«O antigo responsável europeu começou por lembrar o modo como a Europa foi apanhada pela crise financeira. "A verdade é esta: nós não estávamos preparados. Nós tivemos de construir a jangada de salvação no meio da tempestade", recordou. "Não tínhamos instrumentos."
Durão Barroso sublinhou que "Portugal, graças ao Governo liderado pelo PSD, por Pedro Passos Coelho, conseguiu ultrapassar" a situação difícil "com grande dignidade" e insistiu que o governante "nunca se pôs numa situação de humilhação perante os seus credores".»
11 anos e 6 meses depois, Barroso vem contar a “verdade” sobre os idos de Março que afundaram Portugal num resgate de emergência e em 4 anos de destruição económica e social. Como ele próprio afirma, não existiam boas soluções para os países estruturalmente mais frágeis, o BCE ainda estava a um ano e tal de começar a resolver a crise. Daí a importância para a Europa do acordo que teria permitido a Portugal aguentar-se na corda bamba sem termos o FMI a aterrar na Portela e a dupla Passos-Relvas a fazer negócios com as empresas públicas. Acordo que o Parlamento resolveu chumbar numa coligação negativa que prova a cegueira sectária da esquerda e a gula infrene da direita. O interesse nacional, o bem comum, a mera racionalidade de se saber ser o PEC IV a melhor solução possível para lidar com a crise financeira, tudo isso ficou pulverizado pelas agendas da oposição e do Presidente da República de então.
Sendo a verdade essa, como reconhece, não está a contar a verdade toda. Falta dizer que ele próprio (pressionado por Merkel e pela evidência do que estava em causa) tentou levar Passos a viabilizar o PEC IV, e que tal só não aconteceu porque no PSD se temeu que Sócrates conseguisse assim escapar ao pedido de resgate, acabando por sair triunfador da crise. Pelo que aquela era uma oportunidade imperdível para entrar em S. Bento. Os portugueses que se fodessem (como veio a acontecer, sem pieguices).
De facto, Passos “nunca se pôs numa situação de humilhação perante os seus credores”. Foi exactamente ao contrário, ele viu os credores como os amigalhaços, o escudo que lhe permitiu servir os fanáticos da austeridade salvífica e da reengenharia social tentada. Mas sempre com dignidade, com “grande dignidade”.
se esta recordação não nos traz imediatamente à cabeça a atitude actual dos defensores das sanções suicidas que vão provocar uma crise que vai fazer a das dividas soberanas parecer uma brincadeira de crianças, então não sei.
Nem mais.
Assim temos um país de merd@ por causa da ganância de alguns civis espertos ?
onze anos e seis meses foi o tempo que deixou passar para dar o prémio ao Passos Coelho de careca da temporada, foi o tempo para lhe cair o pêlo todo, talvez se chame dignidade generativa ao contrário. mas onze anos e seis meses não chegaram para repor a dignidade de Sócrates, nunca chegarão, porque a dignidade fere os outros.
eu conheci o Durão Barroso quando passava férias em Tões, uma aldeia da Régua, em casa da tia Filomena, uma tia emprestada sobrinha da minha avó do brasil. nessa altura o pai do Durão, o senhor Durão, era amigo íntimo da minha tia e eu era uma criança que gostava de andar de patins lá no pátio, de andar descalça na eira, de investigar a cave das pipas e de observar muito bem quem nos visitava. aos meus olhos de menina o Durão era um totó. não me enganaram os meus olhos.
Infelizmente, na atualidade (tal como na época), o “doce cantar” das sereias ainda encanta muita gente. O drama vai ser quando os encantados perceberem que foram, de novo, lixados com f.
E que tal se falasse do amor que Durão Barroso tem pela guerra, hoje e aquando das armas de destruição maciça do Iraque! Também podia analisar a posição do Governo Português em 2008, dirigido por Sócrates, sobre a adesão da Ucrânia à NATO . Afinal, os tempos do PEC IV há muito que já lá vão e eram tempos amenos, comparados com os de hoje. À data era você adversário político dessa gente, mas agora coincidem nesse amor à guerra! E, inteligente como é, conte lá como a humanidade vai sair desta tragédia. Dê lá a sua ajudinha para sairmos desta!
– A Rússia está a perder a guerra;
– A Rússia está a ser humilhada;
– A Rússia tem paridade atómica com os EUA;
– A Rússia prevê o uso de armas atómicas em caso de risco existêncial;
-Biden fala no Armagedão,
são tudo verdades aceites sem discussão.
Se assim é, ponha lá o seu génio à prova e analise que fim vamos ter! Deixe lá o passado!
JA, qual amor à guerra? De que falas?
fala de não fazerem esforço algum por compreenderem os motivos de umas das partes envolvidas no conflito , achando muito bem que o zelérias se recuse a negociar. há um donbass , há população russa , população que foi alvo de vários ataques ao longo dos últimos anos , há uns tratados por cumprir. há há há há , há mesmo. e só pessoas de má fé o ignoram.
e havia um minimo de boas relações entre os 2 países antes do farsante. havia vontade de resolver os problemas , como prova a existência dos tratados de minsk.
e estes são os factos.