Na melhor tradição de Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Adão e Silva tirou da cartola a lebre Ferreira Leite como candidata presidencial favorita para um cenário em que o PS seja Governo. Estava criado um facto político que surpreendeu mais por ter vindo de quem veio do que pelo nome vindo à baila. Aliás, o problema da proposta radica exclusivamente no proponente.
Na sua abstracção, o raciocínio do Pedro é bondoso e útil. Trata-se de conseguir levar o PSD de volta para a social-democracia, depois da devastação do fanatismo “liberal” que de liberal só teve a libertinagem com que nos empobreceu com cortes salariais e nos serviços do Estado e como esmagou pelos impostos. Se mais não destruíram foi porque não puderam. Valeu-nos o Tribunal Constitucional, genuíno representante do verdadeiro liberalismo. A perspectivada derrota de Passos e a sua saída da presidência do PSD abrirão essa possibilidade. Nesse cenário, o melhor seria ter um Presidente da República oriundo do tecido partidário do PSD de modo a impedir à direita radicalizações estéreis e boicotes suicidas perante um Governo socialista, e ainda a ser ponte para a união de esforços na hercúlea tarefa de reconstrução nacional à espera de patriotas. O que também fica implícito neste argumento é a previsibilidade de o PS não chegar à maioria absoluta, hipótese que poderia acabar por obrigar a um bloco central. Como se vê, estamos mergulhados em bom senso.
Destacar-se as posições de Ferreira Leite quanto à austeridade, à dívida e ao Estado social por contraposição aos fanáticos é ainda continuar a trilhar a via do bom senso. Só que a corda não chega até Belém. O bom senso cria estima, não justifica honra. E o lugar de Presidente da República, para mais estando conspurcado pelas vilanias e sectarismo de Cavaco, pede uma personalidade que tenha um trajecto impoluto de dignificação da intervenção política. Não é o caso de Ferreira Leite. E não é possível que o Pedro sofra dessa amnésia.
“…pede uma personalidade que tenha um trajecto impoluto de dignificação da intervenção política”, diz o valerico. que palavreado inútil, bacoco, ingénuo, pede mas é um gajo que te triture toda essa pesporrência de cobardola . com que então o PR comete “vilanias”? se acha isso, se tem provas, apresente uma queixa, deve certamente resultar, não é você que acredita no estado de direito? os vilões, que eu saiba, não se combatem nas urnas, mas nos tribunais do estado de direito e são encarcerados nas prisões, não se acoitam em palácios presidenciais.
O unico facto politico que me lembre, produzido pela hiena empertigada Adao e Silva, é usar desde há muito a mesma graxa, a mesma escova e as mesmas cuspidelas pra engraxar e adular os mesmos sapatos do costume, sempre com a mesma ladaínha pesporrente … o problema é que agora já não dá muito jeito ir a Evora !
O Adãozinho já foi elevado a parideira de factos politicos … ao que isto chega de indigência e maluqueira por aqui. Não se tratem, não !
muito gosto eu destas teias de Valsamentos materializadas em letras. Ramalho! Ramalho! :-)
Não é amnésia, Val, é o jeito de estar na política de uma esmagadora maioria dos xuxas. Por isso estão a desaparecer da esfera do “arco da governação”, como aconteceu na Grécia, vai acontecer na França e na Espanha. E é desta gente do compromisso e do bom senso que o António Costa gosta. Também o Sócrates, mas esse, ao menos, lutava como um leão pelo ideal que defendia, estabelecendo compromissos com os todo-poderosos neo-liberais. Morreu-lhes às mãos e vai apodrecer na prisão. Mas nem assim o Costa vê ou percebe ou quer entender o que realmente está a acontecer. Pode ser que o Syriza lhe dê uma martelada para acordar.
oh mário abril, vai envelhecer para o restelo mais o disco riscado.
tão a bere porque é precizo um salazar? hum? eçe num bendeu o paíse, pás.
why not, Val?!… O Pedro Adão e Silva é um cavalheiro com sentido de oportunidade.
ó cegueta, cumu o pessoal daquie é bué de generôôso, bai de minhe este presentee literárium só prabêres auguma cousinha do teue saudôso Salazare.
Aqui bai Salazare bisto pelo meue saudôso amigo Fernando Pessoa:
(…)
Este senhor Salazar
É feito de sal e azar.
Se um dia chove,
A água dissolve
O sal,
E sob o céu
Pica só azar, é natural.
Oh, c’os diabos!
Parece que já choveu…
……
Coitadinho
do tiraninho!
Não bebe vinho.
Nem sequer sozinho…
Bebe a verdade
E a liberdade.
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado.
Coitadinho
Do tiraninho!
O meu vizinho
Está na Guiné
E o meu padrinho
No Limoeiro
Aqui ao pé.
Mas ninguém sabe porquê.
Mas enfim é
Certo e certeiro
Que isto consola
E nos dá fé.
Que o coitadinho
Do tiraninho
Não bebe vinho,
Nem até
Café.
( Fascismo, Ditadura Militar e Salazar por Fernando Pessoa)
A Ferreira Leite que queria suspender a democracia ou a Ferreira Leite que afirmou talvez ser hora de pensarmos se vale a pena fazer dialise a maiores de 65 anos, qual delas é que Pedro Adão e Silva sugeriu mesmo?
Ó ignatzia, pois ca tenhu eue cum Fernandu paçoa? o gaju erra de uma sensiviliddade istrema, tás a bere, com dirreitu a ispreçar-se, tá beie? oube lá, mas tue num ézes democrata ? hum? oube, cumu ele se ispressoue sobre tudo e todos, e tinha bués da nicaneimes, hádes incuntrare um retrato de ti. Oube, o Eça, chamaba-te encardido, tás a bere? olha que ço Salazare tibesse dadu atençãoe ao Passoa, aposto queste num lhe era indefrente, tás a bere? maze o salazare só gustaba de molheres, num seie ça prassebes. oqueie.
IGNATZIA, oube, já ca falas nu Paçoa, toma lá a resposta dele a ele próprio e a tie taméie:
«Moralidade: A política partidária é a arte de dizer a mesma coisa de duas maneiras diferentes. O melhor é dizer em segundo lugar, porque como é o homem que faz a adivinha, adiante vai o burro.
Cuidado com o avesso.
Cuidado com os tecidos políticos que se podem virar do avesso.»
Orra, pensa lá, ó (des) inteligente, hum? Prassabestes? oqueie.
Vibó SALAZARE, ganda istadista.