.
    Verdade é que iniciaste-te com publicidade e depois com a tal “caixa de esmolas” que ainda hoje usas o que significa procura de ultrapassar uma evidente necessidade: na altura estranhei mas, hoje, não me podes impedir de pensar que, provavelmente, resolveste o problema da tua necessidade.
    Também nunca te pedi ajuda e ainda muito menos que censurasses fosse quem fosse, esse não é o estilo de quem defende a democracia e o conflito democrático de argumentos o que não é o caso de ti ES quando defendes regimes não legitimados pelos seus povos como o chino-russo e seus afilhados ditadores terroristas vitalícios que prendem e assassinam os adversários políticos, sem mais.
    Então também pensas que todos que não pensam como tu são manipulados e, portanto, pensas tal qual o “cm” que pensa que pode manipular toda a gente. Ou pensas pela cartilha da vulgata marxista de que somos todos alienados pelo trabalho ao ponto de deixarmos de ter consciência própria, de nos tornarmos mesmo no equivalente ao produto que o trabalhador produz na fábrica. Não é assim, pá, cada ser humano nunca deixa de pensar por si próprio e tanto mais fortemente quanto sente que está ser enganado, usado ou manipulado pois só assim é que foi possível a civilização avançar e os gregos descobriram a democracia e, depois, de 1000 anos de obscuridade e totalitarismo de reis e imperadores os estudiosos sábios e cientistas voltaram a descobrir os gregos e a democracia maioritariamente implantada após a Revolução francesa.
    Manipulação é defender a tirania contra a democracia.

  99. A Ucrânia está-se a agredir a si própria tanto como a Líbia, a Síria ou a Jugoslávia estavam, bebé.
    O que fez a NATO nesses locais, sabes? Respeitou a soberania e o direito internacional, claro!

  100. “A turba onde te incluis, manipulada diariamente pelos Milhazes e Rogeiros desta vida, quer-nos incenerar de forma que dispenso contar-te.”

    Ainda no balanço do meu comentário anterior solicitava que a “ES” explicasse que raio de coisa quer dizer com a frase acima. Especialmente com aquele pensamento do “…quer-nos incenerar de forma que dispenso contar-te.”
    Ou trata-se de mais um potente esoterismo que só a cabeça do próprio entendeu quando lhe incendiou a mente e apagou-se!

  101. “Pelo que vou chamar a tua atenção para os factos, especificamente o teu ponto 7. A decisão de reconhecer a independência das autoproclamadas repúblicas poderia conduzir a outro caminho com o mesmo alegado objectivo. Por exemplo, a partir daí a Rússia podia levar para a ONU a causa dessas populações, colocando os observadores que quisesse nesses territórios para documentar os alegados ataques e crimes ucranianos, etc.”

    ya, meu! isso na palestina resultou que nem ginjas.

  102. o neves acusa o lula e o guterres, entre outros ilustres putinistas, de serem uns bárbaros, inimigos da democracia e da civilização, esbirros de ditadores sanguinários que ameaçam o nosso modo de vida e de quererem provocar um retorno à Idade das Trevas ou mesmo destruir o mundo inteiro, mas claro que só lhes deseja bem e espera que nada lhes aconteça.
    mas se por acaso acontecer a responsabilidade foi deles!

  103. “Nunca lhe liguei patavina tal como não ligo pevide ao que vais buscar, reproduzes e defendes agora em total oposição ao que publicavas do DO, PP, Clara e outros semelhantes.”

    o neves nunca ligou nada ao que se escreve na estátua de sal. mas é que nada mesmo nada, bolha, bola, zerinho, rien, niente, nicles, nestes, nestum, néribi!
    é tão evidente que só por má fé se pode dizer que passado tanto tempo ainda está a ganir por ter saído de lá escorraçado.

  104. Neves, o Sumério, adora fazer broche aos gregos. Estúpido da quinta casa, porém, até a brochar os gregos se vê grego. Calhou-lhe um grego de picha de aço e partiu os dentes na mamada, mas que cagada! Neves, o Sumério, quando for grande gostava de ser parvo. Mas sobredotado como é, coitado, não percebeu ainda que parvo nasceu e nascituro parvo é desde sempre de papel passado, licenciado e doutorado. Donde se conclui que no dia (ou noite) em que perceber que o futuro de parvo é já presente, Neves, o Sumério, cairá em depressão e se deslocará, cabisbaixo, ao cabo da Roca para fazer parapente… sem pára nem pente. E malhará com os cornos lá em baixo ingloriamente, poluindo o Atlântico na ponta mais ocidental do europeíssimo continente. E será de tal ordem o fedor daí proveniente que o cabo da Roca ficará, para todo o sempre, conhecido como cabo do Neves, o Sumério Incontinente.

    E agora, fora da onda poética: ó Neves analfaburro, já inventaste mais alguma bomba atómica que não seja nuclear? E quando é que percebes que o guarda-redes sumério do Real Madrid há muito se mudou para o Spartak de Moscovo, totó? E quando é que aprendes que vírgulas não são coisa com que se borrife o texto aleatoriamente, ao sabor da tua burrice incontinente?

  105. “toda a logística militar para a invasão desenvolvia-se em marcha acelerada”

    Talvez:

    “toda a logística militar para a invasão SE DESENVOLVIA em marcha acelerada”

    Ou talvez foder!

  106. jose neves, continue a usar a oralidade na escrita para tirar a tosse aos putinistas e ignore as camachadas invejosas à macho ladino

  107. “Zelensky “não pode querer tudo”, e se calhar é melhor deixar a Crimeia para os russos e não se fala mais nisso, disse Lula da Silva antes de viajar para Pequim, onde vai dizer que o camarada Jinping “não pode querer tudo”, deve deixar Taiwan seguir o seu caminho, e que tirar a bota cardada de cima do Tibete talvez não fosse má ideia. Não, não vai. Lula só quer a paZ.”

    No local do costume…

  108. tal como a nato vai dizer a israel que não pode estar há 50 anos a ocupar território da palestina e aos estados unidos que têm de sair imediatamente de guatanamo e da síria. é já já a seguir.
    because liberdade, principios democráticos e soberania.

  109. “Para além do prazer em ridicularizar os americanos, os escribas (exemplos nacionais: Miguel Sousa Tavares, Francisco Louçã, Daniel Oliveira, etc.) também davam conta do aparente absurdo estratégico de tal eventual invasão. A tese que os enchia de confiança era a de que Putin não seria tão estúpido como Biden o pintava.”

    — Davam conta do absurdo porque de absurdo se tratava, totó, de aparente não tinha nada. Tal como também o faziam os majores-generais Carlos Branco, Agostinho Costa e Raul Cunha, todos eles com experiência de guerra e que por isso a odeiam. E tal como eu próprio, simples estrategista de aviário. Que um Putin comprovadamente inteligente tenha decidido foder o currículo com uma evidente e inacreditável estupidez, além de uma filha-de-putice, é lamentável mas não se pode dizer que seja invulgar. Há mais de um ano que não fazes outra coisa.

    “A partir de 24 de Fevereiro de 2022, deixou de ser possível continuar a gozar com Washington”

    — Olha que não, rapaz, olha que não. Não só continua possível como se torna, cada vez mais, prova de sanidade mental. É, aliás, a única coisa possível com uma “banana republic on steroids” (como já vi um americano lúcido classificar aquela bosta), “chefiada” por um corrupto senil como este:

    https://youtube.com/shorts/5OtnPDfYzco?feature=share

    “uma nação que não atacou a Rússia”

    — Pois, uma nação que formalmente não atacou a Rússia, mas que desde 2014, com o obsceno e ensurdecedor silêncio do mainstream merdia ocidental, atacava e bombardeava (e continua a bombardear) uma parte do seu próprio povo, os ucranianos russófonos e russófilos do Donbass, do mesmo exacto modo que agora (muito justamente) não gosta que os russos a ataquem e bombardeiem a ela. Uma nação que, prejudicando o próprio povo ucraniano, andava há anos a oferecer freneticamente o cu e oito tostões para se converter no melhor dos trampolins para, juntamente com terceiros, cercar, enfraquecer, encostar à parede e, finalmente, desmembrar a Rússia. Um país que, no dizer de uma parte da comunicação social ocidental insuspeita de putinismo (agora oportunamente silenciosa sobre o assunto), é o mais corrupto de toda a Europa. Não me vais dizer que também é culpa do Putin, pois não?

    “Obviamente, pode-se discutir com proveito qual o sentido e benefícios de ir admitindo na NATO países que outrora foram territórios da URSS ou que agora tenham fronteira com a Federação Russa. É uma problemática onde todas as posições são bem-vindas, e que até merecia mais debate público por estar em causa a segurança europeia.”

    — Pois pois, J. Pimenta, “pode-se discutir”. “É uma problemática onde todas as posições são bem-vindas”, claro, desde que não sirvam para nada, a não ser rogar pragas, identificar e chamar putinistas a quem lhe contesta o apregoado “sentido e benefícios”, atrevendo-se, imagine-se!, a alertar para as tremendas desvantagens e perigos, como, aos berros, a realidade demonstra há mais de um ano. Porque é isso que tens feito obsessivamente às posições que, hipocritamente, declaras bem-vindas. Bem prega frei Tomás…

    “o regime ucraniano é democrático, não é nazi”

    — Eh pá! Essa é de cabo de esquadra! Estás a desmentir a BBC de antes de 24 de Fevereiro de 2022? E a CNN? E o “The Guardian”? E o Atlantic Council? Um regime onde todos os partidos estão proibidos excepto o do corrupto Herr Zelensky von Pandora Papers e compagnons de route à sua direita?! Um regime onde qualquer oposicionista é rotulado de putinista e metido no chilindró? Um país onde toda a comunicação social foi concentrada numa única central? Foda-se, pá, larga o vinho e opta pela limonada! Ao pé do regime ucraniano, a Moscóvia putinista é uma democracia exemplar!

    “Trouxe, pois, a propaganda russa na sua versão acéfala, onde os “americanos”, o “Ocidente”, a “Europa” se transformaram em entidades fantásticas, mitológicas, que deviam a sua existência ao único projecto que lhes dava sentido: destruir a mãe Rússia num apocalipse nuclear.”

    — Não é nada disso, pá, se puderem evitá-lo. Esse plano já existiu, mas foi abandonado, concluíram que a radiação demorava a estabilizar e atrasava em demasia o piquenique. O jogo agora é cercar, enfraquecer, fatiar a Rússia em bantustões dirigidos por Zelenskinhos ladrões fáceis de meter no bolso, para depois abocanharem sossegadamente as imensas riquezas do (ainda) país. Quer dizer, o plano foi abandonado mas não totalmente. Se não conseguirem a bem, os Drs. Strangelove do teu terno coração não hesitarão na alternativa. Claro que poucos sobrarão para alternar, mas não é à toa que os Drs. Strangelove têm fama e proveito de doidos. Ora vamos lá avivar-te a memória:

    https://www.thesun.co.uk/living/2268796/a-declassified-military-plan-reveals-how-the-usa-was-prepared-to-annihilate-the-ussr-with-terrifying-nuclear-force/

    — Agora com essa de ires buscar a chanfrada dos terramotos por encomenda para “argumentar” com a dissidência desces ainda mais, pá, e ficas ao nível do multirrecauchutado Milhazes, ex-seminarista, ex-comunista, ex-teísta e de novo teísta, ex-tudo e mais um par de botas. E olha que é descer muito. Além de que a crença nos terramotos a pedido não é mais estapafúrdia do que a crença na NATO como “organização defensiva” ou no regime ucraniano como “democrático”. Acho que devias pedir “amizade” à senadora chanfrada no Faecesbook e enviar-lhe um ramo de flores. E se te deste ao trabalho, como confessas, de ler os comentários ao referido post na Estátua de Sal, é impossível que te tenham escapado os meus. Assim, é de uma enorme desonestidade intelectual ires buscar aquilo para tentar desacreditar os execráveis “maluquinhos” e “putinistas” (em que me incluo) que tanta azia te provocam. Repito: pérolas como esta descem ao nível da fossa das Marianas:

    “Que se pode dizer? Como contra-argumentar quando a perturbação mental atinge este estado? Aceitam-se sugestões.”

    Meu, chega a ser obscena a alergia raivosa (mas bué da democrática) que dedicas ao pensamento divergente! E, já agora, também podias aprender de uma vez por todas que, tal como o guarda-redes sumério do parvo do Neves, o Tucídides mudou há muito do Real Madrid para o Spartak de Moscovo, ou para o Chelsea, vá-se lá saber.

    Finalmente: os motivos alegados pelo Putin para a invasão da Ucrânia são reais: a perseguição das populações russófonas e russófilas do Donbass, a aproximação da NATO das fronteiras da Rússia, a intenção de enfraquecer e, a prazo, desmembrar o país, para que as corporações do império do bem possam abocanhar com mais facilidade as suas imensas riquezas, etc. O problema é que, com a invasão da Ucrânia do modo como aconteceu, não só não anulou ou sequer enfraqueceu os objectivos da ladroagem ocidental como os reforçou. Feita a asneira, porém, agora não há alternativa: a Rússia não pode perder esta guerra, sabe que, sob pena de desagregação, não pode perder esta guerra e, logicamente, não vai perder esta guerra. Quem não perceber isto ou é doido, ou estúpido, ou as oito ao mesmo tempo.

  110. Só um adiantado mental apresentaria como exemplo de alguma coisa que interesse a alguém um cretino intelectualóide que, no espaço de dois ou três minutos, diz isto:

    “And my mission now is to do everything to return dignity to the Russian language. And that is possible only with the victory of Ukraine in this war against our common enemy, the Russian regime, because the main enemy of Russian culture is the Russian regime.”

    Ou seja, diz o caramelo que a sua missão, no presente, é “fazer tudo para devolver dignidade à língua russa”. E como será isso possível? Elementar, meus caros patrícios. Declara a luminária, sem que lhe caiam os dentes: “Tal é possível apenas com a vitória da Ucrânia nesta guerra.” Ou seja, devolver a dignidade à língua russa apenas é possível com a vitória do regime cuja PRIMEIRA MEDIDA no Parlamento, logo a seguir ao golpe de 2014, foi proibir a língua russa em todos os departamentos estatais e em todos os documentos oficiais. “Se querem falar russo, que o façam na cozinha”, disse nesses auspiciosos tempos o primeiro-ministro designado pelo império do bem, Arseniy Yatsenyuk. “Devolver dignidade à língua russa” com o regime que, em ruas e praças, substitui nomes de escritores russos, óbvios embaixadores da língua russa, por nomes de comprovados nazis como Stepan Bandera, colaborador das hordas hitlerianas e responsável pelo assassínio de centenas de milhares de polacos e judeus, topais?

    https://www.theguardian.com/world/2022/apr/28/friends-no-longer-ukraine-removes-russian-statues-and-street-names

    https://www.rferl.org/a/ukraine-kyiv-avenue-renamed-moscow-to-bandera/27844918.html

    E logo de seguida diz isto:

    You write that Russia will have a future only if it passes through total defeat. Is that a viable option for a nuclear power?
    “Putin has the psychology of all dictators: “If I leave this world, the world must go with me.” They don’t have empathy. They don’t love people. They hate people. And so I’m sure he would press the red button. But nobody will fulfil his order to destroy the Earth. Nobody.”

    e finalmente isto:

    “I am very optimistic for Ukraine. I’m sure they will have victory in this war. And I’m very pessimistic for the Russian future. (…) The collapse of the Russian empire will continue; all these national republics will leave the Russian Federation. Siberia will go. I think we will have new dictators and the west will support them because they will promise to take control of nuclear weapons, and Russian history will bite its tail again.”

    Ou seja, este comovente “patriota” russo, que a si próprio atribui o verdadeiro amor pela Rússia que nega a outros, prevê, com obscena lascívia, o desmembramento da pátria que jura amar em pequenos bantustões, liderados por ditadores fantoches apoiados pelo democrático Ocidente, e, confortavelmente instalado no seu dourado “exílio” suíço, sem que isso lhe tire sono ou apetite, lá vai debicando mais uma bejeca e um pires de tremoços, ou pipocas, ou alcagoitas, ou o caralho que o foda. Ou seja, certamente invejoso do sucesso, em terras lusas, do famoso Milhazes, o Recauchutado, prevê para o seu país o mesmo exacto futuro negro de desmembramento apenas possível no bestunto gripado dos maluquinhos (Valupi dixit) que por aqui andam (além do referido Milhazes, claro). E este grande herói da “dissidência democrática” moscovita dificilmente disfarça o persistente priapismo que tão auspicioso futuro lhe provoca na piriloca. Futuro, insisto, que o sectário da organização defensiva Valupi da Silva e Abreu jura a pés juntos ser teoria da constipação apenas possível na nevróglia desconjuntada de doidos.

    E vem para aqui um idiota qualquer, tentando sacudir e envernizar uma em tempos alegada condição proletária, despejar uma bosta destas como se tivesse descoberto a pólvora! Fauda-ce!

  111. Pois, está frescote, mas, no que toca a questões concretas, como de costume, aos costumes dizes nada, excepto os clichés e lugares-comuns do costume. Meu, se não argumentas com “maluquinhos”, não se percebe porque te empenhas tanto em pregar aos ditos. Porque é isso que fazes, pá: pregas, não argumentas. Decretas, não parlamentas. Mijas verdades bíblicas de cima da burra, não conversas. Desprezas provas ou verificação, ou não fossem elas bíblicas. E quem não acatar é infiel, putinista e maluquinho. Já te ocorreu que a classificação da dissidência e da divergência como doenças mentais, seguidas de internamento compulsivo para tratamento da maleita, foi procedimento comum lá para as bandas da Moscóvia, no tempo do teu execrável paizinho dos povos? Afinal és um criptostalinista, pá. Quem diria? Vais precisar de toneladas de verniz democrático para disfarçar essa merda. Olha, pá, o corrupto senil Joseph Robinette Biden parece que tem umas bisnagas em saldo. Made in China, claro. Na Amérdica limitam-se a acrescentar-lhe o urânio empobrecido, para dar consistência.

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