Na entrevista de António Costa à TVI24, na semana passada, Paulo Magalhães tentou que o seu interlocutor abandonasse o registo das indirectas, ainda por cima básicas, e nomeasse aquele a quem se dirigia. Costa recusou de modo infantil parar com a infantilidade. O assunto pode parecer menor mas nada há de irrelevante quando está em jogo a liderança de um Governo. É para esse cargo que ele concorre, e, pelos vistos, não está a ter o aconselhamento estratégico que o desafio merece. Porque a ideia que fica é a de uma duplicidade imatura, uma parvoeira. Algo que diminui o seu carisma e levanta dúvidas sobre o seu auto-domínio.
Estando eu na posse de um curso de psicologia de café, atribuo a malapata à timidez. Costa é tímido, o que o leva para posturas onde se inibe. Porém, como simultaneamente usufrui do poder no topo da pirâmide, a tensão acumulada solta-se imprevista e violenta. Foi o próprio que o admitiu numa outra entrevista, quando justificou berros e murros na mesa como formas naturais do exercício da gestão sobre as suas equipas. É aquilo a que se tem assistido, ao começar por prometer que não respondia a ataques pessoais, uma excelente ideia, e pouco depois estar também a fazê-los, uma péssima ideia. Sim, os ataques de Seguro são canalhas, apontam ao carácter e à honra do seu adversário, enquanto os ataques de Costa são políticos, denunciam a fraqueza e perversão dos actos do seu adversário. Todavia, para a audiência, Costa aparece a rebolar com o porco na pocilga.
O PS não precisa de união, uma contradição que tolhe o discurso e a pose de Costa. O PS não precisa de Seguro no próximo grupo parlamentar do PS. O PS não precisa de Seguro no PS. O PS, numa situação única na sua história em que tem um secretário-geral disposto a destruir o partido porque se considera superior a ele, precisa de desunião. Frontal, total e decidida desunião. O combate pela liderança do partido está a ser um palco para se exibir a capacidade de liderar o País. Um País que, igualmente, não precisa de união, posto que não há união possível com quem o afundou para o explorar nem com os seus aliados de ocasião.
Vai Costa assumir a evidência? Não. Mas só porque é tímido, não porque seja mau rapaz.
1º§ – infantil és tu com os teus abcessos psicóticos.
2º§ – berros, murros & caralhadas, havias de assistir a um conselho de ministros do sócras ou ter tido acesso às escutas do face oculta.
3º§ – para ganhar são necessários votos e não é com o partido em frangalhos que se mobiliza o eleitorado para uma maioria.
4º§ – pareces um disco riscado da madalena iglésias,
https://www.youtube.com/watch?v=EIqYB2xXEh8
O Seguro não faz falta ao PS nem ao país.
Não tem salvação nem a merece.
Mas aqui parece que o martelo anda a bater numa bigorna errada.
ignatz, em frangalhos é como o partido está, e muito pior ficará se Seguro ganhar. Tal como as sondagens mostram, Costa e sua promessa de unidade familiar em nada está a convencer o eleitorado. E a razão é simples de identificar: o eleitorado quer líderes, não simulacros. O líder é aquele que corta o nó górdio.
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voyeur, errada para ti.
“… em frangalhos é como o partido está, e muito pior ficará se Seguro ganhar.”
de acordo com sondagens e estimativas mais conservadoras, o costa ganha por 6 frangos a 3 do seguro.
“Tal como as sondagens mostram, Costa e sua promessa de unidade familiar em nada está a convencer o eleitorado.”
deve ser efeitos do resultado das federações e das conclusões segurelhas, tipo listas unitárias: o que é meu é meu, o que é dos outros é meu e o que não é de ninguém tamém. mas nem mesmo assim 10-9 = +1.
“E a razão é simples de identificar: o eleitorado quer líderes, não simulacros. O líder é aquele que corta o nó górdio.”
o eleitorado quer é ganhar e tá-se cagando para líderes, nós gordos, nações valentes & imortais. experimenta outra táctica se não queres levar um bigode do tavares filho.
a minha psicologia baseada na apreciação, onde quer que esteja, diz-me que a timidez rompe-se perante o que é mesmo importante. basta querer muito. neste caso e se for mesmo importante para ele o poder, faz alguma coisa e mostra.
O Seguro já foi ao otorrino.
O Costa está lixado, nem a brigada do alzaimer o safa!
Val, se tu precisas de um pseudónimo para defender Sócrates, porque é que achas que o Costa o deve fazer quando vai a eleições?! Eu já o ouvi defender muitas vezes o legado do Governo anterior, mas compreendo que não o faça de forma mais desprendida, porque isso lhe custa votos. Eu só manifesto a minha admiração por ele (Sócrates) no meu círculo de amigos íntimos, e em surdina, mas nenhum deles partilha da minha opinião. E só não me criticam abertamente, porque são meus amigos …
CV, estás a falar do quê? Que história é essa de eu precisar de um pseudónimo para defender seja quem for ou o quê? E que história é essa de vires falar de Sócrates num texto que só fala do Costa candidato a primeiro-ministro?
Val, tenho lido todos os teus posts acerca do Costa ….
CV, e então? Isso é a tua resposta ao que perguntei ou estás a lamentar o tempo perdido com essas leituras?
Não Val, só interpretei o conjunto dos teus posts sobre o António Costa.
O teu nome é mesmo Valupi, ou é um pseudónimo sob o qual podes emitir as tuas opiniões descompromotidamente, sem te assumires enquanto tu próprio?
CV, “Valupi” é um pseudónimo, mas ainda não me impediu em ocasião alguma de me “assumir enquanto eu próprio”.
Sim Val, mas sob pseudónimo. Assim, também eu.
CV, mas estás a falar do quê? Sob pseudónimo, o quê? Também tu, o quê?
Força Valupi…, Desta vez estou contigo. “Costa recusou de modo infantil parar com a infantilidade”. “Costa é tímido”. “Costa aparece a rebolar com o porco na pocilga”.