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O ano que está prestes a terminar foi, sem dúvida, um dos mais difíceis e exigentes da nossa história recente. A verdade é que estamos ainda a sentir os efeitos da maior crise económica mundial dos últimos 80 anos.
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Um dos efeitos da crise global, que acabou por condicionar todo este ano de 2010, foi a séria crise de confiança que se abateu nos mercados financeiros sobre as dívidas soberanas dos países do Euro. Esta situação, sem precedentes na União Europeia, levou à subida injustificada dos juros, e afectou todas as economias europeias. Basta, aliás, ver o que passa lá fora para se compreender a dimensão europeia desta crise que a todos afecta embora a alguns países de forma mais intensa.
A verdade é que todos os governos europeus tiveram este ano de fazer ajustamentos nas suas estratégias e tiveram de adoptar medidas difíceis e exigentes, de modo a antecipar a redução dos seus défices como forma de contribuir para a recuperação da confiança nos mercados financeiros.
O Governo português tomou as medidas necessárias para enfrentar esta situação. Com confiança, com sentido de responsabilidade e com determinação. Definiu metas ambiciosas para 2010 e 2011 que vamos cumprir. O que está em causa é da maior importância. O que está em causa é o financiamento da nossa economia, a protecção do emprego, a credibilidade do Estado português, e o próprio modelo social em que queremos viver.
Tenho plena consciência do esforço que está a ser pedido a todos os portugueses. Mas quero que saibam que este é o único caminho que protege o País e que defende o interesse nacional. Caminho que temos de percorrer com determinação, para que possamos, finalmente, virar a página desta crise e garantir um futuro melhor para a nossa economia e para todos os portugueses.
Os portugueses sabem que não sou de desistir, nem sou de me deixar vencer pelas dificuldades. Pelo contrário. É nestes momentos que mais sinto a energia interior e o sentido do dever para apelar à mobilização dos portugueses. E sinto, aliás que nesta atitude sou acompanhado pela maioria dos portugueses que souberam sempre, nestas alturas, dar o melhor de si próprios para superar as dificuldades do momento.
De facto, esta não é uma tarefa apenas para quem governa. Tem de ser também uma tarefa do País. É por isso que o Governo tem atribuído tanta importância ao esforço de concertação e de diálogo social. Foi nesse espírito que lançámos recentemente as 50 medidas da nossa agenda para a Competitividade e o Emprego; que acordámos com as Misericórdias, Mutualidades e Instituições Particulares de Solidariedade Social o reforço da cooperação para o apoio social no próximo ano; e que, nos últimos dias, negociámos com os parceiros sociais os termos do aumento do salário mínimo nacional para os 500 Euros já no próximo ano.
Tudo faremos para consolidar este ambiente de concertação e de diálogo social. Porque ele é muito importante para, em conjunto, irmos mais longe. E para darmos razões acrescidas de confiança na economia portuguesa.
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Era, de facto!
Mas agora que o sr. Trichet diz que a crise é a maior depois da II Guerra Mundial, PPC acha que a crise vai ser pior na Madeira.
Quando se falava na crise da dívida soberana, a oposição batia tachos e panelas e em coro apelidava o orador de aldrabão.
Quando se dizia que todos os governos estavam (e estão) à rasca, a direita e a esquerda acusavam o governo de ser o responsável pela crise nacional e de querer encobri-la com a gripezita que grassava lá por fora.
Quando se falava de concertação social, os Mários Nogueiras saltavam para a rua e faziam manifestações que agora não fazem mesmo que haja despedimentos (antes era só por causa das avaliações).
Já se veem manifestações de advogados, mas ninguém está interessado nelas. Há escândalos a estourar mas não há Cabritas para investigar. A fome aumenta e o Zé cala o bico.
Palavras para quê?
não: nem mentiroso nem lunático nem santo milagreiro.
teofiloM, o mario nogueira também come criancinhas ao pequeno-almoço assadas no forno e tal..
não, o nogueira vai-se alimentando à custa dos professores das criançinhas. se são assados no forno? não sei, mas acho que a receita foi cozinhada com o passos.
Caro anonimo das 16:17,
se o Mário Nogueira tem hábitos desses desconheço, pois as fixações do dito senhor de bigode a tender para o formato nacional-socialista há uns meses atrás fixavam-se apenas numa só pessoa que era culpada de todos os pecados do mundo.
Mais tarde, vi-o sorridente e humilde junto do PM atual, com um sorrisinho na cara e uma dezena de confrades com uns lençóis estendidos a fazer de conta que era uma manifestação.
Comparar as duas realidades, mesmo com criancinhas a atirar ovos e tudo não deixa de ser interessante.
Sócrates é muito irritante. Tem uma pose sempre no limite da arrogância possidónia, tendência que se tem agravado com a idade e os papéis do poder.
Arrojo jornalístico, era uma TV anunciar que após o comunicado do PPC repetiam o comunicado do Sócrates do último ano. Anúncio a começar já…
Saudações Natalícias
NI